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FINANCIAMENTO DO SUS LEI COMPLEMENTAR Nº 141/2012 Regulamenta o § 3º do art. 198 da Constituição Federal. Uma das principais conquistas da Lei Complementar nº 141/2012 foi detalhar quais despesas são consideradas gastos com saúde. Vamos analisar cuidadosamente essas despesas. CONHECENDO OS BLOCOS DE FINANCIAMENTO DO SUS – REPASSE FUNDO A FUNDO • São seis e são constituídos por componentes, de acordo com as especificidades de suas ações e os serviços de saúde pactuados nos respectivos componentes: 1 - Atenção Básica: constituído por 2 componentes: • O PAB fixo é um valor praticamente fixo e só varia conforme a população do seu município e o • PAB variável irá variar de acordo com o desempenho do Gestor e da sua equipe. • 2 – Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar, também constituída por dois componentes: • I. Limite Financeiro da Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar -MAC; • II. Componente Fundo de Ações Estratégicas e Compensação – FAEC. PORTARIA Nº 204, DE 29 DE JANEIRO DE 2007 CONHECENDO OS BLOCOS DE FINANCIAMENTO DO SUS –REPASSE FUNDO A FUNDO 3 -Vigilância em Saúde/ constituído por 2 Componentes: • I. Componente da Vigilância e Promoção da Saúde; • II. Componente da Vigilância Sanitária. • 4 -Assistência Farmacêutica, constituído por 3 componentes; I. Básico, II. especializado e III. estratégico PORTARIA Nº 204, DE 29 DE JANEIRO DE 2007 CONHECENDO OS BLOCOS DE FINANCIAMENTO DO SUS –REPASSE FUNDO A FUNDO • 4 -Assistência Farmacêutica CONHECENDO OS BLOCOS DE FINANCIAMENTO DO SUS –REPASSE FUNDO A FUNDO • 5 -Gestão do SUS. Componentes: • I. Qualificação da gestão do SUS; • II. Implantação de ações e serviços de saúde. • 6 - Investimentos na Rede de Serviços de Saúde - este investimento é exclusivo para a realização de despesas de capital, mediante apresentação de projeto, encaminhado pelo ente federativo interessado ao Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 204, DE 29 DE JANEIRO DE 2007 Lei Complementar nº 141/2012 (Originada da Emenda Constitucional nº 29/2000) • Dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; • Estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo; Critérios de Rateio: Dos recursos da união vinculados à saúde Aos estados, ao DF e aos municípios Dos recursos dos estados vinculados à saúde Aos seus respectivos municípios destinados destinados Visando à progressiva redução das disparidades regionais Quem financia as ações e serviços de saúde implementadas pelos estados, municípios e DF? • São financiados com recursos públicos da União, Estados e Municípios e de outras fontes suplementares de financiamento, todos devidamente contemplados no orçamento da seguridade social. • Cada esfera de governo deve assegurar o aporte regular de recursos ao respectivo fundo de saúde. • Paim, 2009 Quais são as outras fontes de recursos do SUS? • Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde; • Ajuda, contribuições, doações e donativos; • Alienações patrimoniais e rendimentos de capital; • Taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do SUS; e • Rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais. Que são AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE? • São aquelas voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde, que sejam de ACESSO UNIVERSAL, IGUALITÁRIO e GRATUITO; • São aquelas que estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Saúde de cada ente da Federação (compatibilidade com planos de saúde – planejamento ascendente); • São aquelas que sejam de responsabilidade específica do setor da saúde (despesas específicas do setor saúde) ATENÇÃO ... • os recursos destinados para as ações e serviços públicos de saúde DEVEM ser administrados pelos respectivos fundos de saúde, e não por outros setores da administração pública O que são fundos de saúde? São contas especiais movimentadas pelos gestores nas três esferas de governo e fiscalizados pelos respectivos Conselhos de Saúde. PARA FINS DE APLICAÇÃO DE RECURSOS MÍNIMOS NA SAÚDE (art. 4º) SÃO CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, • Atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, incluindo assistência terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais; NÃO SÃO CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE • Assistência à saúde que NÃO atenda ao princípio de acesso universal; Remuneração do pessoal ativo da área de saúde em atividade nas ações de que trata este artigo, incluindo os encargos sociais; Pagamento de pessoal ativo da área de saúde quando em ATIVIDADE ALHEIA à referida área; Capacitação do pessoal de saúde do SUS; Pagamento de aposentadorias e pensões, INCLUSIVE dos servidores da saúde; PARA FINS DE APLICAÇÃO DE RECURSOS MÍNIMOS NA SAÚDE (art. 4º) SÃO CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, • Saneamento básico dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos; NÃO SÃO CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE • Saneamento básico, inclusive quanto às ações financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preços públicos instituídos para essa finalidade Manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenças; Preservação e correção do meio ambiente, realizadas pelos órgãos de meio ambiente dos entes da Federação ou por entidades não governamentais; Investimento na rede física do SUS, incluindo a execução de obras de recuperação, reforma, ampliação e construção de estabelecimentos públicos de saúde; Obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede de saúde PARA FINS DE APLICAÇÃO DE RECURSOS MÍNIMOS NA SAÚDE (art. 4º) SÃO CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, • Vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária; NÃO SÃO CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE • MERENDA ESCOLAR e outros programas de alimentação; Desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovidos por instituições do SUS; Ações de assistência social; Produção, aquisição e distribuição de insumos específicos dos serviços de saúde do SUS, tais como: imunobiológicos, sangue, medicamentos e equipamentos médico odontológicos; LIMPEZA URBANA e remoção de resíduos; PARA FINS DE APLICAÇÃO DE RECURSOS MÍNIMOS NA SAÚDE (art. 4º) SÃO CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, • Ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e imprescindíveis à execução das ações e serviços públicos de saúde; NÃO SÃO CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE • Ações e serviços públicos de saúde custeados com recursos distintos dos especificados nesta lei ou vinculados a fundos específicos distintos daqueles da saúde. Gestão do sistema público de saúde e Operação de unidades prestadoras de serviços públicos de saúde Aplicação de Recursos Mínimos na Saúde (EC nº 29/2000)União Estados Municípios e Distito Federal Valor empenhado no ano anterior mais, no mínimo, a variação nominal do PIB. No mínimo 12% da arrecadação dos impostos. No mínimo 15% da arrecadação dos impostos RECURSOS MÍNIMOS EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE Atenção: Esses percentuais MÍNIMOS podem ser alterados, uma vez que a Lei Complementar nº 141/12 deve ser reavaliada pelo menos a cada 5 anos, conforme determinação do art. 198, § 3º, da CF/88. ATENÇÃO • Em 17 de marco de 2015 foi promulgada a Emenda Constitucional nº 862 , conhecida como a Emenda Constitucional do “orçamento impositivo”que, em linhas gerais, altera o artigo 198 da Constituição Federal para estabelecer 15% de vinculação da Receita Corrente Líquida da União para os programas e ações de saúde. • CONASEMS. Lei complementar 141. Guia prático para a Gestão Municipal. 2015 Os Recursos da União • Serão repassados • Ao Fundo Nacional de Saúde • Às demais unidades orçamentarias que compõem o MS Para ser aplicados em ações e serviços públicos de saúde 15% de vinculação da Receita Corrente Líquida da União para os programas e ações de saúde. Critérios para recebimento dos recursos fundo a fundo – Lei 8142/90 • Fundo de Saúde legalizado • Conselho de saúde constituído • Plano de Saúde apresentado e aprovado • Relatórios de gestão anual apresentados e aprovados • Contrapartidas de recursos para a saúde no respectivo orçamento; • Comissão de Elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários. Fundo de Saúde • Instituído por lei e mantido em funcionamento pela administração direta da união, dos estados, do DF e dos municípios O repasse dos recursos será feito diretamente ao fundo de saúde do respectivo ente da federação e, no caso da união, também às demais unidades orçamentárias do MS As instituições financeiras referidas na CF são: • Banco Central • Instituições financeiras oficiais (BB; CX;) Estas são obrigadas a evidenciar, nos demonstrativos financeiros das contas correntes do ente da federação, divulgados em meio eletrônico ANS; ANVISA; FUNASA FUND. OSVALDO CRUZ EMP BRASILEIRA DE HEMODERIVADOS E BIOTECNOLOGIA Os recursos do Fundo Nacional de Saúde Destinados a despesas com as ações e serviços públicos de saúde, de custeio e capital, a serem executados pelos estados, pelo DF ou pelos municípios. Serão transferidos diretamente aos respectivos fundos de saúde, de forma: regular e automática; dispensada a celebração de convênio ou outros instrumentos jurídicos Os recursos dos fundos estaduais de saúde serão transferidos para os fundos municipais de saúde De forma regular e automática Em conformidade com os critérios de transferência aprovados pelo respectivo Conselho de Saúde Cabe ao Tribunal de Contas verificar a aplicação dos recursos mínimos em ações e serviços públicos de saúde de cada ente da federação sob sua jurisdição. Os órgãos gestores de saúde da União, dos Estados, do DF e dos Municípios darão ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público, das prestações de contas periódicas da área da saúde, para consulta e apreciação dos cidadãos e de instituições da sociedade, com ênfase no que se refere a: 1)Comprovação do cumprimento do disposto nesta Lei; 2)Relatório de Gestão do SUS; 3)Avaliação do Conselho de Saúde sobre a gestão do SUS no âmbito do respectivo ente da Federação Parágrafo Único. A transparência e a visibilidade serão asseguradas mediante: • Incentivo à participação popular e •a realização de audiências públicas Durante o processo de elaboração e discussão do Plano de Saúde Critérios para o rateio dos recursos dos estados para os municípios Depende: • Das necessidades de saúde da população; • Da dimensão epidemiológica, • Da dimensão demográfica, • Da dimensão sócio econômica, • Da dimensão espacial e • Da capacidade de oferta de ações e de serviços de saúde, Observada a necessidade de reduzir as desigualdades regionais e promover a equidade OBRIGADA!!!!!!!!! •“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de... REPRESENTANTES ELEITOS (Democracia Representativa) ou DIRETAMENTE” (Democracia participativa) (CF – art.1 § Único) Referencias • LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012 • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm • CONASEMS. Lei complementar 141. Guia prático para a Gestão Municipal. 2015. Acesso: http://www.conasems.org.br/wp- content/uploads/2017/01/Livro_LC_141_tela.pdf
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