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Aula 01 CONFORTO E SEGURANÇA

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CONFORTO E SEGURANÇA
Prof. Enf. Marcos Costa
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O paciente e suas necessidades básicas:
Podemos entender como necessidades básicas tudo o que é essencial, indispensável, uma exigência ou uma carência.
 Todas as pessoas têm necessidades físicas (água, oxigênio e alimento) e psicológicas (afeto, respeito e aceitação) em maior ou menor grau, variando de individuo para individuo, relacionadas com influencias socioculturais, meio ambiente, idade, sexo, etc.
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O paciente e suas necessidades básicas:
Dessa forma, as manifestações são diferentes de pessoa para pessoa, o que exige maneiras individuais de satisfazê-la ou de atendê-las.
Para Wanda Horta as necessidade básicas adequadas a cada individuo são as seguintes:
Necessidades Psicobiológicas:
Necessidades Psicossociais:
Necessidades Psicoespiritual:
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O paciente e suas necessidades básicas:
Necessidades Psicobiológicas:
Oxigenação, hidratação, nutrição, eliminação, sono e repouso, 
Exercício e atividade física, sexualidade, abrigo, mobilidade,
Cuidado corporal, integridade física e cutâneo mucosa,
Relações hormonais, térmicas, neurológica, eletrolítica, imunológica, crescimento vascular e celular,
Locomoção, percepções olfativas, visuais, auditivas, gustativas,
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O paciente e suas necessidades básicas:
Necessidades Psicossociais:
Segurança, amor, liberdade, comunicação, aprendizagem, recreação,
Lazer, espaço, aceitação, orientação no tempo e no espaço,
Auto-realização, auto-estima, participação, auto-imagem, atenção.
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O paciente e suas necessidades básicas:
Necessidades Psicoespiritual:
Religiosa, teológica, ética ou de filosofia de vida.
Um dos meios de proporcionar o conforto espiritual é saber qual a religião do paciente, a fim de atendê-los sempre que for necessário.
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Conforto e Segurança
O conforto e a segurança fazem parte das necessidades básicas de qualquer pessoa. 
A hospitalização, para alguns pacientes, causa uma sensação de desconforto e insegurança, por enfrentarem uma situação desconhecida longe da família. 
A assistência integral dos profissionais da saúde vai assegurar mais segurança e tranquilidade, esclarecendo as dúvidas a respeito da rotina da clínica e do tratamento.
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Conforto e Segurança
Os profissionais da saúde podem proporcionar conforto e bem estar através de um ambiente limpo e arejado através de um leito confortável e de recreação, conforme o estado do paciente. 
Faz parte do conforto espiritual providenciar a visita do padre ou pastor, se necessário.
Para conforto físico devem-se evitar odores fétidos, barulhos, roupas em excesso, má posição, cama com roupas enrugadas e molhadas e corrente de ar.
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Fatores que afetam a segurança pessoal:
Idade: recém-nascidos são desamparados. Crianças pequenas não aprendem o que é seguro e o que não é. Quedas, envenenamento e sufocamento são perigos potenciais. 
- Idosos sofrem riscos de acidentes devido às mudanças causadas pela idade, por exemplo movimentos mais lentos e menos firme, o que afeta o equilíbrio.
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Fatores que afetam a segurança pessoal:
Visão Prejudicada: pessoas com pouca visão sofrem risco de quedas. Elas não podem ver brinquedos, tapetes ou fios elétricos no caminho. Alguns tem problemas para ler etiquetas de medicamentos ou em outros recipientes. Podem tomar a medicação ou a dose errada ou envenenar-se.
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Fatores que afetam a segurança pessoal:
Audição Prejudicada: pessoas com audição prejudicada podem não ouvir sinais de alerta, como os de incêndios, sirenes de veículos de emergência. Alguns podem não escutar barulho de aproximação de carros ou buzinas.
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Fatores que afetam a segurança pessoal:
Olfato e tato prejudicado: a idade ou o envelhecimento podem afetar o olfato e o tato. Se o olfato é reduzido, podem ocorrer problemas na detecção de cheiros de fumaça ou gás. Queimaduras podem ocorrer se o tato estiver comprometido. Há dificuldade de sensibilidade na diferenciação entre o quente e o frio.
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Fatores que afetam a segurança pessoal:
Medicações: devido aos efeitos colaterais (ansiolíticos e hipoanalgésicos). Perda de equilíbrio, redução da consciência, confusão, desorientação, sonolência e perda da coordenação são alguns exemplos.
Pessoas com restrições à imobilidade, como: engessados, pós-operados, queimados.
Pacientes agitados, agressivos (grades e restrição no leito).
Pacientes debilitados são mais propensos á queda e acidentes, como desnutridos, hipotonia muscular, hipotensão postural (retirá-los com cuidado do leito e apoiá-los). 
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Fatores relacionados ao ambiente:
Pisos molhados, com cera ou sabão, podem ocasionar escorregões, podendo ser perigoso para indivíduos em qualquer situação;
Desordem: fios eletricos, manivelas de leitos levantadas, objetos colocados em locais de dificil acesso. Portanto, manter cada objeto em seu devido lugar
Cadeiras de rodas e macas não travadas podem ocasionar quedas;
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Fatores relacionados ao ambiente:
Banheiros sem boxes ou apoios;
Objetos pontiagudos e agulhas representam a principal ameaça ao pessoal que trabalha no hospital; por isso, devem ser colocados em lixo especial;
Todas as janelas devem ser adequadas ou travadas para a segurança do paciente.
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Fatores relacionados aos materiais e equipamentos:
Material cortante, como facas e aparelhos de uso pessoal do paciente, devem ser mantidos longe de pacientes agitados, deprimidos ou sob efeito de drogas;
Aparelhos elétricos devem ser revisados regularmente e mantidos em bom estado, pois podem provocar faíscas, choques elétricos e queimaduras;
Tubos de oxigênio e outros gases devem ficar longe de correntes elétricas e fogo, pois são altamente inflamáveis;
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Fatores relacionados ao Profissional de Enfermagem:
A falta de habilidade ou o desconhecimento no manuseio de equipamentos pode causar incêndios;
Uso de sapatos de salto alto predispõe a quedas com torções, fraturas e outros acidentes;
Roupas inadequadas, podem provocar quedas (por exemplo: saias muito curtas ou longas).
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Medidas de Segurança
 A maior parte dos acidentes podem ser prevenidas. Bom-senso e medidas de segurança simples podem prevenir danos acidentais.
Prevenindo Quedas: medidas de segurança devem ser praticadas. Grades laterais e corrimões são dispositivos de segurança usados para prevenir quedas.
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Medidas de Segurança
Prevenindo Quedas:
Grades laterais→ quando elevadas evitam que a pessoa caia da cama. As grades são necessárias para pessoas inconscientes, sedadas por medicação, confusas ou desorientadas. 
Neste caso devem ser mantidas elevadas o tempo todo, exceto quando estiver realizando cuidados de enfermagem à beira do leito.
O profissional de enfermagem deve estar atento em explicar à pessoa o motivo do uso das grades laterais.
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Medidas de Segurança
Corrimão e barra para segurar:
os corrimões encontram-se em corredores, escadas e banheiros. Eles fornecem um suporte para a pessoa que está fraca ou instável para caminhar, além de proverem um suporte para que o paciente sente-se e levante do vaso sanitário.
As barras para segurar encontram-se ao correr de banheiras para serem usados quando a pessoa entra e sai delas
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Medidas de Segurança
Aplicando restrição:
A restrição é um procedimento utilizado para limitar os movimentos do paciente a fim de protegê-lo das quedas, bem como para a manutenção de sondas, coletores, curativos, soros ou ainda para a execução de alguns exames ou tratamentos.
Material para executar a técnica: lençol, esparadrapo, ataduras de crepes, tala acolchoada e algodão ortopédico ou compressas.
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Tiras que previnem que o paciente escorregue devem sempre ser colocadas sobre as coxas – não ao redor da cintura ou do peito.
Mesas de refeição (com ou sem cintos) podem ser um perigo potencial; o paciente pode escorregar por baixo da mesa e ficar preso.
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Medidas de Segurança
Aplicando restrição:
Observações
importantes:
A restrição só deverá ser feita em casos de extrema necessidade;
Mantenha vigilância constante no local, refazendo o procedimento se houver cianose, edema, queixas de dor ou formigamento;
Nunca restringir os membros sem restringir o abdome;
Não apertar demasiadamente a faixa;
As restrições devem ser feitas com cuidado para evitar complicações;
Deverá ser autorizada pelo médico ou enfermeira.
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Mecânica Corporal
Para garantir o conforto e a segurança do paciente, profissionais de saúde precisam compreender e aplicar os princípios da boa mecânica corporal.
O paciente que recebe ajuda da equipe para movimentar-se frequentemente de uma posição para outra, ou que muitas fezes o faz sem nenhum auxilio, deve planejar os movimentos e usar os músculo do seu corpo com eficiência. 
O corpo precisa ser conservado “em equilíbrio” durante todo o tempo. A máxima utilização dos músculos grandes e fortes evitará tensão nos músculos mais fracos.
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Mecânica Corporal
A posição do paciente pode ser mudada por um ou mais motivos: para aliviar tensão ou pressão, para evitar o desenvolvimento de deformidades, para estancar hemorragias, para melhorar a circulação, para aliviar dor ou para prepará-lo para tratamento.
 Mecânica corporal
- Evita fadiga e tensão desnecessárias.
- A mecânica do corpo é o modo pelo qual o corpo se movimenta e mantém o equilíbrio pelo uso mais eficiente de todas as suas partes.
- Postura é a relação de todas as partes de um corpo.
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Mecânica Corporal
Regras para a prática de boa mecânica:
Encoraje o paciente a fazer o máximo por si próprio, sempre que possível.
Mantenha uma larga base de sustentação, ficando com os pés confortavelmente afastados, um pé a frente do outro e as pontas dos pés voltadas para o movimento que vai executar.
Fique junto ao seu trabalho e flexione os joelhos e os quadris quando precisar inclinar-se.
Carregue objetos pesados junto ao corpo.
Movimente o paciente, fazendo-o virar ou rolar, sempre que possível, ao invés de levantá-lo
Sempre que possível, puxe o paciente em sua direção, pois tal procedimento exige menos esforço do que empurrá-lo. 
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Mudança de Decúbito
É o processo de movimentar e mudar a posição do paciente com limitações físicas para descompressão de área sob proeminências ósseas, prevenção de fadiga, manutenção do tônus muscular, realização de exames radiológicos e prevenção de complicações 
pulmonares.
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Mudança de Decúbito
Finalidades:
Prevenir contraturas musculares e deformidades;
Estimular a circulação, ajudando a prevenir tromboflebites, úlceras de pressão e edema de extremidades;
Promover a expansão pulmonar e a drenagem das secreções respiratórias, prevenindo complicações;
Aliviar a pressão sobre uma área corporal;
Prevenção de fadiga. 
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Mudança de Decúbito e Movimentação
Procedimento:
Verifique a necessidade e a freqüência da mudança;
Oriente o paciente quanto a movimentação e a importância de sua participação ativa e passiva;
Reúna todo o material: travesseiros e coxins;
A movimentação do paciente deve ser de preferência com o auxílio de outra pessoa
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Mudança de Decúbito e Movimentação
Movimento para cabeceira:
Abaixar as grades laterais;
Flexione os joelhos do paciente;
Coloque um braço sobre o ombro e o outro embaixo das nádegas;
A um comando, ambos os operadores suspendem e movimentam o paciente em direção à cabeceira do leito.
Após o procedimento colocar o travesseiro embaixo da cabeça e dos ombros do paciente;
Certificar-se de que o paciente está confortável e com um alinhamento corporal adequado;
Elevar as grades laterais e a cabeceira, conforme instrução de necessidade do paciente.
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Mudança de Decúbito e Movimentação
Movimento para a lateral da cama:
Os pacientes são movimentados para a lateral da cama, a fim de serem reposicionadas no leito e para a realização de alguns procedimentos, como por exemplo, o banho no leito e exames radiológicos.
Ele é movimentado para a lateral antes de ser virada.
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Mudança de Decúbito e Movimentação
Movimento para a lateral da cama:
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A pessoa é movimentada em direção ao profissional. Os braços e as pernas são cruzados e o profissional mantém uma mão no ombro e outra no quadril.
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Verificar se o paciente está confortável e com um alinhamento corporal adequado.
 usar travesseiro para oferecer suporte.
Elevar as grades laterais do leito conforme instrução da enfermeira.
Anote os procedimentos realizados e as observações.
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Movimento em bloco: colocação de um travesseiro entre as pernas da paciente, com os braços cruzados sobre o peito; um lençol é utilizado para virar a paciente.
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Mudança de Decúbito e Movimentação
Movimento em decúbito ventral:
É preciso, primeiro, colocá-lo em decúbito lateral e, a seguir, colocar uma das mãos no ombro e a outra na região coxofemoral, para auxiliar o paciente a ficar na posição adequada.
Coloque travesseiros sob as pernas, o peito e o abdome, deixando o ambiente confortável. 
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Mudança de Decúbito e Movimentação
Sentando na lateral da cama:
O profissional mantém um braço embaixo do pescoço e dos ombros do paciente e está segurando o ombro que está mais distante. 
Sua outra mão está embaixo das coxas e próximas do joelho.
O profissional virá-se na direção dos pés da cama enquanto puxa os pés e pernas do paciente para fora da cama.
Manter o tronco reto.
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Mudança de Decúbito e Movimentação
Observações importantes:
Trabalhe com movimentos firmes e seguros, utilizando sempre a mão toda e não somente as pontas dos dedos;
Tenha as mão sempre secas e quentes;
Nunca movimente sozinho um paciente obeso ou com dependência total;
Use sempre a mecânica corporal;
Faça movimentos sincronizados quando há dois ou mais ajudantes;
Respeite as limitações dos pacientes;
Mantenha a privacidade do paciente;
Preste atenção quanto às infusões venosas, drenos, sondas, e outros aparelhos para que não sejam dobrados ou retirados em movimentos bruscos, planeje o movimento antes do exercício.
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Auxílio à Deambulação
Deambulação significa colocar o paciente acamado em pé para andar ou passear;
A deambulação deve ser estimulada logo que seja clinicamente possível, mesmo que alguns pacientes precise carregar consigo suporte de soro, frascos de drenagens, etc.
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Auxílio à Deambulação
Cuidados importantes:
Antes de o paciente começar a andar é necessário observar sinais de fadiga, mal-estar e tontura;
Eleve primeiro a cabeceira do leito, coloque o paciente sentado na beira da cama e observe se ele mantém o tronco em equilíbrio, em seguida senta-lo na cadeira,;
Orientar para que faça algumas inspirações profundas;
Uma vez apresentando condições adequadas para deambular, é recomendável que se tenha um acompanhante ou o próprio profissional junto para garantir segurança.
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Transporte do Paciente
O transporte acontece quando o paciente precisa ser levado para exames ou cirurgias ou para diminuir os efeitos da falta de movimentação e de mudança de decúbito.
A definição do número de pessoas necessárias para a passagem do paciente da cama para cadeira de rodas ou para a maca ou vice-versa, dependerá do grau de dependência e do peso do paciente.
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Transporte do Paciente
Transferência para cadeira ou cadeira de rodas:
Explique sobre o procedimento;
Providenciar privacidade;
Colocar a cadeira na mesma direção da cama;
Ajudar o paciente a sentar-se na lateral da cama;
Ajudar a ficar em pé e ficar de pé em frente do paciente;
Solicitar que apoie seus pulsos na cama, próximo as coxas;
Colocar aos mãos embaixo dos braços do paciente;
Colocar o paciente inclinado para frente
Girar o paciente para que ele possa agarrar o braço da cadeira;
Abaixar até a cadeira e deixá-lo confortavelmente
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Passagem da paciente para cama
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Maca Ortopédica 
Maca resgate
Macas Portáteis 
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CADEIRA
DE RODAS MOTORIZADA
CADEIRA DE BANHO DOBRÁVEL
Cadeira de rodas básica 
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BARRAS PARALELAS
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Devemos ser a enfermagem que queremos ter.
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Referências Bibliográficas
SORRENTINO, Sheila A. Fundamentos para o auxiliar de enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2001.
PORTO, Andréia Cruz. Curso Didático de Enfermagem: modulo I. São Caetano do Sul, SP: Yendis, 2006. 
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