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COMERCIO INTERNACIONAL REGULAR 0

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CURSOS ON-LINE – COMÉRCIO INTERNACIONAL – CURSO REGULAR 
PROFESSOR RODRIGO LUZ E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
APRESENTAÇÃO 
 
CURSO REGULAR DE COMÉRCIO INTERNACIONAL 
 
Com edição mais recente dos concursos de Auditor-Fiscal da Receita 
Federal (AFRF) e de Técnico da Receita Federal (TRF), cujas provas 
ocorreram, respectivamente, no final de 2005 e no início de 2006, 
ganhou grande importância a disciplina Comércio Internacional, exigida 
em ambos os concursos. 
O sucesso alcançado pelos ex-alunos do nosso 1º curso on-line de 
Comércio Internacional, que obtiveram altos índices de aprovação no 
concurso de AFRF e TRF, nos levou a preparar um novo curso da mesma 
disciplina, dessa vez com uma nova metodologia. 
O presente curso terá a metodologia dos cursos Regulares, que são 
cursos mais abrangentes e tratam as disciplinas de maneira mais 
profunda. 
Além disso, o aluno terá a vantagem de não ter que correr contra o 
tempo, visto que ainda não temos previsão de novo edital para AFRF ou 
TRF. A hora de iniciar ou aprimorar os estudos é exatamente essa! 
Vamos falar um pouco sobre o nosso curso. 
Cremos que todos perceberam que a Legislação Aduaneira, como era 
cobrada antigamente (até 2003), simplesmente foi para o espaço! O que 
queremos dizer com isso é que havia pontos específicos no programa do 
concurso de 2003, onde apareciam itens como Despacho Aduaneiro de 
Importação e de Exportação, Regimes Aduaneiros, imposto de 
importação e de exportação, Bagagem e outros mais. 
Bom, nada disso consta mais do edital dos últimos concursos de AFRF e 
TRF! Portanto, amigos, o Regulamento Aduaneiro (RA) e as Instruções 
Normativas serão objeto de estudo mais aprofundado apenas no Curso 
de Formação. São raríssimos os pontos do RA que podem aparecer na 
prova, e estes serão tratados no curso, não cabendo mais o estudo 
pormenorizado do Regulamento pelo candidato. 
O que está sendo cobrado agora na parte de Comércio Internacional é o 
seguinte: (a) um apanhado de alguns pontos da extinta disciplina 
“Relações Econômicas Internacionais”, do edital de 2003, porém agora 
com um novo enfoque; (b) alguns pontos do conteúdo antigo de 
Comércio Internacional, do programa de AFRF/2003, também com novo 
enfoque, excluindo a legislação aduaneira; e (c) mais uma série de 
novos temas. 
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PROFESSOR RODRIGO LUZ E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 2 
 
O curso está programado para 20 (vinte) aulas e será ministrado de 
forma conjunta por nós (Professor Missagia e Professor Rodrigo Luz). 
Cada professor ficará responsável por 10 aulas. 
Portanto, este curso que ora apresentamos constitui um curso completo 
de Comércio Internacional para concursos, totalmente atualizado e 
adaptado à nova realidade dos concursos da Receita Federal. 
Em relação ao concurso de Técnico da Receita Federal (TRF), o conteúdo 
programático da disciplina Comércio Internacional corresponde a um 
subconjunto do conteúdo da disciplina no concurso de AFRF. Assim, 
nosso curso terá como base o programa de AFRF, seguindo o princípio 
do “quem pode o mais, pode o menos”, e, à medida que os itens forem 
sendo apresentados, citaremos se o mesmo foi excluído do programa de 
TRF. 
A ementa do curso será exatamente o conteúdo programático do 
concurso de AFRF/2005, mas as aulas não necessariamente seguirão a 
mesma ordem do edital. 
Como sempre fazemos, ao final de cada aula, apresentaremos uma série 
de exercícios de provas anteriores (inclusive as realizadas em 2005 e 
2006), relativos aos assuntos da aula, com os comentários pertinentes, 
para que possamos, mais uma vez, auxiliar o maior número possível de 
alunos a passar no concurso. 
 
Bons estudos a todos!!! 
Abraços. 
Missagia e Rodrigo 
 
 
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AULA DEMONSTRATIVA 
 
Olá, pessoal. Falaremos nessa aula demonstrativa sobre um assunto 
realmente típico da função aduaneira. Particularmente, consideramos 
que esse assunto somente deveria ser cobrado no curso de formação (2ª 
etapa), por ser bastante específico. Mas, como a banca entende por bem 
incluí-lo na 1ª etapa do concurso, aí vamos nós. Lembramos que o 
assunto é um tanto extenso, e será abordado por mais de uma aula no 
curso. 
 
CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS 
INTRODUÇÃO AO SISTEMA HARMONIZADO 
 
Olá pessoal. Vamos trabalhar um pouco sobre o assunto Classificação 
de Mercadorias. Quando importador e exportador negociam uma 
determinada mercadoria, a primeira coisa que deve ficar bem clara é o 
objeto da negociação. Que mercadoria será essa? Estamos falando de 
agentes estabelecidos em países distintos, que provavelmente não falam 
a mesma língua, ou não possuem os mesmos costumes, a mesma 
religião etc. 
Pensem na tangerina. Dentro do Brasil, o objeto que muitos de nós 
conhecemos como tangerina possui outras denominações, tais como 
mexerica ou bergamota. Às vezes fica difícil, em nosso território, saber 
que se trata da mesma fruta. No comércio internacional isso fica mais 
complicado ainda. Pode ser outra língua, outro dialeto. 
É sabido ainda que os governos, tanto do país exportador quanto do 
país importador, necessitam, de alguma forma, tomar conhecimento 
dessa negociação, e atuar, por meio de seus agentes, na operação, seja 
autorizando, tributando, exigindo documentos, controlando remessas de 
divisas ou proibindo. 
Assim, se o governo do país importador quiser estabelecer 
tratamentos diferenciados para as mercadorias, como a alíquota do 
imposto de importação, por exemplo, terá de possuir uma lista com 
todos os produtos e as referidas alíquotas do tributo. 
Ocorre que, para que todos os agentes envolvidos nas operações de 
importação e exportação entendam qual objeto está sendo 
transacionado, é fundamental que a lista seja codificada. Isso mesmo. A 
cada produto ou classe de produto seria atribuído um código numérico, 
de utilização internacional, de modo que, enquadrada uma mercadoria 
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em um desses códigos, todos saberiam de que produto se trata. O 
governo do país importador associaria, então, uma alíquota do imposto 
de importação ao código da tangerina. 
Assim, contornando o problema da multiplicidade de nomes, com a 
utilização de uma codificação, teríamos diversas vantagens, tais como: 
a) facilitação dos trâmites aduaneiros; 
b) maior certeza nas negociações de importação e exportação; 
c) uniformização da linguagem entre os agentes intervenientes na 
operação. 
 
Essa lista tende a ser enorme, muito grande mesmo. Mas tem de ser 
organizada, agrupada de acordo com a natureza de cada mercadoria. E a 
tangerina tem de estar lá. 
Ao se elaborar a referida lista, as frutas devem ser agrupadas, já que 
são de natureza semelhante. Mas os governos querem tratar todas as 
frutas da mesma forma, cobrando o mesmo tributo? Provavelmente não. 
Será que o governo quer tributar a tangerina seca da mesma forma que 
a tangerina fresca? E a uvas? 
Ora, a lista deverá, então, ser tão desmembrada, ou tão mais 
específica quanto se queira atribuir um tratamento diferenciado para 
aquela espécie de mercadoria. 
Assim, se o governo considerar que todas as frutas terão o mesmo 
tratamento, haveria necessidade de apenas um código para todas as 
frutas. Mas e se não for assim? E se o governo quiser distinguir os 
cítricos principais, sem importar se são frescos ou secos, as uvas, aí 
interessando separar em frescas e secas (passas), as tâmaras, os figos, 
os abacaxis, abacates etc. E as amêndoas, nozes e avelãs? Será que 
interessa distingui-las? Nesse caso já seria legal diferenciaras com casca 
das sem casca. 
Bom, vejamos. Vocês não terão que construir essa lista. Ainda bem!!! 
Essa lista já existe. O que temos que fazer é apenas interpretá-la. Com 
os requisitos acima, poderíamos dividir as frutas da seguinte forma: 
 
FRUTAS 
FRUTAS DE CASCA RIJA, FRESCAS OU SECAS, MESMO SEM CASCA 
- AMÊNDOAS 
- - com casca....................................... 
- - sem casca ...................................... 
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- AVELÃS 
- - com casca....................................... 
- - sem casca....................................... 
- NOZES 
- - com casca ...................................... 
- - sem casca ...................................... 
- OUTRAS ........................................... 
 
 
CÍTRICOS, FRESCOS OU SECOS 
- LARANJAS ........................................... 
- TANGERINAS........................................ 
- LIMÕES............................................... 
- OUTROS.............................................. 
 
UVAS FRESCAS OU SECAS (PASSAS) 
- FRESCAS ............................................ 
- SECAS ................................................ 
 
Continua.... 
 
Reparem então que o governo criou a lista da maneira como queria 
tributar os produtos. A cada linha tracejada acima seria atribuído um 
tratamento, como a alíquota do imposto de importação, por exemplo. 
Vejamos as seguintes observações: 
1) Amêndoas, avelãs e nozes possuem tratamento diferenciado caso 
se apresentem com ou sem casca. Se for importado “pistache”, 
não há uma classificação específica, mas, por se tratar de uma 
fruta de casca rija, seria enquadrada como “outras”, aí não 
importando se está com ou sem casca; 
2) As tangerinas frescas e secas possuem o mesmo tratamento, 
vale dizer, do jeito que foi construída a lista acima, o governo 
não conseguiria estabelecer uma alíquota para tangerinas frescas 
e outra para tangerinas secas. 
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3) Com relação às uvas, o governo resolveu especificar mais, e 
estabeleceu tratamento diferenciado para uvas frescas e secas. 
 
Essa lista acima, completa com todas as mercadorias possíveis de 
existir, é chamada de Nomenclatura de Mercadorias. 
Nomenclatura é o conjunto de um ou mais tipos de objetos, 
logicamente conectados, criado e mantido por regras específicas, 
cujo objetivo é uniformizar e facilitar a comunicação num 
determinado campo de atividade ou conhecimento. 
Com relação a uma nomenclatura de mercadorias, o termo conjunto se 
referiria às espécies de mercadorias, enquanto que o objeto é a própria 
mercadoria e o campo de atividade seria o comércio internacional. 
Se cada país resolvesse criar sua própria nomenclatura independente 
das demais, não seria muito produtivo para o comércio internacional. O 
ideal seria haver uma lista padronizada internacionalmente, que 
realmente facilitasse as negociações com o exterior. 
Sendo assim, os estudiosos do comércio internacional procuraram 
elaborar uma Nomenclatura internacional para as mercadorias, de 
maneira a eliminar ou reduzir este entrave ao crescimento do 
intercâmbio mundial. 
Após a 2a Guerra Mundial, com a destruição e empobrecimento de 
muitos países, vários organismos internacionais foram criados para 
resolver a situação. Para fortalecer o crescimento do comércio entre os 
países foi assinado o GATT (Acordo Geral de Livre Comércio), hoje 
transformado em OMC (Organização Mundial do Comércio). 
Para estudar os problemas aduaneiros decorrentes do comércio 
internacional, surgiu o Conselho de Cooperação Aduaneira (CCA), em 
1952. Hoje em dia este Conselho atende pelo nome de Organização 
Mundial das Aduanas (OMA). 
O crescimento do comércio internacional era tão acentuado que os 
agentes envolvidos perceberam a necessidade de uniformização da 
nomenclatura, tornando-a mais moderna e precisa, tendo em vista as 
finalidades aduaneiras, estatísticas, cambiais etc. Assim surgiu, no 
âmbito do CCA/OMA, a Nomenclatura do Conselho de Cooperação 
Aduaneira (NCCA), transformada em acordo, para utilização entre 
países, a princípio restrita somente para as aduanas. Posteriormente, o 
próprio CCA introduziu uma nomenclatura que poderia ser utilizada com 
uniformidade por todos os agentes intervenientes no comércio 
internacional além da aduana: bancos centrais, transportadores, 
seguradoras etc. De fato foi a primeira nomenclatura uniformizada de 
aceitação mundial. 
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Então, o que é a classificação aduaneira? A classificação de 
mercadorias seria o ato de encontrar na nomenclatura específica o 
código numérico do produto, para possibilitar a aplicação da legislação 
(no caso a legislação aduaneira, ou seja, alíquota do II, antidumping, 
preferências, exigências administrativas etc.). 
Exemplo: Para saber a alíquota de imposto de importação incidente 
sobre um determinado produto (a tangerina, por exemplo) deve-se 
localizar o código referente a este na nomenclatura. Encontrado o 
código, basta verificar a alíquota correspondente. Isto é o que se chama 
de classificação fiscal (se estamos falando de imposto de importação 
pode chamar de classificação aduaneira). Portanto, do perfeito 
enquadramento tarifário nas transações de comércio exterior depende a 
correta arrecadação dos tributos externos, como os impostos de 
importação e de exportação. 
Em 1985, a NCCA, e mais uma outra nomenclatura, a Classificação 
Uniforme para o Comércio Internacional (CUCI), utilizada na ONU, 
serviram de base para um Acordo Internacional disponibilizado aos 
países sob o título de “Sistema Harmonizado de Designação e de 
Codificação de Mercadorias”, ou simplesmente “Sistema 
Harmonizado (SH)”. 
Trata-se de uma Nomenclatura simples e racional, visando a facilitação 
da classificação de mercadorias e aplicação do correto enquadramento 
tributário. Neste sentido, o termo nomenclatura se refere então a uma 
linguagem artificial criada pelo homem para a identificação de 
mercadorias, sendo, no nosso caso, transacionadas no comércio 
internacional. O Sistema Harmonizado (SH) passou logo em seguida a 
ser utilizado pelas grandes potências mundiais como Japão, Mercado 
Comum Europeu (hoje União Européia) e EUA. Após sua adoção pelo 
GATT como Nomenclatura oficial, adquiriu grande importância ao 
permitir a elaboração de tarifas aduaneiras. 
Assim, o Sistema Harmonizado entrou definitivamente no contexto do 
comércio mundial, procurando ser compatível com o nível de 
desenvolvimento tecnológico mundial, sendo considerado um marco que 
sem dúvida contribuiu para incrementar o volume importações e 
exportações entre países, que passaram a dispor de uma “linguagem 
aduaneira comum”, aceita internacionalmente. 
Assim, as negociações internacionais entre os principais países da 
economia mundial passaram a ser extremamente facilitadas, pois a 
simples referência ao código do produto que está sendo transacionado já 
é suficiente para que os agentes envolvidos (importador, exportador, 
transportador, segurador e governos) saibam que produto está sendo 
negociado. 
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O Brasil aderiu à Convenção Internacional sobre o Sistema 
Harmonizado em 31/10/1986, tornando-se signatário deste e 
comprometendo-se a adotá-lo. Foi criado em conjunto com Portugal um 
texto uniforme na língua portuguesa a partir da nomenclatura original 
para os dois países. 
ESTRUTURADO SISTEMA HARMONIZADO 
Após a decisão de se elaborar uma nomenclatura internacional 
padronizada, partiu-se para o trabalho em si de organizar todos os 
produtos que possam ser negociados em uma lista. 
Foi atribuído ao Sistema Harmonizado (SH) um código de 6 dígitos. As 
mercadorias estão ordenadas em capítulos, sistematicamente de forma 
progressiva, de acordo com o seu grau de elaboração (participação 
humana), iniciando com animais vivos e terminando com obras de arte, 
passando por matérias-primas e produtos acabados. Assim, de maneira 
geral, quanto mais cresce a participação do homem na elaboração da 
mercadoria, mais elevado é o número do Capítulo em que ela será 
classificada, sacou? 
Reparem, não temos que absorver o conteúdo do SH. Apenas devemos 
compreender sua estrutura e suas regras. Até agora sabemos que o 
primeiro capítulo é o dos animais vivos e o último é o das obras de arte. 
O SH foi criado por uma Convenção Internacional, a Convenção do SH. 
De acordo com o art. 1º dessa Convenção Internacional, entende-se 
por “Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de 
Mercadorias”, ou “Sistema Harmonizado”, a Nomenclatura, que agrupa 
as mercadorias em seções (21), capítulos (96) e subcapítulos, os quais 
são integrados por posições e subposições, com seus respectivos códigos 
numéricos. 
Os subcapítulos não são representados por códigos, apenas servindo 
para agrupar determinadas posições em função de suas características 
dentro de um capítulo. Seu uso não é obrigatório, e são poucos os 
capítulos que possuem subcapítulos. 
Há ainda as Notas de Seção, de Capítulo e de Subposição, assim como 
as Regras Gerais para a Interpretação do Sistema. A quantidade de cada 
um dos grupos acima é revista periodicamente. Os capítulos vão de 01 
(animais vivos) a 97 (obras de arte). O capítulo 77 está reservado para 
utilização futura do SH (quando descoberto um novo elemento na 
natureza, por exemplo) e os capítulos 98 e 99 para utilização das partes 
contratantes (os países que aderiram ao SH), que poderão criar códigos 
específicos nesses capítulos em suas negociações bilaterais. O Brasil, por 
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exemplo, utiliza o Capítulo 99 para registrar operações especiais na 
exportação. 
Vejamos o Capítulo 01 (animais vivos) como exemplo: 
 
SEÇÃO I 
ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL 
Notas 
1. Na presente Seção, qualquer referência a um gênero particular ou a uma espécie particular de animal 
aplica-se também, salvo disposições em contrário, aos animais jovens desse gênero ou dessa espécie. 
2. Ressalvadas as disposições em contrário, qualquer menção na Nomenclatura a produtos secos ou 
dessecados compreende também os produtos desidratados, evaporados ou liofilizados. 
 
CAPÍTULO 1 
ANIMAIS VIVOS 
Nota 
1. O presente Capítulo compreende todos os animais vivos, exceto: 
a) peixes e crustáceos, moluscos e os outros invertebrados aquáticos, das posições 03.01, 03.06 ou 03.07; 
b) culturas de microrganismos e os outros produtos da posição 30.02; 
c) animais da posição 95.08. 
 
CÓDIGO 
SH 
DESCRIÇÃO 
01.01 ANIMAIS VIVOS DAS ESPÉCIES CAVALAR, 
ASININA E MUAR 
0101.10 -Reprodutores de raça pura 
0101.90 -Outros 
01.02 ANIMAIS VIVOS DA ESPÉCIE BOVINA 
0102.10 -Reprodutores de raça pura 
0102.90 -Outros 
01.03 ANIMAIS VIVOS DA ESPÉCIE SUÍNA 
0103.10 -Reprodutores de raça pura 
0103.9 -Outros 
0103.91 --De peso inferior a 50kg 
0103.92 --De peso igual ou superior a 50kg 
01.04 ANIMAIS VIVOS DAS ESPÉCIES OVINA E 
CAPRINA 
0104.10 -Ovinos 
0104.20 -Caprinos 
01.05 GALOS, GALINHAS, PATOS, GANSOS, PERUS, 
PERUAS E GALINHAS-D'ANGOLA (PINTADAS), 
DAS ESPÉCIES DOMÉSTICAS, VIVOS 
0105.1 -De peso não superior a 185g 
0105.11 --Galos e galinhas 
0105.12 --Peruas e perus 
0105.19 --Outros 
0105.9 -Outros 
0105.92 --Galos e galinhas de peso não superior a 2.000g 
0105.93 --Galos e galinhas de peso superior a 2.000g 
0105.99 --Outros 
01.06 OUTROS ANIMAIS VIVOS 
0106.1 -Mamíferos 
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0106.11 --Primatas 
0106.12 --Baleias, golfinhos e marsuínos (mamíferos da ordem 
dos Cetáceos); peixes-boi e dugongos (mamíferos da 
ordem dos Sirênios) 
0106.19 --Outros 
0106.20 -Répteis (incluídas as serpentes e as tartarugas marinhas) 
0106.3 -Aves 
0106.31 --Aves de rapina 
0106.32 --Psitaciformes (incluídos os papagaios, os periquitos, as 
araras e as cacatuas) 
0106.39 --Outras 
0106.90 -Outros 
 
 
Isso cai DEMAIS em prova, então vamos recapitular. A estrutura do 
SH é composta da seguinte forma: 
a) Seções (I, II, III,...) 
b) Capítulos: os 2 primeiros dígitos (01, 02, 03, 04, ..., até o 97) 
c) Subcapítulos (um capítulo pode ser dividido em subcapítulos, mas 
isso não é obrigatório) 
d) Posições: representada pelos dígitos 3 e 4. Assim, a posição 0203 é 
a posição 03 no capítulo 02; a posição 8471 é a posição 71 no 
capítulo 84, e por aí vai; 
e) Subposições: dígitos 5 e 6. A seguir será explicado como que uma 
posição se subdivide em subposições. 
f) Notas de Seção, de Capítulo e de Subposições (são textos que 
detalham o alcance das posições, das subposições e dos capítulos). 
 
POSIÇÕES E SUBPOSIÇÕES 
O código do sistema harmonizado (código SH) possui 6 dígitos, sendo 
que os quatro primeiros correspondem à POSIÇÃO, onde os dois 
primeiros indicam o CAPÍTULO e os dois últimos indicam a POSIÇÃO 
dentro do CAPÍTULO. A mercadoria deve ser referenciada no SH pelos 6 
dígitos completos. 
As POSIÇÕES podem ainda estar divididas em duas ou mais 
SUBPOSIÇÕES, representadas pelo 5o e pelo 6o dígitos. O 5º dígito é 
chamado de subposição de 1º nível ou simples, ou de um travessão (“-
“). O 6º nível é chamado de subposição de 2º nível ou composta, ou de 
2 travessões (“--"). 
Assim, no SH, se após os 4 dígitos de uma posição, o 5o e o 6o dígitos 
forem iguais a zero (Ex: 2302.00), significa que não há desdobramento 
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daquela posição. Isso quer dizer que não vai existir o 2302.10 ou 
2302.20. Só o 2302.00. 
Se o 6º dígito for igual a zero e o 5º for diferente de zero, então há 
uma suposição de 1º nível (5° dígito), mas não há desdobramento da 
subposição em 2o nível. Diz-se que a subposição de primeiro nível nesse 
caso é fechada. Ex: 0102.10 ou 0102.90. Nesse caso, não vai existir o 
código 0102.00, pois a posição 0102 é desdobrada em subposições. Nem 
existirá o 0102.11. 
Assim, se uma posição não é desdobrada em subposições, preenche-
se o 5º e o 6º dígitos com ZERO. Se uma subposição de primeiro nível é 
fechada (não desdobrada em subposição de 2º nível), o 6º dígito deve 
ser ZERO. 
Estes conceitos de subposição de 1o nível ou de 2o nível são muito 
importantes, porque, de acordo com a Regra 6 (a ser vista mais 
adiante), para interpretação do SH, “apenas são comparáveis 
subposições de mesmo nível”, para se determinar a correta classificação 
entre uma ou outra subposição, dentro de uma determinada posição. 
No caso do capítulo 01 (animais vivos), transcrito acima, podemos 
tecer alguns comentários: 
1) Na primeira posição (0101) foram inseridos os animais da espécie 
cavalar, asinina e muar. A Convenção do SH estabeleceu que 
interessaria subdividir esta espécie apenas em 2 categorias: 
a) reprodutores de raça pura 
b) não reprodutores de raça pura 
Assim atribuiu-se o código 0101.10 (subposição de primeiro nível 
fechada) aos animais vivos da espécie cavalar, asinina e muar, que 
sejam reprodutores de raça pura, e o código 0101.90 (subposiçãode 
primeiro nível fechada) a todos os demais animais vivos da espécie 
cavalar, asinina e muar, desde que não sejam reprodutores de raça 
pura. 
 2) Quanto aos animais vivos da espécie bovina, os elaboradores do 
SH decidiram inseri-los na posição 0102, subdividindo-os da mesma 
forma que os cavalos, ou seja, em reprodutores de raça pura, no código 
0102.10, e os demais animais bovinos da espécie bovina na subposição 
0102.90 (outros). 
3) Com relação aos animais vivos da espécie suína (posição 0103), os 
elaboradores do SH decidiram criar mais uma categoria. Dividiram-nos 
em reprodutores de raça pura e outros. Para os suínos reprodutores de 
raça pura, decidiram que não havia necessidade de desdobramento, 
atribuindo-se o código 0103.10 (subposição de primeiro nível fechada) 
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aos mesmos. Porém, para os suínos não reprodutores de raça pura, 
entenderam por bem subdividi-los em 2 grupos: 
a) de peso inferior a 50 kg 
b) de peso igual ou superior a 50 kg 
Assim a subposição de primeiro nível aberta 0103.9 foi dividida em 2 
subposições de segundo nível, atribuindo-se o código 0103.91 
(subposição de segundo nível) aos animais vivos da espécie suína, que 
não sejam reprodutores de raça pura, com peso inferior a 50 kg; e o 
código 0103.99 (subposição de segundo nível) aos animais vivos da 
espécie suína, que não sejam reprodutores de raça pura, com peso 
superior ou igual a 50 kg. 
 
 
.................. 
 
A primeira tarefa para classificar corretamente consiste em encontrar 
o capítulo da mercadoria, entre um dos 96 existentes (lembrem-se de 
que o 77 está vazio e o 98 e o 99 são utilizados para situações 
específicas). 
Determinado o capítulo (ex: capítulo 01), deve-se partir para a 
definição da posição dentro do capítulo. No caso do capítulo 01, foram 
estabelecidas 6 posições possíveis (0101 a 0106), ou seja, posições 01 a 
06 do capítulo 01. 
Então, para indicar a posição 02 no capítulo 01, diz-se: “posição 
0102”. Encontrada a posição, caso esta não seja desdobrada em 
subposições, estaria definido o código do produto. Caso seja desdobrada, 
deve-se prosseguir determinando o a subposição de primeiro nível. Caso 
esta seja aberta, deve-se ainda determinar a subposição de segundo 
nível. 
Lembrem-se de que o SH foi concebido para que uma mesma 
mercadoria seja enquadrada em um só código, e sempre no mesmo. 
Uma mesma mercadoria não pode ser classificada em 2 códigos 
distintos. 
 
Exemplo Prático 
O Capítulo 20 compreende as preparações de produtos hortícolas, de 
frutas ou de outras partes de plantas. Os sucos de frutas classificam-se 
na posição 2009. Este código significa que os dois primeiros dígitos (20) 
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indicam o Capítulo, e o segundo par de dígitos (09) representa a posição 
dentro do Capítulo 20. 
Os sucos de uva (hipoteticamente) estão classificados na subposição 
2009.10. Neste código, o 5o dígito (1) representa a subposição de 
primeiro nível dentro da posição 2009. Já sacou que esse código 
(posição 2009) é uma posição desdobrada? Isso ocorre porque o 5º 
dígito é diferente de zero (é igual a 1). 
Já o sexto dígito sendo igual a zero significa que a subposição de 
primeiro nível 2009.1 não se desdobra em subposição de segundo nível, 
formando o código 2009.10. Isto é o que se chama de subposição de 
primeiro nível fechada, quando seguida de zero. 
Pessoal, agora vejamos a segunda subposição da posição 2009, ou 
seja, o código 2009.2 (sucos de laranja, por exemplo). Os sucos de 
laranja, por sua vez, classificam-se na subposição 2009.2, onde o 5o 
dígito (2) representa a segunda subposição de primeiro nível dentro da 
posição 2009 (a primeira foi a 2009.10, lembra?). Como o sexto dígito 
não é igual a zero, significa que a subposição de primeiro nível 2009.2 
obrigatoriamente se desdobra em subposições de segundo nível. É uma 
subposição de primeiro nível aberta. 
Os sucos de laranja congelados, por sua vez, classificam-se na 
subposição de segundo nível 2009.21. O 6o dígito (1) representa a 
primeira subposição de segundo nível dentro da subposição de primeiro 
nível 2009.2. Ta meio enrolado? Veja a tabela: 
 
 
 
 
 
2 0 0 9 Sucos de Frutas .... 
 
 
 
 
 
 
Posição 
Capítulo 
 
 
2009 . 1 0 – Suco de uva 
 
 
 
 
 
Subposição de 1o nível fechada 
 
2009 . 2 -Suco de laranja 
 
 
 
 
Subposição de 1o nível aberta 
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2009 . 2 1 - - Congelados 
 
 
 
 
 
Subposição de 2o nível 
 
2009 . 2 9 - - Outros 
 
 
 
 
 
Subposição de 2o nível 
 
 
As frutas conservadas no açúcar, por sua vez (e não os sucos de 
frutas), são enquadradas no código 2006.00. Isso significa uma posição 
(2006) não desdobrada em subposições. 
 
 
20 06.00 Frutas, cascas ..., 
conservadas com açúcar... 
 
 
 
 
 
 
Posição não desdobrada em 
subposições 
 
Agora vamos às conclusões do exemplo: 
1) a posição 2006 não é desdobrada em subposições. Por isso atribui-
se o código 2006.00; 
2) a posição 2009 é desdobrada em subposições; 
3) a subposição 2009.10 (sucos de uva) é fechada (o sexto dígito é 
zero), então todos os sucos de uva se enquadram nesse código; 
4) a subposição 2009.2 (sucos de laranja) é aberta, subdividida nas 
subposições de 2º nível 2009.21 (sucos de laranja congelados) e 
2009.29 (outros sucos de laranja, não congelados). 
 
Agora respondam, em que código vocês enquadrariam: 
a) o suco de laranja congelado? 
 R: 2009.21 
b) o suco de laranja fresco? 
 R: 2009.29 
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c) o suco de uva fresco? 
 R: 2009.10 
d) o suco de uva congelado? 
 R: 2009.10 
e) laranjas, conservadas com açúcar? 
R: 2006.00 
f) uvas, conservadas com açúcar? 
R: 2006.00 
 
 
RESUMO 
 
1) O sistema harmonizado é um método utilizado 
internacionalmente para classificação de mercadorias, 
sendo baseado em uma estrutura de códigos e respectivas 
descrições dos produtos, além de conter regras específicas 
de classificação (ainda não vistas por nós); 
2) O SH promove o comércio internacional, servindo para 
análises e comparações estatísticas; elaboração de tarifas 
aduaneiras e de fretes; 
3) O SH está ordenado de acordo com o grau de participação 
humana na mercadoria, iniciando por animais vivos 
(capítulo 01) e terminando com obras de arte (capítulo 97); 
4) O SH possui 21 seções, 96 capítulos, divididos em posições 
e subposições; 
5) O SH possui ainda Notas de Seção, de Capítulo e de 
Subposição, que servem para determinar mais 
precisamente o alcance das seções, capítulos e das 
subposições; 
6) O SH é uma codificação de 6 dígitos, sendo: 
1º e 2º) Capítulo 
3º e 4º) Posição dentro do capítulo 
5º) Subposição de primeiro nível 
6º) Subposição de segundo nível 
 
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7) Quando a posição não é divida em subposições, o quinto e o 
sexto dígitos são iguais a ZERO. Ex: 2503.00; 
8) Quando o quinto dígito é diferente de zero e o sexto é igual 
a zero, trata-se de uma subposição de primeiro nível 
fechada, não dividida em subposições. Ex: 0102.90; 
9) Quando o sexto dígito é diferente de zero, trata-se de uma 
subposição de segundo nível, pois a subposição de primeiro 
nível (quintodígito) é aberta. Ex: 0103.91 e 0103.92. 
10) Não pode existir um código desdobrado em subposição de 
2º nível, sem estar desdobrado em subposição de 1º nível. 
Assim, não existem os códigos 0305.01 ou 0305.02. Se o 
quinto dígito for igual a zero, certamente o sexto dígito 
também o será. 
 
Pessoal, vejam essa questão de prova: 
 
 1. (AFRF/2002-2) Considerando que o Sistema Harmonizado 
de Designação e de Codificação de Mercadorias possui em sua 
estrutura 6 (seis) Regras Gerais Interpretativas, Notas de 
Seções e de Capítulos, uma Lista ordenada de posições e de 
subposições, apresentadas sistematicamente, 
compreendendo 21 Seções, 96 Capítulos e 1241 posições, 
subdivididas (exceto 311) em subposições, resultando num 
total de 5019 grupos de mercadorias, podemos afirmar que 
ele: 
 
a) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais 
existentes e por existir no Universo, inclusive a energia elétrica, omitindo 
mesmo as mercadorias dos Capítulos 77, 98 e 99, sendo assim um 
sistema racional e completo. 
b) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais 
atualmente existentes no Universo, omitindo todas as mercadorias do 
Capítulo 77, e por essa razão, é um sistema racional e incompleto. 
c) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais 
existentes inclusive a energia elétrica, e por essa razão é um sistema 
irracional e completo. 
d) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais 
atualmente existentes no Universo e por essa razão é um sistema 
racional e completo. 
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e) por abranger os produtos de alta sofisticação e complexidade 
tecnológica, exigindo para sua identificação e codificação a aplicação de 
regras técnicas, lógicas e legais no processo mental para seu 
enquadramento no Sistema, empresta caráter subjetivo a essa atividade 
e, por essa razão, tal sistema é irracional e completo. 
 
Comentário: 
Trata-se da própria concepção do sistema harmonizado, ou seja, uma 
Nomenclatura de Mercadorias que abrangesse toda e qualquer 
mercadoria, produto ou material existente na face da Terra, e até 
mesmo por existir. Isso mesmo! Se aparecer um produto novo, ele tem 
que ser enquadrado em algum código do SH. Tudo bem que o SH passa 
por revisões de 5 em 5 anos, mas enquanto não revisto, tem de estar 
preparado para o enquadramento de novas mercadorias. 
Isso é muito comum na área de tecnologia, com inúmeros produtos 
novos de informática e telecomunicações surgindo a todo instante. 
Lembram-se dos exemplos que demos? Não precisa ter a descrição 
exata do produto. Ele pode ser enquadrado em um código do tipo 
“outros”. O SH prevê até mesmo enquadramento para novos elementos 
a serem descobertos na natureza, como é o caso do capítulo 77, que 
hoje se encontra vazio, sem utilização. 
Quanto à energia elétrica, ocorre que o SH não previa uma posição 
específica para ela, então, quando oriunda de termoelétricas, a energia 
era classificada como vapor de água superaquecida. Depois o SH foi 
revisto e hoje já tem uma posição específica para energia elétrica 
(2716.00). 
Assim, por englobar todas as mercadorias existentes e por existir, o 
sistema é considerado completo. Por ser ordenado de acordo com a 
participação humana, por não permitir a classificação de um mesmo 
produto em mais de um código e por possuir regras de interpretação, o 
sistema é considerado racional. 
Os capítulos 77, 98 e 99 não são utilizados pelo SH. 
A letra B está errada porque diz que o sistema é incompleto. A letra C 
está errada porque diz que o sistema é irracional. A letra D está menos 
completa que a letra A, pois a letra A contempla as mercadorias por 
existir no Universo. A letra E está errada porque fala em sistema 
irracional e caráter subjetivo, quando o sistema foi concebido para ser 
baseado em regras objetivas e lógicas. 
 
Resposta: Letra A 
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Nas assertivas abaixo, assinale (V) para verdadeiro e (F) para Falso: 
 
2. ( ) Um país que utiliza o SH somente pode transacionar 
mercadorias com outro que também o utilize. 
3. ( ) O SH foi elaborado pela OMC. 
4. ( ) Se existe o código 2915.10, não pode existir o 2915.11. 
5. ( ) Um mesmo produto pode ser enquadrado em um código para 
importação e em outro para exportação. 
6. ( ) A subposição de primeiro nível 0605.5 é aberta. Assim, existem 
pelo menos 2 subposições de segundo nível para ela (0605.51 e 
0605.59, por exemplo. 
7. ( ) Se a posição 8302 não for desdobrada em subposições, então 
existirá o código 8302.00. 
 
Comentários: 
2. Falso. Isso jamais foi dito. O SH foi implantado para facilitar o 
comércio internacional, por meio da utilização de uma nomenclatura 
uniformizada. E de fato teve enorme sucesso nesse objetivo. Porém, 
nada impede que um país que não utilize o SH negocie mercadorias com 
outro que utilize. 
3. Falso. O SH foi elaborado e é mantido pelo Conselho de Cooperação 
Aduaneira (CCA), que hoje é a Organização Mundial das Aduanas (OMA). 
4. Verdadeiro. O código 2915.10 representa uma subposição de 
primeiro nível fechada, pois o sexto dígito é igual a zero. Assim, não há 
divisão em subposição de segundo nível (sexto dígito). 
5. Falso. A racionalidade do SH consiste em classificar (enquadrar) um 
produto sempre no mesmo código. 
6. Verdadeiro. Quando o quinto dígito é diferente de zero, trata-se de 
uma subposição de primeiro nível aberta, ou seja, que será desdobrada 
em 2 ou mais subposições de segundo nível. 
7. Verdadeiro. Quando a posição não é desdobrada em subposições, 
preenche-se o quinto e o sexto dígitos com ZEROS. 
 
Lembramos que o assunto classificação de mercadorias continuará em 
aulas seguintes, com a apresentação das Regras Gerais de Interpretação 
e da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). 
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Abraços. 
Missagia

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