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Estrutura do DNA e RNA Síntese de Proteínas Ana Paula Carneiro Salgado UFMG- ICB Departamento de Biologia Geral Disciplina: Genética 2˚semestre-2011 Cromossomos Genoma Humano (unidade básica de herança) Genes Núcleo Constituídos de DNA Genes (DNA+proteínas) Autossômos Sexuais Células somáticas= diplóides (2n) = possuem 23 pares de cromossomos (22 de autossomos e um par de cromossomos sexuais). Gametas= haploides (n) e possuem um total de 23 cromossomos. Watson & Crick 1953: descobrem a estrutura do DNA 1988: Watson funda o Projeto Genoma Humano Permite que as moléculas de DNA se repliquem precisamente pela separação dos 2 filamentos, seguida pela síntese de 2 novos filamentos complementares. Composição: DNA x RNA DNA (ácido desoxirribonucléico) : 1 açúcar (5C) = desoxirribose 1 base nitrogenada Purinas (A e G) Pirimidinas (T e C) 1 grupo fosfato RNA (ácido ribonucléico) : 1 açúcar (5C) = ribose 1 base nitrogenada Purinas (A e G) Pirimidinas (U e C) 1 grupo fosfato Pareamento das Bases A- T (2 pontes de H) G-C (3 pontes de H) A- U (2 pontes de H) G-C (3 pontes de H) Regras de Chargaff Erwin Chargaff 1950 Regras de Chargaff Helicoidização do DNA As proteínas histonas são de 5 tipos: H2A H2B H3 H4 H1- Não faz parte da partícula do cerne (age como uma presilha ao redor das demais histonas) Para compactar o DNA dentro do pequeno núcleo de uma célula ele e helicoidizado em vários níveis.O primeiro nível forma o nucleossomo. Nucleossomos formam o Solenóide (cada volta ~ 6 nucleossomos). Propriedades do DNA Replicação ou autoduplicação: capacidade de fazer cópias de si mesmo As duas fitas servem de molde para a síntese de novos DNAs DNA DNA Transcrição ou síntese de RNA: Uma fita serve de molde (cadeia ativa) DNA RNA Dogma Central da Biologia molecular Replicação do DNA As pontes de hidrogênio são quebradas, permitindo que as bases em cada filamento passem pelo pareamento de bases complementares com bases livre. SEMICONSERVATIVA Replicação Eventuais erros da DNA polimerase ao encaixar as bases complementares (A-T; C-G) ocasiona uma MUTAÇÃO PONTUAL Taxa de mutação em eucariotos: 1/10 bilhões de bases Importância das mutações: fonte básica da variabilidade genética Síntese de DNA em Eucariontes: As “Bolhas de Replicação” Nos eucariontes, a replicação requer “múltiplas origens”, devido ao tamanho de seu genoma. A replicação é bidirecional e, em ambas as fitas, simultânea. Este processo gera “bolhas de replicação”. Processo de Replicação O movimento da forquilha de replicação revela uma fita molde no sentido 3’ para 5’ e outra no sentido oposto 5’ para 3’ Desta forma, as fitas novas são sintetizadas em sentidos opostos FITA “LEADING” (cadeia “adiantada”. Lider) – crescimento segue a direção do movimento da forquilha de replicação FITA “LAGGING” (cadeia “lenta”. Descontínua) – crescimento no sentido oposto ao movimento da forquilha de replicação Processo de Replicação FITA “LEADING” – sintetizada continuadamente a partir de um iniciador na fita molde 3’ 5’ FITA “LAGGING” – sintetizada descontinuadamente a partir de múltiplos iniciadores Cada iniciador é alongado pela DNA polimerase resultando na formação dos FRAGMENTOS DE OKAZAKI. DNA polimerase remove o primer do RNA do fragmento adjacente e preenche os “gaps” entre os fragmentos que, então, são unidos pela DNA ligase. Processo de Replicação Mecanismos de reparo do DNA: Mecanismo de revisão: corrige os erros assim que a DNA polimerase os comete. Mecanismo de reparo para as bases que estão mal pareadas : examina cuidadosamente o DNA após ele ser sintetizado e corrige qualquer base pareada incorretamente. Mecanismo de reparo por excisão que remove bases anormais que tenham se formado devido a danos químicos e as substitui por bases funcionais. Síntese de RNA = Transcrição Não somente o mRNA é produzido pela transcrição. O mesmo processo é responsável para síntese do tRNA e do rRNA. Dentro de cada gene, somente uma das fitas (fita molde) é transcrita. A outra fita complementar de DNA mantém-se não transcrita. A escolha é determinada pela seqüência promotora. Síntese de RNA = Transcrição Por convenção, a extremidade que tem o fosfato é chamada 5’ e a que tem o açúcar é chamada 3’. O sentido de leitura e síntese é sempre 5’ 3’. Uma enzima desenrola a duplas hélice= DNA helicase RNA polimerase II : percorre o filamento único de DNA e adiciona nucleotídeos livres a ponta 3’ no novo filamento. Transcrição mRNA=5` 3` IISequência termino da transcrição no DNA: UAA; UAG;UGA) Adição de A (100-200 bases) em 3` do RNA (cauda poli A) Pode estar envolvida na estabilização do mRNA (não degradação ao chegar no citoplasma) Transcrição Logo depois que a síntese de mRNA tem inicio a extremidade 5’da molécula crescente de mRNA recebe adição de uma G quimicamente modificada (cap de 5’). - Ajuda evitar degradação do RNA durante a síntese. -Auxilia na indicação da posição de inicio da tradução da molécula de mRNA em proteínas. Seqüência de termino Pode estar envolvida na estabilização da molécula de mRNA, de modo que ela não seja degradada ao chegar no citoplasma Transcrição Núcleo Citoplasma SPLICING OU PROCESSAMENTO DO mRNA Classes de RNA RNA heterogêneo ou pré-mRNA (hnRNA) RNA transcrito de 5´→ 3´ com molde no DNA (fita 3´→ 5´) incluindo as regiões codificadoras de proteínas (éxons) e as não-codificadoras intercaladas (íntrons), presente no núcleo dos eucariotas. mRNA A forma final de RNA, processado a partir do hnRNA pela remoção dos íntrons e proteção das extremidades 5´ (cap) e 3´ (cauda poli-A), que vai ser traduzido em proteína no citoplasma. Cada trinca (três nucleotídeos) no mRNA é denominada códon e corresponde a um aminoácido na proteína que irá se formar. rRNA RNAs que se complexam com proteínas para formarem os ribossomos, as organelas citoplasmáticas aonde se realiza a síntese protéica ou tradução genética. Os ribossomos são formados por rRNA e proteinas tRNA Pequenos RNAs, com estrutura em forma de trevo, que possuem um sítio de ligação a um aminoácido e outro a trincas de bases no mRNA (códons) denominado anticódon. é através do anticódon que o tRNA reconhece o local do mRNA onde deve ser colocado o aminoácido por ele transportado. Cada t RNA carrega um aminoácido especifico, de acordo com o anticódon que possui. O Código Genético Proteínas são compostas de 1 ou + polipeptídios (são compostos por sequências de aminoácidos). 20 aminoácidos diferentes aminoácidos são compostos por trincas de bases= códons permite a formação de 64 códons diferentes, sendo 61 ativos e 3 inativos (stop codon: UAA; UGA; UAG) A correspondência entre códons específicos e aminoácidos é conhecida com Código Genético. O Código Genético Universal = todos os seres vivos usam os mesmo código de DNA para especificar aminoácidos. Não ambíguo = um tRNA só pode carrear um único aminoácido. O Código Genético Degenerado: o código genético é repleto de “sinônimos”. Um único aminoácido pode ser codificado por vários códons diferentes. Ex: prolina (CCC, CCG, CCU, CCA) Tradução Também chamada de síntese de proteínas. (1 ou + polipeptídios) O sitio citoplasmático de síntese protéica: ribossomos Proteínas enzimáticas e rRNA Seqüência de aminoácidos Auxilia aligação do mRNA e tRNA ao ribossomo Tradução é quando o mRNA chega ao citoplasma e se associa ao ribossomo, para servir de molde para síntese de polipeptídio. Após esta associação os tRNA levam os aminoácidos, que serão ligados, formando a proteína. Tradução Primeiro: o ribossomo se liga a um sitio de iniciação (códon: AUG) na seqüência do mRNA. Tradução O ribossomo então liga o tRNA a sua superfície, de modo que o pareamento de bases possa ocorrer entre o tRNA e o mRNA no sentido habitual 5’ para 3’. Somente os tRNAs tem seqüência do anti- códon complementar a seqüência do códon no ribossomo. A medida que cada códon é processado, um aminoácido é traduzido pela interação entre o mRNA e tRNA. Tradução Uma enzima presente na subunidade maior do ribossomo realiza a ligação peptídica entre os aminoácidos adjacentes. Polipeptídio crescente Tradução O tRNA “vazio” volta para o citoplasma para se ligar a outro aminoácido. Tradução O ribossomo agora se desloca 1 códon para o lado. O espaço vazio é preenchido por um outro tRNA com seqüência do anti- códon complementar a seqüência do códon. Tradução O tRNA “vazio” volta para o citoplasma para se ligar a outro aminoácido. E assim o ribossomo vai se deslocando ao longo do mRNA e os aminoácidos são ligados. Tradução Quando o ribossomo chega a um códon de fim na seqüência do mRNA, a tradução e a formação do peptídio cessam. Então o ribossomo se solta do mRNA, a proteína recém formada é liberada e o mRNA e degradado. Modificação da proteína após a síntese Modificações pós- tradução 1) Modificações para transformar o polipeptídio numa forma funcional: quebras, reorientações de certos fragmentos, deleções, adições. 2) Adição de cadeias laterais de carboidratos ao polipeptídio. Muitas proteínas emergem do ribossomo prontas para funcionar. Outras, no entanto, sofrem uma série de modificações pós-tradução Podem ser necessárias, por exemplo, para promover o dobramento correto da proteína final ou estabilizar sua estrutura.
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