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ARTIGO JOELMA


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FACULDADE DE CIÊNCIA,TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO-FACITE
PÓS-GRADUAÇÃO GESTÃO ESCOLAR
A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NO AMBIENTE ESCOLAR.
Santa Maria da Vitória – BA
2016
JOELMA
A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NO AMBIENTE ESCOLAR.
Artigo científico apresentado à Faculdade de Ciência , Tecnologia e Educação , como requisito parcial para a obtenção do certificado de Pós Graduação em Gestão Escolar, sob a orientação da Profª Ms. Sandra Thomaz de Aquino
Santa Maria da Vitória - BA
 2016
A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NO AMBIENTE ESCOLAR.
			Joelma 	[2: Licenciada em História, Pós Graduanda em Gestão Escolar pela Faculdade de Ciência, Tecnologia e Educação-FACITE, Diretora do Colégio Estadual São João dos Gerais ]
			Profºa Ms. Sandra Thomaz de Aquino[3: Pedagoga. Especialista em Psicologia da Educação, Mestre em Ciências Sociais(A.C Politica/PUC-SP).Coordenadora do Curso de Pedagogia e Professora de Graduação e Pós Graduação da FACITE/BA.]
RESUMO: O presente artigo versa sobre a importância da avaliação institucional no processo de ensino-aprendizagem da educação básica, como forma de intermediar a avaliação da aprendizagem e ao mesmo tempo em que se avalia sistematicamente, a escola como um todo. Um processo avaliativo bem formulado e aplicado funcionará como indicador de qualidade na educação e seus resultados devem ser usados de forma a melhorar todo o sistema que esta sendo desenvolvido, dessa forma o mesmo serve para uma reflexão sobre a escola, compreendendo os pontos fortes e fracos, de forma aperfeiçoa-los. Todo processo avaliativo pressupõe uma grande responsabilidade dos gestores, que deverão além de disseminar conhecimentos, difundir valores éticos além de trazer para a discussão os demais segmentos da sociedade que influenciam direta ou indiretamente na educação. Busca o presente trabalhar mostrar a dificuldade em se implementar o caráter democrático e participativos desse tipo de avaliação, destacamos também como o mesmo é um processo em constante maturação e aperfeiçoamento dos processos escolares , em função de uma consecução da autonomia da instituição.
Palavras-Chave: avaliação institucional, qualidade da educação, escola pública.
RESUMEN:En este trabajo se analiza la importancia de la evaluación institucional en el proceso de enseñanza-aprendizaje de la educación básica como una forma de mediar en la evaluación del aprendizaje y, al mismo tiempo evalúa sistemáticamente la escuela en su conjunto. Una función de proceso de evaluación bien formulado y aplicado como un indicador de la calidad de la educación y sus resultados se debe utilizar para mejorar todo el sistema que se está desarrollando, así que lo mismo pasa con una reflexión sobre la escuela, incluyendo las fortalezas y debilidades así que es perfecto para ellos. El proceso de evaluación conjunto asume una gran responsabilidad de los administradores, que serán, además de la difusión de conocimientos, difundir los valores éticos además de traer a la discusión de los otros segmentos de la sociedad que influyen directa o indirectamente en la educación. Buscar en este trabajo demuestran la dificultad en la aplicación de carácter democrático y participativo de este tipo de evaluación, también destacamos la forma en que es un proceso en la maduración y la mejora de los procesos escolares constante, de acuerdo con un logro de la autonomía de la institución. 
Palabras-clave: evaluación institucional, calidad de la educación,escuela pública.
ORGANIZANDO AS PRIMEIRAS IDEIAS...
	A educação brasileira vem enfrentando desde muito tempo uma crise que produz efeitos devastadores em uma grande quantidade de alunos. O sistema público de ensino da educação básica carece cada vez mais de uma organização estrutural no âmbito escolar, voltada para sistematização, analise e construção de propostas de avaliação que tragam o aperfeiçoamento de políticas públicas voltadas para a melhoria do ensino. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº9394/1996, deixa claro a necessidade de a escola manter os padrões de qualidade no ensino de seus alunos e por isso estabelece, mesmo que implicitamente, que a escola, na busca do aperfeiçoamento e qualidade deve se utilizar de avaliações da aprendizagem, mas também avaliar o seu próprio sistema.
Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo como as sua peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares equivalentes. (BRZEZINSKI, 2003,p.250)
	É imprescindível revelar os fatores que influenciam a vivência escolar do aluno, tais como os fatores socioeconômicos e políticos, para que assim se possa trazer ao âmbito da instituição educacional a real responsabilidade que ela possui sobre esse fenômeno, é a partir dessa compreensão que se conseguirá analisar de forma mais ampla a individualidade de cada sujeito. É nesse contexto que entra a avaliação institucional, visando aperfeiçoar a qualidade do ensino, visto que da mesma decorre a segurança e a descoberta de situações problemáticas, além de suprir a escola com a autoconfiança necessária para resolver os problemas detectados. 
A avaliação institucional dessa forma deve ser vista como uma ação global e sistemática que deve ir além das avalições comuns, a mesma fomenta a construção do conhecimento como um todo dentro da unidade escolar, de forma a ter amplo acesso a todos os elementos que fazem a escola, conectando dessa forma a teoria e a prática para alcançar os mais amplos padrões de qualidade.
Para  Bordignom  (1995)  a  avaliação  é  de  fundamental  importância  para  o planejamento  e  a  gestão  educacional  partindo-se  dos  pressupostos de  um  processo crítico  e  dialógico,  no  qual  ocorre  a  atribuição  de  valores  aos  meios  e processos, buscando  alcançar  os  objetivos  institucionais,  ter  como  foco  a  qualidade  de  ensino, exercer o diagnóstico  e  não  a  classificação, promover mudanças e o desenvolvimento institucional. É somente desta forma que se consegue desenvolver uma cultura de avaliação. 
Para tanto, considerando as colocações aqui apresentadas, o problema a ser analisado neste trabalho de pesquisa em andamento é: Quais as contribuições que a auto-avaliação institucional pode apresentar para a gestão da escola pública de educação básica? O artigo tem como objetivo geral, analisar as possibilidades da auto- avaliação institucional para a melhoria da gestão da educação básica, de forma que mesma consiga visualizar quais são os caminhos que deve tomar para manter uma qualidade de ensino pertinente a construção da cidadania do ser humano.
EXPLANANDO AS IDEIAS DE FORMA MAIS DETALHADA
A escola que passa por um processo avaliativo sério e participativo descobre sua identidade e acompanha sua dinâmica. Muita coisa aprende-se com esse processo. Mas o que fica de mais importante é a vivencia de uma caminhada reflexiva, democrática e formativa.Todos crescem. Os dados coletados mudam, mas a vivência marca a vida das pessoas e renova esperanças e compromisso com um trabalho qualitativo e satisfatório para a comunidade escolar e para a sociedade. Avaliação Institucional é, portanto, um processo complexo e não há pronto para consumo, um modelo ideal e único para as escolas. Ela precisa ser construída. É o desafio de uma longa caminhada possível e necessária. (Fernandes,2002,p.140)
Uma avalição institucional eficiente servirá para aperfeiçoar o projeto politico pedagógico da escola de acordo com a realidade especifica que está inserida, não é possível criar um processo de avaliação que funcione bem em qualquer instituição, para alcançar um resultado satisfatório, é imprescindível levar em consideração o contexto e a especificidade de cada escola, possibilitando uma reflexão de todos os métodos que melhorse adequem a situação, introduzindo esse tipo de avalição de acordo com as reais necessidades, até que possa fazer parte do cotidiano da escola de modo natural e significativo.
O projeto pedagógico e a avaliação institucional estão intimamente relacionados. A não existência de um desses processos ou a separação deles trará danos para a própria escola, Sem um projeto pedagógico que delimite a intencionalidade da ação educativa e ofereça horizontes para que a escola possa projetar seu futuro, faltará sempre à referência de todo o trabalho e suas concepções básicas. (FERNANDES, 2002, p.58).
	
	A avaliação institucional possui três facetas: de diagnostico, de processo e de resultados. A Avaliação de Diagnóstico possui extrema importância porque é ela que colhe as informações necessárias de todas as pessoas e situações envolvidas no contexto. É nesse momento em as condições de alunos, pais, professores dentre outros sujeitos internos e externos se evidenciam, e é nesse momento que se concatenam os fatos.
 
Isso nos traz ao presente e ao que sabemos atualmente sobre a melhoria das escolas. Sabemos que o desempenho do aluno varia muito entre indivíduos, salas de aula, escolas e, algo menos, entre países. Sabemos que as experiências das crianças com suas famílias, principalmente a interação com pais e irmãos, tem efeitos importantes no seu desempenho acadêmico. 
Sabemos que suas experiências na escola com professores e colegas específicos também podem influenciar seu desempenho. Finalmente, os testes internacionais indicam que as condições sociais e educacionais em diferentes países fazem diferença, embora o desafio ainda seja compreender por que as crianças em certas salas de aula, escolas e países parecem aprender mais durante cada ano escolar do que crianças em outras situações (Carnoy, Gove e Marshall,2009,p.33-34)
	Ao estimularmos a avaliação de diagnóstico estaremos percebendo as diferenças e as dificuldades de relacionamento entre segmentos que são constantes dentro da escola, mas que não conseguem manter um padrão de qualidade, ou seja, ao analisarmos as relações estaremos focando nos indivíduos que fazem a escola, em consequência às relações entre pais x professores x alunos x direção x comunidade estarão sendo analisadas de forma mais ampla de modo a se estimular um melhor processo de interação entres os mesmos no sentido de se aperfeiçoar o processo de ensino aprendizagem que não é feito somente dentro da sala de aula, mas sim dentro de todo um espaço e/ou contexto. Desta forma é essencial que se faça um diagnóstico, como primeiro passo para um aprofundamento da avaliação institucional.
A Avaliação de processos busca uma visão global do cotidiano da escola analisando todos os fatores que influenciam positiva ou negativamente na aprendizagem e por este motivo que o objetivo principal do mesmo é fazer uma reflexão para que a escola tenha um conhecimento profundo de si mesma.
O desenvolvimento profissional é concebido como um processo contínuo de aprendizagem, que provoca mudanças na ação profissional do professor, através da forma como atribuem sentido às suas experiências e como estas influenciam as suas práticas diárias, mas, por sua vez, na medida em que o desenvolvimento pessoal e profissional está condicionado pelo contexto da escola enquanto local de trabalho e relação, a formação orienta-se para a consecução de uma estreita articulação entre as práticas formativas e os contextos de trabalho, otimizando a dimensão educativa dos processos de trabalho, mediante uma aprendizagem reflexiva e colegial. (BOLÍVAR, 2003, p.68).
A Avaliação de resultados analisa os resultados que se tem alcançado com a implementação dos objetivos traçados no projeto pedagógico, observando-se principalmente, aquilo que não funcionou bem para se discutir mudanças que se fazem necessárias diante de determinada situação. Desembocando na construção do projeto politico pedagógico que auxilia na construção da avaliação institucional.
O projeto pedagógico deve ser compreendido como instrumento e processo de organização da escola. Considera o que já instituído (legislação, currículos, conteúdos, métodos, formas organizativas da escola etc), mas tem também uma característica de instituinte. A característica de instituinte significa que o projeto institui, estabelece, cria objetivos, procedimentos, instrumentos, modos de agir, estruturas, hábitos, valores, ou seja, institui uma cultura organizacional. Nesse sentido ele sintetiza os interesses, os desejos, as propostas dos educadores que trabalham na escola. (LIBANEO,
2004, p.52)
É importante frisar, contudo, que nenhuma mudança será possível se a avaliação institucional, não for aplicada em seu todo, isto é, usando-se os tipos de avaliação em sua totalidade, uma vez que as mesmas se complementam. Desta forma tem-se que haver uma consonância entre os segmentos que fazem o ambiente escolar de forma que o mesmo se torne produtivo e não somente um repassador de informações, sendo assim se é essencial dividir para multiplicar, o processo de avalição institucional não pode ser aplicado de uma vez só, o mesmo deve ser realizado por etapas para melhor se obter os dados e se planejar as próximas etapas, de forma a se obter os objetivos do SAEB, que trazem implicitamente consigo o modelo de avaliação ideal dentro da educação brasileira, mas que ainda está em fase de alicerçamento. Percebemos que a avaliação institucional é um estimulo e ao mesmo tempo uma meta a ser alcançada, mas que serve de ponto norteador para as múltiplas inserções que são feitas dentro do ambiente escolar.
Como  indica  Santos  Filho  (2012,  p.  149),  “A  avaliação  precisa  ainda assumir a característica dialógica, crítica, reflexiva, coletiva e individual. A percepção mais  clara de nós mesmos  se  dá  pelo  olhar  do  outro  que  pode  tomar maior  distância  de  nós  e  de  nossa subjetividade” A avaliação institucional utiliza-se de critérios (ações metodológicas) que vão diferencia-la de outras avaliações existente. Pra que possa ser posta em prática é preciso a inclusão de vários segmentos da escola e da comunidade externa que esteja comprometida a buscar maneiras de se melhorar o ensino, em que todos os envolvidos nesse processo vão estar avaliando a escola em todas as suas relações, serviços e verificando o compromisso da escola por meio da analise de desempenho
	Analisando-se o perfil da escolar por um lado vale observar que não pode correr o risco de se deixar situações fragmentadas que impeça a aplicação de um processo construtivo, justamente por não se conhecer as várias situações existentes que estão ocultas. Por outro lado, deve-se levar a serio a representatividade dos sujeitos externos, como forma de incentivar a aderência deles aos modelos implantados pela escola, assim como, incentivar possíveis críticas e sugestões de aperfeiçoamento.
 	De acordo com Dias Sobrinho (2003, p.104): “(...) a possiblidade de mudança a partir dos resultados da avaliação passa por processo longo de reflexão-ação que ressignifique a cultura do grupo”. Para o autor, ”(...) mudar requer refletir, não somente sobre a avaliação, mas também sobre o papel do professor, da cultura da própria instituição, poder definir o espaço institucional que pretende ocupar”.
Ferri,  Macedo  e  Santos  (2012,  p.  227), referindo se  a  participação  da  comunidade  na escola, também  evidenciam  que: “[...] longe  de tolher  a  autoridade  dos membros  da  equipe escolar lhes confere legitimidade e maior nível de autonomia para decidir sobre as ações que melhor respondam ás necessidades dos alunos e as expectativas sociais”.
Ainda que a avalição seja bem planejada e estruturada, deve haver um acompanhamento constante, a fim de se assegurar que os resultados continuem a ser perquiridos, isto é, a garantia de que os gestores não vão parar o processo no meio do caminho. Para isso, cada escola poderá criar um grupo de trabalho que esteja responsável por tal acompanhamento, ressaltando quea função desse grupo, embora de extrema importância, é auxiliar e ajudar no estabelecimento de metas e serem buscadas, não se esquecendo de que a escola é quem é responsável pela implementação das diretrizes que foram traçadas. Em outras palavras o planejamento e o acompanhamento e o que assegura que o processo terá continuidade. Desta forma se é essencial criai um conselho escolar que integrará em si as transformações que a escola deverá sofrer de forma a mantê-la sempre em continuidade.Ferri, Macedo e Santos (2012, p. 227) mostram que a necessidade de “(...) repensar a função social da escola, sob a ótica da participação, implica em mudanças (...)”,pois o conselho tem como papel primordial estimular toda uma interligação entre os diferentes setores do ambiente escolar.
 [...]  a  voz  e  o  voto  dos  diferentes  atores  da  escola,  internos  e externos desde os diferentes pontos de  vista, deliberando sobre a construção e  a gestão do seu projeto político pedagógico [...]. Por isso  é fundamental  que o Conselho  congregue  em si a síntese  do significado social  da  escola,  para  que  possa  constitui-se  na  voz  da pluralidade  dos  atores  sociais  a  quem  a  escola  pertence (BORDIGNON, 2004, p. 35).
	Várias são as vantagens que se pode obter por empregar esses meios de se avaliar, mas para isso é necessário que a escola tenha consciência de seu papel como intermediária na formação social de seus alunos, vivemos um tempo em que é fundamental mudar o conceito de avaliação, como requisito de subsistência da escola, vemos que a mesmo reassume um novo papel, o de instigadora, no qual não existe um modelo somente de avaliação , mas sim uma avaliação construída coletivamente , de acordo com as necessidades de cada instituição de ensino em determinados momentos.
	São muitas as discussões a respeito da importância desses novos métodos de avaliação que estão aos poucos sendo utilizados, mas ainda há muitas duvidas sobre quais ações efetivamente são necessárias para implementar tal sistema .Para isso é fundamental que se criem estratégias básicas, que irão diferenciar uma escola da outra, um projeto politico pedagógico do outro.
	A avaliação institucional e o projeto politico pedagógico da escola tem função integradora, pois estão interligados e ambos são importantes para o crescimento da escola. Não há uma escola eficiente se não houver um projeto que traga planos de ação e desenvolvimentos e sem a avalição não há como saber se aquilo que foi estabelecido como objetivo a ser alcançado vem sendo implantado satisfatoriamente.
	Nesse sentido, cada segmento da escola tem a importante função de coletar dados referentes a tudo aquilo que envolve o processo de ensino aprendizagem da escola e por meio das informações obtidas para se fazer uma analise das necessidades de cada setor e/ou grupos de pessoas e assim utilizar os instrumentos disponíveis para buscar a melhoria das condições ora existentes.
	Uma habilidade fundamental a ser desenvolvida pelos gestores nesse processo é aprender a utilizar os resultados obtidos nas avaliações. Esses resultados devem ser vistos como prioridades eles ajudarão a aperfeiçoas o projeto politico pedagógico da escola. Na medida em que se revelam novos caminhos para que se possa investir na qualidade, também temos uma ampla acessibilidade a um processo de desenvolvimento de uma educação plena e acessível para todos independentes das diferenças existentes, respeitando-se cada pessoa como ser humano dotado de total capacidade. Deve-se avaliar as situações de dificuldade, descobrindo assim como sana-las com a sugestão de todos os envolvidos, procurando, divulgar os sucessos que ocorreram para estimular outras pessoas a darem o melhor de si em busca dos melhores resultados.
Desta forma segundo Dias Sobrinho (1995, p.53) “A avaliação institucional ultrapassa amplamente as questões das aprendizagens individuais e busca a compreensão das relações e estruturas (...)” é importante destacar que essas relações ou processos e as estruturas que engendram são públicos e sociais. É exatamente este caráter público e social de qualquer instituição escolar, independente de sua forma jurídica, que impõe com maior força e mais urgência a necessidade da avaliação institucional. Tendo em vista que esses processos são públicos e por ser uma instituição social, criada e mantida pela sociedade, a universidade (doravante me limitarei a ela) precisa avaliar-se e tem o dever de se deixar avaliar para conhecer e aprimorar a qualidade e os compromissos de sua inserção.
FINALIZANDO TEMPORARIAMENTE AS IDEIAS.
A avaliação não é um produto pronto, acabado, uma vez que deve haver uma constante reavaliação dos gestores sobre o processo que está sendo utilizado. Segundo Dias Sobrinho (2003, p.13), "a avaliação adquiriu dimensões de enorme importância na agenda política dos governos, organismos e agências dedicadas à estruturação e à gestão do setor público e, particularmente, da educação", ou seja, a avaliação tornou-se um aspecto decisório no direcionamento das políticas públicas da educação, contribuindo para as transformações de estrutura já consolidadas. No entanto, é preciso compreender a avaliação de maneira completa e complexa, num contexto de busca contínua da qualidade e aperfeiçoamento da instituição de ensino, pois cada unidade escolar buscará uma maneira de se avaliar que melhor se encaixe com sua realidade.
Percebemos que a avaliação não é um modelo pronto a ser posto em prática mais sim, um mosaico de fatores que são inerentes ao próprio ambiente escolar, pois será o mesmo que demonstrará quais são os problemas a serem analisados e será o mesmo que demonstrará través das analises como a solução deverá ser aplicada.
Nessa perspectiva, os resultados da avaliação institucional constituem-se em
elementos norteadores para decisões e ações a serem desenvolvidas pela escola, visando o aperfeiçoamento teórico-metodológico, bem como o aprimoramento da gestão de qualidade.
Mas para isso é necessário vencer a resistência por parte de alguns educadores sobre a rela eficácia da avaliação e a possibilidade de coloca-la em prática no processo de ensino aprendizagem, vendo nela uma grande utopia, mas o que muitos não levam em consideração é que a avaliação institucional que tem objetivo construir uma sociedade consciente, com cidadão livre, críticos e participativos que vejam na escola, não um lugar onde se “repassa” ou se “transmite” conhecimento. Mas sim um local onde se estimula a busca constante pelo saber.
Desta forma se é essencial fomentar a construção de uma escola pública democrática que tenha em si um modelo de participação, compromisso e reflexão a respeito da construção do processo da aprendizagem através de uma prática coletiva, que facilitará tomada de decisões, sendo assim é essencial que o gestor tenha consigo que a avaliação institucional é a ferramenta mais ampla dentro do processo de se conseguir uma escola pública de qualidade.
		
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERNANDES, Mª E. A. Gestão da escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro. DP&A Editora, 2002.
BOLÍVAR, A. Como melhorar as escolas: estratégias e dinâmicas de melhoria das práticas educativas. Porto: Edições Asa, 2003.
BORDIGNON, G. Conselhos escolares: uma estratégia de gestão democrática da educação pública. Programa Nacional de Fortalecimentos dos Conselhos de Escola. Brasília: MEC/SEB, 2004. 
CARNOY, M; GOVE, A.K.; MARSHALL, J.H. (2009). A vantagem acadêmica de Cuba: por que seus alunos vão melhor à escola. São Paulo: Ediouro. 
	
DIAS SOBRINHO, J. Políticas educacionais e reformas da educação superior. São Paulo: Cortez, 2003.  
_________________. Avaliação institucional: teorias e experiências. São Paulo: Cortez, 1995
FERRI, L. M. C. G.; MACEDO, M. E. C. M.; SANTOS, C. M. Projeto educativo, planejamento participativo e gestão escolar. In: SANTOS FILHO, J. C. (Org.). Projeto educativo escolar. Petrópolis: Vozes, 2012, p. 219‐245LIBANEO, J.C. Organização e gestão na escola. Goiânia: alternativa, 2004.