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EDUCAÇÃO E TRABALHO. enviar

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E TRABALHO
DOCENTE: 
DISCENTE: 
ENSAIO: “O PROJETO DE CAPITAL PARA A EDUCAÇÃO”
“A PROFISSIONALIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO E AS REFORMAS: O OMPACTO SOBRE O TRABALHO DOCENTE, PRECARIZAÇÃO E ADOECIMENTO”.
Neste estudo será falado a respeito de tópicos que estão ligados ao Projeto do Capital para a Educação, tratar a respeito da Contrarreforma do Ensino Médio (Lei 13.415/2017) das mais relevantes particularidade da profissionalização do magistério, buscando mostrar a respeito da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), além do Programa Escola Sem Partido, discorrer sobre a precarização do trabalho docente, como ocorre o adoecimento, e a forma como as classes trabalhadoras brasileiras são impactados frente a esses problemas.
Utilizando a metáfora de Marx de que o fundamento ou “a raiz do homem é o próprio homem” não é possível falar de trabalho excluindo o homem, já que este se modifica em relação aos outros homens e passa a produzir de maneira “natural”. Se modificando do outros animais, o homem não se estreita em relações casuais, além de suas funções naturais este se projeta para que sua existência persista, para Lukaés (1978) o homem cria e recria, por usa ação de trabalho pela ação consciente do trabalho para a sua existência. O trabalho exercido pelo ser humano não apenas de caráter causal, mas teleológico. Assim havendo escolha, opção e liberdade.
Para Marx “os homens fazem a história, mas não em condições escolhidas por eles”, sendo perceptível que o homem é condicionado pela sociedade para que desempenhe tal atividade, assim é possível perceber que o a estrutura e superestrutura produzidas pelo ser humano não é uma causalidade da natureza, mas sim uma relação de força entre as classes, dependendo assim da necessidade de cada uma, contextualizando com a realidade, é perceptível que as classes dominantes que exercem esse papel de supremacia, colocando a classe trabalhadora como obrigadas a executarem atividades de mão de obra.
É visto que de um lado estão colocadas as determinações estruturais vendo os opostos das forças produtivas e a vinculação de produtividade, do outro lado, “as forças subjetivas em conflito e confronto pelo domínio das forças sociais e processos históricos”, a luta das classes. Para Anderson (1976) os tipos de causalidades não tem uma resposta convincente e permanecem levantando problemáticas até os dias atuais, isso no marxismo clássico.
Ao ser analisada a política educativa no Brasil, Gatti e Barreto (2009) afirmam a relevância de considerar esforços feitos pelo Estado, para que seja possível melhorar as condições salariais e de carreira dos professores, que contem com os imprevistos e aventuras que são enfrentadas pelos professores, no que regula a valorização do magistério. O salário do professor não é nem um pouco atraente, falta no salário do professor incentivo para que os mesmos possam desempenhar a profissão com maior felicidade, isso fica claro quando comparado a comparação com os cursos de nível superior, a carreira não é algo a se investir, por mais que seja assegurado pela LDB 9.394/96 (Lei BR nº 9.394, 1996) prever a valorização dos docentes da educação básica, para perfil profissional, não é oferecido horizontes promissores para os professores. Para as autoras a carreira e o salário não correspondem ao que é cobrado dos professores e o quanto é responsável por políticas sociais inseridas em seu trabalho. (Gatti & Barreto, 2009).
A formação da primeira Escola Normal ocorreu no Rio de Janeiro em 1835, nessa época as mulheres não poderiam estudar, por conta da discriminação que sofriam no período. No mais, o que se refere a Escola Normal, Heloisa VILELLA (1992) aponta que “formar o professor público significava, pois, capacitar o indivíduo para uma dupla missão: transmitir os bens culturais que garantiam a unidade das nações e ao mesmo tempo facilitar o controle do Estado sobre seus cidadãos”. Assim salientando a verdadeira função do professor no período.
A discussão a respeita da definição da identidade do Ensino Médio em nosso país, de um lado o ANDES-SN que não separa a formação para o mundo do trabalho e para a vida. A Contrarreforma do Ensino Médio ocorre em momento contrario a realidade vivida pelos trabalhadores brasileiros. Pensando de uma maneira sistemática podem ser colocadas essas medidas como regressivas e violadoras da perspectiva unitária de formação humana. 
Na Contrarreforma do Ensino Médio (Lei 13.415/2017) há mudanças significativas que mudam aspectos relevantes na Lei da educação, a LDB (Lei 9394/1996): a lei diz que passará de 800 horas anuais para 1000 horas anuais, num prazo de cinco anos, com possível chegada até 1400 horas anuais. A implementação do inglês a partir do 6º (sexto) ano do Ensino Fundamental, além do ensino da arte ser obrigatório do Ensino Básico, ter aula em período integral. Cada sistema de Ensino passa a decidir se incluirão em sua grade curricular as disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia e Educação Física. 
A BNCC – Base Nacional Comum Curricular propõe basicamente padronizar o material de ensino, a forma básica da grade de curricular, assim, com essa proposta acaba por privar a liberdade de ensino dos docentes, privando os docentes e os alunos de aumentar a capacidade intelectual. Como os professores passarão a serem apenas tutores dentro da sala de aula, os gastos serão menores, sendo melhor para o governo e os empresários, assim, estes apoiam a BNCC. As uniões de exames nacionais acabariam sendo prejudiciais também, não beneficiando a questão de que cada professor não mediaria no caso de alunos que precisam de atenção especial, seja por conta da sua classe social, dificuldade econômica, entre outros.
Por não considerar as particularidades de cada aluno, a BNCC pode vir a prejudicar o aprendizado e a inclusão social desses alunos, deixando mais e mais alunos a margem da sociedade. A BNCC não caracteriza cada região com sua cultura, logo deixa de ter variedades de pensamentos e empobrecesse a diversidade cultural do país. O professor passa a ser uma “máquina” de reprodução de conteúdo, sem se inteirar com por completo sobre as necessidades de trabalhar temas variados e a forma como deva trabalhar com esses temas, assim deixa de lado as particularidades presente em cada ensino por conta de sua realidade social, econômica e, principalmente, cultural.
O Programa Escola Sem Partido (PLS 193/2016, PL 1411/2015 e PL 867/2015) visa eliminar do meio escolar as discussões ideológicas, sendo pretendida uma neutralidade do conhecimento. O Programa Escola Sem Partido é uma elaboração que vai de encontro o princípio constitucional da pluralidade de ideias e de ideológicas pedagógicas, também vai de encontro com a liberdade de aprender, ensinar e compartilhar pensamento, o que é saber, apenas sendo considerados determinados conteúdos que servem ao auxílio do status quo e como ensino doutrinário os que incentivam uma visão crítica.
O movimento político de direito na educação, “Escola Sem Partido”, transmite práticas discriminatórias. Foi induzido nacionalmente para expandir a ideia de que estudantes são objetos de doutrinação política e de que os valores morais da família correm riscos por conta da ideologia de gênero trabalhado em escola. Assim, o programa numa visão geral, acaba impedindo a liberdade de expressão dos professores e vetando ao aluno a possibilidade de conhecimento.
Dentre os profissionais da educação são variado os problemas de saúde recorrentes por estar trabalhando em sala de aula, podendo ser analisado o quanto essas vivências em sala de aula interferem na saúde do educador, assim refletindo no seu desempenho e na aprendizagem dos alunos, e também como pode influenciar no seu relacionamento com a família, nos cuidados consigo, nos momentos de lazer, tudo isso através dos textos utilizados. 
Alguns traumas e transtornos acabam refletindo nas suas atividades extracurriculares. Muitas vezes os professores acabam criando expectativasdurante o seu período de formação acadêmica, quando se deparam com a realidade das escolas se desiludem, assim acabam criando traumas do contato com o aluno. Além do trauma psicológico existem realidades de escolas que os professores são agredidos, todavia, além de problemas físicos que possa vir a ter ainda existem problemas psicológicos que desenvolvem após certos tipos de agressões.
Contudo é possível compreender as dificuldades encontradas por professores diante da falta de visibilidade perante o ensino, ainda mais com os processos de modificação de direitos e o retrocesso de como serem manifestadas as opiniões de cada professor. Assim, pode ser percebido a ausência de reconhecimento, a falta de estrutura, cobrança do Estado relacionado a exigência da sociedade.

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