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Direito Administrativo/Resolução de Questões Consuplan O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 1 www.cursoenfase.com.br Sumário 1 RESOLUÇÕES DE QUESTÕES CONSUPLAN ................................................................... 2 1.1 Direito Administrativo ..................................................................................... 2 1.1.1 Princípios ........................................................................................................ 2 1.1.2 Organização da Administração Pública .......................................................... 7 Direito Administrativo/Resolução de Questões Consuplan O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 2 www.cursoenfase.com.br 1 RESOLUÇÕES DE QUESTÕES CONSUPLAN 1.1 Direito Administrativo 1.1.1 Princípios QUESTÃO 01 Quanto aos princípios administrativos e as prerrogativas da Administração Pública, é correto afirmar: A) Mesmo quando a Administração Pública atua despida da qualidade de poder público, investe-se das prerrogativas públicas. B) Quando a Administração Pública atua como agente econômico, submete-se ao regramento jurídico do direito privado. C) Não obstante sujeitar-se ao direito público quando atua despida do atributo de poder público, a Administração Pública não se obriga aos princípios que lhe são constitucionalmente imputados. D) As pessoas jurídicas de direito privado não integrantes da Administração Pública não se sujeitam a regras do direito público, relativas ao Direito Administrativo. Resposta B Quando a Administração atua despida da qualidade de poder público - como agente econômico, por exemplo - não há a supremacia do interesse público, o que equivale dizer que não há prerrogativas públicas. Assim, quando a Administração Pública atua como agente econômico, as relações jurídicas das quais ela participa são regidas, predominantemente, pelo direito privado, estando ausentes as prerrogativas especiais típicas do direito público. Por fim, vale notar que, tais relações jurídicas estão sempre sujeitas, em variável medida, a regras e princípios próprios do direito administrativo, como o princípio da indisponibilidade do interesse público, o princípio da publicidade, o princípio da probidade e moralidade. Direito Administrativo/Resolução de Questões Consuplan O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 3 www.cursoenfase.com.br QUESTÃO 02 Ainda em relação aos princípios norteadores da Administração Pública, especificamente quanto ao sistema de solução de conflitos adotado pela legislação brasileira, é INCORRETO afirmar: A) O sistema da unicidade da jurisdição administrativa é aquele em que apenas os litígios administrativos podem ser submetidos ao Poder Judiciário. B) O sistema de unicidade de jurisdição é aquele em que todos os litígios podem ser submetidos ao Poder Judiciário. C) A adoção do sistema de jurisdição única não obsta a solução de litígios na órbita administrativa. D) Ainda que o litígio esteja submetido à Administração, ao Poder Judiciário é dado apreciá-lo em sua inteireza. Resposta A Pelo sistema inglês ou de unicidade de jurisdição, todos litígios, sejam eles administrativos ou exclusivamente privados, podem ser levados ao Poder Judiciário, único que dispõe de competência para dizer o direito aplicável aos casos litigiosos, de forma definitiva. Já o sistema francês, de dualidade de jurisdição ou sistema do contencioso administrativo é aquele em que se veda o conhecimento pelo Poder Judiciário de atos de Administração Pública, ficando estes sujeitos à chamada jurisdição especial do contencioso administrativo, formada por tribunais de índole administrativa. Vale notar que o Brasil adotou o chamado sistema inglês (de jurisdição única ou de controle judicial), em que todos os litígios podem ser resolvidos definitivamente pelo Poder Judiciário. QUESTÃO 03 Com relação aos princípios que regem a Administração Pública, assinale a opção INCORRETA. A) O princípio da eficiência administrativa revela-se quando a atividade estatal obedece à racionalização econômica. Direito Administrativo/Resolução de Questões Consuplan O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 4 www.cursoenfase.com.br B) Em face do princípio da razoabilidade, admite-se o controle da discricionariedade administrativa pela via judicial. C) Não fere o princípio da publicidade, o ato processual praticado sob sigilo em preservação da segurança da sociedade, ou indispensável à defesa da intimidade. D) O princípio da segurança jurídica apresenta-se como espécie de limitação ao princípio da legalidade, autorizando, assim, o prazo decadencial de cinco anos para convalidação de todos os atos administrativos que favoreçam o administrado, mesmo quando apresentem vício de legalidade e comprovada má-fé. Resposta: D A resposta exige o conhecimento do artigo 54 da Lei 9784, que prevê que “o direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No que tange à assertiva “B”, trata-se de uma posição do professor Celso Antôno Bandeira de Mello, que assim preleciona: “O administrador, evidentemente, deve atuar a todo tempo de forma obediente aos mandamentos da razoabilidade. Se assim não age, mesmo no exercício de competência discricionária, é lícita a intervenção do Judiciário para que corrija as ilicitudes." QUESTÃO 05 Em relação aos princípios que regem a atuação da Administração Pública no Brasil, analise as afirmações a seguir: I. O poder de polícia é expressão concretizada do princípio da supremacia do interesse público. II. O princípio segundo o qual ao indivíduo é facultado fazer tudo o que a lei não proíbe, ou deixar de fazer o que a lei não impõe, na órbita privada, é correlato ao princípio da indisponibilidade do interesse público, que vincula a Administração. III. São decorrências do princípio da indisponibilidade do interesse público a realização de concurso para admissão de pessoal permanente e a realização prévia de licitação para celebração de contratos administrativos. IV. Ao disciplinar a Administração Pública, a Constituição Federal não explicita os princípios do interesse público e da indisponibilidade do interesse público. Direito Administrativo/Resolução de Questões Consuplan O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 5 www.cursoenfase.com.br Está correto o que se afirma em: A) II e III, apenas. B) I, II e IV, apenas. C) I, III e IV, apenas. D) I, II, III e IV. Resposta: D O Poder de Polícia é a faculdade discricionária do Estado de limitar a liberdade individual ou coletiva, em prol do interessepúblico No que tange ao item II, dado como correto pela banca, a verdade é que, apesar da redação truncada da assertiva, de fato, o princípio da legalidade surge como um desdobramento do princípio da indisponibilidade do interesse público. Quanto ao item III, importante notar que o princípio da indisponibilidade do interesse público vem firmar a ideia de que o interesse público não se encontra à disposição do administrador ou de quem quer que seja. QUESTÃO 06 O princípio da legalidade constitui um dos pilares do Estado Democrático de Direito estabelecendo um claro limite para a atuação do administrador público. Nessa trilha, é correto afirmar que a lei na administração pública é A) comando normativo autorizativo. B) campo para o exercício da vontade individual. C) passível de lacuna preenchível autoritariamente. D) desnecessária diante da existência de atos administrativos. Resposta: A Nos dizeres de Helly Lopes, na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Assim, enquanto na administração particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza (comando normativo autorizativo). QUESTÃO 07 “Devido a uma crise financeira por que passava determinado município, o secretário de urbanismo determinou aos fiscais municipais que aplicassem as multas pelo Direito Administrativo/Resolução de Questões Consuplan O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 6 www.cursoenfase.com.br descumprimento da legislação em vigor sempre nos valores máximos de forma generalizada. Com base nessa situação, houve um aumento substancial das receitas advindas da aplicação das multas.” De acordo com o exposto, é correto afirmar que o administrador público A) violou o princípio da proporcionalidade, sendo o ato administrativo passível de nulidade. B) agiu legalmente porque os meios adotados justificam os fins, ainda que estes sejam de manifesta má-fé. C) agiu legalmente porque a crise financeira justifica as medidas excepcionais, ainda que haja visivelmente violação ao princípio da proporcionalidade. D) agiu legalmente porque a vontade estatal está pautada numa competência administrativa discricionária que no caso concreto afasta o princípio da proporcionalidade Resposta: A A discricionariedade não afasta o Princípio da Proporcionalidade. A proporcionalidade é um limitador à discrionariedade do administrador. QUESTÃO 08 Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal”. (Data de Aprovação. Sessão Plenária de 21/08/2008. Fonte de Publicação. DJe nº 162/2008, p. 1, em 29/08/2008. DOU de 29/08/2008, p. 1.) Neste caso, a Súmula citada concretiza o princípio da A) autotutela. B) legitimidade. C) impessoalidade. D) razoável duração do processo. Resposta: C O princípio da impessoalidade estabelece um dever de imparcialidade na defesa do interesse público, impedindo discriminações ou privilégios indevidamente dispensados a particulares no exercício da função administrativa. A súmula acima veda o nepotismo, ainda que de forma cruzada, que ocorre quando dois agentes públicos empregam familiares um do outro como troca de favor. Direito Administrativo/Resolução de Questões Consuplan O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 7 www.cursoenfase.com.br Vale destacar ainda que os cargos de caráter político, exercido por agentes políticos, estão fora do alcance da súmula. 1.1.2 Organização da Administração Pública QUESTÃO 01 Em relação à organização dos entes da Administração Pública, é INCORRETO afirmar: A)Autonomia é a faculdade que alguns entes possuem de se organizarem juridicamente, de criarem direito próprio, assim reconhecidos pelo Estado e por ele adotados para fazerem parte de seu sistema jurídico. B) Diferentemente do que ocorre na desconcentração administrativa, na descentralização inexiste qualquer forma de hierarquia. C) Tutela administrativa é a condição vinculante entre o ente público criador e o autárquico. D) Há relação de subordinação entre a autarquia e a pessoa jurídica que a instituiu Resposta: D O item “A” corresponde à doutrina de José Cretella Júnior, o qual preleciona que a autonomia é faculdade que alguns entes têm de se organizarem juridicamente, de criar direito próprio, direito que não só, como tal, é reconhecido pelo Estado, mas também por ele adotado para fazer parte do seu próprio sistema jurídico e declarado obrigatório como as próprias leis e os próprios regulamentos. Na relação entre a administração direta e a indireta, diz-se que há vinculação (princípio da tutela). Assim, entre pessoas jurídicas diversas (descentralização), haverá vinculação, controle de finalidade. Por outro lado, dentro de uma mesma pessoa jurídica (desconcentração), haverá subordinação, manifestação do poder hierárquico e do princípio da autotutela. Observação final: Nas questões sobre a organização da Administração Pública, deve- se estar atento ao disposto no artigo 37, XVI, da CF, o qual dispõe sobre a acumulação de cargos, empregou ou funções públicas. Importante memorizar as hipóteses em que há a permissão para tal acumulação: XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; Direito Administrativo/Resolução de Questões Consuplan O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 8 www.cursoenfase.com.br c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; Ademais, no que tange à acumulação cargo, emprego ou função com exercício de mandato eletivo, tem-se a seguinte regra: I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, o servidor ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
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