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Quarta a oitava semana do desenvolvimento humano

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QUARTA À OITAVA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO – UPF
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – ICB
FACULDADE DE MEDICINA NÍVEL I
Dobramento do embrião
Ocorre o dobramento do disco trilaminar plano do embrião
É resultado do rápido crescimento do embrião
Dobramento Horizontal
 nos planos Mediano
Os dobramentos das extremidades laterais, cranial e caudal ocorrem simultaneamente.
Dobramento do embrião no plano mediano
Produção das pregas cefálica e caudal.
Há a movimentação das regiões cranial e caudal ventralmente, enquanto o embrião se alonga cranial e caudalmente.
Desenhos ilustrando o dobramento de embriões durante a quarta semana. A1 Vista dorsal de um embrião no começo da quarta semana. São visíveis três pares de somitos. A continuidade do celoma intra-embrionário com o celoma extra-embrionário é ilustrada no lado direito pela remoção de uma parte do ectoderma e do mesoderma do embrião. B1 C1 e D1, Vistas laterais de embriões com 22, 26 e 28 dias, respectivamente. A2 a D2, Secções sagitais do plano mostrado em A1, A3 a D3, Secções transversais nos níveis indicados em A1 a D1.
Prega cefálica
Pregas neurais formam o primórdio do encéfalo.
Inicialmente, o encéfalo em desenvolvimento se projeta dorsalmente para a cavidade amniótica, a qual contém o líquido amniótico e o embrião.
Posteriormente, o prosencéfalo em desenvolvimento cresce cranialmente além da membrana bucofaríngea e coloca-se sobre o coração em desenvolvimento.
O septo transverso, o coração primitivo, o celoma pericárdico e a membrana bucofaríngea se deslocam para a superfície ventral do embrião.
Parte da vesícula umbilical é incorporada ao embrião como o intestino anterior (primórdio da faringe, esôfago e sistema respiratório inferior).
Intenstino anterior – entre prosencéfalo e o coração primitivo.
Estomodeu – boca primitiva.
Dobramento da extremidade cefálica do embrião. A, Vista dorsal de um embrião de 2 1 dias. B, Secção sagital da parte cefálica do embrião no plano mostrado em A. Observe o deslocamento ventral do coração. C, Secção sagital de um embrião de 26 dias. Note que o septo transverso, o coração, o celoma pericárdico e a membrana bucofaríngea se deslocaram para a superfície ventral do embrião. Observe, também, que parte do saco vitelino foi incorporada ao embrião como intestino anterior.
O septo transverso passa a localizar-se caudal ao coração, onde desenvolverá no tendão central do diafragma.
Antes o celoma embrionário era uma cavidade achatada em formado de ferradura.
Agora, o celoma pericárdico situa-se ventral ao coração e cranial ao septo transverso.
Há a comunicação dos celomas intra e extra embrionários.
Prega caudal
Resulta do crescimento da parte distal do tubo neural (primórdio da medula espinhal).
A eminência caudal se projeta sobre a membrana cloacal (futuro local do ânus).
Parte da camada germinativa endodérmica é incorporada como intestino posterior (originará o cólon e o reto).
O intestino posterior dilata e forma a cloaca (bexiga urinária e reto rudimentares).
Dobramento da extremidade caudal do embrião. A, Vista lateral de um embrião de 4 semanas. B, Secção sagital da parte caudal do embrião no início da quarta semana. C, Secção semelhante
no fim da quarta semana. Note que parte do saco vitelino foi incorporada ao embrião, formando o intestino posterior, e que a porção terminal do intestino posterior dilatou-se, formando a cloaca. Observe, também, a mudança de posição da linha primitiva, do alantóide, da membrana cloacal e do pedículo do embrião.
Dobramento do embrião no plano horizontal
O dobramento lateral produz as pregas direita e esquerda.
É resultado do rápido crescimento da medula espinhal e somitos.
Há a formação de um embrião cilíndrico pelo deslocamento das bordas do disco embrionário.
Parte do endoderma é incorporado ao embrião como intestino médio (primórdio do intestino delgado).
Vista dorsal de um embrião de cinco somitos no estágio Carnegie 10, cerca de 22 dias. Observe as pregas neurais e o profundo sulco neural. Na região cefálica, as pregas neurais se espessaram para formar o primórdio do encéfalo.
Formação do ducto onfaloentérico, reduzindo o a comunicação entre intestino médio e vesícula umbilical.
Redução da região umbilical em contato com o embrião.
O âmnio forma o revestimento do cordão umbilical.
Controle do desenvolvimento embrionário
Processos do desenvolvimento dependem de fatores genéticos e ambientais.
Tais processos podem ser interações teciduais, regulação da migração celular e das colônias de células, proliferação controlada e a morte celular programada(apoptose).
Indução – interação que conduz a mudança no curso de desenvolvimento de algum tecido.
Ex: vesícula óptica		cristalino.
INDUZ
Sinal como molécula difusível (sonic hedgehog), passando do tecido indutor ao tecido alvo (a).
Mensagem enviada pela matriz extracelular não difusível (b).
Mensagem pelo contato físico entre tecidos indutor e alvo (c).
O sinal é traduzido como uma mensagem intracelular, influenciando a atividade genética das células-alvo.
Há um limite temporal para a estimulação do tecido – o atraso no desenvolvimento de um componente pode levar à falha de uma interação indutiva.
A, Difusão de substâncias sinalizadoras. 0 sinal parece assumir a forma de uma molécula difusível que passa do tecido indutor para o alvo. B, Interação mediada pela matriz. O sinal é mediado por meio de uma matriz extracelular não difusível, secretada pelo indutor, com a qual o tecido-alvo entra em contato. C, Interação mediada por contato celular. O sinal requer um contato físico entre os tecidos indutor e o alvo.
Proteína sinalizadora 
Quarta semana
Embrião quase reto, possuindo de 4 a 12 somitos.
Tubo neural amplamente aberto nos neuroporos rostral e caudal.
Arcos faríngeos (24 dias).
Primeiro arco faríngeo (mandibular) – origina a mandíbula e contribui para a formação da maxila.
Embrião levemente curvado em função das pregas cefálica e caudal.
Coração forma a proeminência cardíaca ventral e bombeia sangue.
Fechamento do neuroporo rostral.
24 dias
Três pares de arcos faríngeos visíveis e neuroporo rostral fechado (26 dias).
Prosencéfalo produz proeminência na cabeça.
Embrião em forma de C.
Brotos dos membros superiores reconhecidos (26, 27 dias).
Fossetas óticas visíveis (primórdio das orelhas internas).
Visualização dos placoides do cristalino (primórdio dos futuros cristalinos).
Ao final da quarta semana visualiza-se o quarto par de arcos faríngeos e os brotos dos membros inferiores.
Eminência caudal.
Fechamento do neuroporo caudal.
26 dias
28 dias
Quinta semana
Grande crescimento da cabeça pelo desenvolvimento de encéfalo e das proeminências faciais. 
A face entra em contato com a proeminência cardíaca.
Cristas mesonéfricas indicam o desenvolvimento dos rins meso-néfricos (órgão excretor provisório).
Surgimento do seio cervical (crescimento do segundo arco faríngeo).
32 dias
32 dias
Sexta semana
Começo de movimentos espontâneos (contrações no tronco e membros em desenvolvimento).
Membros superiores começam a se diferenciar (surgimento do cotovelo e das placas das mãos).
Primórdios dos dígitos (dedos) e raios digitais.
4, 5 dias após o desenvolvimento dos MS, o MI se desenvolve.
Saliências auriculares se desenvolvem ao redor do sulco faríngeo – formará o meato acústico externo.
As saliências auriculares formarão o pavilhão/aurícula da orelha externa.
Surgimento da pigmentação da retina, permitindo a visualização dos olhos.
Cabeça dobrada sobre a proeminência cardíaca.
O intestino penetra no celoma extraembrionário no cordão umbilical devido a cavidade abdominal ser muito pequena para acomodar o rápido crescimento do intestino.
42 dias
Sétima semana
Separação dos raios digitais das mãos e pés, evidenciando os dedos.
Comunicação entre vesícula umbilical e intestino primitivo reduzida.
O pedículo vitelino torna-se o ducto onfaloentérico.
No final
da sétima semana a ossificação dos ossos dos MI já iniciou.
48 dias
Oitava semana
Dedos das mãos unidos por uma membrana
Eminência caudal visível mas curta.
O plexo vascular do couro cabeludo aparece ao redor da cabeça.
Ao final da semana, todas as regiões dos membros são aparentes e os dedos estão compridos e comple-tamente separados.
52 dias
Há o desaparecimento da eminência caudal.
As mãos e pés aproximam-se uns dos outros ventralmente.
Pescoço está definidos e as pálpebras estão mais visíveis.
Intestinos ainda estão no cordão umbilical.
Há características humanas distintas.
56 dias
Final do período embrionário
Defeitos congênitos causados por fatores ambientais
Teratógenos – agentes ambientais que possam produzir um efeito congênito.
Álcool, cocaína, vírus da hepatite B, vírus da rubéola, radiação...
O período da quarta à oitava semana é o mais suscetível a teratógenos.
Erros
Gastrosquise e Onfalocele
São defeitos do fechamento da parede anterior do abdômen. 
Onfalocele – as vísceras são recobertas por membranas translúcidas (âmnio e peritônio parietal), estando o cordão umbilical sempre no ápice do defeito. 
Gastrosquise – o defeito abdominal é relativamente pequeno, localizado geralmente à direita do cordão umbilical não havendo membranas recobrindo as vísceras. 
Quinta semana - abrupto crescimento e alongamento do intestino médio, desproporcional ao corpo do embrião, resultando em exteriorização de maior parte do intestino através do umbigo.
Esta hérnia natural permanece até a décima semana, quando a cavidade abdominal, crescendo de modo suficiente, recebe de volta as vísceras exteriorizadas. 
A origem da onfalocele surge a partir do não retorno das vísceras abdominais que formaram a hérnia fisiológica. 
O intestino continua seu desenvolvimento na cavidade amniótica banhado pelo líquido amniótico.
Defeitos no tubo neural
Geralmente ocorrem entre a terceira e quarta semana.
Fechamento incompleto do tubo neural.
O disrafismo total do cérebro, com formação normal da medula espinhal, é chamado de craniosquise ou anencefalia.
Encefaloceles – tecido cerebral que sobressai através do crânio.
Mielomeningocele – espinha bífida em que o tubo neural e suas membranas circundantes (dura-máter e aracnóide) sobressaem do canal vertebral, formando um saco cheio de líquido.
Meningocele - as membranas invadem o saco, mas a medula espinhal não.
Encefalocele
Mielomeningocele
Referências
Keith L. Moore, Persaud T. V. N, Mark G. T.. Embriologia clínica. 10 edição. Rio de Janeiro. Elsevier, 2016.
Langman, T. W. Sadler. Embriologia médica. 7 edição. Guanabara Koogan, 1997.
Gary C. II. Larsen. Larsen’s Human Embryology. 4 edição. Philadelphia. Elsevier, 2009.

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