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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Quimioterapia * * * Quimioterapia Quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor. Dentro do corpo humano, cada medicamento age de uma maneira diferente. Por este motivo são utilizados vários tipos a cada vez que o paciente recebe o tratamento. * * * Quimioterapia Estes medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espalhem pelo corpo. O paciente pode receber a quimioterapia como tratamento único ou aliada a outros, como radioterapia e/ou cirurgia. * * * Introdução O tratamento é administrado por enfermeiros especializados e auxiliares de enfermagem, podendo ser feito das seguintes maneiras: * * * Via oral (pela boca): o paciente ingere pela boca o medicamento na forma de comprimidos, cápsulas e líquidos. Pode ser feito em casa. Intravenosa (pela veia): a medicação é aplicada diretamente na veia ou por meio de cateter (um tubo fino colocado na veia), na forma de injeções ou dentro do soro. Intramuscular (pelo músculo): a medicação é aplicada por meio de injeções no músculo. Subcutânea (pela pele): a medicação é aplicada por injeções, por baixo da pele. Intracraneal (pela espinha dorsal): menos freqüente, podendo ser aplicada no líquor (líquido da espinha), pelo próprio médico ou no centro cirúrgico. Tópico (sobre a pele ou mucosa): o medicamento (líquido ou pomada) é aplicado na região afetada. * * * Tempo de tratamento A duração do tratamento é planejada de acordo com o tipo de tumor e varia em cada caso. Ainda que o paciente não sinta qualquer mal-estar, as aplicações de medicamento não devem ser suspensas. Somente o médico indicará o fim do tratamento. * * * Aplicação A quimioterapia não causa dor. O paciente deve sentir apenas a “picada” da agulha na pele. Algumas vezes, certos remédios podem causar uma sensação de desconforto, queimação na veia ou placas avermelhadas na pele, como urticária. O médico deve ser imediatamente avisado de qualquer reação. O tempo de aplicação vai depender do tipo de tratamento determinado pelo médico. Existem situações em que o paciente precisa se internar para receber aplicações mais prolongadas. * * * Rotina durante o tratamento O paciente pode manter as atividades de trabalho normais, devendo comunicar ao médico qualquer reação do tratamento. * * * Tipos de Quimioterapia Existem três formas de emprego da quimioterapia: Quimioterapia de indução Quimioterapia adjuvante Quimioterapia neoadjuvante * * * Avaliação da resposta à quimio Segundo os critérios da OMS: Remissão completa: (2 observações separadas por 4 semanas) Remissão parcial: redução de 50% (durante 4 semanas) Enfermidade estável: redução < 50% ou crescimento < 25% Progressão da Enfermidade: crescimento > 25% * * * Tumor x resposta à quimioterapia * * * Tumor x resposta à quimioterapia * * * Técnicas de administração da QT A via de administração depende: Fármaco Tumor Paciente * * * Técnicas de administração da QT Via oral: metotrexato, bussulfan, ciclofosfamida, idarrubicina Via intravenosa: citarabina, cisplatina, bleomicina Vias subcutânea e intramuscular: bleomicina, citarabina, metotrexato, asparaginase. * * * Perfusão IV contínua Vantagens: Permite níveis plasmáticos mais prolongados (fluorouracil e citarabina) Diminui a toxicidade Desvantagens: Células tumorais resistentes * * * Administração regional A administração local e regional pretende conseguir: Exposição maior (concentração, tempo) Menor distribuição e toxicidade Exigem técnicas complexas * * * Administração regional Via intraarterial: se aplica no carcinoma hepático e na perfusão de um membro isolado em sarcomas ou melanomas limitados a uma extremidade. Via intracavitaria: administração em cavidades orgânicas. * * * Exemplos de QT localizada ou IC * * * Intensificação da dose A quimioterapia intensiva ou QAD, tem sido necessária em alguns tumores: Leucemia mieloblástica aguda: 1ª RC/1ª recaída Leucemia linfoblástica aguda: 1ª RC Leucemia mielóide crônica: primeiro ano de evolução * * * Antineoplásicos empregados em QAD * * * Toxicidade limitante em QAD Carboplatino: mucosite, diarréia, neurotoxicidade e hepatite Cisplatina: renal e neurológica Paclitaxel: hipersensibilidade, mucosite, neuropatia Ciclofosfamida: náuseas, vômitos, cistite hemorrágica, cardíaca * * * Estratégias de suporte para superar a toxicidade da QAD Técnicas de resgate hematopoético: Transplante de progenitores hematopoéticos Fatores estimulantes de colônias (eritropoetina, fator estimulante de colônias granulocíticas) * * * Estratégias de suporte para superar a toxicidade da QAD Agentes de resgate farmacológico: Amifostina: proteção contra xerostomia Dexrazosano: proteção da miocardiopatia Leucovorin: proteção de células normais ao metotrexato. * * * Farmacologia dos Antineoplásicos Associações de antineoplásicos resulta em maior taxa de resposta. Para realizá-lo, os fármacos combinados devem ter: Atividade antitumoral demonstrada em monoterapia; Diferentes mecanismos de ação; Toxicidades diferentes sobre tecidos normais; Ausência de resistência cruzada. * * * Asparaginase Mecanismo de ação: * * * Asparaginase Indicações: Tratamento de indução de: Leucemia linfocítica aguda e Linfomas não-Hodgkin e Hodgkin. Contra-indicações: Hipersensibilidade ao fármaco. Pancreatite ativa ou história da doença. * * * Asparaginase Interações medicamentosas: Aumento de toxicidade: mercaptopurina, vincristina, prednisona Diminuição do efeito de: metotrexato Aumento do efeito de: ciclofosfamida, anticoagulantes cumarínicos * * * Asparaginase Farmacocinética: Via intramuscular ou intravenosa Pequena fração atravessa a BHE Meia-vida plasmática: dose-dependente (8-30 h a 39- 49 h) Desconhece-se o processo de eliminação. * * * Azatioprina Mecanismo de ação: * * * Azatioprina Indicações: Adjuvante na prevenção de rejeição de enxertos Tratamento de artrite reumatóide grave Tratamento de várias doenças autoimunes. * * * Azatioprina Contra-indicações: Hipersensibilidade Gravidez e lactação. * * * Azatioprina Interações medicamentosas: Aumento de efeito: alopurinol (toxicidade), agentes alquilantes (ciclofosfamida, clorambucil, melfalam) aumentam o risco de neoplasias, metotrexato. IECA: leucopenia severa. Diminui a ação de anticoagulantes, ciclosporina. * * * Azatioprina Farmacocinética: Via oral Azatioprina e 6-MP: ligam a proteínas plasmáticas (30%) Acumulam-se nos tecidos Sofre extenso metabolismo, produzindo 6-mercaptopurina (6-MP), pela xantina oxidase Azatioprina: meia vida de 12 min. e 6-MP de 0,7-3 h. * * * Bleomicina Mecanismo de ação: Antibiótico glicopeptídeos Inibe a incorporação de timidina no DNA Liga-se ao DNA - quebra suas hélices Inibição menor do RNA e proteínas * * * Bleomicina Indicações: Carcinoma testicular, linfoma de Hodgkin, linfoma não-Hodgkin, melanomas, sarcomas. Contra-indicações: Hipersensibilidade, reação idiossincrásica, doença pulmonar grave. * * * Bleomicina Interações medicamentosas: Diminui efeito de: digoxina, fenitoína. Cisplatina aumenta efeito da bleomicina (diminui sua eliminação). * * * Bleomicina Farmacocinética: Vias I.M., I.Pleural, I.P., S.C., e I.V. Taxa de ligação a proteínas: 1% Não atravessa a BHE Metabolizada: fígado, rim, intestino, pele, pulmão. Eliminação: de 50% a 70% do fármaco são eliminados na forma íntegra na urina. * * * Ciclofosfamida Mecanismo de ação: Impede a divisão celular Induz ligação cruzada e/ou fragmentação das hélices de DNA É um pró-fármaco É agente não-específico de fase do ciclo celular Possui atividade imunossupressora. * * * Ciclofosfamida Indicações: Adjuvante do: Câncer de mama e de metástases; Câncer colo-retal, Câncer de cérvice uterina, Adenocarcinoma de pulmão Doença de Hodgkin, Linfoma não-Hodgkin, * * * Ciclofosfamida Leucemia linfóide aguda, Leucemia mielocítica e monocítica, Mieloma múltiplo, Neuroblastoma, Retinoblastoma, Carcinoma de testículo, próstata, endométrio e ovariano, Câncer de bexiga, rim, Como imunossupressor. * * * Ciclofosfamida Contra-indicações: Hipersensibilidade, Depressão grave da medula óssea. * * * Ciclofosfamida Interações medicamentosas: Reduz os efeitos de: digoxina e quinolonas. Aumenta a toxicidade de: citarabina, doxorrubicina, alopurinol, colchicina, probenecida, cloranfenicol, anticoagulantes orais. C/ Cimetidina: toxicidade da ciclofosfamida. Com Fenobarbital e fenitoína: menor efeito. Com Tiazidas: prolonga a leucopenia. * * * Ciclofosfamida Interação benéfica: * * * Ciclofosfamida Farmacocinética: Bem absorvida via oral Taxa de ligação a proteínas: 10% a 56% Atravessa parcialmente a BHE e a placenta É excretada pelo leite materno. Meia vida: 1,3 a 16 h. Menos de 10% excretados na forma íntegra e 85% a 90%, na forma de metabólitos (urina) * * * Cisplatina Mecanismo de ação: Agente alquilante não-específico sobre o ciclo celular. * * * Cisplatina Indicações: Câncer de bexiga, Câncer de próstata, ovário, testículo, mama Câncer de cabeça e pescoço, Câncer de pulmão, Linfomas Hodgkin e não-Hodgkin, Neuroblastoma, mieloma e osteossarcoma. * * * Cisplatina Contra-indicações: Insuficiência renal pré-existente, Mielossupressão, Dificuldades na audição, Alergia. * * * Cisplatina Interações medicamentosas: Fármacos que têm seu efeito diminuído: Carbamazepina (absorção reduzida ou eliminação acelerada); fenitoína; fármacos para tratamento da gota ( [ ] de ácido úrico no sangue). efeitos tóxicos da cisplatina: Diuréticos de alça, aminoglicosídeos e vancomicina. Uso concomitante de anti-histamínicos: pode mascarar ototoxicidade. * * * Cisplatina Farmacocinética : Ligação a proteínas plasmáticas: > 90%. SNC: [ ] baixa. Alta captação em rins, fígado, ovários, útero e pulmões. Excreção urina: > 90% , bile: 10%. Meia-vida: 16 a 53 h. A inibição do DNA persiste por vários dias. Acumula-se nos tecidos. * * * Citarabina Mecanismo de ação: Análoga das purinas. Entra na célula através de carreador, Convertida: trifosfato de aracitidina, Compete com o substrato normal pela enzima DNA polimerase, inibindo-a, Reduz a síntese de DNA. * * * Citarabina Indicações: Citarabina convencional: Leucemia não-linfocítica aguda Leucemia mielocítica crônica (fase blástica). Linfomas não-Hodgkin em crianças. Citarabina lipossomal: Tratamento de meningite linfomatosa. * * * Citarabina Contra-indicações: Hipersensibilidade, Infecção meníngea ativa (citarabina lipossomal). * * * Citarabina Interações medicamentosas: Citarabina convencional: efeito de: digoxina, gentamicina, flucitosina. Aumenta efeito de: metotrexato. Citarabina lipossomal: Mínimo potencial para interação com outros medicamentos. * * * Farmacocinética: Citarabina convencional: Via I.V., S.C., 15% de ligação c/ proteínas plasmáticas, Atravessa a BHE, Biotransformação: plasma, fígado e outros tecidos. Excreção urinária: metabólitos inativos (80%). Cerca de 10% excretados inalterados. Citarabina * * * Citarabina Citarabina lipossomal: Via intratecal, Metaboliza-se no plasma a ara-U (inativo), Meia-vida terminal: 100 a 263 h. Eliminação urinária. * * * Doxorrubicina Mecanismo de ação: Antibiótico citotóxico antraciclínico, Intercala-se na dupla hélice do DNA, Forma cplexo ternário com topoisomerase II e DNA. A estabilização do cplexo de clivagem inibe nova ligação do DNA e causa quebras na dupla hélice. Também inibe diretamente a topoisomerase II, Morte celular por apoptose. * * * Doxorrubicina Indicações: Doxorrubicina convencional: Leucemias linfoblástica aguda e mieloblástica aguda, Neuroblastoma, mieloma múltiplo, Osteossarcomas, carcinomas de bexiga, Câncer de mama, ovário, tireóide, estômago e pulmão de pequenas células, Linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin, sarcoma de Kaposi. * * * Doxorrubicina Doxorrubicina lipossomal: Sarcoma de Kaposi, Carcinoma metastático de ovário em pacientes refratários à terapêutica com paclitaxel e derivados da platina. * * * Doxorrubicina Contra-indicações: Doxorrubicina convencional: Hipersensibilidade, Insuficiência cardíaca congestiva grave, Cardiomiopatia, Mielossupressão pré-existente. Doxorrubicina lipossomal: Hipersensibilidade. * * * Doxorrubicina Interações medicamentosas: Doxorrubicina convencional e lipossomal Reduz os níveis de digoxina e fenitoína. Interage com Fenobarbital. Uso concomitante c/ ciclosporina: convulsões ou coma e c/ cisplatina: leucemia. Radioterapia: sua cardiotoxicidade. Verapamil: toxicidade da doxorrubicina. * * * Doxorrubicina Farmacocinética: Doxorrubicina convencional: Via intravenosa, ligação protéica: 70% Distribuída: fígado, baço, rim, pulmão, coração e no leite humano. Não atravessa a BHE. Metabólito ativo: doxorrubicinol Excretada: bile, 50% íntegro e 23% como doxorrubicinol; (-) 10% eliminado pela urina. * * * Doxorrubicina Doxorrubicina lipossomal: Distribuição: limitada, Biotransformada: fígado e no plasma, produzindo metabólitos ativos e inativos. * * * Fluorouracil Mecanismo de ação: Antimetabólito, análogo das pirimidinas, Mecanismo de ação: inibe síntese de DNA, Também é incorporado diretamente em cadeias de DNA e RNA, perturbando suas funções. * * * Fluorouracil * * * Fluorouracil Indicações: Carcinoma colo-retal, gástrico, pancreático e de mama, Carcinoma prostático, de bexiga, do epitélio ovariano, cervical, endometrial, anal, esofágico. Tumores metastáticos de carcinoma de pele, hepáticos, de cabeça e pescoço e hepatoblastoma, etc. * * * Fluorouracil Contra-indicações: Hipersensibilidade, Depressão da medula óssea, Infecções potencialmente graves. Forma tópica: mulheres grávidas ou que pretendam engravidar. * * * Fluorouracil Interações medicamentosas: do efeito do fármaco: leucovorina, folinato cálcico, metronidazol. toxicidade do fármaco: alopurinol, cimetidina, folinato cálcico, diuréticos tiazídicos, tamoxifeno. Aumento do efeito de: anticoagulantes (especialmente cumarínicos) * * * Fluorouracil Farmacocinética: Absorção via oral errática, Via tópica, a absorção sistêmica mínima (6%), Via intravenosa, Atravessa a BHE e a placenta, Produz metabólitos ativos, Eliminação: via respiratória (90%) e por via renal. * * * Metotrexato Mecanismo de ação: Antimetabólito, antagonista do ácido fólico. Reversão: com dose mil vezes maior do substrato ou pela administração de ácido fólico, Mecanismo imunossupressor e antiinflamatório: não esclarecido. * * * Metotrexato * * * Metotrexato Indicações: Imunossupressor. Antineoplásico: câncer de mama, cabeça, pescoço, pele e ovário, linfoma não-Hodgkin, sarcoma osteogênico, carcinoma colo-retal, linfoma de Hodgkin, leucemias, carcinoma de esôfago e estômago, carcinoma de pulmão. * * * Metotrexato Contra-indicações: Hipersensibillidade, Gravidez ou durante a amamentação, Insuficiência renal ou hepática crônica, Psoríase ou artrite reumatóide que tenham doença crônica de fígado, com evidências laboratoriais de síndr. de imunodeficiência, hipoplasia da medula óssea, leucopenia, trombocitopenia, anemia, alcoolismo. * * * Metotrexato Interações medicamentosas: Alimentos, Reduz a ação de fenitoína, Aumentam a toxicidade: Vincristina, etretinoato, salicilatos, sulfonamidas, probenecida, ciclosporina, procarbazina antinflamatórios não-esteroidais e altas doses de penicilina, Ácido fólico: a resposta do metotrexato. * * * Metotrexato Farmacocinética: Absorção oral excelente em doses < a 30 mg/m2, Biodisponibilidade oral é de 90%, Via I.M.: biodisp. de 76% - 100%, Taxa de ligação a proteínas: 50% Início do efeito terapêutico: 7 a 10 dias para mielosupressão e de 3 a 6 semanas para artrite reumatóide. * * * Metotrexato Atravessa a placenta, Meia-vida de eliminação: 8-15 horas para altas doses e de 3-10 horas para baixas doses, Pouco metabolizado (<10%), Excretado pelo rim: fármaco íntegro (80%-90%) e pela bile (0%-10%). * * * Paclitaxel Mecanismo de ação: Célula Cancerosa * * * Paclitaxel Indicações: Carcinoma primário e metastático de ovário, em combinação com cisplatina, Adjuvante de carcinoma de mama metastático, Tratamento de carcinoma de pulmão, Segunda escolha no sarcoma de Kaposi. * * * Paclitaxel Contra-indicações: Hipersensibilidade, Pacientes com tumores sólidos e contagem de neutrófilos < 1500 células/mm3, Sarcoma de Kaposi, com contagem de neutrófilos < a 1000 células/mm3. * * * Paclitaxel Interações medicamentosas: Aumentam o efeito do paclitaxel: cisplatina e doxorrubicina (reduz depuração), Inibidores do sistema enzimático citocromo P450 diminuem seu metabolismo, Cisplatina + paclitaxel: mielossupressão mais profunda, inverter a ordem de administração. * * * Paclitaxel Farmacocinética: Via I.V. Ligação a proteínas plasmáticas: de 89 - 98%, Metabolizado no fígado pelo sistema do cit. P450, produzindo metabólitos inativos, Excreção biliar, Meia vida terminal: 5,8 - 17,4 h. * * * Vimblastina Mecanismo de ação: Interrompe as células em metáfase, O efeito citotóxico é facilitado pela ligação do fármaco à tubulina, Ocorre dissolução dos microtúbulos, parada da divisão celular em metáfase. Leva à morte celular. Tanto células normais quanto malignas sofrem alterações. * * * Vimblastina Indicações: Tratamento paliativo de carcinoma de mama, Tratamento paliativo de sarcoma de Kaposi, Tratamento paliativo de linfoma histiocítico, Tratamento paliativo de linfoma de Hodgkin generalizado, * * * Vimblastina Tratamento paliativo de linfoma não-Hodgkin, Tratamento paliativo de linfoma linfocítico nodular ou difuso, Tratamento paliativo de câncer de testículo avançado, Tratamento combinado de câncer de bexiga, Tratamento de melanoma, Tratamento de câncer de próstata. * * * Vimblastina Contra-indicações: Granulocitopenia, Infecções bacterianas, Administração intratecal, Hipersensibilidade. * * * Vimblastina Interações medicamentosas: Inibidores do cit.P 450, Associação com mitomicina: resulta em toxicidade pulmonar e broncoespasmo intenso, Diminui a biodisponibilidade de fenitoína, por reduzir a absorção gastrintestinal. Zidovudina: aumenta a toxicidade hematológica. * * * Vimblastina Farmacocinética: Via I.V., Liga-se às proteínas plasmáticas: 98 a 99,7%, Metabolismo: hepático, apresenta metabólito ativo – diacetil vimblastina, Excreção: renal (13,6-23,3%) e pelas fezes (10%). Meia vida: 24,8 h. * * * Vincristina Mecanismo de ação: Agente antimitótico, Impede a divisão mitótica durante a metáfase ao se ligar à tubulina, Bloqueia a utilização do ácido glutâmico (síntese proteica e ác. nucleicos), A interrupção da mitose leva a morte celular. * * * Vincristina Indicações: Tratamento de leucemia linfoblástica aguda, Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin, Neuroblastoma cerebral, Mieloma, câncer de mama, carcinoma de pulmão de pequenas células. * * * Vincristina Contra-indicações: Hipersensibilidade, Uso intratecal, Gravidez. * * * Vincristina Interações medicamentosas: Fármacos que os níveis plasmáticos da vincristina: itraconazol (inibição do cit.P450), asparaginase (diminui o metabolismo). Administração concomitante com mitomicina C: pode causar taquipinéia e broncoespasmo severo. * * * Vincristina Fármacos que os níveis plasmáticos: fenitoína, carbamazepina. Reduz os níveis plasmáticos da digoxina. Vincristina + zidovudina: aumenta o risco de toxicidade hematológica. * * * Vincristina Farmacocinética: Absorção via oral: pobre, Penetra pouco a BHE, Liga-se em 75% a proteínas plasmáticas, Metabolismo: fígado pelo cit. P450, 80% excretado pela bile e fezes e 10 a 20 %, pela urina, Meia vida final: 24 h. * * * Atenção Farmacêutica em Oncologia Dificuldades para implantar AF em oncologia: Dificuldade de contato com o paciente e obtenção de dados clínicos relevantes Oncologistas são profundos conhecedores dos PRM’s Interação com o paciente muito complexa * * * Monitorização da toxicidade da QT Toxicidade hematológica Toxicidade gastrintestinal Toxicidade cardíaca Nefrotoxicidade e urotoxicidade Alopécia Toxicidade hepática Toxicidade neurológica * * * Graus de toxicidade * * * Graus de toxicidade * * * Toxicidade Hematológica * * * Toxicidade gastrintestinal * * * Toxicidade gastrintestinal Mecanismo pelo qual a QT induz a vômitos: 5-HT Náuseas e vômitos: fase aguda e fase tardia Êmese antecipatória * * * Profilaxia da Êmese aguda QT com potencial emetógeno de moderado a elevado: Antagonista de 5-HT3 + corticóide 70-90% proteção Vias oral e intravenosa Dose do ondansetron: 8-32 mg em dose única ou em duas tomadas. Dose da dexametasona: 20 mg * * * Profilaxia da Êmese aguda QT pouco emetógena: Corticóide + antidopaminérgico QT muito pouco emetógena: Não requer profilaxia * * * Profilaxia da êmese tardia Os antagonistas de 5-HT3 são de pouco valor Dexametasona + antidopaminérgico * * * Tratamento de resgate quando a profilaxia falha Prática clínica: Utilizam-se todos os antieméticos * * * Mucosite Mucosite: localização Queimação local e úlceras Frequente em pacientes com QAD e tratamentos prolongados Agentes mais implicados: doxorrubicina, 5-fluorouracil, metotrexato, vinblastina. * * * Mucosite Medidas paliativas na mucosite: Enxagues bucais e higiene rigorosa da cavidade oral Evitar substâncias irritantes Evitar alimentos secos, pegajosos, ácidos ou picantes e comidas quentes Ingerir uma dieta adequada e muito líquido * * * Diarréia Classificação da diarréia devido à QT: Diarréia aguda Diarréia tardia Diarréia + neutropenia: internação * * * Cardiotoxicidade Antineoplásicos mais implicados: antraciclinas e doxorrubicina e daunorrubicina Anomalias no ECG e hipotensão ICC e redução na fração de ejeção ventricular abaixo de 50% * * * Cardiotoxicidade Interação desaconselhada: * * * Cardiotoxicidade Interação benéfica: * * * Cardiotoxicidade * * * Nefrotoxicidade e urotoxicidade Fármacos mais implicados: Cisplatino e metotrexato: túbulos renais Ciclofosfamida e ifosfamida: bexiga Pacientes que recebem cisplatino na dose > 60 mg/m2, recebem amifostina na dose entre 740 e 910 mg/m2. * * * Nefrotoxicidade e urotoxicidade * * * Alopécia Fármacos mais implicados: Antraciclinas, bleomicina, ciclofosfamida, dactinomicina, docetaxel, paclitaxel, vinblastina, etc. Medidas de apoio: Aplicação de frio local Medidas estéticas: perucas, chapéus, etc. * * * Neurotoxicidade Fármacos mais implicados: Asparaginasa, alcalóides da vinca, procarbazina, 5-fluorouracil, cisplatino, metotrexato. * * * Hepatotoxicidade Fármacos mais implicados: Asparaginasa, carboplatino, citarabina, mercaptopurina, metotrexato, etc. * * * Sono É importante dormir bem e repousar, principalmente após receber a aplicação. Isso porque um corpo descansado responde melhor ao tratamento e ajuda a reduzir os efeitos desagradáveis que ele pode causar. * * * Outros medicamentos O paciente deve informar ao médico se possui outro problema de saúde e se toma outros remédios. * * * Bebidas alcoólicas São permitidas, desde que ingeridas em pequenas quantidades. É proibido tomar bebidas alcoólicas poucos dias antes ou poucos dias após receber a aplicação da quimioterapia; e quando o paciente estiver tomando antibióticos, tranqüilizantes ou remédios para dormir. * * * Queda dos cabelos: Caso ocorra, é importante saber que o cabelo voltará a crescer quando acabar o tratamento ou até mesmo antes. Para contornar esse desconforto, podem ser usados bonés, perucas, lenços etc. * * * Menstruação As mulheres que menstruam podem apresentar algumas alterações no ciclo menstrual o fluxo de sangue do período pode aumentar, diminuir ou parar completamente. Se isto acontecer, o médico responsável deve ser comunicado. No entanto, após o término do tratamento, o ciclo menstrual retornará ao normal. * * * Tratamento dentário Só deve ser feito mediante autorização do médico. * * * Atividades sexuais A quimioterapia não interfere nem prejudica as relações sexuais, que podem ser mantidas normalmente. Vale ressaltar que a gravidez deve ser evitada durante o tratamento. Por isso, homens e mulheres devem usar preservativo (camisinha) em todas as relações sexuais, e as mulheres também devem usar pílulas anticoncepcionais se o médico prescrever. * * * Efeitos Colaterais: Fraqueza: o paciente deve evitar esforço excessivo e aumentar as horas de descanso. Para tanto, pode dividir com alguém as atividades caseiras e combinar um melhor horário de trabalho. * * * Efeitos Colaterais: Diarréia: o médico irá receitar medicamentos próprios para combater a diarréia, o que pode ser ajudado com a ingestão de líquidos e de alimentos como arroz, queijo, ovos cozidos, purês e banana, que ajudam a “segurar” o intestino. O paciente deve se lavar após cada episódio de diarréia e consultar-se com o nutricionista. * * * Efeitos Colaterais: Perda de peso: alimentos como gemadas, milk-shakes, queijo, massas e carnes, ajudam a aumentar seu peso, e devem ser ingeridos principalmente no intervalo entre uma aplicação e outra. Aumento de peso: neste caso, o paciente deve reduzir a quantidade de alimentos, diminuir ou cortar o sal da alimentação e comer mais frutas * * * Efeitos Colaterais: Feridas na boca: para minimizar esse efeito, deve-se manter a boca sempre limpa, e evitar usar escova de dentes e prótese dentária. O enxágüe deve ser feito com água filtrada e uma colher de chá de bicarbonato. É indicado comer alimentos pastosos, sopas ou sucos. Alimentos gelados (sorvetes, refrigerantes, gelatina) ajudam a anestesiar a boca. * * * Efeitos Colaterais: Queda de cabelos e outros pêlos do corpo: para contornar essa situação passageira, podem ser utilizados perucas, lenços e demais acessórios para melhorar o visual. Tonteiras: o paciente deve vir acompanhado para a sessões da quimioterapia. Após a aplicação, deve descansar, evitando passeios. * * * Efeitos Colaterais: Enjôo: o paciente deve comer em pequenas quantidades e com mais freqüência. Balas à base de hortelã, água mineral gelada com limão, bebidas com gás e sorvetes ajudam a melhorar este tipo de desconforto. Vômitos: evitar alimentos com muito tempero ou muito gordurosos (é bem aceita pipoca sem gordura) e bebidas alcoólicas; tomar os remédios para enjôo e vômito que forem receitados pelo médico; comer algo leve antes da aplicação e dormir após.
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