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Análise de Balanço

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Análise de Balanço
Introdução “A análise de balanço objetiva extrair informações das demonstrações para a tomadas de decisões. As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contábeis. A análise de balanço transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir”. 
(MATARAZZO, 2003, p. 15).
“A contabilidade é fantástica para medir o lucro que aconteceu”, diz o professor Eliseu Martins, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA), “mas é extremamente pobre para medir o lucro futuro”. 
“O que os contadores de outrora não sabiam nem podiam imaginar é que a discrepância entre o valor acionário da empresa e o valor de seus ativos se tornaria muito maior nas empresas da Nova Economia.”
A discrepância maior nas empresas da Nova Economia ocorre por um motivo simples: os ativos mais importantes delas não são fábricas ou máquinas, declaradas como patrimônio no balanço. São marcas, clientes ou tecnologias que desenvolvem. 
Eles são ativos conhecidos como intangíveis. 
“Eis o grande problema da contabilidade: como registrar no balanço o que o mercado mais valoriza?”
(MARTINS apud LOPES, 2000).
Objetivos da análise das demonstrações contábeis 
A contabilidade é um instrumento de apoio à administração e contribui para a tomada de decisões de qualidade. 
O objetivo da avaliação das demonstrações contábeis envolve a indicação de informações numéricas, preferencialmente de dois ou mais períodos regulares, de modo a auxiliar ou instrumentalizar gestores, acionistas, clientes, fornecedores, instituições financeiras, governo, investidores e outras pessoas interessadas em conhecer a situação da empresa ou em tomar decisão.
Os investidores identificam, por meio dos relatórios contábeis, a situação econômico-financeira da empresa e decidem sobre as melhores alternativas de investimento. 
Os fornecedores de bens e serviços a crédito utilizam os relatórios contábeis para analisar a capacidade de pagamento da empresa compradora. 
Os bancos (instituições financeiras) usam os relatórios para aprovar empréstimos, financiamentos, limite de crédito etc.
O governo não só usa os relatórios com a finalidade de arrecadar impostos, como também para dados estatísticos, no sentido de melhor redimensionar a economia (IBGE, por exemplo). 
Os sindicatos utilizam os relatórios para determinar a produtividade do setor, fator preponderante para reajuste de salários.
Outros interessados são funcionários, órgãos de classes, pessoas e diversas instituições, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o CRC (Conselho Regional de Contabilidade), concorrentes etc.
Objetivos/expectativas dos usuários das demonstrações financeiras:
Liberação de crédito; 
Investimento de capital; 
Fusão de empresas; 
Incorporação de empresas; 
Rentabilidade ou retorno; 
Saneamento financeiro; 
Perspectiva da empresa; 
Fiscalização ou controle; 
Relatórios administrativos.
Para Matarazzo (2003), as demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contábeis. A análise de balanço transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir.
Dados: são números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor. 
Informações: representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir reação ou decisão, frequentemente acompanhada de um efeito surpresa.
Podemos, mais uma vez, afirmar que o trabalho do analista de balanço se inicia com o término do processo contábil. 
Processo contábil. 
Análise de balanço.
As demonstrações contábeis 
Segundo Ludícibus, a Lei das Sociedades por Ações estabelece que, ao fim de cada exercício social (12 meses), a diretoria fará elaborar, com base na escrituração contábil, as demonstrações financeiras (ou demonstrações contábeis) relacionadas a seguir: 
Mensagem ou relatório aos acionistas. 
Balanço Patrimonial – BP. 
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
Demonstração da Mutação do Patrimônio Liquido – DMPL. 
Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC. 
Demonstração do Valor Adicionado – DVA. 
Notas explicativas. 
Parecer da auditoria independente. 
Parecer do conselho fiscal.
Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial é o principal demonstrativo das demonstrações contábeis, representa a posição do patrimônio líquido da entidade econômica, na data da publicação. 
	Ativo 
	Passivo 
	Circulante 
	Circulante 
	
	Não circulante 
	Não circulante 
	Patrimônio líquido 
	Total ativo 
	Total passivo
Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)
A Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) é a apresentação, em forma resumida, das operações realizadas pela sociedade durante o exercício social, demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período.
Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido – DMPL
Demonstra a movimentação ocorrida, durante o exercício social, nas diversas contas componentes do patrimônio líquido. 
Indica o fluxo de uma conta para outra e a origem e o valor de cada acréscimo ou diminuição no patrimônio líquido durante o exercício.
	
O objetivo da DFC é prover informações relevantes sobre o fluxo financeiro de uma empresa, ocorridos durante um determinado período, que avaliam: 
a capacidade da empresa gerar futuros fluxos de caixa líquidos positivos; 
a capacidade da empresa honrar seus compromissos, pagar dividendos e retornar empréstimos obtidos; 
a liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa; 
a taxa de conversão de lucro em caixa;
a performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os efeitos de distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos; 
o grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa; 
os efeitos, sobre a posição financeira da empresa, das transações de investimentos e de financiamentos.
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 
 A Demonstração do Valor Adicionado evidencia a capacidade da empresa de gerar riqueza e como ela é distribuída entre acionistas, financiadores externos, funcionários e governo. 
 A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é elaborada com base nos dados contidos na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). Nessa demonstração é destacado o valor agregado pela empresa e a sua distribuição, indicando a contribuição da empresa para a formação do lucro e para outros itens, tais como impostos, taxas e contribuições, pessoal e encargos, juros, aluguéis etc.
	
Parecer da auditoria independente 
As empresas de capital aberto, instituições financeiras e alguns outros casos específicos são obrigados a publicar as demonstrações financeiras com o parecer da auditoria externa. 
O auditor emite sua opinião, informando se as demonstrações financeiras representam adequadamente a situação patrimonial e a posição financeira na data do exame. Também informa se as demonstrações financeiras foram levantadas de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se há uniformidade com relação ao exercício anterior
Os principais motivos que levam uma empresa a contratar o auditor externo ou independente são: 
obrigação legal – as companhias abertas são obrigadas por lei; 
imposição de bancos para ceder empréstimo; 
imposição estatutária; 
imposição dos acionistas minoritários; 
para efeito de fusão, incorporação, cisão ou consolidação.
Parecer do Conselho Fiscal 
Compete ao Conselho Fiscal: 
fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; 
opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo constar do seu parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da assembleia geral;
opinarsobre as propostas dos órgãos da administração a serem submetidas à assembleia geral, relativas à modificação do capital social, emissão de debêntures ou bônus de subscrição, planos de investimento ou orçamentos de capital, distribuição de dividendos, transformação, incorporação, fusão ou cisão; 
denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de administração e, se esses não tomarem as providências necessárias para a proteção dos interesses da companhia, à assembleia geral, os erros, fraudes ou crimes que descobrirem e sugerirem providências úteis à companhia;
A análise das demonstrações contábeis é uma forma de verificar a evolução ou o crescimento da empresa de um período para outro e quais os indicadores que demonstram tal crescimento ou decréscimos.
Análise de balanços – Fluxo dos objetivos da avaliação das demonstrações contábeis
Nível introdutório 
Apenas alguns indicadores básicos são abordados: 
Situação financeira – grupo dos índices de liquidez; 
Situação econômica – grupo dos índices de rentabilidade; 
Situação de endividamento – grupo dos índices de endividamento ou estrutura de capital.
Nível intermediário
Aprofundamento da análise; 
Maior grau de conhecimento do analista; 
Maiores ferramentas e melhores técnicas; 
Conhecimentos da demonstração do fluxo de caixa – método indireto, conjugado com todos os índices do nível introdutório.
Nível avançado 
Análises com modelos como EVA, MVA; 
Balanced scorecards; 
Dados oriundos das demonstrações da mutação do patrimônio líquido, conjugados com a demonstração do valor adicionado e outras informações contábeis; 
Geração de relatórios estratégicos para planejamentos de longo prazo.
Indicadores combinados. 
Análise da demonstração do valor adicionado. 
Projeções das demonstrações contábeis e sua análise. 
Análise com ajustamento das demonstrações contábeis no nível geral de preços. 
Análise das demonstrações contábeis 
O processo de análise começa com a separação dos dados, combinando-os adequadamente para viabilizar sua interpretação, de acordo com o objetivo previamente estabelecido. 
Para o gerenciamento empresarial, é necessária a informação contábil no processo de planejamento, controle e tomada de decisão dentro da empresa.
Por essa razão, a comparabilidade em vários aspectos é importante para a comparação com: 
Períodos passados; 
Padrão setorial; 
Períodos orçados; 
Padrões internacionais; 
Empresas concorrentes.
Qual a melhor técnica de análise de balanços?
Não há uma resposta para esta pergunta, uma vez que diversos são os ramos de atividades e os mercados em que as empresas atuam, inclusive, há formas de liderança empresarial e todas essas formas influenciam a tomada de decisão, qualquer que seja o resultado obtido na análise financeira.
No entanto, alguns indicadores são imprescindíveis para conhecer a situação econômico-financeira de qualquer empresa. Por serem aqueles que mostram a evolução (ou não) das contas patrimoniais e de resultado num determinado período, serão medidos pela análise vertical e horizontal, em conjunto com os seguintes indicadores financeiros e econômicos:
Indicadores financeiros 
Índices de liquidez: medem a capacidade de pagamento da empresa. 
Índice de endividamento: estabelece o montante de dívidas assumidas pela empresa e se tem condições de assumir mais dívidas. 
Índice de atividade: mostra em número de dias os prazos para recebimento das vendas a prazo, 
os pagamentos das compras a prazo para o estoque, bem como o número de dias necessários para a renovação dos estoques.,
Indicadores econômicos 
Índices de rentabilidade: contêm os diversos índices de rentabilidade, como taxa de retorno sobre o investimento e sobre o patrimônio líquido, entre outros; em geral, medem a potencialidade da empresa de gerar receitas de vendas.
Técnicas de análise Índice de liquidez 
 As informações necessárias para cálculos de índices de liquidez são as contas do ativo e passivo. Os dados a seguir foram retirados do balanço ajustado do grupo Votorantim e serão utilizados nos exemplos do cálculo dos índices de liquidez.
Índice de liquidez imediata 
Avalia a conta disponibilidade com relação ao passivo circulante. 
	
Exemplo: Para cada R$1,00 de obrigações de curto prazo, a empresa tem recursos de curto prazo de R$1,10 para os anos de 2010 e de 2009, sua capacidade de pagar as obrigações de curto prazo era de R$1,18 para cada R$ de dívida. 
Índice de liquidez seco
Avalia quanto a empresa possui de AC líquido para cada unidade monetária de PC. 
Exemplo: Para cada R$1,00, temos recursos financeiros de R$1,02 no decorrer de 2010 e R$1,08 para R$ 1,00 de obrigações de curto prazo. 
Índice de liquidez geral 
Avalia quanto a empresa possui de AC+ ativo não circulante para cada unidade monetária de dívida geral (PC + passivo não circulante). 
 
Exemplo: Considerando os valores de liquidez que a empresa tinha em 2009 e 2010, para cada R$1,00 de obrigações totais – dívidas de curto e longo prazo, a empresa tinha aproximadamente R$1,42 de recursos para liquidação. 
Índices de endividamento ou estrutura de capital 
Os quocientes ou índices de endividamento demonstram a relação de capitais próprios e de terceiros que compõem o capital da empresa. Esse tipo de análise é importante para verificar se a empresa recorreu a capitais de terceiros para complementar as aplicações no ativo e se foi necessário fazer mais dívidas para pagar outras obrigações que estão por vencer. 
Índices de endividamento ou índices de estrutura de capital mostram a composição e a aplicação dos recursos da empresa.
Principais índices ou quocientes de endividamento: 
Estrutura de capital: 
composição das exigibilidades; 
capital de terceiros/capital próprio; 
imobilização do patrimônio líquido.
Quociente de composição das exigibilidades 
Indica quanto as dívidas de curto prazo representam para cada unidade monetária do total da dívida com terceiros. 
Esse quociente demonstra a composição do endividamento de curto prazo com relação ao total, logo, a diferença corresponde ao longo prazo. Quanto menor, mais favorável, ou seja, o endividamento de longo prazo facilita o pagamento da empresa. 
	Quociente de capital de terceiros/capital próprio 
Esse quociente evidencia qual é a proporção da participação dos capitais de terceiros com relação aos recursos totais e indica quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada unidade monetária de capital próprio. 
Imobilização do patrimônio líquido 
Demonstra o investimento em ativo imobilizado que a empresa está fazendo, explicitando sua capacidade de geração de capacidade produtiva. 
Verifica-se que aproximadamente 70% do patrimônio líquido é aplicado em investimentos com ativo imobilizado.
	Índices de rentabilidade 
São considerados índices econômicos os que indicam margens de lucro (rentabilidade), de retorno do capital investido e a velocidade das operações realizadas. 
Evidenciam o grau de êxito obtido pelo capital investido na empresa.
Retorno sobre o investimento 
Mostra quanto a empresa obteve de lucro para cada R$ 1,00 de investimentos, sem considerar as despesas e impostos. 
Retorno sobre o patrimônio líquido 
Revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida pelo capital próprio investido na empresa. 
	
Margem líquida 
Indica o percentual de lucro líquido em cada unidade monetária vendida. 
GIRO DO ATIVO
Mostra quanto à empresa vendeu para cada R$ 1,00 do investimento total.

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