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Leitura aula 3

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Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
PRÓ-REITORIA DE ENSINO 
	DISCIPLINA
LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS I
	AULA 3
Texto literário e texto não literário
	CÓDIGO 
 
	CRÉDITOS 
03 
	TOTAL DE AULAS NO SEMESTRE 
60h/a 
	OBJETIVOS
	
O uso estético da linguagem;
Distinguir texto literário de não-literário.
Denotação e conotação
	CONTEÚDO
	
 Função utilitária X Função estética. Marcas lingüístico-semânticas do texto literário.
	ESTRATÉGIA
	
 Apresentação de textos literários e não-literários que explorem a mesma temática; levantamento de semelhanças e diferenças existentes. Indicação pelo professor de leituras de 3 a 4 crônicas (Coleção “Para gostar de Ler”) para discussão posterior.
	BIBLIOGRAFIA MÌNIMA
	
ABREU, Antônio Suárez. Curso de redação. São Paulo: Ática, 2005.
BECHARA, Evanildo. Gramática escolar da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
CEREJA, William Roberto ; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Gramática reflexiva: texto, semântica e interação. São Paulo: Atual, 2005.
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TEXTO LITERÁRIO E NÃO-LITERÁRIO
	HÁ ALGUMAS CARACTERÍSTICAS QUE PERMITEM DISTINGUIR UM TEXTO LITERÁRIO DE UM NÃO-LITERÁRIO. VEJAMOS AS PRINCIPAIS:
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Exemplo de texto não-literário:
A bomba de Hiroshima
Na manhã de 6 de agosto de 1945, quase ao fim da Segunda Guerra Mundial, o bombardeiro B-29 americano Enola Gay lançou a ainda não testada bomba de urânio Little Boy sobre a cidade de Hiroxima, a sudoeste de Honshu, a principal ilha japonesa. Ela rebentou no ar a 600 metros de altura e liberou uma energia equivalente a 20 quilotons (20 mil toneladas) do explosivo químico TNT, matando 64 mil pessoas instantaneamente. Três dias depois, após sobrevoar inutilmente durante 45 minutos um segundo alvo, a cidade de Kokura, sem visualizá-la, o avião mudou de rumo. E Fat Man, outra bomba, esta de plutônio, arrasou mais da metade da área de Nagasaki, no sul do Japão. Passados seis meses, 40 mil pessoas haviam morrido. O número de vítimas poderia ter sido ainda maior e incluir cidadãos americanos caso o mau tempo não tivesse afastado o bombardeiro 1500 metros do alvo: isso salvou a vida de 1300 prisioneiros de um campo de concentração japonês desconhecido dos Estados Unidos.
Revista SUPERINTERESSANTE
Novembro de 1989 (SUPER número 11, ano 3)
Agora vejamos o mesmo tema, tratado literariamente:
A rosa de Hiroxima
Vinícius de Moraes
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
A plurissignificação da linguagem literária: denotação e conotação
Leia o poema a seguir, de Adélia Prado, e responda às questões propostas.
Explicação de poesia sem ninguém pedir
Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,
Mas atravessa a noite, a madrugada, o dia
Atravessou a minha vida,
Virou um só sentimento
(Poesia reunida. São Paulo. Siciliano. 1991. p.48)
1. A expressão trem de ferro é conceituada, no 1° verso como “coisa mecânica”. No caso, ela está sendo empregada com o seu sentido comum ou com um sentido figurado?
2. Compare estas frases:
O trem atravessou a rua, enquanto os carros esperavam
[O trem de ferro] “atravessa a noite, a madrugada, o dia”
[O trem de ferro] “atravessou minha vida, virou um só sentimento”
a. Em qual delas o verbo atravessar foi empregado com seu sentido comum, encontrado no dicionário, que é “transpor, passar para o outro lado”?
b. Em qual delas esse verbo ganha um sentido figurado, completamente diferente do seu sentido comum?
c. Qual é o sentido figurado?
3. No 2° verso, a palavra –mas introduz uma idéia de oposição em relação a outra idéia anteriormente expressa. Quais são as idéias em oposição?
4. O poema inicialmente parece querer conceituar o que seja um trem de ferro. No entanto, pelo título se nota que a intenção de conceituar a própria poesia.
a. Dos dois sentidos que trem de ferro apresenta no poema, qual deles se aproxima do conceito de poesia para outrora?
b. Levante hipóteses: Qual deve ser, então, o conceito de poesia para a autora?
	Como você observou ao ler o poema, as palavras nem sempre apresentam um único sentido, aquele apresentado pelo dicionário. Empregadas em determinados contextos, elas ganham sentidos novos, figurados, carregados de valores afetivos ou sociais.
	Quando a palavra é utilizada com o seu sentido comum, o que aparece no dicionário, dizemos que foi empregada denotativamente. Quando, porém, é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum, dizemos que foi empregada conotativamente.
	A expressão trem de ferro, por exemplo, ao lado do sentido comum de “veículo ferroviário”, tem no poema de Adélia Prado também o sentido conotativo de “lembrança, sentimento”.
	A linguagem literária, especialmente a linguagem poética, é caracterizada por sua plurissignificação, cuja base é a conotação.
Apesar de seu uso constante na linguagem poética, a conotação não é exclusiva da literatura. Ela pode estar presente nas conversas do dia-a-dia, em anúncios publicitários, na linguagem dos quadrinhos, nas letras de música, etc.
As palavras ou os enunciados são denotativos quando apresentam o sentido literal, do dicionário; são conotativos quando apresentam sentido figurado, determinado pela situação e pelo contexto histórico-cultural.
O valor conotativo de uma palavra, de um texto ou de um gesto depende sempre da situação sócio-histórica e cultural em que se situa. Em certas culturas, por exemplo, arrotar à mesa após a refeição conota satisfação, pois indica que a comida estava e que a pessoa se alimentou muito bem; na nossa cultura, conota falta de educação. Quando as pessoas conversam por telefone, há um conjunto de frases mais ou menos previstas e que conotam polidez, educação. Por exemplo, perguntar “Quem está falando?” é mais polido do que “Quem é?”; dizer “Espera, que eu vou chamar fulano” conota grosseria, ao contrário de “Um momentinho, que eu vou chamar fulano”.
Observe os textos abaixo e responda ao que se pede:
 TEXTO I
TEXTO II
O padrão de beleza
 A crença perdura e a beleza feminina já não é tão natural assim, pois a moda dominante, a cultura, a tecnologia avançada e todos os recursos que hoje a ciência possui já fazem da mulher um objeto de luxo. Tudo é mudado e a originalidade de uma mulher se tornou postiço, com aplicações de silicone, bumbum arredondado lipoaspiração, limpeza de pele de todos os tipos, maquiagem definitiva, unhas postiças e tudo aquilo que possamos imaginar. Os tempos mudaram, a evolução veio, chegou rápida demais, onde as meninas moças já pintam seus cabelos quando tudo ainda está em cima e é bonito. Na Inglaterra vitoriana, por exemplo, uma boca pequena era o máximo da beleza. Hoje, no entanto, a aparência de botão de rosa deu lugar nas culturas ocidentais à preferência por bocas grandes e volumosas. 
 Em muitas sociedades, com o passar do tempo, o foco das zonas erógenas secundárias passou por tornozelos, pescoços e joelhos, com penteados que foram mudando de acordo com a moda. A morfologia feminina desejada também mudou, em parte devido à prosperidade e ao avanço social das mulheres. Nos anos 1950, Marilyn Monroe era o modelo de beleza feminina. Hoje, ela seria convidada a assistir às reuniões dos Vigilantes do Peso. Assim, pode parecer que não existe um "padrão de beleza", que não existe uma referência permanente, apenas uma variação caótica e sem sentido.   Beleza feminina, são tantos os atributos que lhe são postos, mas eu resumiria em apenas um..."beleza da alma"!!! A mulher bela de alma, exterioriza sua beleza de todasas formas. Se não tem atributos de "mulherão" como costumam definir os homens, sua beleza interior é tão mais forte que tampa esta, vamos dizer, falha. Que adianta ser mulherão" e ter a alma vazia? A beleza da mulher está em "ser" não em “ter”. Não se pode negar de que a mulher tem um dom natural que fascina.Seja ela de que etnia for. Ela encanta com sua beleza natural.Um dia o nobre e saudoso poeta Vinícius de Moraes colocou uma frase que até hoje perdura em nossa sociedade "Que me perdoem as feias/mas beleza é fundamental", não discordo dele, que tinha suas razões para expor assim; mas digo a beleza tem que ser vista de dentro pra fora, pois a única coisa que levamos dessa vida efêmera, são os nossos atos, não os nossos rostos.Infelizmente a mídia dita os padrões de beleza, e muitos acabam indo no embalo,o que fazem com o corpo para manter essa beleza superficial e uma covardia, a beleza feminina vai muito além de um belo corpo, ela está no jeito de ser, no olhar, na forma de cativar, na simplicidade de amar. 
 A beleza fundamental está na essência feminina. 
Vivemos em uma sociedade que estabelece seus padrões de beleza de forma autoritária e cruel, menosprezando todo aquele que não se encaixa neste perfil estabelecido. Se levarmos em conta que a beleza é algo subjetivo, fugimos um pouco deste padrão, para estabelecermos o nosso conceito de beleza. Em primeiro lugar, nem todas as mulheres fazem o estilo "mulherão". Em segundo, há mulheres que são tão belas que dispensam maquiagem. Em terceiro, beleza vai além do aspecto visual, como seres humanos, a beleza interior também conta. Para dizermos da beleza de uma mulher, não basta o aspecto físico, e sim um conjunto de fatores que interagem entre si. Pois, a beleza feminina está na sua alma, no seu sexto sentido, na sua sensibilidade, na sua inteligência, no seu caráter, na sua dor e na sua capacidade infinita de amar. 
 A Beleza não é assim tão fundamental. Nunca foi. Não o é. Nunca o será. A Beleza feminina quando levada aos extremos, provoca dissabores à pessoa; torna-se escrava, dependente de cosméticos, de roupas, um vício que não tem fim, e é dispendioso tanto para a mulher como para o marido. Lembrem-se uma vez mais da modelo brasileira que morreu de anorexia. É tão ridículo e vergonhoso nos dias que correm, com tanta miséria por esse mundo fora - Brasil incluído - haverpessoas que se dão ao luxo de evitar alimentarem-se corretamente só por causa de querer serem magras à força! Afinal, o que é a Beleza? Resposta: para mim não tem definição! O que é belo para uns, é feio para outros. Há gostos para tudo. Dá-se demasiado valor ao que não tem valor. Uma Mulher deve ser respeitada por aquilo que ela é, por aquilo que consegue fazer, não pela sua aparência física. Porque esta, com o tempo, vai se desgastando. E depois? Tudo bem, recorre-se a cirurgias plásticas. Mas são temporárias! 
Ninguém escapa à velhice, quer goste ou não. 
Gislaine Maltez Costa
A NATUREZA DA LINGUAGEM LITERÁRIA
Você já deve ter tido contato com muitos tipos de texto literário: contos, poemas, romances, peças de teatro, novelas, crônicas, etc. E também com textos não-literários, como notícias, cartas comerciais, receitas culinárias, manuais de instrução. Mas, afinal, o que é um texto literário? O que distingue um texto literário de um texto não literário?
	A seguir você vai ler dois textos: o primeiro é parte de uma reportagem de jornal; o segundo é uma crônica de Moacyr Scliar, criada a partir dessa reportagem.
Dormir fora de casa pode ser tormento
Mirna Feitoza
A euforia de dormir na casa do amigo é tão comum entre algumas crianças quanto o pavor de outras de passar uma noite longe dos pais. E, ao contrário do que as famílias costumam imaginar, ter medo de dormir fora de casa não tem nada a ver com a idade. Assim como há crianças de três anos que tiram essas situações de letra, há pré-adolescentes que chegam a passar mal só de pensar na idéia de dormir fora, embora tenham vontade.
Os especialistas dizem que esse medo é comum. A diferença é que algumas crianças têm mais dificuldade para lidar com ele. “Para o adulto, dormir fora de casa pode parecer algo muito simples, mas, para a criança, não é, porque ela tem muitos rituais, sua vida é toda organizada, ela precisa sentir que tem controle da situação”, explica o psicanalista infantil Bernardo Tanis, do Instituto Sedes Sapientiae. Dormir em outra casa significa deparar com outra realidade, outros costumes. “É um desafio para a criança, e novas situações geram ansiedade e angústia”, afirma. [...] 
(Folha de S. Paulo, 30/08/2001)
Tormento não tem idade
- Meu filho, aquele seu amigo, o Jorge, telefonou.
- O que é que ele queria?
- Convidou você para dormir na casa dele, amanhã.
- E o que é que você disse?
- Disse que não sabia, mas que achava que você iria aceitar o convite.
- Fez mal, mamãe. Você sabe que eu odeio dormir fora de casa.
- Mas, meu filho, o Jorge gosta tanto de você...
- Eu sei que ele gosta de mim. Mas eu não sou obrigado a dormir na casa dele por causa disso, sou?
- Claro que não, mas...
- Mas o que, mamãe?
- Bem, quem decide é você. Mas, que seria bom você dormir lá, seria.
- Ah, é? E por quê?
- Bem, em primeiro lugar, o Jorge tem um quarto novo de hóspedes e queria estrear com você. Ele disse que é um quarto muito lindo. Tem até tevê a cabo.
- Eu não gosto de tevê.
- O Jorge também disse que queria lhe mostrar uns desenhos que ele fez...
- Não estou interessado nos desenhos do Jorge.
- Bom. Mas tem uma coisa...
- O que é, mamãe?
- O Jorge tem uma irmã, você sabe. E a irmã do Jorge gosta muito de você. Ela mandou dizer que espera você lá. 
- Não quero nada com a irmã do Jorge. É uma chata.
- Você vai fazer uma desfeita para a coitada...
- Não me importa. Assim ela aprende a não ser metida. De mais a mais você sabe que eu gosto da minha cama, do meu quarto. E, depois, teria de fazer uma maleta com pijama, essas coisas...
- Eu faço a maleta pra você, meu filho. Eu arrumo suas coisas direitinho, você vai ver.
- Não, mamãe. Não insista, por favor. Você está me atormentando com isso. Bem, deixe eu lhe lembrar uma coisa, para terminar com essa discussão: amanhã eu não vou a lugar nenhum. Sabe por que, mamãe? Amanhã é meu aniversário, você esqueceu?
- Esqueci mesmo. Desculpe, filho.
- Pois é. Amanhã eu estou fazendo 50 anos. E acho que quem faz 50 anos tem o direito de passar a noite em casa com sua mãe, não é verdade?
(Moacyr Scliar. O imaginário cotidiano. São Paulo; Global. 2001. p. 173-4) 
O texto 1 foi publicado num jornal e trata do medo de algumas pessoas de dormir fora de casa. De acordo com o texto:
Esse medo se restringe às crianças?
Por que dormir fora de casa causa tanto desconforto às crianças?
2. O texto II foi criado pelo escritor Moacyr Scliar a partir da reportagem lida sobre o medo. 
Qual dos dois textos trata de um problema concreto da realidade?
E qual deles cria uma história ficcional a partir de dados da realidade?
O texto II, sendo uma crônica, apresenta vários componentes comuns a outros gêneros narrativos, como fatos, personagens, tempo, espaço e narrador. Além disso, apresenta também preocupação quanto ao modo como os fatos são narrados. O narrador, por exemplo, omite propositalmente uma informação a respeito do filho, que só é revelada no final da história.
a. No início da história, o leitor é levado a crer que o filho é criança ou adulto? Por quê?
b. A informação omitida sobre o filho só é revelada no final do texto. O que essa revelação provoca?
O diálogo entre mãe e filho deixa “pistas” que permitem imaginar como são os personagens, como é o tipo de vida que levam, seus hábitos, manias, etc.
Você supõe que o filho seja casado ou solteiro? Por quê?
Como você caracterizaria o filho?
Que tipo de relacionamento o filho parece ter com a mãe?
As características do filho têmrelação com o estado civil dele?
Você observou que os dois textos abordam o medo de dormir fora de casa. Apesar disso, são bastante diferentes. Essas diferenças se devem à finalidade e ao gênero de cada um dos textos, bem como ao público a que cada um deles se destina.
Qual é a finalidade principal do texto I, considerando-o que se trata de uma reportagem jornalística?
E qual é a finalidade principal do texto II, considerando-se que se trata de uma crônica literária?
5. A fim de sintetizar as diferenças entre os dois textos, compare-os e responda:
Qual deles apresenta uma linguagem objetiva, utilitária, voltada para explicar um assunto ligado à realidade?
Em qual deles a linguagem é propositalmente organizada a fim de criar duplo sentido?
Qual deles tem a finalidade de informar o leitor sobre uma situação real?
Qual deles tem com finalidade entreter, divertir e sensibilizar o leitor a partir de um tema relacionado a uma situação real?
Considerando as reflexões que você fez sobre a linguagem dos textos em estudo, responda: Qual deles é um texto literário? Por quê?
Por meio de estudo feito, você conheceu alguns aspectos que caracterizam e particularizam o texto literário. Você vai conhecer outros aspectos que envolvem a literatura, tomada em sua dimensão semântica, comunicativa, social e estética.
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TEXTO LITERÁRIO
- TEM FUNÇÃO ESTÉTICA
- SUA RELEVÂNCIA SE DÁ NO PLANO DA EXPRESSÃO; NÃO IMPORTA APENAS O QUE SE DIZ, MAS COMO SE DIZ
- É INTANGÍVEL, ISTO É, NÃO PODE TER SEUS TERMOS SUBSTITUÍDOS OU SUA ORDEM ALTERADA; ELE É INTOCÁVEL, NÃO PERMITINDO SEQUER SER RESUMIDO
- É CONOTATIVO, OU SEJA, CRIA SIGNIFICADOS NOVOS
- SUA LINGUAGEM É PLURISSIGNIFICATIVA, ISTO É, BUSCA REMETER A VÁRIOS SIGNIFICADOS PARA OS TERMOS QUE USA
TEXTO NÃO-LITERÁRIO
- TEM FUNÇÃO UTILITÁRIA
- SUA RELEVÂNCIA SE DÁ NO PLANO DA MENSAGEM
- PODE SER RESUMIDO, SEM PREJUÍZO DE SEU CONTEÚDO OU PLANO DE EXPRESSÃO
- É DENOTATIVO, OU SEJA, REFERENCIAL, ASPIRANDO A SER O MAIS INFORMATIVO POSSÍVEL
- SUA LINGUAGEM BUSCA TRANSMITIR UM ÚNICO SIGNIFICADO PARA OS TERMOS QUE EMPREGA
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