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Aula 4 - LEG TRIBUT Direito Tributário - Conceito e Classificação de Tributos impresso

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Aula 4: Direito Tributário: Conceito e Classificação de Tributos 
Esta aula trata da competência e dos princípios constitucionais tributários. O Poder Público, como qualquer particular, precisa cumprir metas, objetivos e finalidades (que são citadas no Artigo 3º. da Constituição Federal), e necessita de recursos financeiros para a realização desses objetivos. 
Por isso, este assunto está interligado a todas as questões referentes à atividade financeira do Estado, o qual será responsável pela arrecadação e aplicação desses recursos, bem como saber gerenciar todo o orçamento.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• identificar os tributos no Sistema Tributário Brasileiro;
• verificar as espécies de tributos;
• reconhecer a natureza jurídica dos tributos.
Tributo é uma prestação pecuniária (em dinheiro) e compulsória (obrigatória) que não constitua sanção de ato ilícito (contrário à lei) instituído em lei (só a lei cria tributos) e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada, ou seja, a lei diz como o tributo deve ser cobrado.
A Constituição Federal cita cinco espécies tributárias, são elas:
Taxa
Contribuição de Melhoria
Imposto
Empréstimo Compulsório
Contribuições Parafiscais (ou especiais)
Taxa 
Artigos 77, 78 e 79 do CTN e Artigo 145, II da Constituição Federal.
Taxa é um tributo vinculado, porque há uma contraprestação do Estado específica, sua cobrança é feita justamente:
• pela prestação do serviço estatal específico e divisível; ou 
• pelo regular poder de polícia.
 
É um tributo que pode ser cobrado em razão do exercício efetivo do poder de polícia (poder da administração de limitar e disciplinar direito, interesse ou liberdade) e, ainda, pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos prestados ou colocados a sua disposição.
Exemplos de taxas: 
• de Inspeção Sanitária – cobrada por alguns municípios que quando, efetivamente, utilizando o seu "poder de polícia", fiscalizam as instalações sanitárias de bares e restaurantes. 
• de Coleta de Lixo – também de competência dos municípios, é cobrada a partir de uma contraprestação por parte da Administração Pública de prestar efetivamente o serviço de limpeza e coleta de lixo.
O Artigo 79 do CTN trata dos serviços públicos mencionados no Artigo 77.
Serviços Efetivamente – Quando o serviço for realmente utilizado a qualquer título.
Serviços Potencialmente – O fato de o serviço estar à disposição do contribuinte, mesmo que não tenha sido utilizado pelo mesmo, já enseja cobrança de taxa, como por exemplo, a taxa de incêndio.
Serviços específicos – Quando os serviços podem ser destacados em unidades autônomas.
O pagamento deste tipo de taxa é vinculado a uma atividade administrativa específica.
Serviços Divisíveis – Quando cada contribuinte puder utilizar o serviço separadamente e, este uso, também puder ser apurado.
Contribuição de Melhoria 
Artigo 145, III da Constituição Federal
A Contribuição de Melhoria é um tributo vinculado a uma contraprestação do Estado pela valorização de um imóvel em razão de uma obra pública.
Este tributo é cobrado para custear obras públicas de que decorra valorização imobiliária. Ou seja, se a Administração pública faz uma obra e, como consequência, o imóvel passa a ter um maior valor de mercado, o poder público, respeitando os limites da constituição federal e do código tributário nacional, pode cobrar pela mesma.
 
Imposto
Artigo 16 do CTN e Artigo 145, I, § 1º. da Constituição Federal.
O Imposto é um tributo não vinculado pelo fato de sua cobrança ser feita independente de uma contraprestação específica do Estado. Existe apenas para gerar riqueza (Artigo 167, IV, Constituição Federal).
É um tributo cujo fato gerador da obrigação de pagar é uma situação que independe de qualquer atividade estatal específica em relação ao contribuinte. 
O que se arrecada com o tributo é usado para fazer frente às despesas gerais, como por exemplo: 
• pagamento de servidores;
• construção de escolas, estradas e hospitais.
O benefício não é individual, mas para toda a comunidade. E a constituição federal é quem diz quais são os impostos e quem tem a competência para instituí-los e cobrá-los.
 
Atualmente, são permitidas as cobranças dos impostos de acordo com os termos dos Artigos 153, 155 e 156, da Constituição Federal.
Empréstimo Compulsório 
Artigo 148 da Constituição Federal
O Empréstimo Compulsório é um tributo de competência exclusiva da União e poderá ser instituído em casos de:
- Enchente
- Guerra Externa ou sua iminência
Ou seja, a União, nos casos excepcionais citados, poderá obrigar a população ou parte dela a emprestar-lhe dinheiro com a promessa de devolvê-lo após o período determinado.
Contribuições parafiscais (ou especiais)
Artigos 149 e 149-A da Constituição Federal.
Contribuições parafiscais (ou especiais) são tributos que, em princípio, compete exclusivamente à União. 
Estão subdivididas em três espécies, clique em cada uma para ver exemplos.
Contribuição Social
Programa de Integração Social - PIS. 
Apesar de ser de competência exclusiva da União, existe previsão constitucional para que os Estados o DF e os Municípios possam instituir contribuições sociais.
Contribuição de intervenção no domínio econômico
Contribuição para controle de produção de açúcar, café, laranja etc.
Contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas
Contribuições para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
*****
Agora que você já aprendeu sobre as cinco espécies tributárias, vamos conhecer quem pode instituir tributos...
Os tributos podem ser instituídos pela União, Estados, Municípios e o Distrito Federal podem, por lei, instituir os tributos de sua competência. 
Essa competência é dada pela Constituição Federal.
Código Tributário Nacional
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria
Constituição Federal
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
I - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Com base no conceito de tributo, determinado pelo Artigo 3º do CTN, pode-se analisar o tributo em etapas:
1ª Prestação Pecuniária Compulsória
Prestação em dar dinheiro de forma obrigatória, de pagar.
2ª Em moeda corrente ou cujo valor nela se possa exprimir
Tal obrigação deve ser feita em dinheiro.
3ª Que não constitua sanção de ato ilícito
Tributo não é multa, visto que sanção de ato ilícito é multa, ou seja, penalidade pecuniária e não tributo.
4ª Instituído por lei
Apenas a norma LEI poderá exigir um tributo, ou seja, somente por determinação da lei com base nos Artigos 150, I da Constituição Federal e do Artigo 97, do CTN.
Em regra, um tributo é cobrado através de lei ordinária, seja federal, estadual ou municipal.  Decretos e portarias nunca poderão criar tributos.
5ª Cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada
O poder de tributar é de competência do Estado e somente ele poderá cobrar tributos. 
O Estado ao arrecadar os tributos determina sobre as finalidades a serem designadas.
*******
Conforme já visto, a natureza jurídica do tributo, prevista no Artigo 4º do CTN, constitui obrigação determinada por lei, por isso, não há tributo sem que leio decrete, definindo-lhe o fato gerador e a obrigação fiscal.
 
Será o fato gerador o responsável pela caracterização do tributo, bem como definir se é taxa, imposto ou contribuição de melhoria.
 
FUNÇÃO DOS TRIBUTOS:
FISCAL
Tributo Fiscal é aquele criado como uma única finalidade: arrecadação.
Exemplo: IPVA, ICMS, ISS, IR.
ESTRAFISCAL
Tributo Extrafiscal é aquele cuja principal finalidade é equilibrar a economia, pois o Estado não tem como objetivo principal a arrecadação, mas sim o equilíbrio econômico.
Exemplo: II, IE, IOF. 
PARA FISCAL
Tributo Para fiscal é aquele tributo cobrado para cobrir despesas de determinadas atividades estatais.
Exemplo: PIS, PASEP, COFINS, INSS, CSLL.
**VER TRIBUTOS EXISTENTES NO BRASIL
Principais princípios tributários
a) Legalidade
Artigo 150 , Inciso I – C.F.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
b) Igualdade
Isonomia
Artigo 150 , Inciso II – C.F.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
c) Irretroatividade
Artigo 150 , Inciso III – C.F.
Ato jurídico perfeito. 
Exceção – Artigo 106 – CTN
O princípio da irretroabilidade veda a aplicação da lei tributária aos fatos pretéritos, vez que, lei aplica-se a fatos jurídicos futuros, protegendo, assim o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido. 
d) Anterioridade
Anual Artigo 150 , Inciso III, alínea “b” - – C.F.
Nonagesimal Artigo 150 , Inciso III, alínea “a” – C.F.
e) Não confisco
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
f) Capacidade contributiva
Artigo 145 , parágrafo 1º – C.F.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses

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