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Teoria da comunicação 2

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Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
1 
 
 
 
Teoria da Comunicação 
 
 
 
Aula 2 
 
 
Prof. Alexandre Correia dos Santos 
 
 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
2 
Conversa Inicial 
Olá! Seja novamente bem-vindo! 
Nesta rota, abordaremos a mensagem, a audiência, a composição do 
público, o consumo midiático – enquanto fenômeno – e o papel do emissor nos 
processos comunicacionais. 
São assuntos fascinantes! Bons estudos! 
 
Tema 1: A Mensagem 
Devemos conversar, agora, sobre a mensagem. Você já parou para 
pensar no peso e na importância da mensagem, de suas interpretações e 
consequências? 
As mensagens estão presentes em todos os diversos modelos de 
processos de comunicação. Os conteúdos compartilhados (ou mensagens) 
entre sujeitos que dialogam podem ser considerados meios pelos quais os 
emissores devem atingir os receptores. Alguns autores, entre eles Rabaça e 
Barbosa (2002), afirmam que as várias definições de mensagem podem se 
dividir em duas classes: 
a) A mensagem se a intenção for a de se referir exclusivamente a algo 
específico, a uma forma. 
b) Enquanto definição e sinônimo de conteúdo, como algo que é 
proferido em um discurso ou mesmo em um texto. 
Ambos os autores sinalizam para a dificuldade que é pensarmos a 
mensagem como o sentido. Em outras palavras, aquilo que o emissor quer 
comunicador versus aquilo que o receptor leu e interpretou com suas formas de 
entendimento e com as consequências de sua leitura, ou recepção. 
Nesse sentido, devemos estudar a mensagem em todas as suas 
aplicações e variedades de formas e funções. Jakobson (1975) resume o 
processo da seguinte forma: o emissor (ou remetente) envia uma mensagem 
ao receptor (destinatário); essa mensagem deve ser perceptível ou 
apreensível, sob a forma de código total ou parcial e – obviamente – comum ao 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
3 
remetente e ao destinatário. Por fim, deve haver um contato, ou canal físico 
entre ambos, para que estejam aptos a permanecer no estado de 
comunicação. 
Segundo o próprio autor, esses seis fatores exercem uma função 
diferente na linguagem. 
 Veja quais são eles: 
 
 
 
A função emotiva se relaciona com os intentos do emissor, a 
referencial com o contexto, a poética com a forma ou, ainda, com a estética da 
mensagem, a fática com a comprovação ou certificação do contato, a 
metalinguística com o código utilizado e a conativa com o destinatário, que 
resultará na afetação ou convencimento deste. Se o aspecto referencial das 
mensagens convergir para sua utilização como um assunto qualquer da 
realidade, tudo o que a compõe pode – e deve – ser assunto abordado na 
comunicação. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
4 
Já a mensagem como fim persuasivo deixa claro diferentes conexões 
que são constantes: o que se sabe a respeito de determinado assunto pode 
influenciar as opiniões. Assim, estas (mensagens), em relação a determinados 
temas, obviamente podem influenciar o modo de organizar as ideias, 
informações e o conhecimento em torno delas. Segundo Wolf (2008), são 
quatro os fatores da mensagem: a credibilidade da fonte, a ordem das 
argumentações, o caráter exaustivo das argumentações e a explicitação das 
conclusões. 
Para Berlo (1985), definimos mensagem também como produto físico 
real do receptor-fonte. Quando falamos, o discurso é a mensagem. 
Se escrevemos, a escrita é a mensagem; ao pintarmos, a pintura é a 
mensagem; quando gesticulamos, os movimentos que fazemos são as 
mensagens. 
Portanto, todos os estudos para fins de perfeita compreensão ao 
entendimento da intenção persuasiva mudam conforme a eficácia da 
estrutura das mensagens e a característica da interpretação advinda do 
destinatário, e – sob os efeitos de massa – as interações desempenham papel 
preponderante na instauração, análise e compreensão desses fatores. Em 
seguida, estudaremos a audiência, a verdadeira razão das mensagens para 
que possamos compreender seu sentido e sua aplicabilidade. 
 
Tema 2: A Audiência 
A audiência diferencia-se por diversas características psicológicas 
inerentes à sua posição. 
Para Hall (2003), um aspecto do modelo visto com mais consenso como 
inovador é sua perspectiva acerca da mensagem, pois essa não é tida como 
um pacote pronto enviado ao receptor ou à audiência. É nesse aspecto que se 
tem uma nova aproximação, visto que, daquele momento em diante, entendia-
se que a audiência interpreta a mensagem de acordo com seus valores, 
havendo distintas leituras para um mesmo produto. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
5 
Se no começo da mensagem o comportamento resistivo ou negativo à 
comunicação cria uma barreira à informação, a memorização seletiva tende a 
atenuar esses aspectos, colaborando com o aumento gradativo da persuasão, 
nesse caso, influenciada pelo emissor. 
 
Tema 3: A Composição do Público 
Agora, vamos tentar entender quem são os nossos receptores, ou o 
público das nossas mensagens. É notório – e senso comum – que na maioria 
das vezes não conhecemos nosso público, quem, de fato, está recebendo 
nossos estímulos, informações, conteúdos e mensagens. 
Eis uma questão de difícil definição: quem é nosso público? 
Sabemos que o jornalista, por exemplo, conhece pouco seu público. 
Muito embora existam incontáveis pesquisas qualitativas e quantitativas acerca 
de audiências, preferências e hábitos, normalmente o comunicador fica avesso 
a tais considerações. Muitos defendem a postura de comunicadores de 
conteúdos e não de provedores de satisfação, afinal, quanto mais derem 
atenção às notícias, menos saberão dos públicos. 
Porém, a necessidade da busca pela audiência, pela qualificação desta, 
está diretamente correlacionada, ao entender seu público, ao profissionalismo 
do emissor, ao empenho, à experiência, às premissas de um receptor – ou 
público – cada vez mais exigente. A autonomia do jornalista para escrever as 
próprias mensagens vai de encontro à necessidade de informação ao público. 
Essa é uma das características do newsmaking. 
Existem três categorias de notícias que relativizam o público: a) as 
notícias que permitem uma identificação por parte do público; b) as notícias 
que permitem assuntos relacionados com serviços e c) as notícias leves, que 
não permitem muitos detalhes, aprofundamentos ou histórias desinteressantes. 
Há também o aspecto da “proteção” da notícia, que, segundo Wolf (2008), 
seria a não noticiabilidade dos fatos ou detalhes de acontecimentos cuja 
cobertura informativa (presumivelmente) produziria traumas no sentido de ferir 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
6 
sua sensibilidade ou gostos, que são capacidades discriminativas. 
Hoje, pensar sobre públicos no Brasil nos obriga a pensar em classes. 
Classe trabalhadora, classe etária, classe econômica, ou seja, como 
estratificação social. 
 
A comunicação propriamente dita, tanto no jornalismo quanto na 
publicidade, por exemplo, demonstra que a intencionalidade da mensagem 
apresenta uma versão particular de realidade, de acordo com as atitudes e os 
valores do público-alvo, do público desejado com a comunicação. Os 
profissionais de comunicação tendem a determinar os valores, as notícias e 
as imagens que devem exercer um maior apelo junto a seu público em 
determinada publicação ou mensagem. Essas mensagens devem suprir a 
carência de identidade do receptor ou do público com o qual desejamos nos 
comunicar. 
 
Tema 4: O Consumo Midiático 
Pensarmos no ato de comunicar define mais a nossa função de 
comunicadores sociais do que propriamente os fatos comunicados. 
Analogamente, se pensarmos no ato de consumir,ele é mais importante do 
que os bens consumidos. Podemos nos definir – contemporaneamente – como 
sociedade comunicacional e de consumo. Nesse sentido de consumo, como 
uso, as percepções econômicas e antropológicas nos fazem refletir acerca da 
comunicação. 
O indivíduo, por essência, tende a habitar e experienciar o mundo pelo 
consumo das mídias, como forma de integração comunicacional. Mcluhan 
(1967), um dos maiores pesquisadores comunicacionais, afirmava – já na 
década de 1960 – que toda cultura se forma ou se define por suas bases 
técnicas (objetos técnicos) e tecnológicas (novas relações sociais). Para o 
autor, a cultura do consumo audiovisual-eletrônica, por exemplo, não deve ser 
definida por seus conteúdos veiculados, mas pelas formas de veiculação. 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
7 
Hoje, existe uma necessidade latente de economia política de atenção 
da audiência. Os anunciantes pagam para ter a atenção de seus 
consumidores potencias, sob a forma de propaganda ou matéria paga de 
jornal. Organizar as mídias para essas formas de consumo é um desafio, 
porque, dependendo da forma de comunicação, meio, público, target etc., o 
resultado pode não ser o pretendido. As pesquisas de mídias atuais procuram 
mensurar e versar sobre o papel dos meios e suas ações sobre os diversos 
públicos em que atua. 
Há um esforço constante de correlação dos receptores (destinatários) 
com os programas que costumam dar audiência, por estes serem preferidos 
em detrimento de outras atrações. É preciso pensar as pesquisas atuais de 
consumo de mídias mais quantitativamente, inclusive sobre seus efeitos, 
deixando um pouco o lado do “quantitativo”, também muito importante para 
uma segunda análise. 
A análise de fatores que explicam as preferências de consumo para um 
determinado meio ou para um gênero específico deve ser feita pela 
estratificação dos grupos sociais que manifestam esses hábitos de consumo. 
Existe uma variação muito grande na diferença de consumo midiático em 
relação às características de público, tais como idade, sexo, profissão, classe 
social, entre outros. 
Outro aspecto relevante é o estabelecimento de públicos em modelos 
mais específicos de verificação: expectativas, confiança, experiências, 
preferências, comportamentos, justamente para cada meio de comunicação 
ou gêneros específicos de programas e mídias. Devemos lembrar que são 
essas características socioculturais que estruturam uma audiência. A 
percepção lógica de confiança nos meios em que buscamos determinadas 
informações também é preponderante para a escolha das fontes de que 
acreditamos receber uma informação íntegra, de qualidade. 
Em tempos de empresas e editoras jornalísticas, por exemplo – cada 
vez mais focadas no business do que necessariamente na notícia –, é 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
8 
importante verificarmos nossas fontes primárias de informação e conteúdo. 
Afinal, baseamos nelas todas as nossas percepções da verdade nos fatos. 
 
Tema 5: O Papel do Emissor no Processo Comunicacional 
A temática a seguir resume o papel do emissor – ou comunicador – nos 
mais diferentes processos de comunicação. A base para essa relação não é 
somente a confiança (ou sua forma), como juntos vimos no tema anterior da 
nossa rota, mas também a fidelidade na comunicação. Por fidelidade aqui 
entendemos que o comunicador, com sua mensagem, obterá aquilo que 
desejar transmitir. 
Se pegarmos diferentes processos de comunicação, notaremos que 
todos têm um mesmo sentido e uma mesma lógica comunicacional. 
O que de fato distingue um do outro é sua capacidade de análise e o 
peso dos componentes do processo. Shanon e Weaver (1949), por exemplo, 
definem ruído como os fatores que distorcem a qualidade de um sinal, de uma 
mensagem. A eliminação desse fator deve aumentar a fidelidade da 
informação, que pode definir e estabelecer a efetividade da comunicação. 
 
 
 
Berlo (1985) estabelece que há cinco habilidades verbais de 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
9 
comunicação. Duas são codificadoras: a escrita e a palavra; outras duas são 
decodificadoras: leitura e audição; a quinta é preponderante para ambas: o 
pensamento ou o raciocínio. O pensamento é fundamental não apenas para o 
emissor ou a fonte, afinal, é a base da construção da própria mensagem, do 
seu próprio objetivo. 
Como emissores, ou fontes, determinamos duas formas de fidelidade na 
capacidade de envio da mensagem: pela influência da nossa capacidade de 
análise de nossos próprios objetivos e intenções e pela capacidade de emitir ou 
codificar mensagens que realmente reflitam ou exprimam aquilo que queremos 
dizer, transmitir. Na comunicação, devemos usar palavras que expressem com 
mais clareza nosso sentido. Devemos ser assertivos. 
A decodificação tende a ser mais fácil, justamente pela clareza da 
informação recebida. Primeiro com um bom vocabulário, que seja facilmente 
percebido. Depois, com a correta reunião das palavras na formação da 
mensagem. A perfeita disposição das palavras facilitará a compreensão. A 
escrita utilizará canais diferentes da fala. Porém, o pensamento deverá estar 
alinhado com as características intrínsecas desses canais. Nossas habilidades 
de comunicação e as facilidades que devemos ter com a linguagem influenciam 
nossos pensamentos. Entendamos aqui pensamentos como processos que 
compreendem uma série de componentes que produzem conclusões. 
O pensamento do emissor compreende uma série de manipulações de 
unidades de pensamento e de símbolos, na maior parte do tempo e com a 
maioria das pessoas. Berlo (1985) questiona: Quais as nossas unidades de 
pensamentos? Posteriormente, responde: as principais unidades de 
pensamento são unidades de linguagem; temos dificuldades em pensar sobre 
um objeto, um processo ou qualquer construção sobre o qual não tenhamos 
um nome, um rótulo ou palavra. A atitude do emissor também deve ser 
considerada, pois influencia – positiva e negativamente – os meios pelos quais 
ela comunica. 
 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
10 
Referências 
BERLO, D. K. O processo da comunicação. São Paulo: Martins Fontes, 
1985. 
 
DEUFLEUR, M. Teorias da comunicação de massa. Rio de Janeiro: Jorge 
Zahar, 2003. 
 
HALL, S. Identidades e mediações culturais. São Paulo: Humanitas, 2003. 
 
HOHLFELDT, A.; MARTINO, L. C.; FRANÇA, V. V. Teorias da comunicação. 
São Paulo: Vozes, 2008. 
 
JAKOBSON, R. Linguagem e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1975. 
 
MATTERLART, A. História das teorias da comunicação. São Paulo: Loyola, 
2009. 
 
MCLUHAN, M. The Medium is the Message. New York: Bantam Books, 1967. 
 
RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. G. Dicionário da comunicação. São Paulo: 
Campus, 2002. 
 
SHANNON, C. E.; WEAVER, W. The Mathematical Theory of 
Communication. Urbana, IL: University of Illinois Press, 1949. 
 
SOUZA, M. de. Cascão. São Paulo: Globo, 2003. Gibi. 
 
WOLF, M. Teorias da comunicação de massa. São Paulo: Martins Fontes, 
2008.

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