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Raciocínio Lógico

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CURSOS ON-LINE – RACIOCÍNIO LÓGICO – PROF. SÉRGIO CARVALHO 
www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
AULA 0: ORIENTAÇÕES INICIAIS 
 
Olá, amigos! 
Venho hoje apresentar-lhes o novo Curso on-line de RACIOCÍNIO LÓGICO! 
Antes de tratarmos acerca do conteúdo, uma breve palavra sobre a matéria. Do que se 
trata? Trata-se de uma disciplina bastante nova no cenário dos concursos públicos. Tal como a 
Informática, o Raciocínio Lógico começou ainda muito timidamente a freqüentar os editais lá 
pelos idos de 1996, só que de forma ainda bastante esporádica. 
Todavia, de algum tempo para cá, vêm-se multiplicando as provas que passaram a exigir 
o Raciocínio Lógico em seus programas. São exemplos: Auditor-Fiscal e Técnico da Receita 
Federal (até 1998), Fiscal do Trabalho, Analista e Técnico de Finanças e Controle, Tribunal de 
Contas da União (TCU) e Tribunais de Contas Estaduais, Especialista de Políticas Públicas e 
Gestão Governamental (MPOG), Analista de Planejamento e Orçamento (MPOG), Assistente de 
Chancelaria (MRE), Auditor de Tributos Estaduais e Municipais, Analista do Serpro, Analista e 
Técnico do MPU, entre outros. 
A grande novidade é que até concursos dos Tribunais Regionais (TRF, TRE e TRT) 
passaram, mais recentemente, a exigir também o Raciocínio Lógico. E o que parecia ainda mais 
improvável: até para cargos jurídicos, como é o caso do Delegado da Polícia Federal, está-se 
exigindo a disciplina. Aliás, no caso específico da Polícia Federal, todos os cargos – Delegado, 
Perito, Escrivão, Agente e Papiloscopista – fazem esta prova! 
Enfim, a quem pode interessar este curso on-line? A toda e qualquer pessoa que pretende 
prestar concurso público. 
Outra coisa que sempre me perguntam: qualquer pessoa pode aprender Raciocínio 
Lógico? Sem hipocrisia, a resposta é sim. Se não cresse nisso, sequer me atreveria a iniciar este 
curso. Obviamente que, a princípio, alguns têm mais facilidade em resolver as questões que 
outros, mas o importante é que, ao passar a conhecer as técnicas de resolução, todos serão 
capazes de chegar ao resultado! O curso é, portanto, escrito para os alunos que nunca viram a 
matéria, para que estes possam – logo, logo – chegar ao nível daqueles que sabem tudo! 
Para isso, abusaremos da resolução de questões de provas passadas. Não se aprende o 
Raciocínio Lógico sem se resolver o máximo de exercícios! 
Estou muito confiante que este curso on-line será um marco na preparação de quem o 
fizer. E muito contente, pois terei ao meu lado um professor que ainda não é conhecido do 
grande público concurseiro, senão no Recife, que é o meu grande amigo Weber Campos. Trata-
se, a meu ver, de um dos maiores conhecedores do Raciocínio Lógico para concursos do Brasil. 
Será meu parceiro nesta empreitada, e sua participação somente enriquecerá nossas aulas. O 
Prof. Weber tem graduação e mestrado em Engenharia de Telecomunicações pelo IME – Instituto 
Militar de Engenharia, e é uma das pessoas mais inteligentes e brilhantes que conheço. 
Passemos a falar do curso em si. 
Dividiremos as aulas por módulos, que correspondem aos diferentes assuntos a serem 
estudados. O conteúdo destas aulas abrangerá o mais completo dos programas da disciplina, 
elaborado pela Esaf. Após a apresentação de cada módulo, seguem duas questões de prova que 
se referem ao respectivo assunto, somente para dar uma noção do que tratará aquele estudo. 
A programação que seguiremos é a seguinte: 
 
Módulo I – Conceitos Iniciais do Raciocínio Lógico 
Esse módulo tratará dos primeiros conceitos, imprescindíveis ao entendimento da 
matéria. Falaremos sobre proposições, valores lógicos, conectivos, tabelas-verdade, tautologia, 
contradição, equivalência entre proposições, validade dos argumentos, entre vários outros. 
Trabalharemos este módulo em duas aulas. 
Questões Modelo: 
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01. (Papiloscopista 2004 CESPE) Sejam P e Q variáveis proposicionais que podem ter valorações, 
ou serem julgadas verdadeiras (V) ou falsas (F). A partir dessas variáveis, podem ser obtidas 
novas proposições, tais como: a proposição condicional, denotada por P → Q, que será F 
quando P for V e Q for F, ou V, nos outros casos; a disjunção de P e Q, denotada por P ∨ Q, 
que será F somente quando P e Q forem F, ou V nas outras situações; a conjunção de P e Q, 
denotada por P ∧ Q, que será V somente quando P e Q forem V, e, em outros casos, será F; e 
a negação de P, denotada por ¬P, que será F se P for V e será V se P for F. Uma tabela de 
valorações para uma dada proposição é um conjunto de possibilidades V ou F associadas a 
essa proposição. 
 
A partir das informações do texto acima, julgue os itens subseqüentes. 
 
1. As tabelas de valorações das proposições P∨Q e Q Æ ¬P são iguais. 
 
2. As proposições (P∨Q)ÆS e (PÆS) ∨ (QÆS) possuem tabelas de valorações iguais. 
 
02. (AFC 2002 ESAF) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto, é logicamente 
equivalente a dizer que é verdade que: 
a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto. 
b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto. 
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto. 
d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto. 
e) se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto. 
 
 
Módulo II – Estruturas Lógicas e Lógica de Argumentação 
Um dos assuntos prediletos da Esaf e de outras mesas elaboradoras! Questão 
costumeiramente certa nas provas de raciocínio lógico. Aqui conheceremos a fundo os tipos de 
estrutura lógica e como são trabalhadas nos enunciados. Usaremos três aulas neste módulo. 
Questões Modelo: 
01. (Assistente de Chancelaria MRE 2004 ESAF) No final de semana, Chiquita não foi ao parque. 
Ora, sabe-se que sempre que Didi estuda, Didi é aprovado. Sabe-se, também, que, nos 
finais de semana, ou Dadá vai à missa ou vai visitar tia Célia. Sempre que Dadá vai visitar 
tia Célia, Chiquita vai ao parque, e sempre que Dadá vai à missa, Didi estuda. Então, no 
final de semana, 
a) Dadá foi à missa e Didi foi aprovado. 
b) Didi não foi aprovado e Dadá não foi visitar tia Célia. 
c) Didi não estudou e Didi foi aprovado. 
d) Didi estudou e Chiquita foi ao parque. 
e) Dadá não foi à missa e Didi não foi aprovado. 
 
02. (AFC/CGU 2003/2004 ESAF) Ana é prima de Bia, ou Carlos é filho de Pedro. Se Jorge é irmão 
de Maria, então Breno não é neto de Beto. Se Carlos é filho de Pedro, então Breno é neto de 
Beto. Ora, Jorge é irmão de Maria. Logo: 
a) Carlos é filho de Pedro ou Breno é neto de Beto. 
b) Breno é neto de Beto e Ana é prima de Bia. 
c) Ana não é prima de Bia e Carlos é filho de Pedro. 
d) Jorge é irmão de Maria e Breno é neto de Beto. 
e) Ana é prima de Bia e Carlos não é filho de Pedro. 
 
Módulo III – Questões de Associação 
Também um estilo de questão quase sempre presente nas provas. Às vezes, enunciados 
imensos deixam os alunos sem estímulo para resolvê-los. Aprenderemos as técnicas necessárias 
para ganhar tempo nestas resoluções! Usaremos duas aulas. 
Questões Modelo: 
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01. (TCE-RN 2000 ESAF) Três amigos, Mário, Nilo e Oscar, juntamente com suas esposas, 
sentaram-se, lado a lado, à beira do cais, para apreciar o pôr-do-sol. Um deles é 
flamenguista, outro é palmeirense, e outro vascaíno. Sabe-se, também, que um é arquiteto, 
outro é biólogo, e outro é cozinheiro. Nenhum deles sentou-se ao lado da esposa, e nenhuma 
pessoa sentou-se ao lado de outra do mesmo sexo. As esposas chamam-se, não 
necessariamente nesta ordem, Regina, Sandra e Tânia. O arquiteto sentou-se em um dos 
dois lugares do meio, ficando mais próximo de Regina do que de Oscar ou do que do 
flamenguista. O vascaíno está sentado em uma das pontas, e a esposa do cozinheiro está 
sentada à sua direita. Mário está sentadoentre Tânia, que está à sua esquerda, e Sandra. As 
esposas de Nilo e de Oscar são, respectivamente: 
a) Regina e Sandra 
b) Tânia e Sandra 
c) Sandra e Tânia 
d) Regina e Tânia 
e) Tânia e Regina 
 
02. (Fiscal do Trabalho 2003 - ESAF) Quatro casais reúnem-se para jogar xadrez. Como há 
apenas um tabuleiro, eles combinam que: 
a) nenhuma pessoa pode jogar duas partidas seguidas; 
b) marido e esposa não jogam entre si. 
Na primeira partida, Celina joga contra Alberto. Na segunda, Ana joga contra o marido de 
Júlia. Na terceira, a esposa de Alberto joga contra o marido de Ana. Na quarta, Celina joga 
contra Carlos. E na quinta, a esposa de Gustavo joga contra Alberto. A esposa de Tiago e o 
marido de Helena são, respectivamente: 
a) Celina e Alberto 
b) Ana e Carlos 
c) Júlia e Gustavo 
d) Ana e Alberto 
e) Celina e Gustavo 
 
Módulo IV – Verdades e Mentiras 
Questão igualmente obrigatória nas provas. Talvez seja este o assunto em que mais se 
evidencia a necessidade da técnica de resolução. Uma pessoa que não conhece a técnica será até 
capaz de acertar a questão, mas certamente suará muito mais para isso! Trabalharemos esse 
tema em duas aulas. 
Questões Modelo: 
01. (AFC 2002 ESAF) Cinco aldeões foram trazidos à presença de um velho rei, acusados de 
haver roubado laranjas do pomar real. Abelim, o primeiro a falar, falou tão baixo que o rei 
que era um pouco surdo não ouviu o que ele disse. Os outros quatro acusados disseram: 
 Bebelim: Cebelim é inocente . 
 Cebelim: Dedelim é inocente . 
 Dedelim: Ebelim é culpado . 
 Ebelim: Abelim é culpado . 
O mago Merlim, que vira o roubo das laranjas e ouvira as declarações dos cinco acusados, 
disse então ao rei: Majestade, apenas um dos cinco acusados é culpado, e ele disse a 
verdade; os outros quatro são inocentes e todos os quatro mentiram . O velho rei, que 
embora um pouco surdo era muito sábio, logo concluiu corretamente que o culpado era: 
a) Abelim 
b) Bebelim 
c) Cebelim 
d) Dedelim 
e) Ebelim 
 
02. (MPU 2004/ESAF) Uma empresa produz andróides de dois tipos: os de tipo V, que sempre 
dizem a verdade, e os de tipo M, que sempre mentem. Dr. Turing, um especialista em 
Inteligência Artificial, está examinando um grupo de cinco andróides – rotulados de Alfa, 
Beta, Gama, Delta e Épsilon –, fabricados por essa empresa, para determinar quantos entre 
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os cinco são do tipo V. Ele pergunta a Alfa: “Você é do tipo M?” Alfa responde mas Dr. 
Turing, distraído, não ouve a resposta. Os andróides restantes fazem, então, as seguintes 
declarações: 
 Beta: “Alfa respondeu que sim”. 
 Gama: “Beta está mentindo”. 
 Delta: “Gama está mentindo”. 
 Épsilon: “Alfa é do tipo M”. 
Mesmo sem ter prestado atenção à resposta de Alfa, Dr. Turing pôde, então, concluir 
corretamente que o número de andróides do tipo V, naquele grupo, era igual a 
a) 1. 
b) 2. d) 4. 
c) 3. e) 5. 
 
 
Módulo V – Diagramas Lógicos 
Um assunto bem tranqüilo. Um oásis, depois de verdades e mentiras! Estudo para apenas 
uma aula. 
Questões Modelo: 
01. (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se, também, 
que todo B é C. Segue-se, portanto, necessariamente que 
a) todo C é B 
b) todo C é A 
c) algum A é C 
d) nada que não seja C é A 
e) algum A não é C 
 
02. (AFC-STN 2000 ESAF) Uma escola de arte oferece aulas de canto, dança, teatro, violão e 
piano. Todos os professores de canto são, também, professores de dança, mas nenhum 
professor de dança é professor de teatro. Todos os professores de violão são, também, 
professores de piano, e alguns professores de piano são, também, professores de teatro. 
Sabe-se que nenhum professor de piano é professor de dança, e como as aulas de piano, 
violão e teatro não têm nenhum professor em comum, então: 
a) nenhum professor de violão é professor de canto 
b) pelo menos um professor de violão é professor de teatro 
c) pelo menos um professor de canto é professor de teatro 
d) todos os professores de piano são professores de canto 
e) todos os professores de piano são professores de violão 
 
Módulo VI – Análise Combinatória 
Estudaremos detalhadamente teorias do Arranjo, Combinação e Permutação, com todas 
as suas variações, explorando, sobretudo, os tópicos mais comumente cobrados nas provas. 
Duas aulas. 
Questões Modelo: 
01. (Analista MPU Administrativa 2004 ESAF) Quatro casais compram ingressos para oito lugares 
contíguos em uma mesma fila no teatro. O número de diferentes maneiras em que podem 
sentar-se de modo a que a) homens e mulheres sentem-se em lugares alternados; e que b) 
todos os homens sentem-se juntos e que todas as mulheres sentem-se juntas, são, 
respectivamente, 
a) 1112 e 1152. 
b) 1152 e 1100. 
c) 1152 e 1152. 
d) 384 e 1112. 
e) 112 e 384. 
 
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02. (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam sentar-se, os 
cinco, lado a lado, na mesma fila. O número de maneiras pelas quais eles podem distribuir-se 
nos assentos de modo que as duas moças fiquem juntas, uma ao lado da outra, é igual a 
a) 2 d) 48 
b) 4 e) 120 
c) 24 
 
Módulo VII – Probabilidade 
Um assunto que às vezes assusta muita gente! Felizmente, o grau de complexidade das 
questões de concurso sobre probabilidade não é assim tão profundo! Resolvendo o máximo de 
exercícios extraídos de provas recentes, certamente nos familiarizaremos com alguns segredos 
muito importantes! Duas aulas nesse estudo. 
Questões Modelo: 
01. (Téc. MPU Controle Interno 2004 ESAF) Os registros mostram que a probabilidade de um 
vendedor fazer uma venda em uma visita a um cliente potencial é 0,4. Supondo que as 
decisões de compra dos clientes são eventos independentes, então a probabilidade de que o 
vendedor faça no mínimo uma venda em três visitas é igual a 
a) 0,624. 
b) 0,064. 
c) 0,216. 
d) 0,568. 
e) 0,784. 
 
02. (Téc. MPU Controle Interno 2004 ESAF) Quando Lígia pára em um posto de gasolina, a 
probabilidade de ela pedir para verificar o nível de óleo é 0,28; a probabilidade de ela pedir 
para verificar a pressão dos pneus é 0,11 e a probabilidade de ela pedir para verificar ambos, 
óleo e pneus, é 0,04. Portanto, a probabilidade de Lígia parar em um posto de gasolina e não 
pedir nem para verificar o nível de óleo e nem para verificar a pressão dos pneus é igual a 
a) 0,25. 
b) 0,35. 
c) 0,45. 
d) 0,15. 
e) 0,65. 
 
Módulo VIII – Matrizes, Determinantes e Sistemas Lineares 
Assuntos vistos por todos nós, no ensino médio (antigo 2º grau). Certamente que muitos 
já estão esquecidos daqueles dias... (e outros tantos talvez fizeram questão de esquecê-los!), 
mas na verdade não são questões difíceis! Teremos, obviamente, que relembrar vários conceitos. 
E o faremos em duas aulas. 
Questões Modelo: 
01. (AFTN/98 ESAF) - Sejam as matrizes 
A = ⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡
10
01
 , B = ⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡ −
4/257/4
8/75/3
 , C = ⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡
− 4/297/3
00
 
e seja x a soma dos elementos da segunda coluna da matriz transposta de Y. Se a matriz Y é 
dada por Y = (AB) + C, então o valor de x é: 
a) - 7/8 
b) 4/7 
c) 0 
d) 1 
e) 2 
 
02. (AFC/CGU 2003/2004 ESAF) Genericamente, qualquer elemento de uma matriz M pode ser 
representado por mij, onde “i” representa a linha e “j” a coluna em que esse elemento se 
localiza. Uma matriz X = xij, de terceira ordem, é a matriz resultante da soma das matrizes 
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A = (aij) e B=(bij). Sabendo-se que aij = i2 e que bij = (i-j)2, então o produto dos elementos 
x31 e x13 é igual a: 
a) 16 
b) 18 
c) 26 
d) 65 
e) 169Módulo IX – Trigonometria 
Para quem se lembra, o estudo deste assunto no colégio é feito em um semestre, 
aproximadamente. Ou até um pouco mais! Gastaremos apenas uma aula, para recordar as 
relações trigonométricas mais importantes. Felizmente (ou não!) este não é um dos assuntos 
mais cobrados em prova! 
Questões Modelo: 
01. (Fiscal do Trabalho 98 ESAF) O valor de y para o qual a expressão trigonométrica: 
(cosx + senx)2 + y senx cosx - 1 = 0 
representa uma identidade é: 
a) 2 b) 0 c) -1 d) -2 e) 1 
02. (Oficial de Chancelaria MRE 2002 ESAF) Sabendo que x = 3 sen t e y = 4 cos t, então, uma 
relação entre x e y, independente de t é dada por: 
a) 16 y2 - 9 x2 = 144 
b) 16 x2 - 9 y2 = 144 
c) 16 y2 + 9 x2 = 144 
d) 16 x2 + 9 y2 = 144 
e) 9 y2 - 16 x2 = 144 
 
Módulo X – Geometria 
Este tópico está presente em alguns editais, aonde vem escrito Geometria Básica. 
Veremos noções de geometria plana e espacial de acordo com o que tem sido exigido nos 
concursos. 
Também veremos que alguns enunciados podem ser rapidamente resolvidos pelo uso da 
geometria. Usaremos uma aula em seu estudo. 
 
Questões Modelo: 
01. (Oficial de Chancelaria - MRE 2002 ESAF) O ângulo A de um triângulo qualquer ABC mede 
76°. Assim, o menor ângulo formado pelas bissetrizes externas relativas aos vértices B e C 
deste triângulo vale: 
a) 50° 
b) 52° 
c) 56° 
d) 64° 
e) 128° 
 
02. (Fiscal do Trabalho 2003 ESAF) Fernando, João Guilherme e Bruno encontram-se perdidos, 
uns dos outros, no meio da floresta. Cada um está parado em um ponto, gritando o mais 
alto possível, para que os outros possam localizá-lo. Há um único ponto em que é possível 
ouvir simultaneamente Fernando e Bruno, um outro único ponto (diferente daquele) em que 
é possível ouvir simultaneamente Bruno e João Guilherme, e há ainda um outro único ponto 
(diferente dos outros dois) em que é possível ouvir simultaneamente João Guilherme e 
Fernando. Bruno encontra-se, em linha reta, a 650 metros do ponto onde se encontra 
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Fernando. Fernando, por sua vez, está a 350 metros, também em linha reta, do ponto onde 
está João Guilherme. Fernando grita o suficiente para que seja possível ouvi-lo em qualquer 
ponto até uma distância de 250 metros de onde ele se encontra. 
Portanto, a distância em linha reta, em metros, entre os pontos em que se encontram Bruno 
e João Guilherme é: 
a) 650 
b) 600 
c) 500 
d) 700 
e) 720 
 
Módulo XI – Porcentagem 
Um assunto elementar e essencial para o Raciocínio Lógico. Muitas questões já foram 
cobradas em concurso. Outras tantas ainda o serão! Esse tema merece, portanto, a nossa 
atenção. Uma aula. 
Questões Modelo: 
01. (Fiscal do Trabalho 2003) Uma estranha clínica veterinária atende apenas cães e gatos. 
Dos cães hospedados, 90% agem como cães e 10% agem como gatos. Do mesmo 
modo, dos gatos hospedados 90% agem como gatos e 10% agem como cães. Observou-
se que 20% de todos os animais hospedados nessa estranha clínica agem como gatos e 
que os 80% restantes agem como cães. Sabendo-se que na clínica veterinária estão 
hospedados 10 gatos, o número de cães hospedados nessa estranha clínica é: 
a) 50 
b) 10 
c) 20 
d) 40 
e) 70 
 
02. (Téc. MPU Controle Interno 2004 ESAF) Um clube está fazendo uma campanha, entre 
seus associados, para arrecadar fundos destinados a uma nova pintura na sede social. 
Contatados 60% dos associados, verificou-se que se havia atingido 75% da quantia 
necessária para a pintura, e que a contribuição média correspondia a R$ 60,00 por 
associado contatado. Então, para completar exatamente a quantia necessária para a 
pintura, a contribuição média por associados, entre os restantes associados ainda não 
contatados, deve ser igual a 
a) R$ 25,00. d) R$ 50,00. 
b) R$ 30,00. e) R$ 60,00. 
c) R$ 40,00. 
 
Módulo XII – Questões envolvendo Movimento 
Algumas questões de raciocínio lógico nos fazem relembrar um pouco da física que 
estudamos no ensino médio, nas quais trabalharemos conceitos como velocidade e espaço. 
Veremos que algumas dessas questões poderão ser resolvidas até mesmo sem o uso de 
nenhuma fórmula da cinemática. Em duas aulas concluiremos este módulo. 
 
Questões Modelo: 
01. (Fiscal do Trabalho 2003 ESAF) Pedro e Paulo saíram de suas respectivas casas no mesmo 
instante, cada um com a intenção de visitar o outro. Ambos caminharam pelo mesmo 
percurso, mas o fizeram tão distraidamente que não perceberam quando se cruzaram. Dez 
minutos após haverem se cruzado, Pedro chegou à casa de Paulo. Já Paulo chegou à casa 
de Pedro meia hora mais tarde (isto é, meia hora após Pedro ter chegado à casa de Paulo). 
Sabendo que cada um deles caminhou a uma velocidade constante, o tempo total de 
caminhada de Paulo, de sua casa até a casa de Pedro, foi de 
a) 60 minutos 
b) 50 minutos 
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c) 80 minutos 
d) 90 minutos 
e) 120 minutos 
 
02. (AFC/CGU - 2003/2004 ESAF) Marco e Mauro costumam treinar natação na mesma piscina 
e no mesmo horário. Eles iniciam os treinos simultaneamente, a partir de lados opostos da 
piscina, nadando um em direção ao outro. Marco vai de um lado a outro da piscina em 45 
segundos, enquanto Mauro vai de um lado ao outro em 30 segundos. Durante 12 minutos, 
eles nadam de um lado para outro, sem perder qualquer tempo nas viradas. Durante esses 
12 minutos, eles podem encontrar-se quer quando estão nadando no mesmo sentido, quer 
quando estão nadando em sentidos opostos, assim como podem encontrar-se quando 
ambos estão fazendo a virada no mesmo extremo da piscina. Dessa forma, o número de 
vezes que Marco e Mauro se encontram durante esses 12 minutos é: 
a) 10 d) 18 
b) 12 e) 20 
c) 15 
 
Módulo XIII – Questões Variadas 
Haverá questões de prova que não trazem um assunto específico. Simplesmente não 
poderiam ser enquadradas em nenhum dos tópicos anteriores. São problemas que se resolvem, 
muitas vezes, com um mero e rápido raciocínio. E olha que não são tão poucas as questões 
deste tipo. Dedicaremos a elas duas aulas. 
Questões Modelo: 
01. (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Uma herança constituída de barras de ouro foi totalmente 
dividida entre três irmãs: Ana, Beatriz e Camile. Ana, por ser a mais velha, recebeu a 
metade das barras de ouro, e mais meia barra. Após Ana ter recebido sua parte, Beatriz 
recebeu a metade do que sobrou, e mais meia barra. Coube a Camile o restante da 
herança, igual a uma barra e meia. Assim, o número de barras de ouro que Ana recebeu 
foi: 
a) 1 d) 4 
b) 2 e) 5 
c) 3 
 
02. (MPOG 2003 ESAF) Ana, Bia e Cátia disputaram um torneio de tênis. Cada vez que uma 
jogadora perdia, era substituída pela jogadora que estava esperando sua vez de jogar. Ao 
final do torneio verificou-se que Ana venceu 12 partidas e Bia venceu 21 partidas. 
Sabendo-se que Cátia não jogou a partida inicial, o número de vezes em que Ana e Bia se 
enfrentaram foi: 
a) 14 d) 17 
b) 15 e) 18 
c) 16 
 
Módulo Final – Simulados 
Usaremos as duas últimas aulas do curso para fazermos dois grandes simulados, os quais 
contemplarão, na medida do possível, o maior número de assuntos estudados, com destaque 
para os mais freqüentes. Será o arremate dos trabalhos. 
 
 É isso mesmo, meus amigos: previsão inicial de vinte e cinco aulas. 
 Praticamente seis meses de curso! Tempo suficiente para ficarmos craques nesta 
disciplina, que poderá vir a ser um grande diferencial em concursos que virão em breve. 
 O valor do investimento é de R$200,00 (duzentos reais), podendo ser dividido em três 
parcelas fixas de R$66,67 (sessenta e seis reais e sessenta e sete centavos). 
Quem já fez algum curso on-line comigo sabe da seriedadecom a qual eu assumo estes 
compromissos. E sabe da minha dedicação e empenho em fazer sempre o melhor que posso. 
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Com a Matemática Financeira foi assim. Com a Estatística também. Com o Raciocínio Lógico não 
será diferente. 
 A data prevista para início do curso é 29 de junho, e assim seguirão as nossas aulas, 
sempre às quartas-feiras, até a provável data de encerramento, que é 15 de dezembro. 
 Que Deus abençoe este novo projeto, e a cada um de vocês. 
 Forte abraço a todos! E até breve! 
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1
AULA 1: CONCEITOS INICIAIS 
 Olá, amigos! É uma alegria recebê-los para darmos início a mais este projeto. Dentro de 
algumas semanas, se Deus quiser, e contando com o esforço e a vontade de cada um, estaremos 
muito mais preparados para enfrentar o desafio de resolver uma prova de Raciocínio Lógico de 
concurso. 
 Gostaria, antes de dar início, de ratificar a presença, na feitura destas aulas, do Prof. Weber 
Campos. É um curso escrito a quatro mãos, e estou certo que todos só têm a ganhar com isso. O 
prof. Weber é profundo conhecedor da matéria, e isso se fará ver ao longo das semanas que virão. 
 Iniciemos, pois, tratando dos fundamentos da lógica. 
Fundamentos da Lógica: 
# Primeiros Conceitos: 
 O conceito mais elementar no estudo da lógica – e portanto o primeiro a ser visto – é o de 
Proposição. 
 Trata-se, tão somente, de uma sentença – algo que será declarado por meio de palavras 
ou de símbolos – e cujo conteúdo poderá considerado verdadeiro ou falso. 
 Então, se eu afirmar “a Terra é maior que a Lua”, estarei diante de uma proposição, cujo 
valor lógico é verdadeiro. 
 Daí, ficou claro que quando falarmos em valor lógico, estaremos nos referindo a um dos 
dois possíveis juízos que atribuiremos a uma proposição: verdadeiro (V) ou falso (F). 
 E se alguém disser: “Feliz ano novo!”, será que isso é uma proposição verdadeira ou falsa? 
Nenhuma, pois não se trata de uma sentença para a qual se possa atribuir um valor lógico. 
Concluímos, pois, que... 
Æ sentenças exclamativas: “Caramba!” ; “Feliz aniversário!” 
Æ sentenças interrogativas: “como é o seu nome?” ; “o jogo foi de quanto?” 
Æ sentenças imperativas: “Estude mais.” ; “Leia aquele livro”. 
... não serão estudadas neste curso. Somente aquelas primeiras – sentenças declarativas – 
que podem ser imediatamente reconhecidas como verdadeiras ou falsas. 
 Normalmente, as proposições são representadas por letras minúsculas (p, q, r, s etc). São 
outros exemplos de proposições, as seguintes: 
 p: Pedro é médico. 
 q: 5 < 8 
 r: Luíza foi ao cinema ontem à noite. 
 Na linguagem do raciocínio lógico, ao afirmarmos que é verdade que Pedro é médico 
(proposição p acima), representaremos isso apenas com: VL(p)=V, ou seja, o valor lógico de p 
é verdadeiro. No caso da proposição q, que é falsa, diremos VL(q)=F. 
 Haverá alguma proposição que possa, ao mesmo tempo, ser verdadeira e falsa? Não! 
Jamais! E por que não? Porque o Raciocínio Lógico, como um todo, está sedimentado sobre alguns 
princípios, muito fáceis de se entender, e que terão que ser sempre obedecidos. São os 
seguintes: 
Æ Uma proposição verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é falsa. (Princípio da identidade); 
Æ Nenhuma proposição poderá ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo. (Princípio da Não-
Contradição); 
Æ Uma proposição ou será verdadeira, ou será falsa: não há outra possibilidade. (Princípio do 
Terceiro Excluído). 
 Proposições podem ser ditas simples ou compostas. 
 Serão proposições simples aquelas que vêm sozinhas, desacompanhadas de outras 
proposições. Nada mais fácil de ser entendido. 
Exemplos: 
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2
 Æ Todo homem é mortal. 
 Æ O novo papa é alemão. 
 Todavia, se duas (ou mais) proposições vêm conectadas entre si, formando uma só 
sentença, estaremos diante de uma proposição composta. Exemplos: 
 Æ João é médico e Pedro é dentista. 
 Æ Maria vai ao cinema ou Paulo vai ao circo. 
 Æ Ou Luís é baiano, ou é paulista. 
 Æ Se chover amanhã de manhã, então não irei à praia. 
 Æ Comprarei uma mansão se e somente se eu ganhar na loteria. 
 Nas sentenças acima, vimos em destaque os vários tipos de conectivos – ditos conectivos 
lógicos – que poderão estar presentes em uma proposição composta. Estudaremos cada um deles 
a seguir, uma vez que é de nosso interesse conhecer o valor lógico das proposições compostas. 
Veremos que, para dizer que uma proposição composta é verdadeira ou falsa, isso 
dependerá de duas coisas: 1º) do valor lógico das proposições componentes; e 2º) do tipo de 
conectivo que as une. 
# Conectivo “e”: (conjunção) 
 Proposições compostas em que está presente o conectivo “e” são ditas conjunções. 
Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “∧”. Então, se temos a sentença: 
 Æ “Marcos é médico e Maria é estudante” 
 ... poderemos representá-la apenas por: p ∧ q 
 onde: p = Marcos é médico e q = Maria é estudante. 
 Como se revela o valor lógico de uma proposição conjuntiva? Da seguinte forma: uma 
conjunção só será verdadeira, se ambas as proposições componentes forem também verdadeiras. 
 Então, diante da sentença “Marcos é médico e Maria é estudante”, só poderemos concluir 
que esta proposição composta é verdadeira se for verdade, ao mesmo tempo, que Marcos é 
médico e que Maria é estudante. 
 Pensando pelo caminho inverso, teremos que basta que uma das proposições componentes 
seja falsa, e a conjunção será – toda ela – falsa. Obviamente que o resultado falso também 
ocorrerá quando ambas as proposições componentes forem falsas. 
 Essas conclusões todas as quais acabamos de chegar podem ser resumidas em uma 
pequena tabela. Trata-se da tabela-verdade, de fácil construção e de fácil entendimento. 
 Retomemos as nossas premissas: 
p = Marcos é médico e q = Maria é estudante. 
Se tivermos que ambas são verdadeiras, a conjunção formada por elas (Marcos é médico e 
Maria é estudante) será também verdadeira. Teremos: 
 
Marcos é médico Maria é estudante Marcos é médico e Maria é estudante 
p q p ∧ q 
V V V 
 
Se for verdade apenas que Marcos é médico, mas falso que Maria é estudante, teremos: 
Marcos é médico Maria é estudante Marcos é médico e Maria é estudante 
p q p ∧ q 
V F F 
 
 
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3
Por outro lado, se for verdadeiro que Maria é estudante, e falso que Marcos é médico, 
teremos: 
Marcos é médico Maria é estudante Marcos é médico e Maria é estudante 
p q p ∧ q 
F V F 
 
 Enfim, se ambas as sentenças simples forem falsas, teremos que: 
Marcos é médico Maria é estudante Marcos é médico e Maria é estudante 
p q p ∧ q 
F F F 
 
 Ora, as quatro situações acima esgotam todas as possibilidades para uma conjunção. Fora 
disso não há! Criamos, portanto, a Tabela-verdade que representa uma conjunção, ou seja, a 
tabela-verdade para uma proposição composta com a presença do conectivo “e”. Teremos: 
p q p ∧ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F F 
 
 É preciso que a informação constante da terceira coluna (em destaque) fique guardada em 
nossa memória: uma conjunção só será verdadeira, quando ambas as partes que a 
compõem também forem verdadeiras. E falsa nos demais casos. 
 Uma maneira de assimilar bem essa informação seria pensarmos nas sentenças simples 
como promessas de um pai a um filho: “eu te darei uma bola e te darei uma bicicleta”. Ora, 
pergunte a qualquer criança! Ela vai entender que a promessa é para os dois presentes. Caso o pai 
nãodê nenhum presente, ou dê apenas um deles, a promessa não terá sido cumprida. Terá sido 
falsa! No entanto, a promessa será verdadeira se as duas partes forem também verdadeiras! 
 Na hora de formar uma tabela-verdade para duas proposições componentes (p e q), 
saberemos, de antemão, que essa tabela terá quatro linhas. Começaremos, então, fazendo a 
seguinte estrutura: 
p q 
 
 
 
 
 
 Daí, a coluna da primeira proposição terá sempre a seguinte disposição: dois “vês” seguidos 
de dois “efes”. Assim: 
p q 
V 
V 
F 
F 
 
 Enquanto a variação das letras (V e F) para a premissa p ocorre de duas em duas linhas, 
para a premissa q é diferente: “vês” e “efes” se alternando a cada linha, começando com um V. 
Assim: 
p q 
V V 
V F 
F V 
F F 
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4
 Essa estrutura inicial é sempre assim, para tabelas-verdade de duas proposições p e q. A 
terceira coluna dependerá do conectivo que as une, e que está sendo analisado. No caso do 
conectivo “e”, ou seja, no caso da conjunção, já aprendemos a completar a nossa tabela-
verdade: 
p q p ∧ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F F 
 
Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos, por meio de um diagrama, a 
conjunção " p e q " corresponderá à interseção do conjunto p com o conjunto q. Teremos: 
 
 p ∩ q 
 
 
 
 
 
 
 Passemos ao segundo conectivo. 
 
# Conectivo “ou”: (disjunção) 
 Recebe o nome de disjunção toda proposição composta em que as partes estejam unidas 
pelo conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “∨”. Portanto, se temos a 
sentença: 
 Æ “Marcos é médico ou Maria é estudante” 
 ... então a representaremos por: p ∨ q. 
 Seremos capazes de criar uma tabela-verdade para uma proposição disjuntiva? Claro! Basta 
nos lembrarmos da tal promessa do pai para seu filho! Vejamos: “eu te darei uma bola ou te darei 
uma bicicleta.” Neste caso, a criança já sabe, de antemão, que a promessa é por apenas um dos 
presentes! Bola ou bicicleta! Ganhando de presente apenas um deles, a promessa do pai já valeu! 
Já foi verdadeira! E se o pai for abastado e resolver dar os dois presentes? Pense na cara do 
menino! Feliz ou triste? Felicíssimo! A promessa foi mais do que cumprida. Só haverá um caso, 
todavia, em que a bendita promessa não se cumprirá: se o pai esquecer o presente, e não der nem 
a bola e nem a bicicleta. Terá sido falsa toda a disjunção. 
 Daí, concluímos: uma disjunção será falsa quando as duas partes que a compõem 
forem ambas falsas! E nos demais casos, a disjunção será verdadeira! Teremos as possíveis 
situações: 
Te darei uma bola Te darei uma bicicleta Te darei uma bola ou te darei uma bicicleta 
p q p ∨ q 
V V V 
 
 Ou: 
Te darei uma bola Te darei uma bicicleta Te darei uma bola ou te darei uma bicicleta 
p q p ∨ q 
V F V 
 
Ou: 
Te darei uma bola Te darei uma bicicleta Te darei uma bola ou te darei uma bicicleta 
p q p ∨ q 
F V V 
 
p q
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5
Ou, finalmente: 
Te darei uma bola Te darei uma bicicleta Te darei uma bola ou te darei uma bicicleta 
p q p ∨ q 
F F F 
 
 Juntando tudo, teremos: 
P q p ∨ q 
V V V 
V F V 
F V V 
F F F 
 
 A promessa inteira só é falsa se as duas partes forem descumpridas! 
 Observem que as duas primeiras colunas da tabela-verdade acima – as colunas do p e do 
q – são exatamente iguais às da tabela-verdade da conjunção (p e q). Muda apenas a terceira 
coluna, que agora representa um “ou”, a disjunção. 
Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos por meio de um diagrama, a 
disjunção "p ou q" corresponderá à união do conjunto p com o conjunto q, 
 
 
 p ∪ q 
 
 
 
 
 
 
 
# Conectivo “ou ... ou...”: (disjunção exclusiva) 
 Há um terceiro tipo de proposição composta, bem parecido com a disjunção que acabamos 
que ver, mas com uma pequena diferença. Comparemos as duas sentenças abaixo: 
“Te darei uma bola ou te darei uma bicicleta” 
“ou te darei uma bola ou te darei uma bicicleta” 
 A diferença é sutil, mas importante. Reparemos que na primeira sentença vê-se facilmente 
que se a primeira parte for verdade (te darei uma bola), isso não impedirá que a segunda parte (te 
darei uma bicicleta) também o seja. Já na segunda proposição, se for verdade que “te darei uma 
bola”, então teremos que não será dada a bicicleta. E vice-versa, ou seja, se for verdade que “te 
darei uma bicicleta”, então teremos que não será dada a bola. 
 Ou seja, a segunda estrutura apresenta duas situações mutuamente excludentes, de sorte 
que apenas uma delas pode ser verdadeira, e a restante será necessariamente falsa. 
Ambas nunca poderão ser, ao mesmo tempo, verdadeiras; ambas nunca poderão ser, ao 
mesmo tempo, falsas. 
Na segunda sentença acima, este tipo de construção é uma disjunção exclusiva, pela 
presença dos dois conectivos “ou”, que determina que uma sentença é necessariamente 
verdadeira, e a outra, necessariamente falsa. Daí, o nome completo desta proposição composta é 
disjunção exclusiva. 
E como fica a sua tabela-verdade? Ora, uma disjunção exclusiva só será verdadeira se 
obedecer à mútua exclusão das sentenças. Falando mais fácil: só será verdadeira se houver uma 
das sentenças verdadeira e a outra falsa. Nos demais casos, a disjunção exclusiva será falsa. 
O símbolo que designa a disjunção exclusiva é o “v”. E a tabela-verdade será, pois, a 
seguinte: 
 
p q
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6
 
p q ou p ou q 
V V F 
V F V 
F V V 
F F F 
 
# Conectivo “Se ... então...”: (condicional) 
Estamos agora falando de proposições como as que se seguem: 
Æ Se Pedro é médico, então Maria é dentista. 
Æ Se amanhecer chovendo, então não irei à praia. 
Muita gente tem dificuldade em entender o funcionamento desse tipo de proposição. 
Convém, para facilitar nosso entendimento, que trabalhemos com a seguinte sentença. 
Æ Se nasci em Fortaleza, então sou cearense. 
Cada um de vocês pode adaptar essa frase acima à sua realidade: troque Fortaleza pelo 
nome da sua cidade natal, e troque cearense pelo nome que se dá a quem nasce no seu Estado. 
Por exemplo: 
Æ Se nasci em Belém, então sou paraense. 
Æ Se nasci em Niterói, então sou fluminense. 
E assim por diante. Pronto? 
Agora me responda: qual é a única maneira de essa proposição estar incorreta? Ora, só há 
um jeito de essa frase ser falsa: se a primeira parte for verdadeira, e a segunda for falsa. 
Ou seja, se é verdade que eu nasci em Fortaleza, então necessariamente é verdade que eu 
sou cearense. 
Se alguém disser que é verdadeiro que eu nasci em Fortaleza, e que é falso que eu sou 
cearense, então este conjunto estará todo falso. 
Percebam que o fato de eu ter nascido em Fortaleza é condição suficiente (basta isso!) 
para que se torne um resultado necessário que eu seja cearense. Mirem nessas palavras: 
suficiente e necessário. 
Æ Uma condição suficiente gera um resultado necessário. 
Percebam, pois, que se alguém disser que: “Pedro ser rico é condição suficiente para Maria 
ser médica”, então nós podemos reescrever essa sentença, usando o formato da condicional. 
Teremos: 
“Pedro ser rico é condição suficiente para Maria ser médica” é igual a: 
“Se Pedro for rico, então Maria é médica” 
Por outro lado, se ocorrer de alguém disser que: “Maria ser médica é condição necessária 
para que Pedro seja rico”, também poderemos traduzir isso de outra forma: 
“Maria ser médica é condição necessária para que Pedro seja rico” é igual a: 
“SePedro for rico, então Maria é médica” 
O conhecimento de como se faz essa tradução das palavras suficiente e necessário para o 
formato da proposição condicional já foi bastante exigido em questões de concursos. 
Não podemos, pois esquecer disso: 
Æ Uma condição suficiente gera um resultado necessário. 
Pois bem! Como ficará nossa tabela-verdade, no caso da proposição condicional? 
Pensaremos aqui pela via de exceção: só será falsa esta estrutura quando a houver a condição 
suficiente, mas o resultado necessário não se confirmar. Ou seja, quando a primeira parte for 
verdadeira, e a segunda for falsa. Nos demais casos, a condicional será verdadeira. 
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7
A sentença condicional “Se p, então q” será representada por uma seta: pÆ q. 
Na proposição “Se p, então q” , a proposição p é denominada de antecedente, enquanto a 
proposição q é dita conseqüente. 
Teremos: 
p q p Æ q 
V V V 
V F F 
F V V 
F F V 
 
As seguintes expressões podem se empregar como equivalentes de "Se p, então q": 
 
Se A, B. A é condição suficiente para B. 
B, se A. B é condição necessária para A. 
Quando A, B. A somente se B. 
A implica B. Todo A é B. 
 
 
Daí, a proposição condicional: “Se chove, então faz frio” poderá também ser dita das 
seguintes maneiras: 
 
 Æ Se chove, faz frio. 
Æ Faz frio, se chove. 
Æ Quando chove, faz frio. 
Æ Chover implica fazer frio. 
Æ Chover é condição suficiente para fazer frio. 
Æ Fazer frio é condição necessária para chover. 
Æ Chove somente se faz frio. 
Æ Toda vez que chove, faz frio. 
 
Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos, por meio de um diagrama, a 
proposição condicional "Se p então q" corresponderá à inclusão do conjunto p no conjunto q (p 
está contido em q): 
p ⊂ q 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
# Conectivo “... se e somente se ...”: (bicondicional) 
A estrutura dita bicondicional apresenta o conectivo “se e somente se”, separando as duas 
sentenças simples. 
Trata-se de uma proposição de fácil entendimento. Se alguém disser: 
“Eduardo fica alegre se e somente se Mariana sorri”. 
É o mesmo que fazer a conjunção entre as duas proposições condicionais: 
Æ “Eduardo fica alegre somente se Mariana sorri e Mariana sorri somente se Eduardo fica 
alegre”. 
Ou ainda, dito de outra forma: 
Æ “Se Eduardo fica alegre, então Mariana sorri e se Mariana sorri, então Eduardo fica 
alegre”. 
São construções de mesmo sentido! 
q 
p
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8
Sabendo que a bicondicional é uma conjunção entre duas condicionais, então a 
bicondicional será falsa somente quando os valores lógicos das duas proposições que a compõem 
forem diferentes. Em suma: haverá duas situações em que a bicondicional será verdadeira: quando 
antecedente e conseqüente forem ambos verdadeiros, ou quando forem ambos falsos. Nos demais 
casos, a bicondicional será falsa. 
Sabendo que a frase “p se e somente se q” é representada por “p↔q”, então nossa tabela-
verdade será a seguinte: 
p q p ↔ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F V 
 
Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos, por meio de um diagrama, a 
proposição bicondicional "p se e somente se q" corresponderá à igualdade dos conjuntos p e q. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação: Uma proposição bicondicional "p se e somente se q" equivale à proposição 
composta: “se p então q e se q então p”, ou seja, 
 
“ p ↔ q “ é a mesma coisa que “ (p → q) e (q → p) “ 
 
São também equivalentes à bicondicional "p se e somente se q" as seguintes 
expressões: 
Æ A se e só se B. 
Æ Se A então B e se B então A. 
Æ A somente se B e B somente se A. 
Æ A é condição suficiente para B e B é condição suficiente para A. 
Æ B é condição necessária para A e A é condição necessária para B. 
Æ Todo A é B e todo B é A. 
Æ Todo A é B e reciprocamente. 
 
Via de regra, em questões de prova, só se vê mesmo a bicondicional no seu formato 
tradicional: “p se e somente se q”. 
 
# Partícula “não”: (negação) 
 Veremos algo de suma importância: como negar uma proposição. 
 No caso de uma proposição simples, não poderia ser mais fácil: basta pôr a palavra não 
antes da sentença, e já a tornamos uma negativa. Exemplos: 
 Æ João é médico. Negativa: João não é médico. 
 Æ Maria é estudante. Negativa: Maria não é estudante. 
 Reparemos que, caso a sentença original já seja uma negativa (já traga a palavra não), 
então para negar a negativa, teremos que excluir a palavra não. Assim: 
 Æ João não é médico. Negativa: João é médico. 
 Æ Maria não é estudante. Negativa: Maria é estudante. 
 Pronto! Em se tratando de fazer a negação de proposições simples, já estamos craques! 
p = q 
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9
 O símbolo que representa a negação é uma pequena cantoneira (¬) ou um sinal de til (~), 
antecedendo a frase. (Adotaremos o til). Assim, a tabela-verdade da negação é mais simplificada 
que as demais já vistas. Teremos: 
p ~p 
V F 
F V 
 
Podem-se empregar, também, como equivalentes de "não A", as seguintes expressões: 
Æ Não é verdade que A. 
Æ É falso que A. 
 
 Daí as seguintes frases são equivalentes: 
 Æ Lógica não é fácil. 
 Æ Não é verdade que Lógica é fácil. 
 Æ É falso que Lógica é fácil. 
 
# Negativa de uma Proposição Composta: 
 O que veremos aqui seria o suficiente para acertarmos algumas questões de concurso. Já 
sabemos negar uma proposição simples. Mas, e se for uma proposição composta, como fica? Aí, 
dependerá de qual é a estrutura em que se encontra essa proposição. 
 Veremos, pois, uma a uma: 
Æ Negação de uma Proposição Conjuntiva: ~(p e q) 
 Para negarmos uma proposição no formato de conjunção (p e q), faremos o seguinte: 
1) Negaremos a primeira (~p); 
2) Negaremos a segunda (~q); 
3) Trocaremos e por ou. 
E só! 
Daí, a questão dirá: “Não é verdade que João é médico e Pedro é dentista”, e pedirá que 
encontremos, entre as opções de resposta, aquela frase que seja logicamente equivalente a esta 
fornecida. 
Analisemos: o começo da sentença é “não é verdade que...”. Ora, dizer que “não é verdade 
que...” é nada mais nada menos que negar o que vem em seguida. 
E o que vem em seguida? Uma estrutura de conjunção! 
Daí, como negaremos que “João é médico e Pedro é dentista”? Da forma explicada acima: 
1) Nega-se a primeira parte: (~p): “João não é médico” 
2) Nega-se a segunda parte: (~q): “Pedro não é dentista” 
 3) Troca-se e por ou, e o resultado final será o seguinte: 
 Æ “João não é médico ou Pedro não é dentista”. 
 Traduzindo para a linguagem da lógica, diremos que: 
~(p ∧ q) = ~p ∨ ~q 
 
 Como fomos chegar à essa conclusão? Ora, por meio da comparação entre as tabelas-
verdade das duas proposições acima. Vejamos como foi isso. Primeiro, trabalhemos a tabela-
verdade do ~(p ∧ q). 
 Tudo começa com aquele formato básico, que já é nosso conhecido: 
 
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10
 
p q 
V V 
V F 
F V 
F F 
 
 Daí, faremos a próxima coluna, que é a da conjunção (e). Teremos: 
p q p ∧ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F F 
 
 Por fim, construiremos a coluna que é a negativa desta terceira. Ora, já sabemos que com a 
negativa, o que é verdadeiro vira falso, e o que é falso vira verdadeiro. 
Logo, teremos: 
p q (p ∧ q) ~(p ∧ q) 
V V V F 
V F F V 
F V F V 
F F F V 
 
 Guardemos, pois, essa última coluna (em destaque). Ela representa o resultado lógico da 
estrutura ~(p ∧ q). 
 Agora,construamos a tabela-verdade da estrutura ~p v ~q, e comparemos os resultados. 
No início, teremos: 
p q 
V V 
V F 
F V 
F F 
 
 Faremos agora as duas colunas das duas negativas, de p e de q. Para isso, conforme já 
sabemos, quem for V virará F, e vice-versa. Teremos: 
p q ~p ~q 
V V F F 
V F F V 
F V V F 
F F V V 
 
 Agora, passemos à coluna final: ~p v ~q. Aqui nos lembraremos de como funciona uma 
disjunção. A disjunção é a estrutura do ou. Para ser verdadeira, basta que uma das sentenças 
também o seja. Daí, teremos: 
p q ~p ~q ~p ∨ ~q 
V V F F F 
V F F V V 
F V V F V 
F F V V V 
 
 Finalmente, comparemos a coluna resultado (em destaque) desta estrutura (~p ∨ ~q) com 
aquela que estava guardada da estrutura ~(p ∧ q). Teremos: 
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~(p ∧ q) ~p ∨ ~q 
F F 
V V 
V V 
V V 
 
 Resultados idênticos! Daí, do ponto de vista lógico, para negar p e q, negaremos p, 
negaremos q, e trocaremos e por ou. 
 Já sabendo disso, não perderemos tempo na prova construindo tabela-verdade para saber 
como se faz a negativa de uma conjunção! Esse exercício que fizemos acima, de comparar as 
colunas-resultado das duas tabelas, serviu apenas para explicar a origem dessa equivalência lógica. 
 Ou seja, para dizer se uma proposição é, do ponto de vista lógico, equivalente a outra, 
basta fazer uma comparação entre suas tabelas-verdade concluídas. 
 
Æ Negação de uma Proposição Disjuntiva: ~(p ou q) 
 Para negarmos uma proposição no formato de disjunção (p ou q), faremos o seguinte: 
1) Negaremos a primeira (~p); 
2) Negaremos a segunda (~q); 
3) Trocaremos ou por e. 
Se uma questão de prova disser: “Marque a assertiva que é logicamente equivalente à 
seguinte frase: Não é verdade que Pedro é dentista ou Paulo é engenheiro”. 
Pensemos: a frase em tela começa com um “não é verdade que...”, ou seja, o que se segue 
está sendo negado! E o que se segue é uma estrutura em forma de disjunção. Daí, obedecendo aos 
passos descritos acima, faremos: 
1) Nega-se a primeira parte: (~p): “Pedro não é dentista” 
2) Nega-se a segunda parte: (~q): “Paulo não é engenheiro” 
 3) Troca-se ou por e, e o resultado final será o seguinte: 
 Æ “Pedro não é dentista e Paulo não é engenheiro”. 
Na linguagem apropriada, concluiremos que: 
~(p ∨ q) = ~p ∧ ~q 
 
 Se formos curiosos, poderemos fazer a comprovação – via tabelas-verdade – desta 
conclusão acima. Somos curiosos? Claro! Tomemos a primeira parte: ~(p ∨ q). Teremos, de início: 
p q 
V V 
V F 
F V 
F F 
 
 Depois, construindo a coluna da disjunção (p ou q), teremos: 
p q p ∨ q 
V V V 
V F V 
F V V 
F F F 
 
 Finalmente, fazendo a negação da coluna da disjunção, teremos: 
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12
 
p q p ∨ q ~(p ∨ q) 
V V V F 
V F V F 
F V V F 
F F F V 
 
 Guardemos essa coluna resultado para o final. E passemos à segunda parte da análise: a 
estrutura ~p ∧ ~q. Teremos, a princípio, o seguinte: 
p q 
V V 
V F 
F V 
F F 
 
 Construindo-se as colunas das negações de p e de q, teremos: 
p Q ~p ~q 
V V F F 
V F F V 
F V V F 
F F V V 
 
 Finalmente, fazendo a conjunção ~p e ~q, teremos o seguinte resultado: 
p Q ~p ~q ~p ∧ ~q 
V V F F F 
V F F V F 
F V V F F 
F F V V V 
 
Concluindo, comparemos a coluna resultado (em destaque) desta estrutura (~p ∧ ~q) com 
aquela que estava guardada da estrutura ~(p ∨ q). Teremos 
~(p ∨ q) ~p ∧ ~q 
V V 
V V 
V V 
F F 
 
 Resultados idênticos! Daí, do ponto de vista lógico, para negar “p ou q”, negaremos p, 
negaremos q, e trocaremos ou por e. 
 
Æ Negação de uma Proposição Condicional: ~(p Æ q) 
 Esta negativa é a mais cobrada em prova! Já, já, veremos exercícios de concursos bem 
recentes. Como é que se nega uma condicional? Da seguinte forma: 
 1º) Mantém-se a primeira parte; e 
 2º) Nega-se a segunda. 
 Por exemplo, como seria a negativa de “Se chover, então levarei o guarda-chuva”? 
 1º) Mantendo a primeira parte: “Chove” e 
 2º) Negando a segunda parte: “eu não levo o guarda-chuva”. 
 Resultado final: “Chove e eu não levo o guarda-chuva”. 
 
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13
 
Na linguagem lógica, teremos que: 
~(p Æ q) = p ∧ ~q 
 
 Vejamos a questão seguinte, que caiu na prova de Gestor Fazendário de Minas Gerais, 
realizada há poucos dias: 
(GEFAZ/MG-2005) A afirmação “Não é verdade que, se Pedro está em Roma, então Paulo 
está em Paris” é logicamente equivalente à afirmação: 
a) É verdade que ‘Pedro está em Roma e Paulo está em Paris’. 
b) Não é verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo não está em Paris’. 
c) Não é verdade que ‘Pedro não está em Roma ou Paulo não está em Paris’. 
d) Não é verdade que “Pedro não está em Roma ou Paulo está em Paris’. 
e) É verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo está em Paris’. 
 
Sol.: Vamos pensar juntos. Vejamos que a frase em análise começa com “não é verdade que...”. 
Logo, estamos lidando com uma negação! E o que se segue a esta negação? Uma proposição 
condicional, ou seja, uma sentença do tipo “Se p, então q”. 
 Daí, recordaremos aquilo que acabamos de aprender: para negar uma condicional, 
manteremos a primeira parte e negaremos a segunda. Teremos: 
1) Mantendo a primeira parte: “Pedro está em Roma” e 
2) Negando a segunda parte: “Paulo não está em Paris”. 
O resultado ficou assim: “Pedro está em Roma e Paulo não está em Paris”. 
Daí, procuraremos entre as opções de resposta, alguma que diga justamente que: “É 
verdade que ‘Pedro está em Roma e Paulo não está em Paris”. Encontramos? Não encontramos! Só 
há duas opções de resposta que começam com “É verdade que...”, que são as letras a e e. Estão, 
pois, descartadas essas duas opções. 
Restam as letras b, c e d. Todas essas começam com “Não é verdade que...”. Ou seja, 
começam com uma negação! Daí, fica claro perceber que o que precisamos fazer agora é encontrar 
uma proposição cuja negativa resulte exatamente na frase Pedro está em Roma e Paulo não 
está em Paris, a qual havíamos chegado. 
Ou seja, a proposição Pedro está em Roma e Paulo não está em Paris será o resultado 
de uma negação! 
Ora, aprendemos há pouco que negando uma disjunção (ou), chegaremos a uma conjunção 
(e), e vice-versa. Vejamos: 
~(p ∧ q) = ~p ∨ ~q e ~(p ∨ q) = ~p ∧ ~q 
 Estamos com o segundo caso, em que o resultado é uma conjunção (e): 
~(p ∨ q) = ~p ∧ ~q 
Observem que Pedro está em Roma e Paulo não está em Paris corresponde ao 
resultado ~p ∧ ~q, que é a segunda parte da igualdade. 
Estamos à procura da primeira parte, que é ~(p ∨ q). 
Logo, teremos que: 
Æ o til (~) corresponde a: “Não é verdade que...” 
Æ o p corresponde a: “Pedro não está em Roma”; 
Æ o ∨ corresponde a ou; 
Æ o q corresponde a: “Paulo está em Paris”. 
E chegamos a: 
“Não é verdade que Pedro não está em Roma ou Paulo está em Paris”. 
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Esta é nossa resposta! Letra d. 
Vejamos o caminho que foi trilhado, até chegarmos à resposta: 
1º) Fizemos a negação de uma proposição condicional (se...então). O resultado deste 
primeiro passo é sempre uma conjunção (e). 
2º) Achamos a proposição equivalente à conjunção encontrada no primeiro passo. 
 
 Na seqüência, apresentaremos duas tabelas que trazem um resumo das relações vistas até 
este momento. Vejamos: 
: 
Estrutura 
lógica 
É verdade quando É falso quando 
p ∧ q p e q são, ambos, verdade um dos dois for falso 
p ∨ q um dos dois for verdadep e q, ambos, são falsos 
p → q nos demais casos p é verdade e q é falso 
p ↔ q p e q tiverem valores lógicos iguais p e q tiverem valores lógicos diferentes 
~p p é falso p é verdade 
 
 Negativas das Proposições Compostas: 
negação de (p e q) é ~p ou ~q 
negação de (p ou q) é ~p e ~q 
negação de (p → q) é p e ~q 
negação de (p ↔ q) é [(p e ~q) ou (q e ~p)] 
 
 Encerraremos esta primeira aula com uma lista de questões de concurso, as quais 
poderemos tentar resolver somente com os conhecimentos já adquiridos. É o nosso... 
 
DEVER DE CASA 
01. (AFC-STN/2005) Se Marcos não estuda, João não passeia. Logo: 
a) Marcos estudar é condição necessária para João não passear. 
b) Marcos estudar é condição suficiente para João passear. 
c) Marcos não estudar é condição necessária para João não passear. 
d) Marcos não estudar é condição suficiente para João passear. 
e) Marcos estudar é condição necessária para João passear. 
 
02. (Fiscal Recife/2003) Pedro, após visitar uma aldeia distante, afirmou: “Não é 
verdade que todos os aldeões daquela aldeia não dormem a sesta”. A condição 
necessária e suficiente para que a afirmação de Pedro seja verdadeira é que seja 
verdadeira a seguinte proposição: 
a) No máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a sesta. 
b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta. 
c) Pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme a sesta. 
d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a sesta. 
e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta. 
 
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03. (AFC/2002) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto, é logicamente 
equivalente a dizer que é verdade que: 
a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto. 
b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto. 
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto. 
d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto. 
e) se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto. 
 
04. (MPOG/2001) Dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro” é logicamente 
equivalente a dizer que: 
a) André é artista se e somente se Bernardo não é engenheiro. 
b) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro. 
c) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro 
d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista. 
e) André não é artista e Bernardo é engenheiro 
 
05. (CVM/2000) Dizer que a afirmação “todos os economistas são médicos” é falsa, do ponto 
de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira: 
a) pelo menos um economista não é médico 
b) nenhum economista é médico 
c) nenhum médico é economista 
d) pelo menos um médico não é economista 
e) todos os não médicos são não economistas 
 
06. (Fiscal Trabalho/98) Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é, do ponto de 
vista lógico, o mesmo que dizer que: 
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista 
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro 
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista 
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista 
e) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista 
 
07. (Fiscal Trabalho/98) A negação da afirmação condicional "se estiver chovendo, eu levo o 
guarda-chuva" é: 
a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva 
b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva 
c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva 
d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva 
e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva 
 
08. (SERPRO/96) Uma sentença logicamente equivalente a “Pedro é economista, então Luísa 
é solteira” é: 
a) Pedro é economista ou Luísa é solteira. 
b) Pedro é economista ou Luísa não é solteira. 
c) Se Luísa é solteira,Pedro é economista; 
d) Se Pedro não é economista, então Luísa não é solteira; 
e) Se Luísa não é solteira, então Pedro não é economista. 
 
 Não esgotamos ainda o tópico de conceitos iniciais! Ainda há vários deles a serem explanados, o 
que será feito na próxima aula. 
 Voltaremos também a falar em Tabela-Verdade, e faremos muitos exercícios com elas! 
 Essas aulas iniciais são de fundamental importância, pois muitos destes conceitos nos 
acompanharão por todo o curso. 
 Por isso, é importante que vocês leiam e releiam tudo o que foi visto aqui hoje. Com calma, sem 
aperreios! E não esqueçam de tentar fazer as questões do dever de casa. As resoluções serão trazidas 
na próxima aula. 
 Ficamos hoje por aqui. Forte abraço a todos, e fiquem com Deus! 
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1
AULA 2: CONCEITOS INICIAIS (Continuação) 
 Olá, amigos! 
 Retornamos hoje para dar seqüência aos Fundamentos da Lógica – conceitos iniciais – que 
demos início na aula passada. 
 Convém sabermos que estas duas primeiras aulas são, por assim dizer, os pilares do curso 
inteiro. É possível que hoje tenhamos uma aula de muitas páginas, mas faremos o máximo esforço 
para que tudo seja explicado da forma mais minuciosa possível. 
 Doravante, passaremos a ter o cuidado de numerar todas as tabelas do texto, a fim de 
facilitar futuras referências a qualquer uma delas. 
 Comecemos com duas erratas da aula um. A primeira delas foi logo na primeira página, 
quando estávamos apresentando o conceito de proposição, e citamos alguns exemplos, chamando-
as de proposições p, q e r. Pois bem, a premissa q tinha o texto: “5 < 8”. Acharam? Logo em 
seguida, dissemos que o valor lógico dessa proposição era falso (VL(q)=F)! Erramos! Obviamente 
que é verdadeiro que 5<8. Corrigiremos, trocando o sinal de ‘menor que’ pelo ‘maior que’ (>). E aí, 
sim, terá valor lógico falso a proposição “5 > 8”. 
 A segunda correção diz respeito à última tabela que apresentamos na página 12, no 
momento em que estávamos comparando as tabelas-verdade que resultam das estruturas 
~(p v q) e ~p ∧~q. Na ocasião, concluímos que: 
~(p ∨ q) ~p ∧ ~q 
V V 
V V 
V V 
F F 
 
 Ora, os resultados destas duas estruturas são, sim, iguais! Só que, na verdade, seus 
resultados são, corrigindo as tabelas acima, os seguintes: 
~(p ∨ q) ~p ∧ ~q 
F F 
F F 
F F 
V V 
 
 Correções feitas, passemos a uma breve revisão (breve mesmo!) do que vimos até aqui, e 
do que temos obrigação de saber até agora: 
 
REVISÃO DA AULA PASSADA: 
# Proposição: é toda sentença a qual poderá ser atribuído um valor lógico (verdadeiro ou falso); 
haverá proposições simples ou compostas. 
 
# As proposições compostas podem assumir diversos formatos, ou seja, diversas estruturas, 
dependendo do conectivo lógico que esteja unindo as suas proposições componentes. Assim, 
haverá proposições compostas chamadas conjunções (E), disjunções (OU), disjunções 
exclusivas (OU...OU...), condicionais (SE...ENTÃO...), e bicondicionais (...SE E SOMENTE 
SE...). 
 
# Para entendermos mais facilmente o funcionamento dos três primeiros tipos de proposições 
compostas (conjunção, disjunção e disjunção exclusiva), podemos fazer uma analogia com a 
promessa de um pai para um filho. Lembram-se? “Te darei uma bola e te darei uma bicicleta”; “te 
darei uma bola ou te darei uma bicicleta”, “ou te darei uma bola ou te darei uma bicicleta”. 
 
 
TABELA 01 
TABELA 02 
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2
# Conjunção é aquela proposição composta que assume o formato “proposição p E proposição 
q”. Uma conjunção somente será verdadeira se ambas as sentenças componentes também forem 
verdadeiras. A tabela-verdade de uma conjunção será, portanto, a seguinte: 
p q p ∧ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F F 
 
Recordando: a promessa do pai só terá sido cumprida se as duas partes dela forem observadas! 
 
# Disjunção é a proposição composta queassume o formato “proposição p OU proposição q”. 
Para que uma disjunção seja verdadeira, basta que uma das sentenças componentes também o 
seja. A tabela-verdade de uma disjunção será, portanto, a seguinte: 
p q p ∨ q 
V V V 
V F V 
F V V 
F F F 
 
Recordando: basta o pai cumprir uma das partes da promessa e toda ela já terá sido cumprida! 
 
# Disjunção Exclusiva é a proposição que tem o formato “OU proposição p OU proposição q”. 
Na disjunção exclusiva, o cumprimento de uma parte da promessa exclui o cumprimento da outra 
parte. A tabela-verdade de uma disjunção exclusiva será, portanto, a seguinte: 
p q p ∨ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F V 
 
Recordando: a promessa do pai só é válida se ele der apenas um presente! 
 
# Condicional é a proposição composta que tem o formato “SE proposição p, ENTÃO 
proposição q”. Para o melhor entendimento deste tipo de estrutura, somente para efeitos 
didáticos, lembraremos da seguinte proposição: 
“Se nasci em Fortaleza, então sou cearense”. 
 A estrutura condicional é de tal forma que “uma condição suficiente gera um resultado 
necessário”. Ora, o fato de alguém ter nascido em Fortaleza já é condição suficiente para o 
resultado necessário: ser cearense. 
 Pensando desta forma, a única maneira de tal estrutura se tornar FALSA seria no caso em 
que existe a condição suficiente, mas o resultado (que deveria ser necessário!) não se verifica! 
 Ou seja, só é falsa a condicional se a primeira proposição (condição suficiente) for 
VERDADEIRA e a segunda proposição (resultado necessário) for FALSA. A tabela-verdade de uma 
condicional será, portanto, a seguinte: 
p q p Æ q 
V V V 
V F F 
F V V 
F F V 
 
TABELA 03 
TABELA 04 
TABELA 05 
TABELA 06 
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3
 Como já era o esperado, a maioria das dúvidas enviadas para o nosso fórum versaram 
acerca da condicional. Uma coisa tem que ficar perfeitamente clara: o exemplo com o qual 
trabalhamos acima (“se nasci em Fortaleza então sou cearense”) foi escolhido exclusivamente para 
efeitos didáticos! Na realidade, não é preciso que exista qualquer conexão de sentido entre o 
conteúdo das proposições componentes da condicional. 
 Por exemplo, poderemos ter a seguinte sentença: 
“Se a baleia é um mamífero, então o papa é alemão” 
 
 Viram? O que interessa é apenas uma coisa: a primeira parte da condicional é uma 
condição suficiente para a obtenção de um resultado necessário. Este resultado necessário 
será justamente a segunda parte da condicional. 
 Voltemos a pensar na frase modelo da condicional: 
“Se nasci em Fortaleza, então sou cearense”. 
 No fórum, alguém perguntou como seria possível considerar a condicional VERDADEIRA, 
sendo a primeira parte dela falsa e a segunda verdadeira (vide terceira linha tabela-verdade): 
p q p Æ q 
V V V 
V F F 
F V V 
F F V 
 
 Ora, seria possível que eu não tenha nascido em Fortaleza, e ainda assim que eu seja 
cearense? Claro! Posso perfeitamente ter nascido em qualquer outra cidade do Ceará, que não 
Fortaleza! Certo? Ou seja, não invalida a condicional o fato de a primeira parte ser falsa e a 
segunda ser verdadeira. Ok? 
 É imprescindível que fique guardado na memória de vocês a seguinte conclusão: 
 
 
 
Esta é a informação crucial. Mesmo que a compreensão da estrutura não tenha, neste 
primeiro momento, ficado inteiramente clara para alguém, o mais importante, por hora, é guardar 
bem a conclusão acima. Ok? Ao longo das aulas, temos certeza que alguns pontos irão clareando 
mais e mais. 
 
# Bicondicional é a proposição composta do formato “proposição p SE E SOMENTE SE 
proposição q”. Nesta estrutura, as duas partes componentes estão, por assim dizer, amarradas: 
se uma for VERDADEIRA, a outra também terá que ser VERDADEIRA; se uma for FALSA, a outra 
também terá que ser FALSA. 
 Será, portanto, válida a estrutura bicondicional se esta característica se verificar: ambas as 
proposições verdadeiras, ou ambas falsas. A tabela-verdade de uma bicondicional será, portanto, a 
seguinte: 
p q p ↔ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F V 
 
 
 
 
TABELA 07 
A condicional somente será FALSA quando o antecedente for VERDADEIRO e o 
conseqüente for FALSO! 
TABELA 08 
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4
# Negação de uma Proposição Simples: 
 Nada mais fácil: o que é VERDADEIRO torna-se falso, e vice-versa! 
 A tabela-verdade será, portanto, a seguinte: 
p ~p 
V F 
F V 
 
# Negação de uma Proposição Composta: 
 
Æ Negação de uma Conjunção: 
 A negativa de uma conjunção se faz assim: 
 1º) Nega-se a primeira parte; 
 2º) Nega-se a segunda parte; 
 3º) Troca-se o E por um OU. 
 
Ou seja: ~(p ∧ q) = ~p ∨ ~q 
 
 Assim, para negar a seguinte sentença: 
“Te darei uma bola E te darei uma bicicleta” 
 Faremos: 
“Não te darei uma bola OU não te darei uma bicicleta” 
 
Æ Negação de uma Disjunção: 
 A negativa de uma disjunção se faz assim: 
 1º) Nega-se a primeira parte; 
 2º) Nega-se a segunda parte; 
 3º) Troca-se o OU por um E. 
 
Ou seja: ~(p ∨ q) = ~p ∧ ~q 
 
 Assim, para negar a seguinte sentença: 
“Te darei uma bola OU te darei uma bicicleta” 
 Faremos: 
“Não te darei uma bola E não te darei uma bicicleta” 
 
Æ Negação de uma Condicional: 
 A negativa de uma condicional se faz assim: 
 1º) Mantém-se a primeira parte; E 
 2º) Nega-se a segunda parte; 
 
Ou seja: ~(p → q) = p ∧ ~q 
 
TABELA 09 
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5
 Assim, para negar a seguinte sentença: 
“Se a baleia é um mamífero, então o papa é alemão” 
 Faremos: 
“A baleia é uma mamífero E o papa não é alemão” 
 
 Essencialmente, foi este o conteúdo de nossa primeira aula. 
 Passemos a analisar algumas questões do dever de casa que ficou para vocês fazerem. 
 
 RESOLUÇÃO DO DEVER DE CASA 
 Resolveremos ainda hoje as oito questões que ficaram pendentes! Na seqüência, faremos 
algumas delas. As demais, em páginas mais adiante. 
 Comecemos com a questão 2: 
 
02. (Fiscal Recife/2003) Pedro, após visitar uma aldeia distante, afirmou: “Não é 
verdade que todos os aldeões daquela aldeia não dormem a sesta”. A condição 
necessária e suficiente para que a afirmação de Pedro seja verdadeira é que seja 
verdadeira a seguinte proposição: 
a) No máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a sesta. 
b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta. 
c) Pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme a sesta. 
d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a sesta. 
e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta. 
 
Sol.: Ora, aqui percebemos que há uma proposição simples no enunciado, e que precisa ser 
analisada. Qual é essa proposição? A seguinte: 
“Não é verdade que todos os aldeões daquela aldeia não dormem a sesta” 
 Se observarmos bem, veremos que esta sentença contém duas negações. Vejamos em 
destaque: 
“Não é verdade que todos os aldeões daquela aldeia não dormem a sesta” 
 
 Também é fato que nosso cérebro trabalha mais facilmente com afirmações que com 
negações. Tiremos a prova! Vamos trocar essas expressões negativas da frase acima por 
afirmações correspondentes. Podemos, então, trocar “não é verdade” por “é mentira”. Todos 
concordam? É a mesma coisa? Claro! Trocaremos também “não dormem a sesta” por “ficam 
acordados”. Pode ser? Teremos: 
“É mentira que todos os aldeões daquela aldeia ficam acordados” 
 
 Agora interpretemos a frase acima: ora, se é mentira que todos os aldeões ficam acordados, 
significa que pelo menos um deles dorme! Concordam? É a respostada questão, opção C! 
 Daqui, extrairemos uma lição: a palavra-chave da frase em questão é TODOS. É esta 
palavra que está sendo negada! E, conforme vimos, a negação de TODOS é PELO MENOS UM 
(=ALGUM). 
 Podemos até criar a seguinte tabela: 
 
p ~p 
TODO A é B ALGUM A não é B 
ALGUM A é B NENHUM A é B 
 
TABELA 10 
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6
 Questão semelhante já havia sido cobrada também pela Esaf. A frase em análise então era 
a seguinte: “Não é verdade que todas as pessoas daquela família não são magras”. Como 
interpretar essa frase? Do mesmo jeito: primeiramente, troquemos as partes negativas por 
afirmações correspondentes. Teríamos o seguinte: “É mentira que todas as pessoas daquela 
família são gordas”. Ora, se é mentira que todas são gordas, então é porque pelo menos uma 
delas é magra! Só isso e mais nada. 
 Adiante! 
03. (AFC/2002) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto, é 
logicamente equivalente a dizer que é verdade que: 
a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto. 
b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto. 
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto. 
d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto. 
e) se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto. 
 
Sol.: Esta é bem simples! Trata-se da negação (“não é verdade que...) de uma conjunção 
(E). Ora, sabemos que na hora de negar uma conjunção, teremos: ~(p ∧ q) = ~p ∨ ~q 
 Daí, negando a primeira parte, teremos: Pedro não é pobre. Negando a segunda parte: 
Alberto não é alto. Finalmente, trocando o E por um OU, concluiremos que: 
Não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto 
é igual a: 
Pedro não é pobre ou Alberto não é alto. Æ Resposta (letra A)! 
 
 Deixemos a questão 4 para daqui a pouco. 
 
05. (CVM/2000) Dizer que a afirmação “todos os economistas são médicos” é falsa, do 
ponto de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira: 
a) pelo menos um economista não é médico 
b) nenhum economista é médico 
c) nenhum médico é economista 
d) pelo menos um médico não é economista 
e) todos os não médicos são não economistas 
 
Sol.: Esta questão agora se tornou muito fácil, após termos feito a questão dois. Aprendemos, 
inclusive com uma tabela apropriada, que a palavra TODOS é negada por PELO MENOS UM 
(=ALGUM). Daí, se o enunciado diz que é FALSA a sentença “Todos os economistas são médicos”, o 
que ela quer na verdade é que façamos a NEGAÇÃO desta frase! 
 Ora, se é mentira que todos os economistas são médicos, é fácil concluirmos que pelo 
menos um economista não é médico! É nossa resposta – opção A! 
 
Pulemos a sexta, por enquanto! 
 
 
07. (Fiscal Trabalho/98) A negação da afirmação condicional "se estiver chovendo, eu 
levo o guarda-chuva" é: 
a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva 
b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva 
c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva 
d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva 
e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva 
 
Sol.: Esta também não traz grande dificuldade! O que a questão pede é a negação de uma 
condicional. Ora, já aprendemos como se faz isso: mantém-se a primeira parte E nega-se a 
segunda! Daí, concluiremos o seguinte: 
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7
 
"se estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva" 
é igual a: 
“está chovendo E eu não levo o guarda-chuva” Æ Resposta (letra E)! 
 
 Ao longo desta aula, resolveremos as questões que ficaram faltando! 
 
# TABELAS-VERDADE: 
 Trataremos agora um pouco mais a respeito de uma TABELA-VERDADE. 
 Aprendemos que se trata de uma tabela mediante qual são analisados os valores lógicos de 
proposições compostas. 
 Na aula passada, vimos que uma Tabela-Verdade que contém duas proposições apresentará 
exatamente um número de quatro linhas! Mas e se estivermos analisando uma proposição 
composta com três ou mais proposições componentes? Como ficaria a tabela-verdade neste caso? 
 Generalizando para qualquer caso, teremos que o número de linhas de uma tabela-verdade 
será dado por: 
Nº de Linhas da Tabela-Verdade = 2 Nº de proposicões 
 
 Ou seja: se estivermos trabalhando com duas proposições p e q, então a tabela-verdade 
terá 4 linhas, já que 22=4. 
 E se estivermos trabalhando com uma proposição composta que tenha três componentes p, 
q e r? Quantas linhas terá essa tabela-verdade? Terá 8 linhas, uma vez que 23=8. 
 E assim por diante. 
 
Æ TABELAS-VERDADES PARA p E q: 
 Trabalhando com duas proposições componentes, a estrutura inicial da tabela-verdade será 
sempre aquela que já aprendemos na aula passada. Qual seja: 
 
p q 
V V 
V F 
F V 
F F 
 
 E a próxima coluna (ou próximas colunas) da tabela-verdade dependerá dos conectivos que 
estarão presentes na proposição composta. 
 Já sabemos construir, pelo menos, cinco tabelas-verdade de proposições compostas! Claro! 
A tabela-verdade da conjunção, da disjunção, da disjunção exclusiva, da condicional e da 
bicondicional. 
 Com este conhecimento prévio, já estamos aptos a construir as tabelas-verdade de qualquer 
outra proposição condicional formada por duas proposições componentes (p e q). Designaremos tal 
proposição composta da seguinte forma: P(p, q). 
 Suponhamos, pois, que estamos diante da seguinte proposição composta: 
P(p, q)=~(p v ~q) 
 ...e desejamos construir a sua tabela-verdade. Como seria? O início da tabela é, conforme 
sabemos, sempre o mesmo. Teremos: 
 
TABELA 11 
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8
 
p q 
V V 
V F 
F V 
F F 
 
 Agora olhemos para a proposição que estamos trabalhando [~(p v ~q)] e comparemos o 
que já temos na tabela acima com o que ainda precisamos encontrar. Já temos o ~q? Ainda não! 
Então, é nosso próximo passo: construir a coluna da negação de q. Teremos: 
 
p q ~q 
V V F 
V F V 
F V F 
F F V 
 
 Seguindo adiante, construiremos agora a coluna referente ao parênteses (p v ~q). Trata-se 
pois, de uma disjunção, cujo funcionamento já é nosso conhecido (só será falsa se as duas partes 
forem falsas!). Colocaremos em destaque (sombreado) as colunas de nosso interesse para a 
formação desta disjunção. Teremos: 
p q ~q p v ~q 
V V F V 
V F V V 
F V F F 
F F V V 
 
 Ficou claro para todo mundo? Vejamos de novo: colocando as duas colunas (p e ~q) lado a 
lado, veremos que só na terceira linha ocorre a situação FALSO e FALSO, a qual torna também 
FALSA a conjunção. Vejamos: 
p ~q p v ~q 
V F V 
V V V 
F F F 
F V V 
 
 Por fim, concluindo a análise desta proposição composta, resta-nos construir a coluna que é 
a própria proposição: ~(p v ~q). Ou seja, faremos a negação da conjunção acima. Para isso, 
quem for VERDADEIRO vira FALSO e vice-versa. Teremos: 
p Q ~q p v ~q ~(p v ~q) 
V V F V F 
V F V V F 
F V F F V 
F F V V F 
 
 É este, portanto, o resultado final da tabela-verdade para a proposição ~(p v ~q). 
 Uma coisa muito importante que deve ser dita neste momento é que, na hora de 
construirmos a tabela-verdade de uma proposição composta qualquer, teremos que seguir uma 
certa ordem de precedência dos conectivos. Ou seja, os nossos passos terão que obedecer a 
uma seqüência. 
 Começaremos sempre trabalhando com o que houver dentro dos parênteses. Só depois, 
passaremos ao que houver fora deles. Em ambos os casos, sempre obedecendo à seguinte ordem: 
 
TABELA 12 
TABELA 13 
TABELA 14 
TABELA 15 
TABELA 16 
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1º) Faremos as negações (~); 
 2º) Faremos

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