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Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Introdução ao Estudo da Patologia Prof.Fábio José Dallanora 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Introdução Patologia Pathos = doença, sofrimento Logos = estudo Conceito: “ a ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos eu as produzem, as sedes e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam.” 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Introdução Estudo das causas estruturais e funcionais das doenças humanas Causas – Etiologia Mecanismos de seu desenvolvimento – Patogenia Alterações estruturais induzidas células e tecidos – Alterações morfológicas Medicina x Patologia DOENÇA Prevenir, minorar ou curar os sofrimentos produzido pelas doenças Causas, mecanismos, as sedes e alterações morfológicas e funcionais das doenças 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Introdução Saúde e Doença Saúde “estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico e social em que vive, sentindo-se bem (saúde subjetiva) e sem apresentar sinais ou alterações orgânicas evidentes (saúde objetiva)” (PEREIRA,1998) Doença “estado de falta de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico e social em que vive, sentindo-se mal (sintomas) e apresenta alterações orgânicas evidenciáveis (sinais)” (PEREIRA,1998) 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Introdução Saúde e Normalidade Termo usado em relação ao indivíduo Termo usado em relação a parametros funcionais de parte estrutural ou funcional do organismo 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Elementos de uma doença e sua relação com as áreas da Patologia e Medicina MEDICINA PATOLOGIA Diagnóstico Prognóstico Terapêutica Prevenção Etiologia Patogênese Anatomia Patol. Fisiopatologia Propedêutica Causas Mecanismos Lesões Alterações funcionais Sinais e Sintomas 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Ramos principais da Patologia Patologia Geral Aspectos comuns às diferentes doenças – causas, mecanismos patogenéticos, lesões estruturais e alteração da função Aspectos morfológicos, bioquímicos e fisiológicos das células e tecidos Patologia Especial Doenças de um determinado órgão Doenças agrupadas por uma mesma causa 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Agressão Agressão Defesa Adaptação Lesão 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Agressão 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Como agem os agentes agressores? a. Ação direta alterações moleculares que provocam modificações celulares. b. Ação indireta mecanismos de adaptação que ao serem acionandos para eliminar a agressão provocam modificações morfológicas. 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Agressão Agressão Defesa Adaptação Lesão Irreversível Reversível Morte celular 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Lesões Lesão ou processo patológico Conjunto de alterações Morfológicas Moleculares Funcionais Macroscópicas Microscópicas Métodos bioquímicos Métodos biologia molecular Alteração da função célula, tecido, órgãos ou sistemas 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Lesões Dinâmica das lesões: Inicio Evolução Cura Cronicidade Processo Patológico 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Lesões Aspectos cronológicos de uma doença Causas Período de incubação Período prodrômico Período de estado EVOLUÇÃO Cura Cronificação Complicações Óbito Sinais e sintomas típicos Sinais e sintomas inespecíficos Sem manifestações Sem sequela Com sequela 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões No organismo • células parenquimatosas ou do estroma • componentes intercelulares ou do interstício • circulação sanguínea e linfática • Inervação Ao atingirem o organismo as lesões comprometem um tecido ou órgão. 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões 1.Lesões Celulares 2.Danos ao interstício 3.Transtornos locais da circulação 4.Disturbios locais da inervação 5.Alterações complexas. 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões Não letais Letais As alterações são compatíveis com recuperação do estado de normalidade após cessada a agressão. Não esta associada à morte celular. • Degenerações (acumulo de substancias intra-celulares) • Hipertrofia • Hipotrofias • hipoplasias • metaplasias • displasias • neoplasias A lesão é representada por necrose (morte seguida de autólise) ou Apoptose (morte sem autolise) 1. Lesões celulares 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões 1. Lesões celulares Padrão de normalidade a. Celulas superficiais b. Células intemediárias c. Células parabasais d. Células metaplásicas 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões 1. Lesões celulares Atrofia menopausal com grandes aglomerados de células basais ou parabasais e alguns núcleos nús. (aum 40x) 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões Células metaplásicas 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões Infecção herpética: célula multinucleada (seta) com inclusão viral intranuclear. (obj. 20x) 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões 1. Lesões celulares Lesão de baixo grau 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões 1. Lesões celulares Células parabasais com núcleo aumentado, contornos nucleares irregulares, com anisocariose e anisocitose em uma população homogênea de células. HSIL. (obj. 20x) 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões 1. Lesões celulares Adenocarcinoma endocervical in situ (AIS): células endocervicais colunares atípicas, com núcleos volumosos, alongados e hipercromáticos. Aspecto típico em plumagem (feathering) e paliçada. (obj. 20x) 18:35:07 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões 1. Lesões celulares Adenocarcinoma invasor: aumento médio de uma área com uma população significativa de células colunares atípicas, dispostas em agregados irregulares. Notar também a presença de células atípicas bem preservadas isoladas. Enorme desorganização e dispersão celular. (obj. 20x) 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões 2. Alterações do interstício Englobam modificações de: Substância fundamental amorfa Fibras colágenas, elásticas e reticulares 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões Substância fundamental amorfa: Formada por GAGs (Glicosaminoglicanas que são polissacarídeos de repetição de uma única cadeia dissacarídea) sulfatadas e Proteoglicanas. Trata-se de um gel altamente hidratado que funciona como barreira de proteção patogênica,pois dificulta a penetração de microorganismos. A água nela contida é uma água de solvatação, ou seja, uma água ligada a uma macromolécula, que no caso é uma GAG. Isto acontece devido à carga negativa do gel, que atrai íons Na++, que por sua vez carregam consigo a água. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões Fibras colágenas O colágeno é uma proteína de importância fundamental na constituição da matriz extracelular do tecido conjuntivo sendo responsável por grande parte de suas propriedades físicas. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões Tecido conjuntivo: Feixes de fibras colágenas e fibroblastos 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões Fibras Elásticas: são formadas por glicoproteínas (microfibrilas) e elastina (que é mais resistente que o colágeno)., organizando-se em uma trama irregular. Ficam mal coradas com HE, por isto usa-se Orceína para destacá-las. Pode estar presente na parede de vasos (membranas elásticas fenestradas 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões Fibras Reticulares: é formada por colágeno do tipo III e 6-12% de açúcares. São mais finas que as fibras colágenas e se localizam em órgãos relacionados ao sangue. Para ser melhor visualizado deve-se usar uma coloração que identifique açúcares, como a Impregnação Argêntica (IA). Fibras reticulares: Trama retícular peritubular 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Fibras reticulares (pretas-seta curta) Fibras colágenas (castanho-seta longa) 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões 3. Distúrbios da circulação - Hiperemia - Oligoemia - Isquemia - Trombose - Embolia - Hemorragia - Edema Aumento do fluxo sanguíneo Diminuição do fluxo sanguíneo Cessação do fluxo sanguíneo Coagulação intra-vascular Substâncias que não se misturam ao sangue e provocam oclusão vascular Saída de sangue do leito vascular Acúmulo de líquidos no leito intersticial 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões 4. Alterações da inervação: -Sua importância esta ligada ao papel integrador das fun ções do tecido nervoso. 5. Inflamação: Modificações locais da micro-circulação e saida de elementos celulares do leito vascular. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Métodos de estudo em Patologia Estudo morfológico Macro e microscópico. Exames citológicos. Obtenção de material: - Raspados (de pele ou mucosa) - Coleta de secreções (traqueobronquica, nasal, uretral, mamilar,etc) - Coleta de líquidos (serosas, urina, liquido amniótico, LCR, etc) - Punção aspirativa (lesões nodulares – tireóide, mama, linfonodos) 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Métodos de estudo em Patologia Exames citológicos. Fixação do material - Líquidos fixadores - álcool etílico à 95GL Coloração do material - Papanicolau método universal de coloração. Agentes Corantes: Hematoxilina/Eosina (H/E), Fucsina, Tricrômico de Mallory, Tricrômico de Masson, Tricrômico de Gomori, Tricrômico de Shorr, Corante de Leishman, Floxina, etc. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Métodos de estudo em Patologia Exames citológicos. Expressão de resultados De acordo com o achado citológico. Classificação Papanicolau: Classe I: Esfregaço normal; Classe II: Esfregaço inflamatório; Classe III: Lesões displásicas ou pré-neoplásicas; Classe IV: Provavelmente maligno (geralmente carci-noma in situ); Classe V: Esfregaço com padrão de neoplasia maligna 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Métodos de estudo em Patologia Exames anatomopatológicos. Biópsia remoção de uma amostra de tecidos ou células para posterior estudo laboratorial. Pode ser: • Excisionais ou ablativas remove-se toda a lesão. • Incisional remove-se apenas parte da lesão para estudo diagnóstico. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Métodos de estudo em Patologia Exames anatomopatológicos. Obtenção da amostra: - Por endoscopia - Por curetagem - Por agulha (punções) - Por trepanação As biópsias podem ser dirigidas por aparelhos especiais: - Ultrasonografia - Colposcopia - Cerebral estereotáxica. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Métodos de estudo em Patologia Exames anatomopatológicos. Conservação e embalagem da amostra: -Fixador • formaldeido a 4% (ou formol bruto a 10%) em volume de 6 a 10 vezes o volume da peça. • Álcool • Zenker • Bouin • Glutaraldeido Para técnicas especiais. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Métodos de estudo em Patologia Análise morfológica Necropsia exame post-mortem dos órgão ou parte deles. Objetivo determinar a causa da morte Imunoistoquímica procedimento que usa anticorpos marcadores como reagentes específicos. Objetivo detecção de antígenos específicos. Técnicas de imunoistoquímica: Imunofluorescência Imunoenzimática. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Classificação das lesões Painel de imunoistoquímica para diagnóstico de adenocarcinoma da próstata. A Hematoxilina-eosina 200x B Cytokeratin HMW (Dako, clone 34ßE12) 1/150 Citrato 100x C p63 (Dako, clone 4A4) 1/500 Citrato 100x D P504S (Dako, clone 13H4) 1/300 Tris-Edta pH9,0 100x Adenocarcinoma com imunoexpressão negativa (figuras B e C) e positiva (figura D) com controles (ácinos normais) respectivamente positivo e negativo. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Métodos de estudo em Patologia Cultura celular Trata-se de multiplicar células em caldos especialmente desenvolvidos os quais favorecem a reprodução celular. Desenvolvimento celular “in vitro”. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Métodos de estudo em Patologia Citometria Determinação quantitativa de componentes celulares (contagem) Morfometria Determinação da medida das dimensões dos tecidos, órgãos, células, tamanhos nucleares. Auto-radiografia Incorporação de isótopos radioativos às células ou tecidos, a análise é realizada em laboratório mediante técnicas especiais de revelação. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Métodos de estudo em Patologia Biologia molecular Análise de DNA e RNA Reação da polimerase em cadeia Reação em cadeia da polimerase (PCR), é um método comum para se obter grandes quantidades de um fragmento específico de DNA. PCR amplifica rapidamente uma molecula de DNA em bilhões de moleculas 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Aplicação: Pesquisa Estudo de neoplasias Estudo de agentes de doenças infecciosas Estudo de doenças genéticas Bactérias Vírus Métodos de estudo em Patologia 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Causas das lesões numerosas 2 grandes grupos Pereira,1998 Exógenas (externas – do ambiente) - Agentes físicos, químicos e biológicos Endógenas (internas – do organismo) -Relacionadas à genética - Relacionadas à resposta imunitária - Relacionadas aos fatores emocionais Lesão criptogenética: lesão sem causa conhecida. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Ação dosagentes lesivos: - Direta inibição de enzimas quebra molecular ação de lise (poder detergente) sobre membranas quebra molecular alteração bioquímica de conformação espacial molecular -Indireta perturbam o fornecimento de oxigênio interferem nos mecanismos de produção e inativação de Radicais Livres. desencadeiam respostas locais ou sistêmicas capazes de provocar lesão tecidual ou celular. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Hipóxia e Anóxia Hipóxia redução do fornecimento de oxigênio Anóxia parada de fornecimento de oxigênio. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Alterações da redução no fornecimento de oxigênio 1. Diminuição da sintese de ATP leva: Ritmo das oxidações FADH2 e NaDH2 Atividade do ciclo de Krebs acetil CoA Sintese de ácidos graxos 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Alterações da redução no fornecimento de oxigênio 2. Acúmulo de ADP e AMP (decorrente da redução síntese de ATP) gera aumento da atividade enzimática que controlam glicólise anaeróbica, com isto eleva a quebra de glicose com síntese de ATP com grande consumo de NAD e geração de NADH2. Ocorre produção de ácido pirúvico em presença de NADH2 forma ácido lático, o pH intracelular baixa. A acetil CoA entra nas mitocondnrias e eleva mais a quantidade de ácido lático disponível para a síntese de ácidos graxos. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Alterações da redução no fornecimento de oxigênio 3. A redução na sintese de ATP mitocondrial se reflete nas bombas de eletrólitos das membranas celulares, há redução de ATPase Na/K dependente. Ocorre aumento do ion sódio no citosol e diminuição do bombeamento de eletrólitos na membrana do reticulo endoplasmático, ocorre rearranjo na distribuição de ions, Na e H2O entram no RE e dilatam as cisternas. O citosol se expande pelo aumento de H2O decorrente da retenção de Na. A célula sofre expansão isosmótica do citoplasma com acúmulo de H20 e Na no citosol e no RE tornando-se tumefeita. Há alteração na permeabilidade dos eletrólitos na membrana mitocondrial e leva a passagem do ion Ca++ para o citosol. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Alterações da redução no fornecimento de oxigênio 4. As sínteses celulares diminuem, ribossomos se desacoplam do RE, polissomos se desagregam. O pH intracelular condensa a cromatina junto à membrana nuclear, isto dificulta a transcrição gênica. Reduz-se a síntese de lipídeos complexos, principalmente fosfolipídeos dependentes de ATP, isto diminui a reposição desses componentes nas membranas. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Alterações da redução no fornecimento de oxigênio 5. Ocorre aumento de triglicerideos devido ao aumento de alfa glicerofosfato (oriundo da glicólise) e de acetil CoA disponíveis para a síntese de ácidos graxos. No citosol ocorre acúmulo de triglicerídeos (micro-gotículas) visíveis ao MO (Esteatose) 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Alterações da redução no fornecimento de oxigênio 6. Cessada a hipóxia, os eventos cessam e a célula recompoe sua atividade metabólica, reajusta o equilíbrio eletrolítico e volta a atividade normal. persistindo a hipóxia, as perturbações eletrolíticas e na síntese de proteinas e lipídeos passam a agredir a membrana citoplasmatica e as organelas, agravando progressivamente as condições da célula. Caso isso aconteça, as lesões tornam-se irreversíveis e a célula morre. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Até o aparecimento das lesões irreversíveis encontramos as seguintes modificações: 1. As membranas se alteram pela perda de molécula estruturais e pela incapacidade de repor os constituintes perdidos. 2. No RE, as membranas formam uma bainha de mielina. 3. Nas mitocondrias a membrana sofre alterações moleculares indicadas pelo aparecimento de estruturas floculares na matriz (ao ME) 4. Lissosomos sofrem tumefação e perdem capacidade de reter hidrolases, estas são liberadas no citoplasma e iniciam o processo de autólise. Ao MO ótico isto é evidente e mostra que a célula morreu (necrosou). 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Sob o aspecto funcional: A lesão é irreversível quando: 1. Ocorre depleção acentuada de ATP 2. Cessa a glicólise anaeróbica com acumulo de H2 e lactato. 3. Conversão de nucleotídeos em nucleosídios e bases orgânicas. As células resistem de forma diferente à hipóxia e anóxia. Ex. Neurônios muito sensíveis à anóxia resistem a até 3 minutos sem O2. Células miocárdicas menos sensíveis podem resistir a até 30 minutos sem O2. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Resumindo lesão celular reversível: Diminuição da atividade da bomba de Na+ Aumento da taxa da glicólise anaeróbica Redução da síntese protéica Morfologicamente: Bolhas na superfície celular Figuras de mielina Tumefação de organelas e de toda a célula Etiopatogênese Geral da lesões 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Tumefação intensa das mitocôndrias Densidades amorfas, grandes e floculentas na matriz mitocondrial Influxo maciço de Ca++ Perda de proteínas, coenzimas, enzimas ácidos ribonucléicos e de metabólitos que reconstituem o ATP Lesão de membranas lisossômicas Etiopatogênese Geral da lesões Resumindo lesão celular irreversível: 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Ativação de RNases, DNases, proteases, fosfatases,, glicosidases e catepsinas. Extravazamento de enzimas celulares para o espaço extracelular (CK e LDH no coração). Entrada de macromoléculas extracelulares para a célula. A célula morta é substituída por figuras de mielina que são fagocitadas ou degradadas em ácidos graxos. Etiopatogênese Geral da lesões Resumindo lesão celular reversível: 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC As lesões da membrana se dão por: Disfunção mitocondrial – fosfolipases Perda dos fosfolipídeos da membrana Anormalidades citoesqueléticas-proteases Espécies de oxigênio reativo Produtos de degradação de lipídeos São os ácidos graxos livres, acilcarnitina e lisofosfolipídeos Etiopatogênese Geral da lesões Resumindo lesão celular reversível: 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Produtos de degradação de lipídeos Possuem efeito detergente ou se inserem na membrana Perda dos aminoácidos intracelulares A perda da glicina protege contra lesão estrutural e dos efeitos do Ca++ Etiopatogênese Geral da lesões Resumindo lesão celular reversível: 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Reperfusão. Reperfusão é o nome dado ao retorno do sangue a todos os órgãos que estiveram privados dele por algum tempo Pode ser farmacológica ou mecânica Efeitos da reperfusão: Agravamentoda lesão celular ou tecidual. Porque isto ocorre? 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Efeitos da reperfusão: a. > captação de Ca++ , ocorre aumento do nível no tecido. b. Produção de radicais livres pelos leucócitos nas paredes dos vasos. c. Chegada súbita de plasma – ocorre choque osmótico na célula, isto leva a tumefação súbita (turgidez) e ocorre ruptura de mebrana. Estes 3 pontos levam a irreversibilidade do processo. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Efeitos da reperfusão: Hipóxia de pequena duração induz lesões degenerativas rapidamente recuperáveis. Hipóxia de média duração induz a lesões degenerativas graves. Lesões provocadas por anóxia duradoura não são alteradas após reperfusão, porém, com re-oxigenação ocorre ampliação da lesão. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC São moléculas que apresentam um elétron não-emparelhado em sua órbita externa. Podem ser formados por: Absorção de energia radiante Metabolismo de drogas Reações de oxi-redução no metabolismo Metais de transição – ferro e cobre. H2O2 + Fe++ = OH* + OH- + Fe+++ Óxido nítrico gerado por macrófagos, neurônios e outras células. Lesão por radicais livres. Etiopatogênese Geral da lesões 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Os principais deles são as espécies reativas de O2 Na respiração celular o O2 é reduzido a água ganhando 4 e-. Fases intermediárias: superóxido - O2. e hidroxila - OH. O O2 também produz substâncias reativas que não são radicais – água oxigenada. Reagem com lipídeos, proteínas e ácidos nucleicos. Etiopatogênese Geral da lesões Lesão por radicais livres. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC OH. + lipídeos = peróxidos que após propagação haverá lesão de membrana. OH. + DNA = inibição da replicação. OH. + proteínas = lesão da membrana. Etiopatogênese Geral da lesões Lesão por radicais livres. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC São inativados por: ácido ascórbico, vitaminas lipossolúveis A e E, catalase, superóxido-dismutase e glutationa-peroxidase, ferro, cobre Etiopatogênese Geral da lesões Lesão por radicais livres. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Resposta imunitária local (na origem da agressão) Agente antigênico ação do sistema imunitário frente ao reconhecimento do agente (liberação de anticorpos). Lesão ou agravamento de lesão pré-existente. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Resposta imunitária local (na origem da agressão) Anticorpos interferem com o funcionamento ou lesam a célula através de: 1. Bloqueio ou estimulação de uma função celular. 2. Formação de Ag-Ac liberação de fatores quimiotáticos inicio de reação inflamatória ou agressão direta da célula alvo destruindo-a. 3. Citotoxicidade celular dependente de anticorpos. As células com capacidade citotóxica (linfócitos, macrofagos, neutrófilos) recobnhecem o fragmento Fc dos anticorpos presentes nas células alvo e as lesam. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Resposta sistêmica à agressões localizadas O organismo responde sistemicamente a agressões para eliminar o agente agressor. Mecanismos: Proteinas de fase aguda – Proteina C reativa Ceruloplasmina alfa 1 antitripsina transferrina haptoglobulina fibrinogênio componentes do complemento Hepatócitos diminuem a produção de albumina e sintetizam as proteinas de fase aguda. 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Resposta sistêmica à agressões localizadas Alterações metabólicas Alterações do apetite e do sono. Febre Resistência a dor Atividade dos fagócitos Alteração numérica dos leucócitos. Modulação da resposta imunitária 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Etiopatogênese Geral da lesões Agentes físicos como causa de lesão. 1. Força mecânica 2. Variação da pressão atmosférica. 3. Variação da temperatura 4. Eletricidade 5. Radiações 6. Ondas sonoras (ruidoso) 18:35:08 Prof. Fábio José Dallanora UNOESC Referências bibliográficas ROBBINS. Patologia Estrutural e funcional. BROGLIOLO. Patologia Celular. Próxima aula: Adaptação celular Apoptose Necrose 18:35:08
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