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O ALIENISTA RENATTO

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ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CÁCERES
DEPARTAMENTO DE DIREIRO
Acadêmicos:
RENATTO TOSTA LIMA
Curso:
DIREITO
Disciplina:
HERMENÊUTICA JURÍDICA
Professor:
JULIANO MORENO KERSUL DE CARVALHO
Cáceres, MT
2017
O ALIENISTA
Renatto Tosta Lima�
	"O Alienista " é uma obra de Machado de Assis, onde ele narra a vida do Dr. Simão Bacamarte, médico que, após imenso reconhecimento profissional na Europa, retorna ao Brasil, para a cidade de Itaguaí, com o intuito de dedicar-se mais à sua profissão. Quando chega ele se casa com D. Evarista, viúva de um juíz que, aos vinte e cinco anos, sem filhos, sem muita simpatia ou beleza, o Dr. Bacamarte acredita que ela tem tudo que ele precisa em uma esposa, vendo nela estrutura física ideal para lhe gerar filhos saudáveis e robustos e aparência física que não o distrairia de seu objetivo principal, que é o de aprofundar-se ainda mais em seus estudos, o que não foi de todo alcançado por ele, pois D. Evarista não gera nenhum filho.
	Passado algum tempo o Dr. Bacamarte, estudando psiquiatria, decide abrir um manicômino na cidade, após proeminente discurso na câmara dos vereadores, consegue autorização para tal feito, onde é criado um novo imposto para os cidadãos, que custearão as despesas daqueles que não têm condições de arcar com estas custas, bem como lhe é autorizado a internação de pessoas que o mesmo julgue doentes mentais.
	Foi inaugurado o manicômio denominado de Casa Verde por ter inúmeras janelas verdes, após os festejos e comemorações da instituição, o padre constata que não imaginava que houvesse tantas pessoas com problemas mentais, pois a Casa Verde fica completamente lotada e é construída uma nova ala com novos "cubículos" para atender mais pacientes. O Dr. Bacamerte começa a ver problemas mentais em todas as pessoas que lhe causam espanto, como no caso do Costa, personagem que acaba com toda a sua herança emprestando dinheiro e não tendo coragem para cobrar aqueles que lhe devem, internando estes por seus próprios critérios, deixando a população local preocupada.
	Diante de tanto estudo, trabalho e pesquisas, com cada vez mais internos, D. Evarista se vê deprimida e confessa ao Alinista que se sente tão viuva quando antes de seu casamento, quando ele sugere que esta conheça o Rio de Janeiro, ao questioná-lo sobre os custos e se ele nao a acompanharia, o mesmo mostra para a esposa sua atual situação financeira que era das melhores, surpreendendo-a, três meses depois uma comitiva parte rumo a cidade do Rio de Janeiro, pessoas se mostram tristes, porém o Dr. Bacamarte se vê a vontade para continuar seu trabalho e pesquisas.
	Com a viagem de D. Evarista o alienista começa a realizar várias outras internações, uma delas foi do Sr. Mateus porque este construiu uma casa de grande destaque social e ficava contemplando sua obra diariamente. Diante de seu estranho hábito, assim descrito pelo alienista, o mesmo foi levado à Casa Verde. Com o retorno de D. Evarista do Rio de Janeiro, as pessoas acreditavam que o Dr. Bacamarte amenizaria sua postura, nada mudou, em um jantar realizado pelo retorno de D. Evarista, o Sr. Martim Brito despeja elogios à D. Evarista, três dias depois este também é levado à Casa Verde, instaurando o caos na população da cidade.
	Diante disso, Porfírio, o barbeio, conhecido como Canjica, articula para elaborarem uma petição ao governo para capturarem e deportarem o Dr. Bacamarte. Partiram em direção à Câmara, com diversos argumentos, se deparam com a surpresa de que o Dr. Bacamarte não cobrara mais por seus serviços, onde o barbeiro se vê sem argumentos. Porfírio, com pretenções de chegar ao poder, articula também uma revolução, por causa de seu apelido, a revolução recebe o nome de Revolta dos Canjivas, conseguindo o apoio de, aproximadamente, trezentos participantes que partem em direção à casa do Dr. Bacamarte, que os recebe totalmente equilibrado e cria um diálogo com os participantes, acalmando temporariamente os revoltados. A força armada da cidade chega ao local tentando controlar a população que se deparam com diversos conhecidos e semelhantes, os guardas então ficam com a população, Porfírio, mais uma vez fica em vantagem, quando marcha empunhando a espada do comandante que se rende. Na câmara dos vereadores Porfírio consegue o que queria, toma o poder com uma declaração ao povo para que este fique ao seu lado, pois a coroa estaria.
	Nos dias que sucederam a conversa entre Porfírio e o alienista, quando este ficou sabendo dos onze mortos e vinte e cinco feridos, foram levados à Casa Verde cerca de cinquenta apoiadores da Revolução dos Canjicas, diante disso o povo continua revoltado e João Pina, outro barbeiro articula contra Porfírio, que também perde o poder. João Pina assume a difícil tarefa de governar.
	O Dr. Bacamarte, agora diante de tamanho poder, passa a internar pessoas com as mais diversas alegações, pessoas muito ricas, pessoas avarentas, moças consideradas namoradeiras, até mesmo Porfírio e o presidente da câmara são internados, assim como D. Evarista que é levada as duas da manhã pelo simples fato de ficar indecisa sobre qual colar usar em um evento.
	Certo dia, sem maiores explicações,a população é surpreendida por um ofício do Dr. Bacamarte, onde todos as pessoas internadas na Casa Verde seriam liberadas por haver quatro quintos da população dentro de sua instituição, diante disso, aqueles considerados normais é que seriam internados, a população comemorou de diversas formas, inclusive no que diz respeito a mágoas que existiam em relação ao alienista, que passa a prender aqueles que apresentam comportamentos normais e nobres, inclusive o juiz de fora, após longo e minucioso estudo, conforme nova legislação aprovada pela câmara dos vereadores.
	Findado o prazo estipulado pela nova norma, o alienista solta, mais uma vez, todos aqueles que estavam recolhidos na casa verde, reunindo as pessoas mais próximas após uma alálise sobre si mesmo, constantando que ele tinha a melhor saúde mental, sendo ele quem deveria estar internado na Casa Verde, assim o fazendo, e se trancando sozinho no lugar.
� Academico do Curso de Direito – Unemat, e-mail: renattot@me.com

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