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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS DICIPLINA: Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias CURSO: FARMÁCIA NOME DO ALUNO: PATRÍCIA KÉSIA SILVA ARAUJO RA: 0431936 POLO: UNIP EAD – SJC/DUTRA DATA: 03/06/2023 INTRODUÇÃO: Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias Atualmente, as infecções parasitárias são consideradas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma das seis doenças infecciosas mais perniciosas que atinge a humanidade. Apesar de países desenvolvidos não estarem sujeitos a muitos dos parasitas prejudiciais, porque possuem boas condições de higiene, saneamento básico e padrão educacional, em países subdesenvolvidos ainda é um problema de saúde pública. Estudos concluem que a globalização causou grande mudança nas condições sociais e biológicas e isso determina as enfermidades infecciosas como um problema de saúde pública, ou seja, essas questões atingem de forma gradativa, direta ou indiretamente, a saúde da população, principalmente, em países subdesenvolvidos. Por décadas, a relação da variação climática, de acordo com as regiões geográficas, foi considerada a grande vilã das doenças parasitárias e que tornaria as parasitoses de difícil controle. Entretanto, com diversos estudos, notou-se que a responsabilidade da disseminação e descontrole das parasitoses estão relacionados, entre outros fatores, à pobreza, falta de educação ambiental e desigualdade social. Sem dúvida, a distribuição geográfica e a migração humana, independentemente da situação socioeconômica do país, são os grandes vilões no combate às parasitoses, como a presença de hospedeiros susceptíveis, migrações, condições ambientais, hábitos religiosos e princípios higiênicos. Mesmo em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, nota-se que o processo de erradicação de algumas infecções é complexo, visto o aumento do número de viagens pelo mundo e a desinformação dos imigrantes. O setor econômico também sofre com as parasitoses. Diferentes regiões do mundo sofrem com altas taxas de mortalidade, prejuízos alimentícios e diminuição na produtividade humana. As doenças parasitárias são consideradas síndromes complexas de difícil controle devido a sua relação íntima com o comportamento humano. O estudo dos agentes envolvidos na doença parasitária, tais como, reservatórios, vetores, mecanismos de transmissão, ciclo biológico do parasita são essenciais para o controle dessas doenças, bem como para o tratamento e intervenções clínicas e medicamentosas. • Parasitismo: é a associação em que o benefício é unilateral, ou seja, o ser vivo (hospedeiro) que abriga o parasita oferece benefícios como alimento e abrigo, porém essa relação busca um equilíbrio, pois a morte deste hospedeiro é uma desvantagem para a sobrevivência do parasita. O parasitismo é uma forma de associação que possui diferentes manifestações, como exemplo, adequação no processo evolutivo. Os parasitas podem ser classificados de acordo com os locais onde são normalmente encontrados e, também, com suas características morfológicas. Na classificação dos parasitas quanto a sua localização, são apresentados os endoparasitas e ectoparasitas. • Endoparasitas: são os seres que vivem no interior do corpo do hospedeiro. Podem ser divididos em parasitas intestinais (exemplo: Ascaris lumbricoides) e parasitas sanguíneos (exemplo: Plasmodium). • Ectoparasitas: são os parasitas que vivem de forma externa no hospedeiro, na grande maioria, na pele. Podemos citar o exemplo do Scarcoptes scabiei, agente causador da sarna. RESULTADOS E DISCUSSÃO AULA 1 Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias ROTEIRO 1: Exame coproparasitológico para pesquisa de protozoários (Sheater ou Faust). Procedimentos 1. Utilizou-se 11 ml de solução B (Solução B corresponde a 3 partes de solução A e 1 parte de água, a solução A é constituída por 1 Kg de açúcar em 781,25 ml de água). 2. Adicionou-se 1 g de fezes. 3. Homogeneizou-se aos poucos os 11 ml de solução B no 1 grama de fezes em um copo plástico. 4. Coou-se com tamis para outro copo. 5. Preencheu-se o Falcon (tubo de centrífuga), equilibrar o peso de 2 tubos. 6. Centrifugar por 10 minutos a 1600 rpm. 7. Flambar a alça bacteriológica. 8. Esfriar em recipiente com água. 9. Colocou-se uma gota da flutuação. 10. Pingou-se uma gota na lâmina. 11. Cobrir a lâmina com lamínula. 12. Levou-se ao microscópio para leitura de 100x. Conclusão Ele é um método Parasitológico de Fezes simples, utilizado na pesquisa parasitológica de ovos e larvas de helmintos (principalmente ancilostomíneos) e cistos e oocistos de protozoários. É realizado com o objetivo de concentrar o que será investigado, eliminando resíduos fecais e facilitando a identificação, por isso a técnica de concentração é muito utilizada nas estratégias de exame para parasitos. Técnica de Faust: 1. Pegou-se 1 g de fezes. 2. Homogeneizou-se 1 grama de fezes em 10 ml de água em um copo plástico. 3. Coou-se com tamis para outro copo. 4. Colocou-se a suspensão no falcon (tubo de centrífuga), equilibrar o peso em 2 tubos. 5. Centrifugou-se 3x a 2500 rpm durante 1 minuto, descartar o sobrenadante entre uma centrifugação e outra. 6. Homogeneizou-se tudo com 10 ml de sulfato de zinco. 7. Centrifugou-se por 1 minuto a 2500 rpm. 8. Manteve-se o tubo em repouso por 5 minutos. 9. Coletou-se 1 gota do sobrenadante com alça bacteriológica. 10. Colocou-se em uma lâmina. 11. Corar com 1 gota de lugol. 12. Observar no microscópio em aumento de 100X Conclusão Fonte: Acervo pessoal, registro de aula 2023 O método de Faust consiste em preparar uma amostra para análise microscópica que possa ser analisada com maior precisão, sem muitos interferentes que possam induzir a uma observação ou interpretação errônea. Observamos na amostra de fezes a presença de cistos de Giardia lamblia. AULA 1: Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias ROTEIRO 2: Identificação de lâminas de protozoários, helmintos e artrópodes em Lâminas (microscópio) Procedimentos 1. Colocou-se a objetiva de menor aumento na direção da luz através de movimento do revólver. 2. Colocou-se a lâmina na platina. 3. Encostou-se o condensador na lâmina e ligar a luz. 4. Movimentar o parafuso macrométrico até focalizar o parasito em imagem nítida. 5. Aperfeiçoar o foco com o parafuso micrométrico e observar a imagem com as respectivas estruturas indicadas pelo professor. 6. Repetiu-se o processo utilizando as outras objetivas até a objetiva de 40X. Conclusão Fonte: Acervo pessoal, registro de aula 2023 Observamos nas lâminas da laminoteca da UNIP, diversos parasitas em variadas formas. O objetivo da aula foi alcançado de modo muito satisfatório pois conseguimos identificar os protozoários nas lâminas prontas Aula 2 Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias Roteiro 1: Exame coproparasitológico para pesquisa de helmintos I (Willis) Procedimentos 1. Pegou-se 3,0 gramas de fezes. 2. Homogeneinizou-se 3,0 gramas de fezes em 40 ml de solução saturada de NaCl (35%) em um copo plástico. 3. Coou-se com tamis e gaze para outro copo. 4. Sobre uma placa de Petri, preencher um borel (tubo plástico de filme) com a suspensão de fezes coado, até formar um menisco convexo (solução deve ultrapassar levemente a parte superior do borel) na borda do borel. 5. Colocou-se a lamínula sobre o menisco, com cuidado para não formar bolhas. 6. Deixou-se a lamínula em repouso de 10 a 15 minutos. 7. Arrastar a lamínula para cima da lâmina. 8. Levar ao microscópio para leitura de 10x e 40x. Conclusão Fonte: Acervo pessoal, registro de aula 2023 O método Willis Molay é tradicionalmente utilizado para ovospesados e leves, sendo a técnica relatada por diversos autores por apresentar ótimos resultados em pesquisas de ovos, cistos e oocistos. Aula 3: : Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias Roteiro 1: : Exame coproparasitológico direto a fresco Procedimentos 1. Colocou-se duas a três gotas de salina a 0,85% em uma lâmina de vidro. 2. Tocou-se com a ponta de um palito em vários pontos das fezes, transferindo uma pequena porção para a lâmina de microscopia. 3. Espalhou-se as fezes, fazendo um esfregaço, colocar uma lamínula e examinar ao microscópio. Obs.: A espessura do esfregaço não deve impedir a passagem de luz. 4. Colocou-se a objetiva de menor aumento na direção da luz através de movimento do revólver. 5. Colocou-se a lâmina (com lamínula para cima) na platina. 6. Encostou-se o condensador na lâmina e ligar a luz. 7. Movimentar o parafuso macrométrico até focalizar o parasito em imagem nítida. 8. Aperfeiçoar o foco com o parafuso micrométrico e observar a imagem das respectivas estruturas indicadas pelo professor (que podem ser detectados neste aumento). Fonte: Acervo pessoal, registro de aula 2023 Conclusão O método direto é um procedimento simples e eficiente para o estudo de parasitas nas fezes, permitindo observar os trofozoítos dos protozoários. As preparações a fresco são obtidas diretamente dos espécimes fecais e requerem o mínimo de material para cada método de exame. Aula 3 Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias Roteiro 2 Exame coproparasitológico para pesquisa de helmintos (Hoffman) Procedimentos 1. Pegar 5 a 10 g de fezes. 2. Homogeneizar estas fezes em 250 a 300 ml de água. 3. Filtrar a suspensão de fezes para um cálice de sedimentação e aguardar cerca de 25 minutos. 4. Desprezar 2/3 do sobrenadante. 5. Acrescentar água até a borda do cálice. 6. Aguardar cerca de 25 minutos. 7. Repetir o procedimento, até a solução ficar “limpa”. 8. Pipetar o sedimento para uma lâmina. 9. Cobrir a mesma com lamínula. 10. Observar no microscópio com aumento de 40x Conclusão Fonte: Acervo pessoal, registro de aula 2023 Concluiu –se com o resultado, vários pontinhos pretos, esses pontinhos são amidos em contato com lugol ele fica bem escuro, quando tem presença de muito amido nas fezes o paciente pode estar com problemas digestivos. AULA 4: Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias Roteiro 1: Exame coproparasitológico para pesquisa de larvas. Procedimentos 1. Retirou-se a tampa do recipiente que acondiciona as fezes e envolvê-lo em gazes, fazendo uma pequena “trouxa”. 2. Colocou-se o material assim preparado, com a abertura voltada para cima, num cálice de sedimentação, preso por um barbante e um palito atravessado no copo de sedimentação contendo água aquecida (45 ºC), em quantidade suficiente para entrar em contato com as fezes somente na parte de baixo da “trouxinha.” 3. Deixou-os em repouso por uma hora. 4. Pegou-se o sedimento no fundo do cálice, com ajuda de uma pipeta. 5. Colocou-se 1 gota deste sedimento em uma lâmina de vidro, acrescentar 1 gota de lugol e recobrir com uma lamínula. 6. Colocou-se a objetiva de menor aumento na direção da luz através de movimento do revólver. 7. Colocar a lâmina (com lamínula para cima) na mesa de platina do microscópio. 8. Encostar o condensador na lâmina e ligar a luz. Fonte: Acervo pessoal, registro de aula 2023 Conclusão O resultado foi negativo, pois não encontramos nenhuma larva. Referências ARRUDA, Ives da Cunha. Doenças de Chagas. 2003. CARDELLÁ, Lídia; HERNÁNDEZ, Rolando. Bioquímica médica. Bioquímica Especializada, v. 4, 2014. ERICHSEN, Elza Santiago et al. Medicina laboratorial para o clínico. Belo Horizonte: COOPMED, 2009. NEVES, D.P; MELO, A.L; LINARDI, P.M. Parasitologia Humana. 11.ed. São Paulo: Atheneu, 2005 SANTOS, G. R. S. et al. Deficiência de G6PD, anemia falciforme e suas implicações sobre a malária. Revista Bionorte, v. 6, n. 2, 2017. YNES, John W.; D OMINICZAK, Marek H. Bioquímica médica. Elsevier, 2019. UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP DICIPLINA: Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias AULA 1 Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias Procedimentos Conclusão Técnica de Faust: Conclusão (1) AULA 1: Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias Procedimentos (1) Aula 2 Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias Conclusão (2) Aula 3: : Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias Roteiro 1: : Exame coproparasitológico direto a fresco Procedimentos Conclusão (3) Aula 3 Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias Conclusão (4) AULA 4: Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias Roteiro 1: Exame coproparasitológico para pesquisa de larvas. Procedimentos Fonte: Acervo pessoal, registro de aula 2023 Referências
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