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AULA 06 PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO.docx 1496610116850

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1
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO - Lei 9.099/95
Aula 06
JUIZADOS ESPECIAIS
A Cons�tuição Federal estatuiu em seu art. 98, I, que a União, no Distrito Federal e nos Territórios,
e os Estados criarão juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos,
competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de infrações penais de menor potencial
ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permi�dos, nas hipóteses previstas em
lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau.
Lei 9099/95 regulamentou o disposi�vo cons�tucional e definiu o conceito de infração de menor
potencial ofensivo: 
Art. 61 - “Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos
desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 01
(um) ano, excetuados os casos em que a lei preveja procedimento especial.”
Assim, todas as contravenções estavam abarcadas, bem como os crimes com pena máxima de um
ano e não sujeitos a rito especial do CPP ou leis extravagantes (por exemplo: crimes contra a honra
e tóxicos).
LEI 10259/01
A Lei 10259/01, derrogou o conceito imposto no art. 61 da Lei 9099/95.
Art. 2º, parágrafo único - “Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo, para os
efeitos desta Lei, os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, ou multa”.
Com a nova redação, o campo de incidência dos ins�tutos despenalizadores (composição civil de
danos e transação penal) – até então restritos às contravenções penais em geral e crimes
subme�dos a procedimento comum do CPP apenados até um ano de pena priva�va de liberdade,
para abranger, também, os crimes apenados até dois anos, ou multa, independentemente do rito
processual previsto.
2
 
CONCEITO DE INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
São infrações penais de menor potencial ofensivo todas as contravenções penais
(independentemente da pena máxima cominada – veja-se, por exemplo, o art. 45 do Decreto-Lei
nº. 6.259/44) e todos os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos,
independentemente da previsão de procedimento especial.
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS – Arts. 3º e 62
Celeridade - significa que todos serão realizados na audiência de instrução e julgamento sem
adiamentos. 
Economia Processual orienta no sen�do de que os atos processuais devem ser concentrados em
audiência única. 
Informalidade, adotando o diploma o princípio da instrumentalidade das formas, busca-se o fim
colimado pelo ato e não o meio u�lizado para sua consecução, por exemplo:
 a) in�mação de testemunhas por aviso de recebimento, telefone, fax, e-mail;
b) in�mação do advogado cons�tuído ou da�vo e do MP pode ser feita pela imprensa (art.
82, § 4º), afastando-se a pessoal prevista no CPP, art. 370, § 4º; 
c) citação pessoal na sede do Juizado, somente quando necessário será feita por mandado. 
Oralidade - compreende a possibilidade de os atos processuais serem gravados por fita magné�ca
(art. 65, § 3º); representação em crimes de ação pública condicionada, queixa-crime em ação penal
privada e denúncia em ação pública podem ser orais, tal qual a sentença e os embargos de
declaração.
COMPETÊNCIA
Teoria da ubiquidade (CP, art. 6º) - Tanto o juiz do local da ação como do resultado podem
processar e julgar as infrações.
Alguns defendem que a Lei 9099/95 adotou a Teoria da A�vidade na redação do art. 63, por u�lizar
a expressão lugar em que foi pra�cada.
Contudo, se o art. 6º, do Código Penal prevê como local do crime, tanto o da conduta como o do
resultado, este posicionamento deve se estender aos Juizados.
3
ÂMBITO DE INCIDÊNCIA
O diploma tem aplicabilidade a todas as jus�ças (comum: estadual e federal; especial: eleitoral). 
Não a�nge a Jus�ça Militar, consoante expressa disposição do art. 90-A da Lei 9.099/95
ATOS PROCESSUAIS
São públicos com as restrições cons�tucionais (CF, art. 5º, LX, e 93, IX) e do CPP (art. 792, § 1º),
podendo ser implementados em qualquer horário e em qualquer dia, inclusive sábados e
domingos, observada a Lei de Organização Judiciária correspondente. 
A�ngindo sua finalidade, serão considerados válidos, não se decretando nulidades (art. 65, § 1º). 
Recorde-se que o princípio da instrumentalidade das formas é plenamente aplicável, ou seja, o
que importa é o ato processual a�ngir o seu desiderato para ser válido, pouco importa sua forma.
Citação (arts. 66 e 68): Inexiste a citação por edital no Juizado Especial Criminal, só pessoal.
Sem esta, desloca-se competência para a jus�ça comum.
In�mações (arts. 67 e 68). As in�mações ou no�ficações são permi�das por qualquer meio válido
(princípio da informalidade). Assim, a in�mação pode ser feita por correspondência com A. R., por
oficial de jus�ça, fax, telefone, e-mail etc.
FASE POLICIAL
Termo circunstanciado (art. 69): a autoridade policial lavrará o termo e encaminhará ao Juizado o
autor do fato e a ví�ma, requisitando os exames periciais necessários. 
Direito Público Subje�vo (art. 69, parágrafo único). É vedada a prisão em flagrante ou exigência de
fiança se o autor do fato se comprometer a comparecer ao Juizado.
FASE PRELIMINAR
A Fase Preliminar é regida pelos Princípios da oportunidade ou da discricionariedade controlada,
limitada ou regrada. 
Em crimes de ação pública, o MP tem a faculdade de transacionar, abolindo-se a obrigação de
4
oferecer denúncia.
AUDIÊNCIA PRELIMINAR
Arts. 72 a 74 - Audiência concentrada, que exige o comparecimento do autor do fato, da ví�ma (se
for o caso) e seus advogados, do órgão ministerial e do Magistrado, na qual a Lei prevê dois
momentos processuais dis�ntos.
No primeiro momento, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da
também da possibilidade de aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não priva�va de
liberdade.
Composição Civil de Danos - A composição civil de danos em crimes de ação penal privada e
pública condicionada à representação gera repercussão nos campos penal e civil.
- Deve ser realizada na presença e pelas partes com seus advogados e responsável civil,
se necessário. 
- Do ajuste entre as partes, assessoradas por advogados e mediante o acompanhamento
do Ministério Público, na qualidade de fiscal da lei, lavrar-se-á termo a ser
homologado, por sentença, pelo Juiz. 
- A sentença homologatória é válida como �tulo execu�vo judicial e é irrecorrível.
- Consequências da composição civil de danos: renúncia tácita ao direito de queixa ou
de representação com a ex�nção da punibilidade do autor do fato (art. 74, parágrafo
único). 
- A composição civil em crime de ação pública incondicionada traz unicamente solução
total ou parcial de evitar nova demanda no âmbito civil, porque não impedirá no
campo penal a sequência do procedimento.
Não composição civil - Não chegando as partes a nenhum acordo, se crime de ação privada, deve o
juiz indagar ao querelante se oferece proposta de transação; em caso nega�vo, deve o mesmo
oferece queixa oral. 
Se crime de ação pública condicionada à representação, sem acordo, imediatamente o juiz
indagará o ofendido se deseja representar, o que será reduzido a escrito. 
Não o querendo naquele momento, será cien�ficado que poderá fazê-lo no prazo de seis meses
(CPP, art. 38 e CP, art. 103) contados da data que teve ciência da autoria do fato. 
5
Transação penal - Direito público subje�vo do autor do fato de não sofrer pena priva�va de
liberdade. 
No entanto, na Ação Penal Pública Incondicionada e na Condicionada, a legi�mação exclusiva do
órgão ministerial impõe que se aguarde sua manifestação durante a audiência preliminar. Fá-lo-á,
quando presentes requisitos obje�vos e subje�vos favoráveis do art. 76. 
Se o MP se recusar, segundo entendimento prevalente nos Tribunais Superiores, não pode o juiz
ofertar de o�cio, pois não é parte, devendo o autor do fato impetrar habeas corpus ouo
Magistrado aplicar o art. 28 do CPP – em analogia ao disposto na Súmula 696 do STF. 
E em ação penal privada, quem tem legi�midade para transacionar? 
1ª posição – STJ e alguns doutrinadores 
A �tularidade é do querelante, a ele cabe a propositura da transação, porque da mesma
forma que este tem a �tularidade da ação, também o tem no que diz respeito à transação penal; 
Apn 634 (2010/0084218-7 STJ); Resp 134213 (2011/0208321 STJ); 
2ª posição - Tribunal de Jus�ça do Distrito Federal
A �tularidade é do Ministério Público, pois a transação penal consiste numa forma de
punição, a que somente tem legi�midade o Estado, que detém o jus puniendi e o jus persequendi. 
Se o querelante neste momento manifestasse sua opinião poderia estar usando de vingança
privada, o que é inadmissível quando a intenção é, muito além dessa, a correção do infrator e sua
ressocialização. 
O MP é parte legí�ma para ofertar a transação penal nas ações penais privadas, pois é ele quem
tem, originalmente, o dominus li�s, e, após a expressão de vontade da ví�ma em oferecer a queixa,
o Parquet tem de volta a tutela da causa, podendo por ele oferecer transação, afastando a
vingança privada, usando o princípio da igualdade e a analogia in bonam partem do ar�go 76 da
Lei n. 9.099/1995.
- Na ação penal de Inicia�va Privada - o juiz indaga ao querelante se deseja oferecer
proposta (princípios da disponibilidade e da oportunidade);
- caso se negue, o feito prossegue com oferecimento de queixa-crime; 
- se fizer a mesma será subme�da ao querelado e seu patrono (o MP tem a�vidade
exclusiva de custos legis, pois o Estado conferiu a legi�midade exclusiva ao par�cular de acionar o
autor do fato em crimes de natureza privada).
- Em ambos os casos (Ação Penal Pública Incondicionada ou Condicionada e na Ação Penal Pública
Privada) - se o Autor do Fato ou o Querelado aceitar a proposta da Transação Penal, será proferida
a Sentença homologatória cuja natureza é condenatória imprópria, porque embora imponha pena
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não priva�va de liberdade ou multa, não gera qualquer efeito penal.
SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA DE TRANSAÇÃO PENAL
Efeitos da sentença: 
- não gera reincidência e nem constará de registros criminais;
- impõe limitações quanto ao cumprimento da pena imposta;
- impedi nova transação no prazo de cinco anos. 
- Não gera efeitos de natureza civil, impondo o ajuizamento da ação de conhecimento no
juízo respec�vo (Juizado Especial Cível ou Jus�ça Comum).
- em caso de descumprimento da pena imposta - SÚMULA VINCULANTE – 35 (Não faz coisa
julgada material)
É possível a reabilitação penal? 
O pedido de reabilitação não guarda compa�bilidade com a sentença de transação penal, em que
pese o caráter penal da sanção consen�da, pois a sentença não é genuinamente condenatória e
tampouco gera efeito civil ou penal.
A transação interrompe a prescrição? 
A sentença homologatória não suspende ou interrompe o prazo prescricional que vem sendo
contado desde a data do fato. Somente o recebimento da denúncia/queixa-crime oral ou escrita é
que interrompe (CP, art. 117, I).
RECURSO A SER INTERPOSTO DA SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA DE TRANSAÇÃO PENAL
Caberá sempre RECURSO DE APELAÇÃO, da sentença homologatória de transação penal.
Exceções: da não-homologação judicial da transação, admite-se mandado de segurança pelo
MP e habeas corpus pelo autor do fato ou pelo MP em seu favor.
Não aceitação da Transação Penal / Procedimento Sumaríssimo
Somente se ingressará no procedimento propriamente dito se não houve acordo entre as partes ou
entre o autor do fato e o MP, quando então o querelante ofertará queixa oral ou o MP denúncia
oral. 
Neste momento, o autor do fato é citado pessoalmente e in�mado para audiência de instrução e
julgamento em data a ser marcada pelo juiz. 
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A competência dos Juizados pode ser alterada, nos seguintes casos: quando for necessária a
citação por edital; e quando o fato for complexo ou as circunstâncias do caso não permi�rem o
oferecimento de denúncia, sendo o feito encaminhado para a vara comum (art. 77, § 2º). 
Ex.: autor do fato com provável doença mental, desenvolvimento mental ou retardado que
necessita ser subme�do a perícia médica. 
AUDIÊNCIA DO RITO SUMARÍSSIMO
Na impossibilidade de composição civil de danos ou de transação penal porque o autor do
fato, regularmente in�mado, deixou de comparecer à audiência preliminar, tentar-se-á a aplicação
dos ins�tutos despenalizadores, a fim de se evitar a ação penal (art. 79). 
Do Procedimento 
Antes do recebimento da denúncia, o juiz dará a palavra ao defensor para sua resposta prévia à
acusação. 
Em seguida, decide pelo recebimento ou rejeição, inclusive para eventual proposta de sursis
processual. 
Se a inicial for rejeitada, caberá ao autor da ação penal recorrer via apelação (art. 82); 
Sendo recebida, o juiz avaliará a possibilidade de ser proposto o sursis processual pelo acusador. 
Se o MP se negar, caso o Juiz entenda estarem presentes os requisitos legais, pode se valer da
aplicação analógica do art. 28 do CPP. 
Se, em ação privada, o querelante se negar, o juiz dará o devido prosseguimento, pois não pode se
subs�tuir às partes, oferecendo a suspensão condicional do processo ao acusado/querelado.
Se não for aceita a suspensão, inicia-se a instrução propriamente dita com o juiz inquirindo a
ví�ma, testemunhas de acusação e defesa, e interrogando o réu, ao final.
Em seguida passa aos debates orais e prolata sentença. 
Qual é o número máximo de testemunhas permi�do? 
O teor do enunciado 28 dos Juizados Especiais Criminais estabelece que "Em se tratando de
8
contravenção as partes poderão arrolar até três testemunhas, e em se tratando de crime o número
admi�do é de cinco testemunhas, mesmo na hipótese de concurso de crimes.“
SENTENÇA NO RITO SUMARÍSSIMO
A sentença prescinde de relatório, mas deve trazer a fundamentação e o disposi�vo. A
fundamentação decorre de impera�vo cons�tucional para todas as decisões judiciais (CF, art. 93,
IX). 
A ausência de relatório se coaduna com a celeridade e informalidade/simplicidade dos atos
processuais (art. 81, § 3º c.c. os arts. 3º e 62).
DOS RECURSO NO RITO SUMARÍSSIMO
Os Recursos cabíveis contra sentença são:
- Recurso de Apelação (art. 82);
- Embargos de declaração para aclarar o sen�do de sentença ou acórdão da Turma Recursal
(art. 83 § 2º);
Apelação. A apelação deve ser interposta no prazo de dez dias, em peça única com as razões e o
pedido do recorrente. 
São legi�mados todos os integrantes da relação processual controver�da, a saber: MP/querelante,
assistente e réu. 
O recorrido também terá dez dias para contra-arrazoar. 
Em seguida, o recurso subirá para a Turma Recursal da circunscrição ou Tribunal de Jus�ça, na falta
daquela. 
Na esfera federal, o recurso será encaminhado para a Turma Recursal Federal ou Tribunal Regional
Federal, na falta daquela.
Embargos de Declaração. Admissível contra sentença ou acórdão quando houver obscuridade,
contradição, omissão ou dúvida. 
Pode ser interposto oral (no ato da publicação da sentença) ou por escrito no prazo de cinco dias e
INTERROMPE o prazo para o recurso de apelação.
9
Recurso em Sen�do Estrito. Conquanto não previsto em lei, os Tribunais vêm admi�ndo este
recurso na hipótese de concessão ou indeferimento do sursis processual (art. 581, XVI);
Por desdobramento natural do recurso em sen�do estrito denegado, de se admi�r a carta
testemunhável.
Na fase de execução da pena é cabível o agravo em execução (LEP, art. 197) no prazo de 5 dias (STF
700)
Quais são os recursos cabíveis das decisões proferidas pelas Turmas Recursais? 
Somente são admi�dos os embargos de declaração (Lei 9099/95, art. 83) e o recurso
extraordinário (Súmula 640 do STF). 
Não se admitem embargos infringentes, recurso ordinário e nem recurso especial (Súmula
203 do STJ).
Os mandados de segurança e habeas corpusimpetrados contra atos de juízes singulares devem ser
dirigidos às Turmas Recursais, porém se houver coação atribuída a integrante da Turma Recursal, o
competente para dirimi-la é o TRIBUNAL DE JUSTIÇA OU TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 
Súmula 690 (não aplicação/superada)
“Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de habeas corpus contra
decisão de turma recursal de juizados especiais criminais”. 
(Mudança de posicionamento do STF - Julgamento HC 86.834 – competência para julgamento de
HC contra decisão de turma recursal será dos Tribunais de Jus�ça e Tribunais Regionais Federais.)
TURMAS RECURSAIS
O art. 41, § 1º da Lei 9.099/95 determina:
O recurso será julgado por uma turma composta por 3 (três) juízes togados, em exercício no
primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
Como se vê, a 2ª instância é composta por grupos (Turmas) de 3 juízes de 1º grau. 
OBSERVAÇÕES
TRANSAÇÃO PENAL – Art. 76 da Lei 9.099/95
“As consequências jurídicas extrapenais previstas no ar�go 91 do Código Penal são
10
decorrentes de sentença condenatória. Tal não ocorre, portanto, quando há transação
penal, cuja sentença tem natureza meramente homologatória, sem qualquer juízo sobre a
responsabilidade criminal do aceitante. As consequências geradas pela transação penal
são essencialmente aquelas es�puladas por modo consensual no respec�vo instrumento
de acordo”. 
(STF – 28.05.2015) 
DIFERENÇAS ENTRE O SURSIS PENAL E O SURSIS PROCESSUAL
SURSIS PENAL 
Suspensão condicional da pena – art.77 do CP 
1 - Condenações não superiores a 2 anos, nos sursis simples e especial e não superior a 4
anos no etário ou humanitário. 
2 – Momento de Oferecimento: Na sentença. 
3 - Há condenação. 
4 - Há culpabilidade. 
5 - Há consequências penais e extrapenais da condenação, só a execução da pena é
suspensa. 
6 - Não depende de aceitação do réu, ele pode até recusar, mas não depende de aceitação. 
7 - Não influencia em nada a prescrição. 
8 - Revogado pelo juiz da execução penal. 
9 - Ex�ngue a pena. 
10 - Consequência da revogação do Sursis penal – cumprimento da pena 
SURSIS PROCESSUAL 
Suspensão condicional do processo – art. 89 da Lei 9099/95 
1 - Pena mínima cominada até 1 ano, lembrar da multa alterna�va. STF – Inf. 475 Relator
Peluso. 
2 – Momento de Oferecimento: No oferecimento da denúncia, no corpo dela ou não (por
cota). 
3 - Não há condenação. 
4 - Não há formação do juízo de culpabilidade. 
5 - Não há qualquer efeito, não houve condenação. 
6 - Depende de aceitação do réu e do seu defensor. 
7 - Suspende o prazo prescricional. 
8 – Revogado pelo juiz do processo. 
9 - O Cumprimento das condições ex�ngue a punibilidade. 
10 - Consequência da revogação do Sursis processual será processado. 
11
ATENÇÃO ÀS SÚMULAS
STF – 696 e 723
STJ – 337 e 536
⦁ Estatuto do Idoso – Art. 94
Aplica-se o procedimento sumaríssimo, mas não são aplicadas as medidas despenalizadoras
(ADIN)

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