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Draußen vor der Tür.doc

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Draußen vor der Tür
(Do outro lado da Porta ou Do lado de fora)
(de Wolfgang Borchert)
Em janeiro de 1947, Borchert escreveu a única peça dramática de sua obra: Draußen vor der Tür,que foi levada ao ar pela primeira vez pela rádio emissora de Hamburgo em fevereiro do mesmo ano, e fez com que Borchert saísse do quase anonimato e se transformasse em um grande nome do cenário literário alemão.
Draußen vor der Tür relata a estória do soldado Beckmann, jovem militar que retorna à Alemanha depois de ser derrotado nos campos de batalha da Sibéria.
Ao chegar à terra natal, não encontra mais o que havia deixado: a esposa está em companhia de outro homem; os pais morreram e o filho, que nem chegou a conhecer, também.
Procura emprego e compaixão, mas tudo o que encontra por parte de seus semelhantes é indiferença e incompreensão. Quando, finalmente, uma jovem o acolhe, sente-se culpado por estar assumindo o lugar de outro soldado.
A descrição dos personagens, diferentemente do que se costuma apresentar nos textos de peças teatrais, não apresenta características físicas e materiais dos personagens, mas sim, psicológicas e sociais.
Percebe-se, então, que a maioria dos personagens é designada por sua “função” social, e não por um nome, o que possibilita maior identificação do público. Após a descrição dos personagens, encontramos “três textos” antes das cenas propriamente ditas. Os três parecem ser a mesma introdução à obra sob três pontos de vista diferentes, ou ainda, sob três formas distintas.
O primeiro texto que se segue à descrição dos personagens não possui título e figura como uma introdução na qual o autor antecipa a história de Beckmann, ao mesmo tempo que o situa no contexto histórico alemão, através de um relato feito por um narrador desconhecido, que parece ao mesmo tempo narrar e refletir sob a situação de Beckmann.
A seguir, encontramos o texto auto-denominado Vorspiel, ou seja, o prólogo, o qual é conceituado como introdução a uma obra. Porém, esse prólogo aparece como uma introdução ficcionalizada da peça, a partir de um diálogo entre Deus e a Morte. Por fim, o trecho intitulado “Der Traum” (o sonho), relata o que está se passando com Beckmann, através de um diálogo entre o próprio soldado e o rio Elba, onde momentos antes ele havia se atirado.
O restante da obra é dividido em cinco cenas, ambientadas na cidade de Hamburgo, nas quais o soldado Beckmann procura razões para continuar vivendo, mas encontra apenas a incompreensão e a indiferença por parte daqueles a quem se dirige.
A obra discute as consequências da guerra, as diferenças sociais e o apoio ao nazismo.Faz uma crítica contundente à sociedade da época que retrata, mas também à indiferença que os humanos têm para com seus semelhantes. Podem ser encontrados, também, vários traços do movimento expressionista, já que a história se desenvolve num ambiente repleto de irrealidades.
Drauβen vor der Tür- Divisão de Cenas
A peça é dividia entre: Introdução, Prólogo, Sonho, Cena 1, Cena 2, Cena 3, Cena 4 e Cena 5.
A Introdução é uma visão que o autor tem sobre as pessoas que estão vivendo naquele lugar destruído e também o sentimento que os soldados têm quando voltam para suas casas. Já o Prólogo é a conversa é uma conversa em Deus (representado por um Velho que está sempre chorando) e a Morte (representado pelo Agente Funerário). O diálogo entre eles é sobre a nova sociedade que está descrente na figura de deus e que a morte é agora o “novo deus”. O Sonho é o diálogo entre o soldado Beckmann, que tenta se matar se jogando no rio Elba, e o rio Elba, que não aceita aquela atitude de uma rapaz jovem e o manda de novo para a beira do rio para tentar mais uma chance na vida.
Na Cena 1, aparece um personagem que aparecerá no decorrer das outras cenas, que se chama o Outro, ele representa a figura de Beckmann mais jovem, o homem que acreditava na vida. E esses dois Beckmann conversam sobre aquela nova chance de recomeçar a vida.
Já Cena 2, Beckmann conhece a Moça, que o ajuda a sair da beira do rio e o leva para sua casa, dá-lhe roupas secas e diz que mora sozinha, mas que tinha sido casada com um soldado que morreu na batalha de Stalingrado, o mesmo lugar onde Beckmann tinha sido suboficial. No final dessa cena, Beckmann foge apavorado por perceber que o fantasma do marido da Moça está atrás dele.
A Cena 3, Beckmann vai procurar o verdadeiro culpado pelas mortes nos campos de batalha, que é o Coronel, que está jantando com sua família e se depara com a figura de um soldado que começa a lhe contar sobre os acontecimentos das batalhas, das mortes, dos familiares desesperados por notícias de seus parentes e diz se ele consegue dormir a noite com as vozes das pessoas chamando por ele.
O Coronel não acha o discurso do soldado muito interessante, mas engraçado e diz a Beckmann que ele deveria procurar algum teatro, por que ele daria um ator perfeito para comédias.
Inocentemente, Beckmann na Cena 4 vai procurar o Diretor de um teatro, que inicia a cena com discurso sobre os jovens alemães, que eles deveriam ser mais engajados, lembrar-se dos clássicos para ter inspiração. Beckmann tenta mostrar ao diretor que tem talento, mas é recusado, pois ele precisa adquirir mais experiência.
A cena final(Cena 5) é quando Beckmann cansa de todas aquelas pessoas e volta para a casa de seus pais, que estava ocupada por uma mulher chamada Senhora Kramer. Beckmann pergunta a respeito do seus pais e ela diz que eles estão num cemitério em Ohlsdorf. Ao ouvir dos deboches da senhora Kramer, Beckmann se irrita e sai andando pelas ruas.
No final, ele permanece sozinho e sem resposta para suas questões sobre a nova realidade.

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