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AULA CITOLOGIA

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AULA 17.03 
CITOLOGIA
Citologia: avalia, por meio de um fragmento de tecido, como as células estão organizadas nele.
Vantagens: 
- O exame citológico é considerado barato porque, para realizá-lo, são necessários poucos instrumentos: agulha, seringa, lâmina de vidro e microscópio para avaliar a amostra;
- É pouco invasivo (geralmente é feito por coleta aspirativa), e na maioria das vezes não é necessário sedar o animal porque não causa dor (apenas incomodo);
- Através da citologia é possível distinguir uma neoplasia de um processo inflamatório, permitindo agilizar o tratamento (já medicar com anti-inflamatórios, por exemplo).
- A citologia não é útil apenas de lesões cutâneas. É possível coletar amostras de órgãos internos (como pulmão, baço, intestino, etc.), com auxílio do transdutor de ultrassom para conduzir a agulha;
- O resultado é rápido (demora em média três dias);
- É possível coletar amostra no trans-operatório (e já dar um feedback ao cirurgião durante a cirurgia).
Desvantagens:
- A citologia avalia as células soltas, tornando-a limitada. Muitas vezes não é possível fechar o diagnóstico só com esse exame;
- Se a formação for muito irrigada, a quantidade de sangue que virá na amostra será muito grande e contaminará o material, que não fornecendo muita informação.
Além disso, pela citologia não é possível dizer se a grande quantidade de sangue do material é decorrente se uma simples inflamação ou de uma neoplasia em tecido vascularizado, sendo necessário um histopatológico para diferenciar;
Um tecido necrosado muitas vezes não fornece um material representativo para a citologia, porque não permite enxergar outras coisas além de aspectos de inflamação (o que já é visível macroscopicamente), sendo necessário um exame mais refinado;
- A citologia exige mão de obra qualificada, porque é preciso que o profissional seja especializado (um citopatologista) para poder emitir um bom laudo.
*Deve-se sempre avaliar quando será mais pertinente uma citologia ou um histopatológico.
- Coleta por meio de lavado: a citologia pode ser feita através de lavado (traqueal, vesical), pois dá para avaliar as células desses materiais. 
-Coleta em mucosas: pode ser coletado material de mucosas para descobrir, por ex, o momento do ciclo estral de uma fêmea. 
Para coletar células de mucosa vaginal (ou outras muito sensíveis), não se usa seringa, mas sim soabe ou escovinha ginecológica. Em animais muito pequenos, não se deve usar a escovinha porque irá provocar muita lesão (usa-se o soabe). 
Se for uma mucosa nasal, é preciso escarificar o epitélio para poder coletar as células. No conduto nasal normalmente são usadas escovas ginecológicas porque ele é mais resistente que a mucosa vaginal e precisa ser escarificado.
Para citologia de orelha utiliza-se soabe (coleta de cerume). 
*Cotonete não serve para coleta porque não é estéril.
Situações que requerem anestesia na coleta:
- Lesões em osso: é imprescindível sedar o animal para fazer a punção por causa da dor provocada nessa região. Para puncionar osso é preciso uma agulha calibrosa e grossa (40x10) para poder escarificar o osso e coletar uma quantidade significativa de células.
- Coleta em formações localizadas no olho: é preciso sedar por se tratar de uma área muito delicada. Se o animal fizer qualquer movimento durante a coleta há o risco de lesar o globo ocular. A agulha usada deve ser a de insulina, bem delicada, para não lesionar a região delicada do olho.
Técnicas:
PAAF (punção aspirativa por agulha fina): é preciso fazer o movimento em leque para estimular a esfoliação das células. Devem ser feitas várias punções, em várias regiões do nódulo (de 3 a 5 punções no nódulo), para conseguir coletar células de todas as partes do nódulo. Para transferir o material para a lâmina é feita a técnica de squash (primeiro coloca-se o material em uma lamina de vidro, e depois desliza-se uma lamina por cima para espalhar). É bem mais fácil do que o esfregaço, pois só se espalha as células.
Soabe/escova: para transferir o material de soabe ou escova é preciso fazer movimento de rolamento suavemente na lâmina para não matar as células (não esfregar).
Bisturi: se o tecido onde for ser feita a coleta estiver necrosado ou muito inflamado é preciso usar um bisturi para escarificar a parte integra da ferida (até sangrar) e depois raspá-la, depositando o material em uma lâmina.
**Se a região estiver muito inflamada, deverá ser feita a retirada cirúrgica de toda a formação, e enviá-la inteira para que o citopatologista escolha a melhor parte para avaliar.
Preenchimento da ficha de requisição: é preciso preencher todos os campos da ficha porque todas informações pedidas nela são importantes para a análise. Exs: é preciso saber a idade (para cogitar tumor), raça (pois algumas têm predisposição a determinados tumores). Informações sobre o aspecto da lesão e da formação também são importantes, como: o tempo de evolução de uma formação (se cresceu rápido ou lentamente); se sangra muito (hemangiossarcoma); se tem secreção purulenta; se a formação desapareceu depois de administrado algum anti-inflamatório, etc. Uma formação pequena e que se mantém pequena talvez não seja tão grave, pois tumores crescem rápido. Lipomas são formações de consistência macia, que não fica aderida na pele. Normalmente formações cancerígenas são mais firmes e aderidas. Ou seja, se essas informações forem passadas pelo veterinário na ficha, o citologista conseguirá fazer um bom laudo.
Exemplos do slide acima:
Emergências: em casos como o da foto do gato, onde a formação pode oferecer risco ao animal, não é possível aguardar o resultado de um exame citológico para agir, sendo preciso remover cirurgicamente toda a formação (mesmo sem saber do que se trata). Após a retirada, com o animal fora de risco, deve ser solicitado um histopatológico com o que foi retirado da cirurgia para descobrir o que era. Esse é um caso onde não se prioriza a citologia.
Cisto epidermoide: nesse caso pode ser feita uma coleta para citologia porque esse cisto (acúmulo de células) não interfere na função nem oferece risco ao animal, podendo aguardar normalmente o resultado da cito (nem há indicação cirúrgica).
Neoplasia benigna no olho: a indicação é remoção cirúrgica (mesmo sendo benigna e pequena) por causa de sua localização. Como a área dos olhos é muito sensível, o animal pode provocar uma lesão ao coçar o tumor, ou sentir incomodo para piscar, etc.
Tipos de processo inflamatório:
–Processo inflamatório neutrofílico: é quando há o predomínio de neutrófilos (> 85%), indicando uma resposta neutrofílica;
 - Processo inflamatório piogranulomatoso: é quando é visto na punção macrófagos e neutrófilos, porém com uma quantidade maior de neutrófilos.
- Processo inflamatório granulomatoso: quando há o predomínio de macrófagos no material. Indica cronicidade ou resposta inflamatória tão importante que exige resposta monocítica. 
- Processo inflamatório alérgico: é chamado assim quando houver presença de eosinófilos (>10%), indicando hiperssensibilidade (resposta em processo alérgico). 
*Parasitismo não é considerado em citologia.
As neoplasias, tanto benignas como malignas, são divididas em três grandes grupos celulares: mesenquimal, epitelial ou de célula redonda.
A diferenciação é feita observando o citoplasma (para ver como elas estão distribuídas), o formato das células e a organização delas (se elas estão agregadas ou soltas no citoplasma).
 
Células epiteliais: são redondas e estão dispostas em grupos, agregadas (bem juntas).
Células mesenquimais: são fusiformes (alongadas) e ficam soltas, livres (não ficam juntas). 
*Uma característica tanto da epitelial como da mesenquimal é que elas esfoliam pouco (vem pouca célula no material).
Células redondas: são redondas e livres, ficando (não formam grupos). 
As células redondas que esfoliam muito são os linfócitos (linfonodos),o que faz com que apareçam muitas células no material coletado. 
A avaliaçãomorfológica serve para diferenciar hiperplasias benignas das malignas, sendo usados dois critérios de malignidade: critérios gerais e critérios nucleares.
- Critérios gerais: a célula é avaliada como um todo (núcleo e citoplasma).
Anisocitose por macrocitose: indica a alteração de células pelo aumento no tamanho.
Hipercelularidade: indica que a célula esfolia muito. Em tumores de célula redonda, é difícil detectar hipercelularidade porque esse tipo de célula já descama muito por natureza. Mas no caso de células mesenquimais e epiteliais, que esfoliam pouco, se tiver muitas células desses tipos na amostra, já se define como hipercelulosidade.
Pleomorfismo: é a alteração na forma da célula. Percebe-se isso comparando a célula com outras da amostra.
 
Nos critérios nucleares avalia-se apenas o núcleo.
Aumento da relação núcleo:citoplasma: quando essa relação aumenta é sinal de que houve alteração no núcleo, fazendo ele aumentar de tamanho.
Anisocariose por macrocariose: significa alteração na forma do núcleo por aumento de tamanho. Normalmente a macrocariose acompanha a macroocitose, ou seja, na maioria das vezes, quando célula está aumantada, o núcleo também fica maior.
Multinucleação: é a formação de vários núcleos dentro de uma única célula, indicando que ela não está conseguindo concluir uma mitose (apenas o núcleo está conseguindo se dividir). É uma característica cancerígena.
Aumento do número de mitoses: embora a mitose seja um processo fisiológico, quando ela acontece com muita frequência, é sinal de que há uma alteração celular.
Mitoses atípicas: são processos de divisão que ocorrem de forma irregular e desorganizada, sendo indicativo de processos neoplásicos.
Cromatina grosseira: a cromatina (que está localizada sobre o núcleo) é classificada como grosseira quando ela começa a se abrir formando uma imagem de rede (cromatina rendilhada), uma evidência de alteração nuclear.
Anisonucleose por macronucleose: em situações normais os nucléolos não são visíveis. Quando é possível enxergá-los, é sinal de que disfunção nuclear, pois indica que eles estão aumentados.
*Quando são observados mais de três critérios nucleares diferentes, já pode-se dizer que o processo é maligno, pois há tantas alterações no núcleo que a célula já tem características cancerígenas.
 As células precisam estar muito alteradas para serem consideradas cancerígenas.Quando houver mais de uma lâmina da mesma formação, todas elas devem ser examinadas.
CASOS CLÍNICOS
1º caso:
 
 
As células tem características de células redondas (têm forma redonda e estão livres).
Trata-se de uma neoplasia maligna porque podem ser evidenciados critérios nucleares: anisocariose por macrocariose, cromatina grosseira, nucléolos evidentes, anisonucleose por macronucleose.
A descrição citológica indica de 1 à 5 nucléolos por célula, o que é muito representativo quantitativamente, pois indica que em todas as células da amostra possui nucléolos evidentes (lembrando que o normal seria não aparecer nenhum), e com aumento de tamanho.
A descrição também afirma que a cromatina É grosseira, ou seja, há um predomínio desse tipo de cromatina na amostra.
Por tudo isso é possível diagnosticar o caso como TVT.
2º caso:
 
 
O tipo celular é epitelial, pois as células são redondas e estão agrupadas.
Os critérios nucleares encontrados não indicam malignidade, pois as alterações são muito leves (RARA anisocariose por macrocariose; cromatina DISCRETAMENTE grosseira; poucos nucléolos evidentes). A descrição indica que muitas das células não possuíam alteração no tamanho do núcleo e nem nucléolos evidentes. 
Ou seja, embora tenha critérios nucleares na amostra, as células alteradas não estão em quantidade suficiente para caracterizar uma neoplasia maligna. A quantificação das células alteradas é muito importante para fazer a caracterização.
O laudo aponta também para um processo inflamatório, que pode ser classificado como piogranulomatoso, pois há presença de um pouco de macrófagos, mas o predomínio é de neutrófilos.
Diagnóstico: neoplasia epitelial benigna associado com um processo inflamatório piogranulomatoso (com presença de bactérias). 
Tratamento: embora seja uma formação benigna, a indicação é remoção cirúrgica porque o tratamento com anti-inflamatórios e antibióticos será apenas paliativo, pois a localização dela (perineal) a torna exposta às contaminações constantes.
Neste caso não há necessidade de fazer um exame histopatológico, pois já foi possível caracterizar a formação como benigna somente com a citologia.

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