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ANÁLISE DE SISTEMAS LINEARES UNIDADE 01 SINAIS E SISTEMAS Introdução: A maioria dos sistemas dinâmicos conhecidos comportam-se de forma não linear. Então por quê estudar os Sistemas Lineares? -Sistemas não Lineares: • Falta de métodos padronizados para uma análise precisa. • Métodos gráficos ou Experimentais. • Podem ter modelos de aproximações lineares em torno dos seus pontos de equilíbrio. • Nem sempre há como garantir uma boa solução. -Sistemas Lineares: • Tratamento matemático facilitado pela Álgebra Linear. • Técnicas padronizadas de solução. •A análise dos Sistemas Lineares é fundamental para a Teoria de Controle. -Teoria de Controle Clássico (ou Convencional). => Uma entrada e uma saída (SISO). -Teoria de Controle Moderno. -Teoria de Controle Robusto. Controle Automático: É essencial em qualquer campo da Engenharia e da Ciência. Aplica-se a: -Sistemas de veículos espaciais. -Sistemas robóticos. -Modernos sistemas de manufatura. -No geral: Em operações de controle de temperatura, pressão, viscosidade, vazão além de outros. Histórico: Século XVIII: James Watt (Controle de velocidade para máquina a vapor através do regulador centrífugo). 1922: Minorsky: controladores automáticos para a pilotagem de barcos. Estabilidade determinada a partir das equações diferenciais descritoras do sistema. 1932: Nyquist: Método de determinação da estabilidade de sistemas em malha fechada com base na resposta de malha aberta de sinais senoidais estacionários. 1934: Hazen: Sistemas de controle de posição => Servomecanismos. Início da década de 1940: Método de Ziegler-Nichols (regras para o ajuste de controladores PID). Década de 1940: Métodos de resposta em frequência (diagramas de Bode) e Projetos de sistemas de controle linear em malha fechada com especificação de desempenho. De 1940 a 1950: Uso de controladores PID em Sistemas de Controle Industriais. Início da década de 1950: Walter Richard Evans desenvolveu o método do lugar geométrico das raízes (root locus). A partir de 1960: Computadores digitais; Sistemas complexos analisados diretamente no domínio do tempo; Variáveis de Estado (Controle Moderno); Aplicações militares e espaciais. Entre 1960 e 1980: Controle Ótimo; Controle Adaptativo; De 1980 a 1990: Controle Robusto. •Definições (terminologia básica): 1- Planta ou Sistema a Controlar: Qualquer objeto físico a ser controlado. 2- Variável Controlada: Grandeza ou condição a ser controlada. 3- Meio Controlado: Energia ou material no qual a variável é controlada. 4- Variável Manipulada: Grandeza ou condição variada pelo controlador. 5- Agente de controle: Condicionamento da variável manipulada. O exemplo a seguir mostra de forma simples a aplicação destas definições Água Fria Água Quente Corrente (A) Sensor de Temperatura Exemplo: Sistema de Aquecimento de Água: 6 - Processo. Toda operação a ser controlada. 7 - Sistema. Combinação de componentes com um certo objetivo. Não é limitado a algo físico. 8 - Distúrbio. Sinal que tende a afetar de modo adverso a variável de saída. Distúrbio interno. Distúrbio externo. 9- Sistema de Controle. Usado para produzir a resposta desejada do sistema. Base para análise de um sistema. Teoria de sistemas lineares. Relação de causa e efeito. Relação de entrada-saída. Processamento do sinal de entrada para fornecer um sinal de saída. 10- Sistema de Controle de Malha Aberta. Controla diretamente o processo. Exemplo: Controle de velocidade de um motor CC. Sistema de Controle de Malha Fechada. Usa um sinal de retroação. Medida da saída. Exemplo : Sistema de controle de direção de um automóvel. Sistema de Controle de Malha Fechada. A realimentação torna a resposta do sistema relativamente insensível a perturbações. Pode apresentar problemas de estabilidade. São vantajosos quando estão presentes perturbações e/ou alterações imprevisíveis nos parâmetros do sistema. Combinação de malha aberta e malha fechada. Projeto e Compensação de Sistemas de Controle: 1-Especificações de Desempenho: Fase inicial do Projeto Requisitos impostos no Sistema de Controle. Resposta ao Degrau (Transitório e Tempo de Acomodação). Regime estacionário (erro de regime estacionário). 2-Compensação do Sistema: Acréscimo de Componentes (Compensadores) ao Sistema de forma que o mesmo possa atender às Especificações de Desempenho. 3-Procedimentos do Projeto: Baseado no Modelo Matemático do Sistema de Controle. Ajustar os parâmetros do Compensador. Verificar o desempenho sob cada ajuste do Compensador. Construir o protótipo e testá-lo em malha aberta e malha fechada. SINAL: Haykin: É uma função de uma ou mais variáveis, a qual veicula informações sobre a natureza de um fenômeno físico. Lathi: É um conjunto de dados ou informação. Em geral o sinal é função da variável independente “tempo”. Sinal Unidimensional: Dependente de uma variável. •Sinal de valor real. •Sinal de valor complexo. Sinal Multidimensional: Dependente de duas ou mais variáveis. Classificação de Sinais: Classificação de Sinais: Sinal de Tempo Contínuo. •Definido para todo tempo, x(t). Classificação de Sinais: Sinal de tempo discreto. Definido em instantes isolados de tempo, x [n]. Variável independente inerentemente discreta. Obtido por amostragem de um sinal continuo no tempo. Para amostragem uniforme. Ts é o intervalo de amostragem. Sinal Par e Sinal Impar. Sinal par. Sinal impar. Classificação de Sinais: Um sinal em tempo contínuo x(t) pode ser decomposto na soma de um sinal par com um sinal ímpar: Classificação de Sinais: Um sinal em tempo discreto x[n] pode ser decomposto na soma de um sinal par com um sinal ímpar: Classificação de Sinais: Escalonamento no tempo. Sinal comprimido. a > 1. a < 1. Classificação de Sinais: Escalonamento no tempo. Sinal expandido. a < 1. a > 1. Classificação de Sinais: Reflexão no tempo. Sinal espelhado. Classificação de Sinais: Deslocamento no tempo Deslocamento de x(t) por t0. Sinal atrasado. t0 > 0. Classificação de Sinais: Deslocamento no tempo Deslocamento de x(t) por t0. Sinal adiantado. t0 < 0. Classificação de Sinais: Sinal periódico e sinal não periódico. Sinal periódico. x(t) = x(t +T) T é uma constante positiva. T =To, 2To,3To, 4To, .... To é o período fundamental de x(t). Frequência fundamental. Frequência angular. Classificação de Sinais: Sinal periódico e sinal não periódico. Sinal não periódico. x(t) x(t +T). Classificação de Sinais: Sinal determinístico e sinal aleatório. Determinístico. Modelados como funções de tempo completamente especificadas. Não existe incerteza refrente a seu valor em qualquer tempo. Aleatório. Modelados probabilisticamente. Há incerteza antes de sua ocorrência real.Ruído gerado em um amplificador. Classificação de Sinais: Exercício. Dado o sinal de tempo continuo x(t), desenhar as formas de onda para os seguintes sinais: x(t - 2) x(2t) Exercício. Dado o sinal de tempo discreto x[n], desenhar as formas de onda dos seguintes sinais: x[-n] x[2n] Exercício. Desenhar os componentes par e impar dos sinais. Solução: Código em MATLAB: Solução: Código em MATLAB: Classificação de Sistemas: Sistema instantâneo e sistema dinâmico. Sistema instantâneo. A saída no instante t depende apenas do valor da entrada no instante t. Sistemas de memória nula. Constituídos por elementos dissipadores de energia. Modelados por equações algébricas. Sistema dinâmico. A saída depende de informações passadas e/ou futuras (na entrada e/ou na saída). Constituídos por elementos armazenadores de energia. Modelados por equações diferenciais. Sistema monovariável e sistema multivariável. Sistemas monovariável. Única entrada e uma única saída. Sistemas multivariável. n entradas e r saídas. Classificação de Sistemas: Sistema determinístico e sistema estocástico. Sistemas determinísticos. Parâmetros, sinais de entrada e saída definidos matematicamente. Sistemas estocásticos. Parâmetros, sinais de entrada e saída aleatórios. Classificação de Sistemas: Sistema a parâmetros concentrados e sistema a parâmetros distribuídos Sistemas a parâmetros concentrados. Possuem uma única variável independente, geralmente o tempo.. Sistemas a parâmetros distribuídos. Envolvem mais de uma variável independente. Classificação de Sistemas: Sistema contínuo e sistema discreto. Sistema contínuo. Processa sinais contínuos no tempo. Modelado por equações diferenciais. Sistema discreto. Processa sinais discretos no tempo. Modelado por equações a diferenças. Classificação de Sistemas: Sistema invariante no tempo e sistema variante no tempo. Sistema invariante no tempo . As relações de entrada e saída não se alteram com o tempo. Classificação de Sistemas: Sistema causal e sistemas não causal. Sistema causal . A saída no instante de tempo, t1, depende dos valores de entrada dos instantes t ≤ t1. Sistema não antecipativo. As relações de entrada e saída não se alteram com o tempo. Sistema não causal. Responde antes mesmo da entrada ser aplicada. Sistema antecipativo. Classificação de Sistemas: Sistema sem memória e sistema com memória. Sistema sem memória. A saída depende unicamente do sinal de entrada. Condições iniciais nulas. Sistema com memória. A saída depende de valores anteriores da entrada ou saída. Condições iniciais não nulas. Classificação de Sistemas: Sistema estável. Para uma entrada limitada, |x| ≤ k1, a saída também é limitada |y| ≤ k2. k1 e k2 são constantes reais finitas. Sistema BIBO estável (bounded-input/bounded-output). Classificação de Sistemas: Sistema linear e sistema não linear. Sistema linear. Satisfaz o principio da superposição. Aditividade. Homogeneidade. Classificação de Sistemas: Sistema linear e sistema não linear. Sistema linear. Principio da superposição. Se o princípio da superposição não é obedecido, o sistema é não linear. Classificação de Sistemas: Exemplo: Verificar se os sistemas definidos pela seguintes equações diferenciais são lineares. Exemplo: Verificar se o sistema, com entrada x(t) e saída y(t), definido por y(t) = x(t)cosct, é: Sem memória. Causal. Linear. Invariante no tempo. Estável. Classificação de Sistemas: Sinais básicos de tempo contínuo. Função degrau unitário, u0(t). Definição. Descontinua em t = 0. Função degrau unitário, u0(t). Atrasado no tempo. Adiantado no tempo. Sinais básicos de tempo contínuo. Função degrau unitário, u0(t). Exemplo: No circuito da figura a chave é fechada em t = T. Expressar a tensão de saída vout em função do degrau unitário e desenhar a forma de onda correspondente. Sinais básicos de tempo contínuo. Função degrau unitário, u0(t). Exemplo : Expressar a forma de onda quadrada em termos de degrau unitário. Sinais básicos de tempo contínuo. Função degrau unitário, u0(t). Exemplo: Dado o sinal x(t), desenhar o sinal x(t)u(1-t). Exemplo: Dado o sinal x[n], desenhar o sinal x[n]{u[n+2] – u[n]}. Sinais básicos de tempo contínuo. Função rampa unitária, u1(t). Definição. Sinais básicos de tempo contínuo. Função impulso unitário, (t). Definição. A função impulso unitário deslocada (t-t0). Sinais básicos de tempo contínuo. Função impulso unitário, (t). Propriedades. Se x(t) é contínua em t = 0. Se x(t) é contínua em t = t0 . Para qualquer sinal contínuo x(t). Sinais básicos de tempo contínuo. Função exponencial complexa generalizada Definição. Parte real. Parte imaginária. Sinais básicos de tempo contínuo. Função exponencial complexa generalizada Se s = , x(t) = et. Sinais básicos de tempo contínuo. Sinais básicos de tempo contínuo. Sinal senoidal. Definição. BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1. OGATA, K. Engenharia de Controle Moderno. 4a Edição, Prentice Hall, 2003. 2. DORF, R. C.; Bishop, R. H. Sistemas de Controle Modernos. 11a Edição, Livros Técnicos e Científicos, 2009. 3. NISE, N. S. Engenharia de Sistemas de Controle. 5a Edição, Livros Técnicos e Científicos, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. HSU, Hwei. Sinais e Sistemas. Editora Schaum Bookman Companhia, 2004. 2. HAYKIN, Simon S. & VEEN, Barry Van. Sinais e Sistemas. Editora Bookman Companhia, 2000. 3. BOLTON, W. Engenharia de Controle MAKRON, 1995. 4. PHILLIPS, Charles L. & HARBOR, Royce D. Sistemas de Controle e Realimentação Makron, 1996. 5. HAYKIN, Simon. Sinais e sistemas. Colaboração de Barry Van Veen.Traduzido por Jose Carlos Barbosa dos Santos. Porto Alegre: Bookman, 2001.
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