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Brasília

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ESTUDO SOBRE AS CAPITAIS: BRASÍLIA,BELO HORIZONTE,GOIÂNIA 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado ao curso de 
Arquitetura e Urbanismo, como requisito do 1º 
Bimestre da disciplina de THAU. 
 
 
Orientador: 
 
 
 
GOIÂNIA,ABRIL 
2014 
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Sumário 
Gentílico ............................................................................................................................................. 5 
História ............................................................................................................................................... 6 
Primórdios ..................................................................................................................................... 6 
Idealização ..................................................................................................................................... 6 
Planejamento e construção ........................................................................................................... 8 
Economia .......................................................................................................................................... 11 
Turismo ........................................................................................................................................ 12 
Cultura ............................................................................................................................................. 14 
Patrimônio urbanístico ............................................................................................................... 15 
Patrimônio arquitetônico ............................................................................................................ 17 
Belo Horizonte ............................................................................................................................ 20 
História ................................................................................................................................... 22 
A fundação da capital .......................................................................................................... 22 
O projeto de Aarão Reis ....................................................................................................... 26 
A expansão ......................................................................................................................... 28 
A história recente ................................................................................................................ 30 
Ecologia e meio ambiente .................................................................................................... 33 
Política ................................................................................................................................... 34 
Subdivisões ............................................................................................................................. 37 
Cultura ................................................................................................................................... 39 
Artes visuais ........................................................................................................................ 40 
Arquitetura e patrimônio histórico ...................................................................................... 42 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
No trabalho a seguir veremos a história de Brasília,onde fica localizada,o plano urbanístico da 
capital,conhecido como “Plano Piloto”,quem planejou e desenvolveu,a sua idealização,suas 
desigualdades sociais,veremos também sua importância para o centro político e econômico,a 
capital é classificada como Patrimônio Cultural da Humanidade,falaremos também de sua 
educação,saúde,cultura,seus patrimônios urbanísticos e arquitetônicos maravilhosos.Em 
seguida veremos a história de Belo Horizonte,capital de Minas Gerais,sua localização, como 
foi fundada,como era habitada até o século XVII,veremos que Belo Horizonte foi uma das 
primeiras capitais brasileiras planejadas,foi um projeto do engenheiro Aarão 
Reis,mostraremos sua expansão que ultrapassou o seu plano original,falaremos de sua história 
atual,o clima,seu meio ambiente,suas religiões,políticas,suas relações exteriores,sua econômia 
no setor secundário,terciário,sua infraestrutura,educação,as dedicações nos setor da ciência e 
tecnologia,suas culturas,seu patrimônio histórico e sua arquitetura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília 
 
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Brasília 
"Capital Federal" 
"Capital da Esperança" 
"Cidade-Parque" 
"Capital Mundial das Águas" 
"BSB" 
 
 
Da esquerda para a direita: Congresso Nacional do 
Brasil,Ponte JK, Eixo Monumental, Palácio da 
Alvorada eCatedral Metropolitana de Brasília. 
Localização 
 
Localização de Brasília no Distrito Federal 
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Brasília é a capital federal do Brasil e a sede do governo do Distrito Federal. A cidade está 
localizada na região Centro-Oeste do país, ao longo da região geográfica conhecida 
como Planalto Central. No censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística em 2010, sua população era de 2 562 963 habitantes (3 716 996 em sua área 
metropolitana), sendo, então, a quarta cidade brasileira mais populosa. A capital brasileira é a 
maior cidade do mundo construída no século XX. 
A cidade possui o segundo maior produto interno bruto per capita do Brasil (45 977,59 reais), 
o quinto maior entre as principais cidades da América Latina e cerca de três vezes maior que a 
renda média brasileira. Como capital nacional, Brasília é a sede dos três principais ramos 
do governo brasileiro e hospeda 124 embaixadas estrangeiras. A cidade também abriga a sede 
de muitas das principais empresas brasileiras. A política de planejamento da cidade, como a 
localização de prédios residenciais em grandes áreas urbanas, a construção da cidade através 
de enormes avenidas e a sua divisão em setores, tem provocado debates sobre o estilo de vida 
nas grandes cidades no século XX. O projeto da cidade a divide em blocos numerados, além 
de setores para atividades pré-determinadas, como o Setor Hoteleiro, Bancário ou de 
Embaixadas. 
O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi elaborado pelo 
urbanista Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, adequou-o ao projeto do lago 
Paranoá, concebido em 1893 pela Missão Cruls.A cidade começou a ser planejada e 
desenvolvida em 1956 por Lúcio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Inaugurada em 21 
de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, Brasília tornou-se formalmente 
a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro. Vista de cima, a principal área da 
cidade se assemelha ao formato de um avião ou de uma borboleta. A cidade é comumente 
referida como "Capital Federal" ou "BSB".A cidade é considerada um Patrimônio 
Mundial pela UNESCO, devido ao seu conjunto arquitetônico e urbanístico. 
A palavra "Brasília" pode se referir ao Distrito Federal como um todo ou apenas à primeira 
Região Administrativa do Distrito Federal, que é formada basicamente pelo Plano Piloto e 
pelo Parque Nacional de Brasília. O Distrito Federal acumula características de município e 
estado. As outras regiões administrativas, também chamadas "cidades-satélites", que formam 
o Distrito Federal não são municípios. 
Gentílico 
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"Brasiliense" é o nome que se dá a quem nasceu em Brasília. "Candango", que é também 
utilizado paradesignar os brasilienses, é originalmente usada para se referir aos trabalhadores 
que, em sua maioria provenientes da Região Nordeste do Brasil, migravam à futura capital 
para trabalhar em sua construção; hoje há candangos antigos e novos candangos provenientes 
da migração por concursos públicos. Uma das vertentes etimológicas diz que o termo 
"candango" era usado pelos africanos para designar os portugueses. De acordo com o 
dicionário Michaelis - Trabalhador, estudante vindo de fora da região para estabelecimento de 
residência. Nome com que se designam os trabalhadores comuns que colaboraram na 
construção de Brasília. 
História 
Primórdios 
Antes da chegada dos europeus ao continente americano, a porção central do Brasil era 
ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, 
os xavantes, os caiapós, os javaés etc. 
No século XVIII, a atual região ocupada pelo Distrito Federal brasileiro, que era cortada pela 
linha do Tratado de Tordesilhasque dividia os domínios portugueses dos espanhóis, tornou-se 
rota de passagem para os garimpeiros de origem portuguesa em direção às minas de Mato 
Grosso e Goiás . Data dessa época a fundação do povoado de São Sebastião de Mestre 
d'Armas (atual região administrativa de Planaltina, no Distrito Federal) . 
Em 1761, o Marquês de Pombal, então primeiro-ministro de Portugal, propôs mudar a capital 
do império português para o interior do Brasil Colônia. O jornalista Hipólito José da Costa, 
fundador do Correio Braziliense, primeiro jornal brasileiro, editado em Londres, redigiu, em 
1813, artigos em defesa da interiorização da capital do país para uma área "próxima às 
vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para o norte, sul e nordeste". José Bonifácio, o 
Patriarca da Independência, foi a primeira pessoa a se referir à futura capital do Brasil, em 
1823, como "Brasília". 
Idealização 
Desde a primeira constituição republicana, de 1891, havia um dispositivo que previa a 
mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro para o interior do país, determinando como 
"pertencente à União, no Planalto Central da República, uma zona de 14 400 quilômetros 
quadrados, que será oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a futura Capital 
Federal". Fato interessante dessa época foi o sonho premonitório do padre italiano São João 
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Bosco, no qual disse ter visto uma terra de riquezas e prosperidade situada próxima a um lago 
e entre os paralelos 15 e 20 do Hemisfério Sul. Acredita-se que o sonho do padre tenha sido 
uma profecia sobre a futura capital brasileira, pelo qual o padre, posteriormente canonizado, 
se tornou opadroeiro de Brasília. 
 
 
Esboço da cidade de Vera Cruz feito pela Comissão de Localização da Nova Capital Federal. 
No ano de 1891, foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada 
pelo astrônomo Luís Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um 
levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da 
região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls e foi apresentada 
em 1894 ao governo republicano. A comissão designava Brasília com o nome de "Vera 
Cruz". 
Em 1922, no ano do Centenário da Independência do Brasil, o deputado Americano do 
Brasil apresentou um projeto à Câmara incluindo entre as comemorações a serem celebradas o 
lançamento da Pedra Fundamental da futura Capital, no Planalto Central. O então presidente 
da república, Epitácio Pessoa, baixou o Decreto 4 494, de 18 de janeiro de 1922, 
determinando o assentamento da pedra fundamental e designou, para a realização desta 
missão, o engenheiro Balduíno Ernesto de Almeida, diretor da estrada de ferro deGoiás, com 
sede em Araguari, em Minas Gerais. No dia 7 de setembro de 1922, com uma caravana 
composta de 40 pessoas, foi assentada a pedra fundamental no Morro do Centenário, na Serra 
da Independência, situada a nove quilômetros da cidade dePlanaltina . 
Em 1954, o marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque foi convidado pelo 
presidente Café Filho para ocupar a presidência da Comissão de Localização da Nova Capital 
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Federal, encarregada de examinar as condições gerais de instalação da cidade a ser construída. 
Em seguida, Café Filho homologou a escolha do sítio da nova capital e delimitou a área do 
futuro Distrito Federal, determinando que a comissão encaminhasse o estudo de todos. A 
Comissão de Planejamento e Localização da nova Capital, sob a Presidência de José Pessoa, 
foi a responsável pela exata escolha do local onde hoje se ergue Brasília. 
A idealização do plano-piloto também foi obra da mesma comissão que, em robusto relatório, 
redigido pelo Marechal José Pessôa, de título "Nova Metrópole do Brasil" e entregue ao 
Presidente Café Filho, detalhou os pormenores do arrojado planejamento que se realizou. 
O marechal José Pessoa não imaginou o nome da capital como Brasília, mas sim Vera Cruz, 
de modo a caracterizar o sentimento de um povo que nasceu sob o signo da Cruz de Cristo e 
estabelecendo ligação com o primeiro nome dado pelos descobridores portugueses. O plano 
elaborado respeitava uma determinada interpretação da história e não descaracterizava as 
tradições brasileiras. Grandes avenidas chamar-se-iam "Independência", "Bandeirantes" etc., 
diferentes, portanto, das atuais siglas alfa-numéricas de Brasília, como W3, SQS, SCS, SMU 
e outras. 
Por discordâncias com o presidente Juscelino Kubitschek, o marechal José Pessoa abandonou 
a presidência da comissão, tendo sido sucedido pelo coronel do exército Ernesto Silva, que 
era o secretário da comissão. Ernesto Silva, que também era médico, foi nomeado na 
sequência presidente da Comissão de Planejamento da Construção e da Mudança da Capital 
Federal (1956) e Diretor da Companhia Urbanizadora da Nova Capital – Novacap (1956/61), 
tendo assinado o Edital do Concurso do Plano Piloto, em 1956, publicado no Diário Oficial da 
União no dia 30 de setembro de 1956. 
Planejamento e construção 
 
 
Plano Piloto de Brasília, projetado pelo urbanista Lúcio Costa. 
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Apenas no ano de 1955, durante um comício na cidade goiana de Jataí, o então candidato 
à presidência, Juscelino Kubitschek, foi questionado por um eleitor se respeitaria a 
constituição, interiorizando a capital federal, ao que Juscelino afirmou que transferiria a 
capital. Eleito, Juscelino estabeleceu a construção de Brasília como "meta-síntese" de seu 
"Plano de Metas". 
O traçado de ruas de Brasília obedece ao plano piloto implantado pela empresa Novacap a 
partir de um anteprojeto do arquiteto Lucio Costa, escolhido através de concurso público 
nacional. O arquiteto Oscar Niemeyer projetou os principais prédios públicos da cidade. Para 
fazer a transferência simbólica da capital do Rio para Brasília, Juscelino fechou solenemente 
os portões do Palácio do Catete, então transformado em Museu da República, às 9 da manhã 
do dia 21 de abril de 1960, ao que a multidão reagiu com aplausos. A cidade de Brasília foi 
fundada no mesmo dia e mês em que se lembra a execução de Joaquim José da Silva Xavier, 
líder da Inconfidência Mineira, e a fundação de Roma. 
 
 
Construção da Esplanada dos Ministérios em 1959. 
O princípio básico das estratégias políticas de Juscelino Kubitschek, segundo o próprio, era 
apropriado do moralista francês Joubert, para quem "não devemos cortar o nó que podemos 
desatar". Com base nessa máxima, Kubitschek viabilizou a construção de Brasília, oferecendo 
várias benesses à oposição, criando fatos consumados e queimando etapas. Apesarde a cidade 
ter sido construída em tempo recorde, a transferência efetiva da infraestrutura governamental 
só ocorreu durante os governos militares, já na década de 1970. Todavia, ainda no início do 
Século XXI, muitos órgãos do governo federal brasileiro continuam sediados na cidade 
do Rio de Janeiro. 
Mostra o efeito provocado pelo modernismo da cidade recém-construída a declaração 
do cosmonauta Yuri Gagarin, primeiro homem a viajar para o espaço, ao visitá‐la em 1961: 
"Tenho a impressão de que estou desembarcando num planeta diferente, não na Terra". 
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Alguns dos fatores que mais influenciaram a transferência da capital foram a segurança 
nacional, pois acreditava-se que, com a capitalno litoral, ela estava vulnerável a ataques 
estrangeiros (argumento militar-estratégico que teve como precursor Hipólito José da Costa) e 
uma interiorização do povoamento e do desenvolvimento e integração nacional, já que, 
devido a fatores econômicos e históricos, a população brasileira concentrou-se na faixa 
litorânea, ficando o interior do país pouco povoado. Assim, a transferência da capital para o 
interior forçaria o deslocamento de um contingente populacional e a abertura de rodovias, 
ligando a capital às diversas regiões do país, o que levaria a uma maior integração econômica. 
Planejada para ter uma população de 600 mil habitantes no ano 2000, a população do Distrito 
Federal já atingia os 2,5 milhões de habitantes em 2010. Brasília, considerando-se todo o 
Distrito Federal, atualmente é a quarta capital mais populosa do Brasil. 
 
 
Palácio do Buriti, sede do governo doDistrito Federal. 
 
 
Edifício-sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal. 
 
 
Edifício-sede do Congresso Nacional. 
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Economia 
 
 
Atividades econômicas de Brasília por número de empregados - (2012) 
 
 
Sede do Banco Central do Brasil 
 
 
Setor Hoteleiro Sul da cidade. 
Além de ser centro político, Brasília é um importante centro econômico. É a terceira cidade 
mais rica do Brasil, exibindo um Produto Interno Bruto (PIB) de 99,5 bilhões de reais, ou 
3,76 % de todo o PIB brasileiro. Brasília está entre as áreas urbanas de maior índice derenda 
per capita do Brasil. Segundo pesquisa da consultoria Mercer sobre o custo de vida para 
funcionários estrangeiros, Brasília está colocada na posição 33 entre as cidades mais caras do 
mundo em 2011, subindo da posição 70 em 2010. Superada no Brasil em 2011 somente pelas 
cidades de São Paulo (10) e Rio de Janeiro (12), Brasília entra na classificação logo depois 
de Nova Iorque (32), a cidade mais cara dos Estados Unidos. A cidade foi a região com 
lançamentos mais caros do Brasil em 2012, segundo o "Anuário do Mercado Imobiliário 
Brasileiro da Lopes", com 51 empreendimentos lançados, 8.823 unidades e 3,3 bilhões de 
reais em "Valor Geral de Vendas",sendo o quarto maior mercado imobiliário nacional. 
A principal atividade econômica da capital federal resulta de sua função administrativa. Por 
isso seu planejamento industrial é estudado com muito cuidado pelo Governo do Distrito 
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Federal. Por ser uma cidade tombada pelo IPHAN e que recebeu o Título de Patrimônio 
Cultural da Humanidade pela Unesco a ocupação do território do DF tem características 
diferenciadas para preservação da cidade. Assim, o governo de Brasília tem optado em 
incentivar o desenvolvimento de indústrias não poluentes como a de software, do cinema, 
vídeo, gemologia, entre outras, com ênfase na preservação ambiental e na manutenção do 
equilíbrio ecológico, preservando o patrimônio da cidade. 
A economia de Brasília sempre teve como principais bases a construção civil e o varejo. Foi 
construída em terreno totalmente livre, portanto ainda existem muitos espaços nos quais se 
pode construir novos edifícios. À medida que a cidade recebe novos moradores, a demanda 
pelo setor terciário aumenta, motivo pelo qual Brasília tem uma grande quantidade de lojas, 
com destaque para o Conjunto Nacional, localizado no centro da capital. A agricultura e a 
avicultura ocupam lugar de destaque na economia brasiliense. Um cinturão verde na Região 
Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno abastece a cidade e já exporta 
alimentos para outros locais. 
Turismo 
 
 
Bandeira brasileira na Praça dos Três Poderes. 
Brasília é classificada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, uma agência 
da ONU e recebe cerca de um milhão de visitantes anualmente. Entre as suas atrações mais 
visitadas estão os diversos projetos arquitetônicos de Oscar Niemeyer. 
O turismo cívico é valorizado por estarem localizados na capital os órgãos governamentais da 
administração direta e os representantes dos três poderes republicanos. Os principais 
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monumentos da cidade encontram-se no Eixo Monumental: Catedral Militar Rainha da Paz, 
Praça do Cruzeiro (Memorial da Primeira Missa), Memorial JK, Memorial dos Povos 
Indígenas,Complexo Poliesportivo Ayrton Senna: Ginásio de Esportes Nilson 
Nelson e Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha; Centro de Convenções Ulysses 
Guimarães (CCUG), Torre de TV, Teatro Nacional Cláudio Santoro, Complexo Cultural da 
República João Herculino: Biblioteca Nacional de Brasília Leonel de Moura Brizola (BNB) 
e Museu Nacional Honestino Guimarães; Catedral Metropolitana de Brasília Nossa Senhora 
Aparecida, Esplanada dos Ministérios, Palácio da Justiça, Palácio Itamaraty, Praça dos Três 
Poderes: Congresso Nacional, sede do Poder Legislativo brasileiro, Palácio do Planalto, sede 
do Poder Executivo brasileiro, Supremo Tribunal Federal (STF), sede do Poder Judiciário 
brasileiro e Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves; além de outros. Entre outros 
monumentos estão o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República (no 
Setor Palácio Presidencial - SPP), o Catetinho (ao longo da EPIA Sul), o Santuário Dom 
Bosco (na Via W3 Sul), o Museu Vivo da Memória Candanga (na Candangolândia) e a Ponte 
Juscelino Kubitschek, mais conhecida como Ponte JK, premiada internacionalmente (no Lago 
Paranoá, entre o Setor de Clubes Esportivos Sul - SCES - , na Asa Sul, e o Setor de 
Habitações Individuais Sul - SHIS, no Lago Sul). 
Brasília ainda é conhecida por suas comunidades espiritualistas (como o Vale do Amanhecer, 
em Planaltina, a Cidade Eclética e a Cidade da Paz) localizadas nos seus arredores e também 
por modernistas templos religiosos, como o Templo da Boa Vontade da LBV. 
A cidade oferece também ecoturismo por estar localizada a 1 000 metros acima do nível do 
mar, no imenso platô do Planalto Central, de onde nascem quase todas as grandes bacias 
hidrográficas brasileiras. A cidade ainda conta com várias áreas verdes, como o Parque da 
Cidade Dona Sarah Kubitschek, (entre a Asa Sul e o Setor Sudoeste, oParque Nacional de 
Brasília, mais conhecido como Água Mineral (entrada pela EPIA Norte), o Parque Olhos 
D'Água (na Asa Norte - SQNs 412 e 413), o Jardim Botânico de Brasília (JBB) (no Lago Sul), 
o Jardim Zoológico de Brasília (na Candangolândia) e o Parque Ecológico Burle Marx (entre 
a Asa Norte e o Setor Noroeste). 
O turismo histórico na capital federal não se restringe ao período posterior à fundação, mas 
também resgata locais e fatos anteriores a 1960, como a Estrada Geral do Sertão, com mais de 
3 000 quilômetros, aberta em 1736 para ligar a cidade de Salvador a Vila Bela, antiga capital 
do Mato Grosso. 
14Vista aérea do centro de Brasília (Plano Piloto) ao longo do Eixo Monumental, com destaque 
para o novo Estádio Mané Garrincha (à esquerda), o Congresso Federal e a Praça dos Três 
Poderes (à direita). Toda a área residencial da Asa Norte é vista no meio da imagem. 
Cultura 
 Brasília * 
 
 
Património Mundial da UNESCO 
 
 
Palácio da Alvorada à noite. 
Em Barcelona, Espanha, no dia 12 de dezembro de 2007, o Bureau Internacional de Capitais 
Culturais nomeou Brasília como aCapital Americana da Cultura para o ano de 2008, 
sucedendo Cuzco. O Bureau promoveu uma votação popular que elegeu as sete 
maravilhas do Patrimônio Cultural Material de Brasília: a Catedral, o Congresso Nacional, 
o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Templo da Boa Vontade, o Santuário Dom 
Bosco e a Ponte JK. 
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Os principais museus da cidade estão localizados no Eixo Monumental. O Panteão da Pátria e 
da Liberdade Tancredo Neves, projetado por Oscar Niemeyer em forma de pomba e 
inaugurado em 1986 traz o "Livro dos Heróis da Pátria" com a história daqueles que teriam 
lutado pela união da nação. O Memorial JK apresenta diversos objetos pessoais (fotos, 
presentes, cartas) e o próprio túmulo do idealizador da cidade. O Memorial dos Povos 
Indígenas tem como objetivo mostrar um pouco da riqueza das culturas indígenas nacionais. 
Em 15 de dezembro de 2006, foi inaugurado o Complexo Cultural da República, um centro 
cultural localizado ao longo do Eixo Monumental, formado pela Biblioteca Nacional de 
Brasília e pelo Museu Nacional da República. A Biblioteca Nacional de Brasíliaocupa uma 
área de 14 000 m², contando com salas de leitura e estudo, auditório e uma coleção de mais de 
300 000 itens. OMuseu Nacional da República é constituído por uma área de 14 500 m², dois 
auditórios com capacidade de 780 lugares e umlaboratório. O espaço é usado principalmente 
para exibir exposições de arte temporárias. 
Fora do Eixo Monumental, existe ainda o Museu de Arte de Brasília que conta com exposição 
permanente voltada para a arte moderna e o Museu de Valores do Banco Central. No Setor de 
Diversões Norte, em forma de uma grande pirâmide irregular, está localizado o principal 
teatro da cidade, o Teatro Nacional Cláudio Santoro com três salas - nomeadas em 
homenagem a Villa-Lobos, Martins Pena e Alberto Nepomuceno. 
Patrimônio urbanístico 
 
 
O Eixo Monumental e a Esplanada dos Ministérios vistos da Torre de TV de Brasília. 
 
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Fotografia aérea da Asa Sul. 
O projeto urbanístico de Brasília foi projetado por Lúcio Costa, vencedor do concurso de 
1957 para o plano da Nova Capital, e teve sua forma inspirada pelo sinal da cruz . No entanto, 
o formato da área é popularmente comparado ao de um avião. Na extremidade noroeste do 
Eixo Monumental estão os edifícios regionais, enquanto no extremo sudeste, perto da costa do 
Lago Paranoá, estão os edifícios do governo federal, em torno da Praça dos Três Poderes, o 
coração conceitual de Brasília. A cidade é divida em setores temáticos, como o de Habitações 
Coletivas, Comercial, Hospitalar, Hoteleiro, Cultural e de Diversões. 
Lúcio Costa projetou o Eixo Monumental como uma área aberta no centro da cidade onde se 
situa a Esplanada dos Ministérios. O gramado retangular da área é cercado por duas amplas 
vias expressas, que formam a principal avenida da cidade, onde muitos edifícios públicos, 
monumentos e memoriais estão localizados. Este é o corpo principal do "avião" que forma da 
cidade, como previsto por Lúcio Costa. O Eixo Monumental assemelha-se ao National Mall, 
em Washington, DC, e é a via pública mais larga do mundo, com 250 metros de 
largura.A Praça dos Três Poderes, o centro conceitual do plano piloto, é um amplo espaço 
aberto entre os três edifícios monumentais que representam os três poderes da República: 
o Palácio do Planalto (Executivo), o Supremo Tribunal Federal (Judiciário) e o Congresso 
Nacional (Legislativo). Como em quase todos os logradouros de Brasília, a parte urbanística 
foi idealizada por Lúcio Costa e as construções foram projetadas por Oscar Niemeyer. 
Conjuntos habitacionais de baixo custo foram construídos pelo governo no plano piloto. As 
zonas residenciais da cidade são organizados em "superquadras", que são grupos de edifícios 
de apartamentos, juntamente com um determinada quantidade e tipo de escolas, lojas e 
espaços abertos. No extremo norte do Lago Paranoá, separado do centro da cidade, há 
uma península com muitas casas de luxo e um bairro semelhante existe na margem do Lago 
Sul. Originalmente, os planejadores da cidade imaginaram extensas áreas públicas ao longo 
das margens do lago artificial, mas durante o desenvolvimento inicial da capital, clubes 
privados, hotéis e residências de luxo ocuparam a área torno da água. Bem separados da 
cidade estão as suburbanas cidades-satélites, que 
incluem Gama, Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Núcleo 
Bandeirante, Sobradinho e Planaltina. Estas cidades, com exceção de Gama e Sobradinho, não 
foram planejados e desenvolveram-se naturalmente. A capital do Brasil é a única cidade do 
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mundo construída no século 20 para ser premiado (em 1987) o status de Patrimônio Histórico 
e Cultural da Humanidade pela UNESCO, uma agência da ONU. 
A cidade tem sido aclamada por seu uso em larga escala da arquitetura modernista e por seu 
plano urbanístico um tanto utópico. Após uma visita a Brasília, o escritor francêsSimone de 
Beauvoir se queixou de que todas as superquadras da cidade exalavam "o mesmo ar de 
monotonia elegante". Apesar de algumas falhas, como o privilégio dado ao transporte 
rodoviário, o projeto de Brasília produziu uma cidade de qualidade relativamente alta de vida, 
em que os cidadãos vivem em áreas arborizadas, com esportes, lazer e estrutura, ladeadas por 
pequenas áreas comerciais, livrarias e cafés, a cidade é famosa por sua culinária e trânsito 
eficiente. 
Mesmo estas características positivas provocaram alguma controvérsia, o que foi expresso no 
apelido de "ilha da fantasia", indicando o forte contraste entre a cidade e as regiões vizinhas, 
marcadas pela pobreza e desorganização das cidades do estado de Goiás, no entorno do 
Distrito Federal. Os críticos da grande escala de Brasília têm a caracterizado como uma 
fantasia platônica modernista sobre o futuro. 
 
Panorama do Eixo Monumental no Plano Piloto. 
Patrimônio arquitetônico 
 
 
A Catedral de Brasília. 
O edifício do Congresso Nacional do Brasil, tal como a maioria dos edifícios oficiais na 
cidade, foi projetado por Oscar Niemeyerseguindo o estilo da arquitetura moderna brasileira. 
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Vistas desde o Eixo Monumental, a calota à esquerda é a sede do Senado e a da direita é a 
sede da Câmara dos Deputados. Entre eles há duas torres de escritórios. O Congresso também 
ocupa outros edifícios no entorno, alguns deles interligados por um túnel. Na frente do prédio, 
há um grande gramado e um lago, enquanto do outro lado do edifício está a Praça dos Três 
Poderes. O paisagista brasileiro Roberto Burle Marx projetou os jardins modernistas de 
alguns dos principais edifícios da cidade. 
O Palácio da Alvorada é a residência oficial do Presidente do Brasil, foi concebido por Oscar 
Niemeyer e inaugurado em 1958. O prédio foi uma das primeiras estruturas construídas na 
nova capital, localizado sobre uma península nas margens do Lago Paranoá. O espectador tem 
uma sensação de olhar para uma caixa de vidro, aterrada suavemente sobre o solo, como 
apoio externo de finas colunas. O edifício tem uma área de 7 000 m² e tem três pisos, além de 
auditório, cozinha, lavanderia, centro médico, centro administrativo, quatro suítes, dois 
apartamentos privados, biblioteca, piscina, sala de música, duas salas de jantar e várias salas 
de reunião. 
 
 
Escultura Os Candangos, na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. 
O Palácio do Planalto é o local onde está localizado o Gabinete do Presidente do Brasil, sendo 
portando a sede do Poder Executivo do governo do país. O palácio faz parte do projeto do 
Plano Piloto da cidade e foi um dos primeiros edifícios construídos na capital. A construção 
do edifício começou em 10 de julho de 1958 e obedeceu a projeto arquitetônico elaborado por 
Oscar Niemeyer em 1956. A obra foi concluída a tempo de tornar o Palácio o centro das 
festividades da inauguração da nova Capital, em 21 de abril de 1960. OPalácio Itamaraty, 
também conhecido como Palácio dos Arcos, outro projeto modernista de Niemeyer, foi 
inaugurado em 21 de abril de 1970 e é onde está localizado o Ministério das Relações 
Exteriores do Brasil. 
19 
 
 
 
 
A ponte Juscelino Kubitschek. 
A Catedral de Brasília é outra obra idealizada por Niemeyer. Teve sua estrutura pronta em 
1960, onde aparecia somente a área circular de 70 metors de diâmetro da qual se elevam 16 
colunas de concreto (pilares de secção parabólica), que pesam 90 toneladas. Em 31 de maio 
de 1970, foi inaugurada oficialmente, já com os vidros externos transparentes. Na praça de 
acesso ao templo, encontram-se quatro esculturas em bronze com três metros de altura, 
representando os evangelistas; as esculturas foram realizadas com o auxílio do escultor Dante 
Croce, em 1968. No interior da nave, estão as esculturas de três anjos, suspensos por cabos de 
aço. 
A Ponte Juscelino Kubitschek serve como ligação entre o Lago Sul, Paranoá e São 
Sebastião e a parte central do Plano Piloto, através do Eixo Monumental, atravessando o Lago 
Paranoá. Inaugurada em 15 de dezembro de 2002, a estrutura da ponte tem um comprimento 
de travessia total de 1 200 metros, largura de 24 metros com duas pistas, cada uma com três 
faixas de rolamento, duas passarelas nas laterais para uso de ciclistas e pedestres 
e comprimento total dos vãos de 720 metros. Ela foi projetada pelo arquiteto Alexandre 
Chan e estruturada pelo engenheiro Mário Vila Verde. Chan ganhou a Medalha Gustav 
Lindenthal por este projeto. A ponte é constituída por três arcos de aço assimétricos de 60 
metros de altura que se cruzam em diagonal. Foi concluída a um custo de US$ 56,8 milhões. 
Além dos edifícios já mencionadas, outras grandes patrimônios arquitetônicos da cidade são 
o Complexo Cultural da República, Memorial JK, Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo 
Neves, Torre de TV de Brasília, a sede da Procuradoria Geral da República, o Palácio do 
Buriti, o Teatro Nacional Cláudio Santoro, além várias embaixadas estrangeiras que 
criativamente encarnam características de sua arquitetura nacional. 
20 
 
 
 
Vista panorâmica da Praça dos Três Poderes: à esquerda (sul) o poder judiciário (Supremo 
Tribunal Federal), no centro o poder legislativo (Congresso Nacional) e à direita a sede 
do poder executivo (Palácio do Planalto). 
 
 
Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, uma das sedes da Copa do Mundo FIFA de 
2014. 
Belo Horizonte 
 
Município de Belo Horizonte 
"BH" 
"Beagá" 
"Belô" 
"Cidade-jardim" 
 
 
21 
 
 
Vista aérea da zona central da cidade 
Localização 
 
Localização de Belo Horizonte em Minas Gerais 
 
Belo Horizonte é um município brasileiro, capital do estado de Minas Gerais. Pertence 
à Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte e à Microrregião de Belo Horizonte. Com 
uma área de aproximadamente 330 km², possui uma geografia diversificada, com morros e 
baixadas, distando 716 quilômetros de Brasília, a capital nacional. 
Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura natural e referência histórica, foi 
planejada e construída para ser a capital política e administrativa do estado mineiro sob 
influência das ideias do positivismo, num momento de forte apelo daideologia republicana no 
país. Sofreu um inesperado acelerado crescimento populacional, chegando a mais de 1 milhão 
de habitantes com quase 70 anos de fundação. Entre as décadas de 1930 e 1940, houve 
também o avanço da industrialização, além de muitas construções de inspiração modernista, 
notadamente as casas do bairro Cidade Jardim, que ajudaram a definir a fisionomia da cidade. 
De acordo com a mais recente estimativa realizada pelo IBGE em 2013, sua população é de 
2 479 175 habitantes, sendo omais populoso município de Minas Gerais, o terceiro da Região 
Sudeste, depois de São Paulo e Rio de Janeiro, e o sexto mais populoso do Brasil. Belo 
Horizonte já foi indicada pelo Population Crisis Commitee, da ONU, como a metrópole com 
melhor qualidade de vida na América Latina e a 45ª entre as 100 melhores cidades do mundo. 
Hoje a cidade tem o quinto maior PIB entre os municípios brasileiros, representando 1,33% 
do total das riquezas produzidas no país. Uma evidência do desenvolvimento da cidade nos 
últimos tempos é a classificação da revista América Economía, na qual Belo Horizonte 
22 
 
 
aparece como uma das 10 melhores cidades para fazer negócios da América Latina em 2009, 
segunda do Brasil e à frente de cidades como Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. 
A cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e até 
internacional, seja do ponto de vistacultural, econômico ou político. Conta com 
importantes monumentos, parques e museus, como o Museu de Arte da Pampulha, o Museu 
de Artes e Ofícios, o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, o Circuito Cultural Praça da 
Liberdade, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o Mercado Central e a Savassi, e eventos 
de grande repercussão, como o Festival Creamfields Brasil, o Festival Internacional de Teatro, 
Palco e Rua (FIT-BH), Festival Internacional de Curtas e o Encontro Internacional de 
Literaturas em Língua Portuguesa. É também nacionalmente conhecida como a "capital 
nacional dos botecos", por existirem mais bares per capita do que em qualquer outra grande 
cidade do Brasil. 
História 
A fundação da capital 
 
Capitão João Leite da Silva Ortiz, fundador de Curral del Rei. 
 
 
Antiga Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral. 
23 
 
 
 
 
O Arraial de Curral del Rei (1896). 
Até o século XVII, o atual estado de Minas Gerais era habitada por índios do tronco 
linguístico macro-jê. A partir desse século, essas tribos foram quase exterminadas pela ação 
dos bandeirantes procedentes de São Paulo, que chegaram à região em busca de escravos e de 
pedras preciosas . 
Na imensa faixa de terras ao largo do Rio das Velhas assenhoradas 
pelo bandeirantePaulista Bartolomeu Bueno da Silva (mais tarde Anhanguera II), veio seu 
primo e futuro genro, João Leite da Silva Ortiz, à procura de ouro. Ele ocupou, em 1701, a 
Serra dos Congonhas (mais tarde Serra do Curral) e suas encostas, onde estabeleceu a 
Fazenda do Cercado, base do núcleo do Curral del Rei. No local, desenvolveu uma pequena 
plantação e criou gado, com numerosa escravatura. O povoamento aos poucos foi se 
firmando, de forma tal que, em 1707, já aparecia citada em documentos oficiais. Em 1711, a 
carta desesmaria foi obtida por Ortiz, com a concessão da área que"começava do pé da Serra 
do Curral, até a Lagoinha, estrada que vai para os currais da Bahia, que será uma légua, e da 
dita estrada correndo para o rio das Velhas três léguas por encheio".Conforme trecho da carta 
de sesmaria, à ortografia da época, concedida por Antônio Albuquerque Coelho de Carvalho: 
 
Faço saber aos q'. esta minha Carta de Sesmaria virem q', havendo respto. ao q'. 
por sua petição me enviou a dizer João Leyte da Silva, q'. ele suppte., em o ano 
passado de 1701 fabricou fazenda em as minas no distrito do Rio das Velhas em 
a paragem aonde chamão o Sercado, e na dita fazda. teve plantas e criações, de 
que sempre pagou dízimos e situou gado vacum, tudo em utelidade da fazenda 
real e conveniência dos minros. (…) 
 
 
— 
Ortiz dedicou-se especialmente ao plantio de roças, criação e negociação de gado, trabalhos 
de engenho e, provavelmente, a mineração de ouro nos córregos. O progresso da fazenda 
24 
 
 
atraiu outros moradores, e um arraial começou a se formar, tornando-se um dos pontos de 
concentração dos rebanhos transitados pelo registro das Abóboras, vindos do sertão 
da Bahia e do São Francisco para o abastecimento das zonas auríferas. 
Apoiado na pequena lavoura, na criação e comercialização de gado e na fabricação de farinha, 
o arraial progrediu. A topografia da região favoreceu o estabelecimento de uma povoação 
dada à agricultura e à vida pastoril. Os habitantes deram o nome de Curral del Rei, por causa 
do cercado ou curral ali existente, em que se reunia o gado que havia pago as taxas do rei, 
segundo a tradição corrente. O arraial contava com umas 30 ou 40 cafuas cobertas de sapé e 
pindoba, entre as quais foi erguida uma capelinha situada à margem do córrego Acaba-Mundo 
(onde hoje se encontra a catedral), tendo à frente um cruzeiro e ao lado um rancho de tropas. 
Algumas poucas fábricas, ainda primitivas, instalaram-se na região, onde se 
produzia algodão e se fundia ferro e bronze. Das pedreiras, extraía-se granito e calcário, e 
frutas e madeiras eram comercializadas para outros locais. Das trinta ou quarenta famílias 
inicialmente existentes, a população saltou para a marca de 18 mil habitantes. 
Em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do 
Curral, então sede da freguesia do mesmo nome instituída de fato em 1718 em torno de capela 
ali construída pelo Padre Francisco Homem, filho de Miguel Garcia Velho. Elevado à 
condição de freguesia em 1780, mas ainda subordinado a Sabará, o Curral del Rei englobava 
as regiões (ou curatos) de Sete Lagoas, Contagem, Santa Quitéria 
(Esmeraldas), Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do 
Paraopeba, Brumado, Itatiaiuçu, Morro de Mateus Leme, Neves, Aranha e Rio Manso. No 
centro do arraial, os devotos ergueram a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. Com a 
extinção dos curatos, a jurisdição do Curral del Rei viu-se novamente reduzida ao primeiro 
arraial, com sua população de 2.500 habitantes, que chegou a 4 000 moradores já ao fim do 
século XIX. 
O seguinte trecho do relatório enviado à Cúria de Mariana pelo vigário Pe. Francisco de Paula 
Arantes, conservada a ortografia, relata a paisagem característica da região à época: 
 
A Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem de Curral del Rei está situada em 
campos amenos na extensa planície de sua serra donde manão imensas fontes de 
cristalinas e saborosas águas; o clima da região he temperado; a atmosphera he 
salutifera; está circulada de pedras e mais materiais onde se podem fazer 
 
 
— 
25 
 
 
soberbos edifícios; a natureza criou este logar para sua formosa e linda cidade, si 
algum dia for auxiliada esta lembrança. 
Porém, enquanto Vila Rica, Sabará, Serro Frio e outros núcleos mineradores se constituíam 
em centros populosos e ricos, Curral del Rei e sua vocação para o comércio do gado sertanejo 
estacionou em seu desenvolvimento, não oferecendo lucro que fixasse ao solo uma população 
como a de outros lugares. O apogeu de Ouro Preto perdurou até o fim do século XVIII, 
quando as jazidas esgotaram-se e o ciclo do ouro deu lugar à pecuária e à agricultura, criando 
novos núcleos regionais e inaugurando uma nova identidade estadual. 
 
 
Comissão Construtora no campo de obras. 
 
 
Inauguração de Belo Horizonte, em 12 de dezembro de 1897. 
A então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, não apresentava alternativas viáveis 
ao desenvolvimento físico urbano, o que gerou a necessidade da transferência da capital para 
outra localidade. Com a República e a descentralização federal, as capitais tiveram maior 
relevo: ganhava vigor a ideia de mudança da sede do governo mineiro, pois a antiga Ouro 
Preto era travada pela topografia. O governador Augusto de Lima encaminhou a questão ao 
Congresso Mineiro, que, reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de 1893, 
26 
 
 
indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição Estadual, a disposição de que a mudança da 
capital ocorresse para local que reunisse as condições ideais. Cinco localidades foram 
sugeridas: Juiz de Fora, Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal e Belo Horizonte. A comissão 
técnica, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, julgou em igualdade de condições Belo 
Horizonte e Várzea do Marçal, decidindo-se ao final pela última localidade. Voltou o 
Congresso a se pronunciar, e depois de novos e extensivos debates, instituiu-se que a capital 
fosse construída nas terras do arraial de Belo Horizonte. 
O local escolhido oferecia condições ideais: estava no centro da unidade federativa, a 100 km 
de Ouro Preto, o que muito facilitava a mudança; acessível por todos os lados embora 
circundado de montanhas; rico em cursos d'água; possuidor de um clima ameno, numa 
altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre 
as Serras do Curral e de Contagem, contando com excelentes condições climatológicas, 
protegida dos ventos frios e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas 
correntes amenas do oriente que vinham da serra da Piedade ou das brisas férteis do oeste que 
vinham do vale do Rio Paraopeba. Era um grande vale cercado por rochas variadas e 
dobradas, com longa e perturbada história geológica, solos rasos, pouco desenvolvidos, de 
várias cores, às vezes arenosos e argilosos, com idade aproximada de 1 bilhão e 650 milhões 
de anos. 
Em 1893, o arraial foi elevado à categoria de município e capital de Minas Gerais, sob a 
denominação de Cidade de Minas. Em 1894, foi desmembrado do município de Sabará. No 
mesmo ano, os trabalhos de construção foram iniciados pela Comissão Construtora da Nova 
Capital, chefiada por Aarão Reis, com o prazo de 5 anos para o término dos trabalhos. Em 
maio de 1895, Aarão Reis foi substituído pelo engenheiro Francisco de Paula Bicalho. Ao 12 
de dezembro de 1897, em ato público solene, o então presidente de Minas, Crispim Jacques 
Bias Fortes, inaugurou a nova capital. A cidade, que já contava com 10 mil habitantes em sua 
inauguração, custou aos cofres estaduais a importância de 36 mil contos de réis. Em 1901, a 
Cidade de Minas teve seu nome modificado para o atual, em virtude da dualidade de nomes, 
já que o distrito e a comarca se chamavam Belo Horizonte. 
O projeto de Aarão Reis 
Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi uma das 
primeiras cidades brasileiras planejadas (algumas fontes a citam como primeiraoutras como 
terceira, após Teresina e Aracaju). Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha 
27 
 
 
perpendicular de ruas cortadaspor avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares 
e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno. 
Trecho do relatório escrito por Aarão Reis, engenheiro-chefe da Comissão Construtora da 
Nova Capital, sobre a planta definitiva de Belo Horizonte, aprovada pelo Decreto nº 817 de 
15 de abril de 1895: 
 
Foi organizada, a planta geral da futura cidade dispondo-se na parte central, no 
local do atual arraial, a área urbana, de 8.815.382 m², dividida em quarteirões de 
120 m x 120 m pelas ruas, largas e bem orientadas, que se cruzam em ângulos 
retos, e por algumas avenidas que as cortam em ângulos de 45º. 
Às ruas fiz dar a largura de 20 metros, necessária para a conveniente 
arborização, a livre circulação dos veículos, o trafego dos carros e trabalhos da 
colocação e reparações das canalizações subterrâneas. Às avenidas fixei a 
largura de 35 metros, suficiente para dar-lhes a beleza e o conforto que deverão, 
de futuro, proporcionar à população (…) 
 
 
 
Planta geral da cidade de Belo Horizonte (1895). 
 
 
Praça Sete e Avenida Afonso Pena. 
28 
 
 
Entretanto, Aarão Reis não queria a cidade como um sistema que se expandiria 
indefinidamente. Entre a paisagem urbana e a natural foi prevista uma zona suburbana de 
transição, mais solta, que articulava os dois setores através de um bulevar circundante, a 
Avenida do Contorno, bastante flexível e que se integrava perfeitamente na composição 
essencial. A concepção do plano fundia as tradições urbanísticas americanas e europeias do 
século XIX. O tabuleiro de xadrez da primeira era corrigido por meio das amplas artérias 
oblíquas, e espaços vazios, uma preocupação constante com as perspectivas monumentais que 
provinha do Velho Mundo, com marcadas influências de Haussmann. Belo Horizonte surgia 
como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O objetivo de se criar uma das 
maiores cidades brasileiras do século XX era atingido. Porém, o plano de Belo Horizonte 
pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos do século anterior. O 
projeto da cidade foi inspirado no modelo das mais modernas cidades do mundo, 
como Paris e Washington. Os planos revelavam algumas preocupações básicas, como as 
condições de higiene e circulação humana. A cidade foi dividida em três principais zonas: 
a área central urbana, a área suburbana e a área rural. 
A área central urbana receberia toda a estrutura urbana de transportes, educação, saneamento 
e assistência médica, e abrigaria os edifícios públicos dos funcionários estaduais. Ali também 
deveriam se instalar os estabelecimentos comerciais. Seu limite era a Avenida do Contorno, 
que à época se chamava 17 de Dezembro. A região suburbana, formada por ruas irregulares, 
deveria ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a infraestrutura urbana. A área rural 
seria composta por cinco colônias agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como um 
cinturão verde, abastecendo a cidade com produtos hortigranjeiros. 
Para a concretização do projeto, o arraial de Curral del Rei foi completamente destruído, com 
a transferência de seus habitantes para outro local. Sem condições de adquirir os terrenos 
valorizados da área central, os antigos moradores foram empurrados para fora da cidade, 
principalmente para Venda Nova. Acreditava-se que os problemas sociais seriam evitados 
com a retirada dos operários após a conclusão das obras, o que na prática não ocorreu. A 
cidade foi inaugurada às pressas, ainda inacabada. Os operários, em meio às obras, não foram 
retirados e, sem lugar para ficar, formaram favelas na periferia da cidade, juntamente com os 
antigos moradores do Curral del Rei. 
A expansão 
29 
 
 
 
 
Vista parcial do centro de Belo Horizonteno início da década de 1930. Em primeiro plano, a 
avenida Afonso Pena. 
 
 
Praça Raul Soares em meados da década de 1930. 
A expansão urbana extrapolou em muito o plano original. Quando foi iniciada sua construção, 
os idealizadores do projeto previram que a cidade alcançaria a marca de 100 mil habitantes 
apenas quando completasse 100 anos. Essa falta de visão se repetiu em toda a história da 
cidade, que jamais teve um planejamento consistente que previsse os desafios da grande 
metrópole que se tornaria.A nova capital foi o maior problema do governo do Estado no início 
do regime: construída após vencer muitos obstáculos, ela permaneceu em relativa estagnação 
devido à crise financeira. Ligações ferroviárias com o sertão e o Rio de Janeiro puseram a 
cidade em comunicação com o interior e a capital do país. O desenvolvimento foi mínimo até 
1922. 
Pelas proclamadas virtudes de seu clima, a cidade tornou-se atrativa, especialmente para o 
tratamento da tuberculose: multiplicaram-se os hospitais, pensões e hotéis, mas até 1930 
exerceu função quase estritamente administrativa. Foi também na década de 1920 que surgiu 
em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário 
nacional. Carlos Drummond de Andrade,Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Alberto 
Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault se 
encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos 
30 
 
 
que revolucionaram a literatura brasileira. Nos anos 1930, Belo Horizonte se consolidava 
como capital, não isenta de críticas e de louvores. Deixava de ser uma teoria urbanística para 
ser uma conquista humana, algo para ser não somente visto, mas para ser vivido também. 
Nesta época o município já contava com 120.000 habitantes e passava por problemas de 
ocupação, gerando uma crise de carência de serviços públicos. Necessitava de um novo 
planejamento para que se recuperasse a cidade moderna. 
Entre as décadas de 1930 e 1940 houve o avanço da industrialização, além da criação 
do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, inaugurado em 1943 por encomenda do então 
prefeito Juscelino Kubitschek. O conjunto da Pampulha reuniu os maiores nomes do 
modernismo brasileiro, com projetos de Oscar Niemeyer, pinturas de Portinari, esculturas 
de Alfredo Ceschiatti e jardins de Roberto Burle Marx. Ao mesmo tempo, o arquiteto Sílvio 
de Vasconcelos também criou muitas construções de inspiração modernista, notadamente as 
casas do bairro Cidade Jardim, que ajudaram a definir a fisionomia da cidade. 
Na década de 1950, a população da cidade dobrou novamente, passando de 350 mil para 700 
mil habitantes. Como resposta ao crescimento desordenado, o prefeito Américo René Gianetti 
deu início à elaboração de um Plano Diretor para Belo Horizonte. Na década de 1960, muitas 
demolições foram feitas, transformando o perfil da cidade, que passou, então, a ter arranha-
céus e asfalto no lugar de árvores. Belo Horizonte ganhou ares de metrópole. A conurbação da 
cidade com municípios vizinhos se ampliou. Ainda neste período, a cidade atingiu mais de 1 
milhão de habitantes. Nessa época, os espaços vazios do município praticamente se 
esgotaram, e o crescimento populacional passou a se concentrar nos municípios conurbados a 
Belo Horizonte, como Sabará, Ibirité, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. 
Na tentativa de resolver os problemas causados pelo crescimento desordenado, foi instituída 
a Região Metropolitana de Belo Horizonte e foi criado o Plambel, que desencadeou diversas 
ações visando a conter o caos metropolitano. 
A história recente 
 
31 
 
 
 
A Praça do Papa. 
A década de 1980 foi marcada pela valorização da memória da cidade, com a alteração na 
orientação do crescimento. Vários edifícios de importância históricaforam tombados. Foi 
iniciada a implantação do metrô de superfície. Iniciada em 1984 e concluída em 1997, a 
canalização do Ribeirão Arrudas pôs fim ao problema das enchentes ao centro da capital. 
Contudo, vários problemas surgiram e alguns permaneceram. Um deles foi a degradação 
da Lagoa da Pampulha, um dos principais cartões-postais da cidade, que se tornara um lago 
praticamente morto devido à poluição de suas águas. A cidade foi palco ainda de grandes 
manifestações visando a queda da ditadura militar no Brasil, sob a liderança de Tancredo 
Neves, na época governador do estado. A fisionomia urbana foi novamente alterada com a 
proliferação de prédios em estilo pós-moderno, especialmente na afluente Zona Sul da cidade, 
graças à influência de um grupo de arquitetos liderado por Éolo Maia. Na mesma década, a 
cidade também passou a ser servida pelo Aeroporto Internacional de Confins, localizado no 
município de Confins, a 38 km do centro da capital. 
 
 
Edificação moderna no bairroSavassi. 
Em 1980, aproximadamente 850 000 pessoas tomaram a então Praça Israel 
Pinheiro (conhecida como Praça do Papa) para receber o próprio Papa João Paulo II. Diante 
da multidão de fiéis e da vista privilegiada da cidade, o papa ali exclamou: "Pode-se olhar as 
montanhas e Belo Horizonte, mas sobretudo quando se olha para vocês, é que se deve dizer: 
32 
 
 
que belo horizonte!", o que provavelmente colaborou para que a praça ficasse conhecida hoje 
por este nome. 
No início da década de 90, a cidade era marcada pela pobreza e degradação, com 11% da sua 
população marcada pela miséria absoluta e com 20% das crianças sofrendo de desnutrição. O 
restante da década de 1990 foi marcada pela valorização dos espaços urbanos e pelo reforço 
da estrutura administrativa do município, com a aprovação em 1990 da Lei Orgânica do 
Município e do Plano Diretor da cidade, em 1996. A gestão municipal se democratizou com a 
realização anual do Orçamento participativo. O desafio ainda em curso diz respeito ao 
fortalecimento da gestão integrada da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que reúne 34 
municípios que devem cooperar entre si para a resolução de seus problemas comuns. Espaços 
públicos como a Praça da Liberdade, a Praça da Assembleia e o Parque Municipal, que se 
encontravam abandonados e desvalorizados, foram recuperados e a população voltou a 
frequentá-los e a cuidar de sua preservação. 
Neste início do século XXI, Belo Horizonte tem se destacado pelo desenvolvimento do setor 
terciário da economia: o comércio, a prestação de serviços e setores de tecnologia de 
ponta (destaque para as áreas de biotecnologia e informática). Alguns dos investimentos 
recentes nesses setores são a implantação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte, do 
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Google para a América Latina e do moderno centro 
de convenções Expominas. 
O turismo de eventos, com a realização de congressos, convenções, feiras, eventos técnico-
científicos e exposições, tem fomentado o crescimento dos níveis de ocupação da rede 
hoteleira e do consumo dos serviços de bares, restaurantes e transportes. A cidade também 
vem experimentando sucesso no setor artístico-cultural, principalmente pela políticas públicas 
e privadas de estímulo desse setor, como a realização de eventos fixos em nível internacional 
e o crescimento do número de salas de espetáculos, cinemas e galerias de arte. Por tudo isso, a 
cada ano a cidade se consolida como um novo polo nacional de cultura. 
33 
 
 
 
Vista panorâmica de Belo Horizonte 
Ecologia e meio ambiente 
 
 
Parque Municipal das Mangabeiras. 
 
 
Uma portaria do Parque Ecológico da Pampulha. 
Atualmente Belo Horizonte preserva pouco de sua vegetação original e, como ocorre em toda 
a região metropolitana, grande parte dos ambientes naturais foram extensamente modificados 
pelo homem. Com o desenvolvimento industrial, também houve uma grande piora na 
qualidade do ar nos últimos anos. A Região Metropolitana de Belo Horizonte é a que mais 
emite ozônio no Brasil, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 
34 
 
 
Estatística (IBGE). Enquanto o padrão do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é 
de emissão de 160 mg/m³ por ano, o da capital mineira é de 300 mg/m³, ganhando até mesmo 
de São Paulo, com 279 mg/m³. O desmatamento muito está colaborando com a destruição 
da Mata Atlântica de Belo Horizonte, bioma onde a cidade está localizada. Entretanto há 
bastantes parques, áreas preservadas e reservas naturais. A capital mineira possui o dobro do 
recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de áreas verdes. 
Belo Horizonte é uma das capitais mais arborizadas do país, sendo este um dos motivos de ter 
recebido o título de "Cidade Jardim". São aproximadamente 560 mil árvores – número que 
sobe para 2 milhões, quando considerados os parques e áreas de preservação. Aos 27 parques 
acrescentam-se cerca de 500 praças e diversas áreas verdes. O percentual de áreas verdes por 
habitante também está acima do recomendado pela OMS.76 O Parque Municipal Américo 
Renné Giannetti é o mais antigo jardim público da cidade, inspirado nos parques franceses 
construídos durante a Belle Époque. Foi inaugurado em 1897, no terreno da antiga Chácara do 
Sapo, que pertencia a Aarão Reis, engenheiro responsável pelo planejamento de Belo 
Horizonte. São 50 espécies de árvores, emolduradas pelos arranha-céus do centro. Abriga 
ainda o orquidário municipal. O Parque das Mangabeiras, na Serra do Curral, é a maior área 
verde de cidade e um dos maiores parques urbanos da América Latina, possuindo 2,3 milhões 
de metros quadrados. O Parque Ecológico Promotor Franscisco Lins do Rego, ou Parque 
Ecológico da Pampulha, está localizado na Ilha da Ressaca, na Lagoa da Pampulha. Ocupa 
uma área de 300 mil metros quadrados, sendo umas das maiores áreas verdes da capital. O 
Parque do Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais foi criado em 
1968. Ocupa uma área de 600 mil metros quadrados e possui vários exemplares da flora (pau-
brasil, sapucaia, barriguda) e fauna (mico-estrela, macaco-prego, saracura, jacu) nacionais 
originais da Mata Atlântica regional, que podem ser observados nas trilhas. 
Muitos destes parques são de responsabilidade do governo municipal. A Prefeitura de Belo 
Horizonte criou em 1983 a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com atribuições relativas 
à gestão da política ambiental do município, onde estão incluídas as funções de licenciamento, 
fiscalização, desenvolvimento e educação ambiental, além da administração dos parques, 
praças e jardins. Em 1985 foi instituído o Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM), 
órgão colegiado, com função normativa e deliberativa, composto por representantes de 
diversos setores da sociedade. 
Política 
35 
 
 
 
 
Prefeitura de Belo Horizonte, no centro da cidade. 
Grandes articulações de impacto nacional foram e são realizadas em lugares como o Palácio 
da Liberdade, o Café Pérola e o Café Nice. Vários prefeitos de Belo Horizonte vieram a se 
tornar governadores do estado e dois foram presidentes da República, Venceslau Brás Pereira 
Gomes e Juscelino Kubitschek de Oliveira. Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, prefeito de 
Belo Horizonte e presidente do estado, à época da República Velha, foi o principal articulador 
da candidatura à presidência de Getúlio Vargas e da Revolução de 1930. A cidade também é a 
terra natal da atual presidenta da república, Dilma Rousseff, além de ser uma referência 
nacional emOrçamento Participativo. 
O poder executivodo município de Belo Horizonte é representado pelo prefeito e seu 
gabinete de secretários, em observância ao disposto na Constituição Federal. A Lei 
Orgânica do Município, promulgada em 21 de março de 1990, determina que a ação 
administrativa do poder executivo seja organizada segundo os critérios de descentralização, 
regionalização e participação popular, o que faz com que a cidade seja dividida em nove 
grandes regiões administrativas, cada uma das secretarias de administração regional 
funcionando como miniprefeituras e liderada por um secretário nomeado pelo prefeito. 
O poder legislativo é representado pela câmara municipal, composta por 41 vereadores eleitos 
para cargos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que 
disciplina um número mínimo de 33 e máximo de 41 para municípios com mais de 
um milhão e menos de cinco milhões de habitantes). Cabe à casa elaborar e votar leis 
fundamentais à administração e ao Executivo. Uma atribuição importante da câmara 
municipal é votar e aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA) elaborada pelo Executivo 
seguindo as diretrizes da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e os objetivos e metas 
propostos no Plano Plurianual (PPA). Devido ao poder de veto do prefeito, em períodos de 
36 
 
 
conflito entre o Executivo e o Legislativo, o processo de votação deste tipo de lei costuma 
gerar polêmica. 
 
 
Câmara Municipal de Belo Horizonte, nobairro Santa Efigênia. 
Em complementação ao processo legislativo e ao trabalho das secretarias, existe também uma 
série de conselhos municipais, cada um deles versando sobre temas diferentes, compostos 
obrigatoriamente por representantes dos vários setores da sociedade civilorganizada. A 
atuação e representatividade efetivas de tais conselhos, porém, são por vezes questionadas. 
Alguns dos conselhos municipais atualmente em atividade são o Conselho Municipal das 
Pessoas com Deficiência, o do Idoso, o de Defesa do Consumidor, o dos Direitos da Mulher, 
o Antidrogas, o de Saúde, o de Educação, o de Assistência Social, o de Meio Ambiente, o 
de Juventude, o de Defesa Social, o da Criança e do Adolescente, dentre outros. 
Pertence também à prefeitura (ou é esta sócia majoritária em seus capitais sociais) uma série 
de empresas e autarquias responsáveis por aspectos diversos dos serviços públicos e da 
economia de Belo Horizonte: 
 Empresa Municipal de Turismo (Belotur): empresa responsável pela organização de 
grandes eventos e pela promoção turística da cidade, está vinculada diretamente ao 
gabinete do prefeito. 
 Beneficência da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (BEPREM): previdência 
social municipal, fornece aos servidores atendimento médico, odontológico e psicológico, 
além de atividades culturais, de formação profissional e de lazer. 
 Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS): responsável pelo 
funcionamento dos sistemas de transporte público geridos pela prefeitura, como as linhas 
de ônibus municipais, e responsável pela fiscalização do trânsito e aplicação de multas 
(em cooperação com o DETRAN). 
37 
 
 
 Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (URBEL): empresa de economia mista, é 
responsável por executar a política de habitação popular e coordenar e executar projetos 
de obras de urbanização de vilas e favelas em colaboração com as Secretarias de 
Administração Regionais Municipais. 
 Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (PRODABEL): 
responsável pela infraestrutura eletrônica e informática da prefeitura. 
 Superintendência de Limpeza Urbana (SLU): vinculada à Secretaria Municipal de 
Políticas Urbanas, essa autarquia executa os serviços cotidianos de coleta domiciliar 
deresíduos, varrição, capina e aterramento de resíduos, coleta seletiva e reciclagem, seja 
de papel, metal, plástico e vidro, seja de entulho e resíduos orgânicos. 
 Superintendência de Desenvolvimento da Capital (SUDECAP): é a empresa 
pública responsável pela elaboração e pela implementação da política de estruturação 
urbana da cidade. 
Subdivisões 
O município de Belo Horizonte está dividido em nove administrações 
regionais (Barreiro, Centro-Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Pampulha e Venda 
Nova), cada uma delas, por sua vez, dividida em vários bairros. Criadas em 1983, a jurisdição 
das unidades administrativas regionais leva em conta a posição geográfica e a história de 
ocupação. Entretanto, há certos órgãos e instituições (companhias telefônicas, zonas 
eleitorais, etc.) que adotam uma divisão diferente da oficial. Cabe às administrações regionais 
a desconcentração e descentralização administrativas no âmbito de suas respectivas 
jurisdições, para atendimento ao público e manutenção e execução de obras de pequeno porte, 
além de outras atividades. Os cargos de direção, assistência e assessoramento da 
administração regional são providos por atos do prefeito. 
Em 2002 havia cerca de 160 bairros em Belo Horizonte. Segundo o censo de 1991, os bairros 
mais populosos da capital mineira eram: Jatobá, localizado na região do Barreiro, com 29 576 
habitantes; o São Gabriel, no Nordeste, com 27 980 de habitantes; o Padre Eustáquio, 
Noroeste, com 27 980 de habitantes; o Santa Efigênia, Leste, com 27 141 de habitantes; e 
o Vila Cafezal, Centro-Sul, com 26 120 habitantes. 
Administrações Regionais 
38 
 
 
 
Regiona
l 
Populaçã
o 
Superfíci
e (km²) 
Densidade
1 
 
1 Barreiro 262.194 53,51 4.899,9 
2 
Centro-
Sul 
258.786 31,53 8.207,6 
3 Leste 256.311 28,52 8.987,1 
4 Nordeste 274.060 39,59 6.922,5 
5 Noroeste 337.351 38,16 8.840,4 
6 Norte 194.098 33,21 5.844,6 
7 Oeste 268.124 33,39 8.030,1 
8 Pampulha 145.262 47,13 3.082,2 
9 
Venda 
Nova 
242.341 27,80 8.717,3 
 
Belo 
Horizonte
2 
2.452.617 330,95 7.410,8 
Notas: (1)Os dados de população e área das regionais são do PNUD/2000. (2)Os dados 
referentes à população do município são da projeção populacional do IBGE/2009. 
 
 
39 
 
 
 
Cultura 
 
 
Praça da Estação durante o Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua (FIT-BH). 
A responsável pelo setor cultural de Belo Horizonte é a Fundação Municipal de Cultura 
(FMC), criada pela Lei n.º 9011, de 1º de janeiro de 2005, que tem como objetivo planejar e 
executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e 
atividades que visem ao desenvolvimento cultural. Está vinculada ao Gabinete do Prefeito, 
integra a Administração Pública Indireta do Município e possui autonomia administrativa e 
financeira, assegurada, especialmente, por dotações orçamentárias, patrimônio próprio, 
aplicação de suas receitas e assinatura de contratos e convênios com outras instituições. 
Atualmente, a FMC é composta por 29 unidades culturais, sendo 17 centros culturais, cinco 
instituições de acervo, memória e referência cultural, cinco bibliotecas e dois teatros 
municipais. 
 
40 
 
 
 
Trem urbano em Belo Horizonte. 
 
Interior do Aeroporto Internacional de Confins. 
 
Vista aérea do Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão), um dos palcos da Copa do 
Mundo FIFA de 2014. 
 
Artes visuais 
41 
 
 
 
 
O Abraço, de Ceschiatti, noMuseu de Arte da Pampulha. 
A Escola Guignard, dirigida pelo artista Alberto da Veiga Guignard, formouartistas 
importantes no circuito mineiro, nacional e internacional das artes plásticas. Destacam-
se Amílcar de Castro, Farnese de Andrade, Leda Gontijo, Franz Weissmann, Mary 
Vieira, Maria Helena Andrés,Mário Silésio, Yara Tupynambá e Inimá de Paula. Hoje a cidade 
possui grande quantidade de museus e galerias de arte, que exibem uma parte da história da 
arte moderna brasileira. Destacam-se o Museu de Arte da Pampulha, que é integrante 
do Conjunto Arquitetônico da Pampulha e enfoca tendências artísticas variadas em mostras, 
pesquisa e conceituação, sendo seu acervo composto por obras da arte 
contemporâneabrasileira; o Museu Histórico Abílio Barreto, cuju acervo é um conjunto de 
itens que constitui um texto múltiplo e revelador dos vários sentidos e trajetórias da cidade, 
expondo documentos textuais, iconográficos, bidimensionais e tridimensionais referentes às 
origens, formação e desenvolvimento de Belo Horizonte; e o Museu de Artes e Ofícios, que é 
o primeiro empreendimento museológico brasileiro dedicado integralmente ao tema do 
trabalho, das artes e ofícios no país. No Museu de Arte da Pampulha ainda destaca-se a 
realização do Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte, que é um evento voltado para 
artistas emergentes ou em início de carreira. A intenção do projeto é criar maior engajamento 
do Museu com a produção emergente, propiciando, por sua vez, o contato do artista jovem 
com um amplo leque de leituras sobre sua obra. O processo de seleção, de âmbito nacional, 
resulta na escolha de dez artistas entre os inscritos para receber uma bolsa mensal durante um 
ano. 
42 
 
 
Belo Horizonte conta com uma instituição onde é lecionado o curso de artes visuais. A Escola 
de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (EBA-MG), instituição 
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi criada em 5 de abril de 1957, 
inicialmente sob a forma de curso de arte na Escola de Arquitetura. Foi transformada em 
escola e aprovada pelo Decreto-Lei nº. 62.317 de 28 de fevereiro de 1968, quando passou a 
constituir uma unidade do sistema básico da UFMG. 
Arquitetura e patrimônio histórico 
 
 
Igreja de São Francisco de Assis e a Lagoa da Pampulha, partes do Conjunto Arquitetônico da 
Pampulha. 
Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades planejadas do Brasil. A cidade começou a se 
desenhar a partir do século XX com um projeto mais modernizado para a nova capital de 
Minas. O objetivo inicial era fazer um modelo contemporâneo e eclético que, ao mesmo 
tempo, tivesse toques dos estilos neoclássicos, neorromânicos e neogóticos. O período de 
instalação e consolidação da Cidade de Belo Horizonte ocorreu entre 1894 e 1930. Enquanto a 
então capital da república, Rio de Janeiro, era colocada abaixo para a reestruturação de seu 
centro urbano, Belo Horizonte já nascia transpirando contemporaneidade e ecletismo. Aos 
elementos da arquitetura greco-romana foram incorporados modismos que caracterizaram a 
década de 20, como o primado geométrico do Art déco. A influência da Belle Époque, 
ocorrida na França naquela época, também pode ser percebida nos inúmeros espaços públicos 
e praças. Arquitetos franceses, mestres de obras e operários italianos representam boa parte da 
mão de obra que construiu a cidade. 
43 
 
 
O crescimento vertical de Belo Horizonte começou na década de 1930, quando surgiram as 
primeiras firmas de concreto. A partir de 1935, em virtude das profundas mudanças vividas 
pelo Brasil, inclusive na política industrial, a cidade passou por um processo acelerado de 
desenvolvimento urbano. Nesta época, as construções que sempre acompanhavam a Avenida 
do Contorno se tornaram mais dispersas do plano original. Naquele período, o arquiteto 
italiano Raffaello Berti teve fundamental influência na arquitetura de BH. Mesmo não 
podendo assinar seus projetos, por causa da legislação que negava a autoria a profissionais 
estrangeiros, atribuem-se a ele obras arquitetônicas como o edifício da Prefeitura, a sede 
do Minas Tênis Clube e a Santa Casa de Misericórdia. 
 
 
Obelisco da Praça Sete. 
No início da década de 1940, o então Prefeito Juscelino Kubitschek trouxe a Belo Horizonte o 
urbanista francês Agache com objetivo de urbanizar a região da Pampulha, com sua lagoa 
artificial. A confecção do conjunto arquitetônico contou com a participação do 
arquiteto Oscar Niemeyer, do paisagista Burle Marx, do pintor Cândido Portinari e dos 
escultores Alfredo Ceschiatti, August Zamoyski e José Pedrosa. Hoje a Pampulha é 
considerada um marco da arquitetura moderna. Niemeyer e Belo Horizonte conseguiram 
projeção internacional a partir da construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha. 
Atualmente, algumas das várias construções que melhor representam a arquitetura urbana de 
Belo Horizonte são: o Savassi, que engloba a Praça da Liberdade, um grande shopping (o 
Pátio Savassi), parte da Avenida do Contorno e o início da Avenida Nossa Senhora do Carmo; 
o Edifício Acaiaca, construído em Art Deco; a Catedral da Boa Viagem, feita em estilo 
neogótico, abriga vitrais de grande beleza e seu altar-mor é todo trabalhado em mármore de 
carrara; o Viaduto de Santa Teresa, que foi uma das primeiras construções do Brasil a utilizar 
concreto armado; e a Torre Alta Vila, que é a mais alta do Brasil com acesso ao público, 
44 
 
 
possuindo 101 metros de altura e 432 metros acima do centro de BH, e foi construída com aço 
produzido pela ArcelorMittal Timóteo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
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