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ad 1 Sociologia da educação

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
Avaliação à distância 1 – 2018.
Disciplina: SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Coordenador (a): ADRIANA DE ALMEIDA
Aluno (a): Sergio Murillo Barboza de Carvalhaes junior
Matrícula.: 18112080143
Polo:Petrópolis 
 Tutor presencial Fatima Lavrador 
Questão 1: Observe as imagens abaixo:
FIGURA 1: População em situação de rua FIGURA 2: Crianças trabalhando na praia
As imagens acima retratam problemas sociais presentes na sociedade
contemporânea. Vimos nas primeiras aulas que a intensificação do processo
de urbanização, a partir da década de 1950, resultou na expansão das
atividades industriais, atraindo cada vez mais pessoas para as cidades.
Contudo, a falta de planejamento gerou inúmeros problemas de ordem social;
considerando as discussões sobre o surgimento e o papel da Sociologia na
sociedade contemporânea:
a) Indique porque, do ponto de vista sociológico, as situações das figuras 1
e 2 são problemas sociais. (2,0)
Sob o ponto de vista sociológico, pessoas em situação de rua constituem um
problema social que afeta milhares de pessoas no Brasil. Nesse contexto,. A
dificuldade do grupo para encontrar um suporte mínimo cria esse processo, o
qual envolve estigmatizarão, possibilita identificar um padrão de vulnerabilidade
espacial do grupo, aonde conclui-se que as políticas para as pessoas em
situação de rua não são suficientes para oferecer ao grupo esforços públicos
integrados para a cidadania. 
O trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de
crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e
trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou casas de
família, em regime de exploração, quase de escravidão, já que muitos deles
não chegam a receber remuneração alguma.
b) Relacione o fato apresentado nas imagens com o problema da evasão
escolar, o crescimento da educação de jovens e adultos e da educação a
distância. (2,0)
A ocorrência da evasão escolar é um fenômeno, decorrente de várias causas,
no entanto, deste modo, constatou-se principalmente que no Brasil, há crianças
e adolescentes, preferindo trabalhar, desejando auxiliar nas despesas, ou
ainda, seguir um costume consolidado na sociedade, de que o trabalho é um
mérito amplamente glorificado. Restou concluído, que o trabalho infantil, afasta
as criança e adolescentes da escola, por conseguinte gera outros graves
problemas, dentre eles um nível de escolaridade inferior, reprovações,
repetências, abandono escolar, enfermidades, acidentes de trabalho,
sofrimento, responsabilidades prematuras, “adultização” precoce, baixa auto-
estima, perpetuação de baixos salários, deterioração de oportunidades futuras,
e em tempo futuro a manutenção de famílias desestruturadas. Deste modo, o
trabalho precoce é contraproducente, bem como causador de evasão escolar.
Portanto, resta a expectativa de ter contribuído na identificação dos fatores que
cooperam à ocorrência da evasão escolar, decorrentes do trabalho precoce.
QUESTÃO 2: A partir das questões levantadas nas aulas 1 e 2 sobre as teorias
sociológicas clássicas, apresente ao menos duas diferenças entre as visões de
Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber sobre desigualdade social.
Complemente sua resposta analisando se essas teorias auxiliam na
compreensão dos fenômenos sociais da sociedade contemporânea. (6,0)
O trabalho, na concepção de Durkheim, é um fato social presente em todos os
tipos de sociedade. Há sociedades com menor ou maior divisão do trabalho,
mas em todas elas são encontradas funções diferenciadas entre os indivíduos,
o que os divide em grupos funcionais distintos com condutas sociais também
distintas. Para ele, quanto mais especializado é o trabalho, mais laços de
dependência se formam. Assim, quanto mais desenvolvida for a divisão do
trabalho, maior será a teia de relações de dependência entre os indivíduos (um
padeiro depende de um agricultor, que depende de um ferreiro, e assim por
diante). Isso levará, por consequência, a uma maior coesão social. Nas
sociedades capitalistas, o trabalho é pensado como uma atividade funcional
que deve ser exercida por um grupo específico: os trabalhadores. Durkheim
entende a divisão social entre trabalhadores e empregadores como uma
divisão funcional. Divisão entre aqueles que devem cumprir uma atividade de
organização da produção e mando (os empregadores) e os que devem
desenvolver uma atividade produtiva (os trabalhadores). Essa divisão, como
extensão da divisão do trabalho, promove a coesão social e, por isso, deve ser
preservada socialmente. No entanto, nessa divisão há problemas que
Durkheim vê como doenças sociais que devem ser corrigidas para que o todo
social se desenvolva adequadamente. Se há excessos por parte de capitalistas
ou de trabalhadores, deve-se regulamentar suas atividades a fim de alcançar o
equilíbrio e garantir a integração social das partes envolvidas. 
Max Weber parte de uma perspectiva diferente, sendo importante perceber que
a divisão social do trabalho não é o seu foco, porque, segundo ele, não há algo
geral e comum a todas as sociedades. Cada sociedade obedece a situações
históricas exclusivas e o trabalho teria se tornado uma atividade fundamental
no capitalismo por condições específicas. Em seu livro "A ética protestante e o
espírito do capitalismo" (1905), Weber observa que ocorreu um encontro que
deu ao capitalismo sua particularidade: o encontro entre o “espírito” capitalista,
de obter sempre mais lucros, e uma ética religiosa cujo fundamento é uma vida
regrada, de autocontrole, que tem na poupança uma característica central.
Nesse encontro entre a mente capitalista e a ética protestante, o trabalho
ocupa lugar central. Para o praticante do protestantismo, o sucesso nos
negócios é uma comprovação de ter sido escolhido por Deus. O trabalho árduo
e disciplinado e uma vida regrada e sem excessos podem lhe trazer o êxito
profissional, sinal de sua fé e salvação espiritual. Weber entende então que o
encontro entre uma ética religiosa e um espírito empreendedor possibilitou a
formação histórica do capitalismo. Entretanto, a procura da riqueza, segundo
ele, não mais estaria sendo guiada por padrões éticos, mas associada tão
somente a “paixões puramente mundanas”. Ao longo da História, o encontro
formador da sociedade capitalista perdeu seu sentido original e o lucro
capitalista passou a dirigir as sociedades contemporâneas.
Para Karl Marx, a perspectiva sobre o trabalho é histórica, como em Weber.
Entretanto, Marx destaca a diferença entre o trabalho em geral e o trabalho
particularizado em suas formas históricas. É nas formas históricas de trabalho
que Marx concentra sua análise e, particularmente, no trabalho assalariado.
Para Marx, o trabalho assalariado é uma manifestação histórica de como o
capitalismo se organizou na sociedade. Com base na exploração do trabalho
assalariado, a sociedade capitalista produz e reproduz sua existência. Ou seja,
o trabalho assalariado é uma atividade central para a perpetuação das relações
sociais entre capitalistas e trabalhadores e, por consequência, da exploração e
dominação do trabalhador pelo capitalista. Para Marx, a divisão em classes
sociais constituiu-se com base na retirada, pela burguesia nascente no século
XVIII, dos meios de produção (terras, ferramentas, animais, etc.) dos pequenos
produtores livres. Com isso, formaram-se a burguesia (ou classe capitalista) e o
proletariado (ou classe trabalhadora), classes fundamentais do capitalismo.A
reprodução dessa divisão social se dá com base na exploração do trabalho
assalariado que o trabalhador vende para o capitalista em troca de um salário.

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