Buscar

FARMACOLOGIA Aula 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Conceitos em Farmacocinética
• Biodisponibilidade: medida da extensão de uma droga terapeuticamente 
ativa que atinge a circulação sistêmica e está disponível no local de ação. 
Ou ainda, a velocidade e extensão com que uma substância é absorvida a 
partir de uma forma farmacêutica e se torna disponível no local de ação.
• Fatores que alteram a Biodisponibilidade:
1) Dose
2) Forma Farmacêutica (granulação, drageamento, compressão dos 
comprimidos)
3) Via de Administração
4) Propriedade físico-químicas da droga
• Meia-Vida (T ½): tempo gasto para que determinada concentração da 
droga, se reduza à metade. Ex: inicialmente temos 20mg da droga em cada 
ml de sangue. Depois de 1 hora, temos 10mg em cada ml de sangue. 
Dizemos então que a Meia-vida é 1 hora.
Droga não 1) Droga perdida pela
dissolvida excreção biliar
2) Droga perdida pelo
Dissolução e desintegração metabolismo
3) Droga ligada aos 
tecidos
1) Perdida no 
metabolismo
Velocidade de esvaziamento gástrico 2) Droga ligada à 
Prot. Plasmáticas
1) Droga perdida por 
degradação intestinal ou 1) Droga ligada a 
ligação a alimentos ou órgãos e tecidos 
outras substâncias que não sejam 
2) Droga não absorvida locais de ação
2) Droga perdida por metabolismo
e excreção
DROGA 
TOTAL POR 
VIA ORAL
DROGA 
DISSOLVIDA 
FLUIDOS G.I.
DROGA EM 
SOLUÇÃO NO 
INTESTINO
DROGA EM 
SOLUÇÃO QUE 
É ABSORVIDA
DROGA 
NO 
FÍGADO
DROGA QUE 
ALCANÇA A 
CIRCULAÇÃO 
GERAL
DROGA 
DISTRIBUIDA 
ORGANISMO
DROGA NO 
LOCAL DE 
AÇÃO
• MECANISMOS GERAIS DE AÇÕES DOS FÁRMACOS
No que concerne ao mecanismo de ação, os fármacos podem ser classificados em dois 
grandes grupos. 
1. Fármacos estruturalmente inespecíficos, cuja atividade resulta da interação com 
pequenas moléculas ou íons encontrados no organismo. As ações dessas drogas 
dependem, em última análise, de suas propriedades físico-químicas tais como a 
solubilidade, o pKa, o poder oxi-redutor e a capacidade de adsorção. As drogas desse 
grupo não apresentam como pré-requisito uma relação estrutura-atividade e 
necessitam de concentrações relativamente altas para se mostrarem efetivas. 
2. Fármacos estruturalmente específicos, cuja atividade resulta da interação com 
sítios bem definidos apresentam, portanto, um alto grau de seletividade. As drogas 
desse grupo também apresentam uma relação definida entre sua estrutura e a 
atividade exercida. Como consequência, drogas de estrutura similar podem exercer o 
mesmo tipo de atividade. Esses fármacos atuam em concentrações muito baixas, por 
meio de interações com enzimas, proteínas carregadoras, ácidos nucleicos ou 
receptores farmacológicos. 
2.1. Drogas que interagem com enzimas: o exemplo mais expressivo de drogas que 
interagem com enzimas é dado pelos anticolinesterásicos que, de forma reversível ou 
irreversível, inativam a acetilcolinesterase. Essa enzima, que biotransforma a acetilcolina, 
apresenta dois sítios ativos: o sítio aniôntico, ao qual se liga o grupo trimetilamônio da 
acetilcolina, e o sítio esterásico, ao qual se liga a carboxila desse neurotransmissor. 
Os inibidores da enzima conversora de angiotensina, representados pelo captopril, pelo 
enalapril e pelo lisinopril, atuam, basicamente, impedindo a formação da angiotensina II a 
partir da angiotensina I, por inibirem a peptidil-dipeptidase, enzima responsável por essa 
reação. 
2.2. Drogas que interagem com proteínas carregadoras: a competição com diversas 
substâncias, na interação com proteínas carregadoras que facilitam o transporte através da 
membrana celular, é o mecanismo de ação de várias drogas pertencentes a grupos 
farmacológicos distintos. São exemplos as anfetaminas, a clorpromazina e os 
antidepressivos tricíclicos que bloqueiam, por esse mecanismo, a captacão de 
noradrenalina no terminal adrenérgico. 
Os antidepressivos tricíclicos intensificam a ação de aminas biogênicas no sistema nervoso 
central bloqueando a captação dessas aminas nos respectivos terminais nervosos. As ações 
simpatomiméticas da cocaína também são determinadas belo bloqueio de captação da 
noradrenalina e, em menor grau, da adrenalina. Os diuréticos de alça, representados pela 
furosemida e pelo ácido etacrínico, atuam interferindo com o transporte de Na+/K+/Cl- nas 
células epiteliais dos túbulos renais, no nível do ramo ascendente da alça de Henle. 
2.3. Drogas que interferem com os ácidos nucleicos: alguns antibióticos, como as 
tetraciclinas, os aminoglicosídeos, o cloranfenicol e a eritromicina, interferem com a síntese 
proteica, ao nível dos ribossomas, dificultando a tradução da informação genética. 
2.4. Drogas que interagem com receptores: a ativação ou o bloqueio de receptores 
desempenha um papel de extrema importância no mecanismo de ação de drogas. O conceito 
de receptor teve sua origem quando Paul Ehrlich apresentou a hipótese de que o protoplasma 
apresentava expansões nas quais se acoplavam drogas, toxinas e antígenos. Langley ampliou 
as idéias de Ehrlich ao propor que a ação da acetilcolina era conseqüente a sua fixação numa 
"substância receptiva" e que o curare tinha a capacidade de bloquear uma "área receptiva" 
do músculo esquelético ao estímulo promovido pela nicotina. 
RELEMBRANDO: O QUE É UM RECEPTOR ?
Genericamente, receptor pode ser compreendido como componentes macromoleculares 
funcionais do organismo com o qual a molécula da droga se combina para produzir um efeito. 
Os receptores eram, inicialmente, uma entidade conceitual e passaram a ser uma realidade 
concreta depois de serem isolados e caracterizados, graças ao desenvolvimento de novas 
técnicas, como marcação com ligantes radioativos, clonagem de genes e procedimentos 
imunológicos. 
• INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR
• F + R FR EFEITO
• F = FÁRMACO
• R = RECEPTOR
• Atividade intrínseca (α ) capacidade de ativação do receptor (0 a 1)
a) Agonistas Totais podem produzir efeito máximo ocupando pequeno 
número de receptores.
b) Receptores não ocupados = Receptores de Reserva
c) Fármacos com pequena eficácia nunca produzem efeito máximo, 
mesmo se todos os receptores estiverem ocupados.
• Fármacos Agonistas Totais
• Têm afinidade pelo receptor
• Produzem efeito máximo (α = 1 ou 100%)
• Fármacos Agonistas Parciais
• Têm afinidade pelo receptor
• NÃO produzem efeito máximo (0< α <1 entre 0 a 100%)
• Fármacos Antagonistas
• Têm afinidade pelo receptor
• NÃO produzem efeito algum (α =0 ou 0%)
• Impedem a ligação do agonista total ou parcial ao receptor
• AGONISTAS TOTAIS: produzem o efeito máximo ocupando um número 
pequeno de receptores.
• AGONISTAS PARCIAIS: produz uma resposta parcial, mesmo ligado à todos os 
receptores.
• AGONISTAS INVERSOS: atuam de modo a inibir (desativar) a atividade 
intrínseca do receptor livre.
• ANTAGONISTA: molécula que liga ao receptor impedindo a ação do agonista, mas que 
não exerce nenhum efeito quando ligado ao receptor.
• ANTAGONISTA COMPETITIVO: Compete com o agonista pelo sítio ativo do receptor. 
Liga-se reversivelmente ao sítio ativo do receptor.
• ANTAGONISTA NÃO-COMPETITIVO: pode ligar ao sítio ativo do receptor ou em sua 
região alostérica.
• Ligado ao sítio ativo do receptor: faz ligação covalente com o receptor que não pode 
ser superada mesmo em altas doses do agonista.
• Ligado em sua região alostérica:liga ao sítio alostérico e impede a ativação do agonista, 
mesmo se o agonista já estiver ligado ao sítio ativo do receptor. Ou seja, NÃO ATUA 
COMPETINDO COM O AGONISTA.
• MAS O QUE É UMA REGIÃO ALOSTÉRICA ?
• Um local específico do receptor que, quando ligada a um modulador, faz com que a 
proteína sofra uma modificação conformacional (estrutural) que pode alterar suas 
propriedades catalíticas ou de ligação.
• ANTAGONISTAS SEM RECEPTORES:
• ANTAGONISMO QUÍMICO: interação química entre o agonista e o antagonista 
de modo a inativar o agonista.
• Ex.: intoxicação - mercúrio (agonista) e mercaprol (antagonista), forma complexo 
inativo excretado na urina.
• ANTAGONISMO FUNCIONAL (FISIOLÓGICO): interação entre dois agonistas que 
atuam de maneira independente e tendem a anular ou reduzir o efeito do outro.
• Ex.: histamina estimula a secreção ácida pelas células parietais do estômago 
enquanto o omeprazol bloqueia este efeito inibindo a bomba de prótons.
• ALGUNS CONCEITOS RELACIONADOS:
• REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS (RAM):
• A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem definido reação adversa a medicamentos 
(RAM), como: "qualquer efeito prejudicial ou indesejável, não intencional, que aparece 
após a administração de um medicamento em doses normalmente utilizadas no homem 
para a profilaxia, o diagnóstico e o tratamento de uma enfermidade.”
• Classificação das reações adversas a medicamentos:
• 1) SUPERDOSAGEM RELATIVA – Quando um fármaco é administrado em doses 
terapêuticas mas apesar disso suas concentrações são superiores às habituais, fala-se 
em superdosagem relativa. Dois exemplos ilustram bem esse conceito: a maior 
incidência de surdez entre pacientes com insuficiência renal tratados com antibióticos 
aminoglicosídeos e a intoxicação digitalíca em paciente com insuficiência cardíaca 
tratados com doses usuais de digoxina, uma vez que este paciente pode apresentar 
hipocalemia concomitante ou uma reduzida massa muscular, ou ainda, apresentar a 
função renal diminuída o que diminui a excreção do glicosídeo. Ambas as situações se 
devem à alterações funcionais, que podem aumentar o risco de concentrações elevadas 
do fármaco no organismo
• 2. EFEITOS COLATERAIS – São os inerentes à própria ação farmacológica do 
medicamento, porém, o aparecimento é indesejável num momento determinado de 
sua aplicação. É considerado um prolongamento da ação farmacológica principal do 
medicamento e expressam um efeito farmacológico menos intenso em relação à ação 
principal de uma determinada substância. Alguns exemplos: o broncoespasmo 
produzido pelos bloqueadores b -adrenérgicos, o bloqueio neuromuscular produzido 
por aminoglocosídeos, sonolência pelos benzodiazepínicos, arritmias cardíacas com os 
glicosídios .
• 3. EFEITOS SECUNDARIOS – São os devidos não à ação farmacológica principal do 
medicamento, mas como consequência do efeito buscado. Por exemplo, a tetraciclina, 
um antimicrobiano de ação bacteriostática poderá depositar em dentes e ossos, quando 
utilizada na pediatria, estas deposições podem descolorir o esmalte dos dentes 
decíduos assim como dos permanentes. A deposição óssea pode provocar redução do 
crescimento ósseo.
• 4. IDIOSSINCRACIA – Reações nocivas, às vezes fatais, que ocorrem em uma minoria dos 
indivíduos. Definida como uma sensibilidade peculiar a um determinado produto, 
motivada pela estrutura singular de algum sistema enzimático. Em geral considera-se 
que as respostas idiossincrásicas se devem ao polimorfismo genético. Um exemplo seria 
a anemia hemolítica por deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), um 
traço herdado na forma recessiva ligada ao sexo, esse tipo de anemia pode acontecer, 
por exemplo, em determinados indivíduos que utilizam a droga antimalárica 
primaquina. Esta droga é bem tolerada pela maioria dos indivíduos, no entanto, em 5 a 
10% dos negros do sexo masculino, a droga causa hemólise, que conduz a grave 
anemia.
• 5. HIPERSENSIBILIDADE ALÉRGICA – Para sua produção é necessária a sensibilização 
prévia do indivíduo e a mediação de algum mecanismo imunitário. Trata-se de reação 
de intensidade claramente não relacionada com a dose administrada. Um exemplo seria 
a hipersensibilidade do tipo I- anafilaxia, uma resposta súbita e potencialmente letal, 
provocada pela liberação de histamina e de outros mediadores. As principais 
características incluem erupções urticariformes, edema dos tecidos moles, 
broncoconstricção e hipotensão.
• 6. TOLERÂNCIA – É fenômeno pelo qual a administração repetida, contínua ou crônica 
de um fármaco ou droga na mesma dose, diminui progressivamente a intensidade dos 
efeitos farmacológicos, sendo necessário aumentar gradualmente a dose para poder 
manter os efeitos na mesma intensidade. A tolerância é um fenômeno que leva dias ou 
semanas para acontecer. Exemplo, tolerância produzido pelos barbitúricos reduzindo 
seu efeito anticonvulsivante.

Continue navegando