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Finanças Públicas e Competências da União

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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
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Aula 9: 
 
Olá Pessoal, tudo certo? Hoje veremos um assunto que é pouco 
comum ao dia-a-dia de vocês, mas é um assunto bem interessante, 
importante para a prova, e simples... é só ter atenção! Vamos nessa! 
 
Finanças Públicas - Normas gerais 
Regulamentação: 
Cabe à lei complementar regulamentar diversas coisas em “finanças 
públicas”. Essas “diversas coisas” não são muito cobradas em 
concursos, mas não quer dizer que “nunca” serão cobradas. 
Vejamos: 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das 
autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo 
Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e 
indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais 
de crédito da União, resguardadas as características e 
condições operacionais plenas das voltadas ao 
desenvolvimento regional. 
Lembro ainda que é o Senado Federal, através de resolução, o 
responsável por diversas competências no que tange as finanças 
públicas, notadamente o estabelecimento de “limites” para tais 
operações. Segundo o art. 52, cabe ao Senado Federal: 
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de 
interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Territórios e dos Municípios; 
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites 
globais para o montante da dívida consolidada da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - dispor sobre limites globais e condições para as 
operações de crédito externo e interno da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas 
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autarquias e demais entidades controladas pelo Poder 
Público federal; 
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de 
garantia da União em operações de crédito externo e 
interno; 
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante 
da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
Veja que em relação à dívida consolidada, ou fundada, que é a dívida 
de “longo prazo”, que compreende, em regra, os compromissos de 
exigibilidade superior a 12 meses, o Senado estabelece limites a 
serem observados por todos os entes (inclui a União). Já em relação 
à dívida mobiliária, que é aquela proveniente da emissão de títulos da 
dívida, estabelece limites a serem observados apenas pelos 
Estados/DF e Municípios. 
 
Pulo do gato: 
Percebemos então, que as matérias de finanças públicas, em geral, 
são regulamentadas por lei complementar, porém, quando falar em 
limites e condições, precisamos de uma “resolução do Senado”, então 
temos: 
• Falou em finanças ��� Lei complementar. 
• Falou em limites e condições ��� Resolução do Senado. 
 
 
OBS. Existe uma lei complementar (LRF), que veremos à frente, que 
é a responsável por estabelecer “limites com despesa de pessoal”, 
logo, não confundam isso com o pulo do gato que passei. O pulo do 
gato se refere a limites com operações de crédito e dividas 
(consolidada e mobiliária). 
 
Gostaria de lembrar que essas coisas relacionadas às finanças 
públicas são em regras uma competência da União. Assim a 
Constituição estabelece que é competência material exclusiva da 
União: 
• Emitir moeda (CF, art. 21, VII); 
• Administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as 
operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, 
câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de 
previdência privada (CF, art. 21, VIII). 
E ainda compete privativamente à União, a legislação sobre: 
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• Sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais 
(CF, art. 22, VI); 
• Política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores 
(CF, art. 22, VII). 
 
1. (CESPE/Auditor – TCU/2009) Compete à lei complementar 
dispor sobre finanças públicas e sobre os limites globais e condições 
para o montante da dívida mobiliária dos estados, do Distrito Federal 
(DF) e dos municípios. 
Comentários: 
Realmente, segundo o art. 163, I, compete à lei complementar dispor 
sobre finanças públicas. Porém, os limites e condições sobre as 
matérias diversas matérias em finanças públicas são atribuídos por 
resolução do Senado, e assim ocorre para os limites globais e 
condições para o montante da dívida mobiliária dos estados, do 
Distrito Federal (DF) e dos municípios, conforme estabelecido no art. 
52, IX da Constituição Federal. 
Gabarito: Errado. 
 
2. (FCC/AJAA-TRE-AM/2003) Só uma lei complementar poderá 
dispor sobre a concessão de garantias pelas entidades públicas. 
Comentários: 
Segundo o art. 163, III da Constituição, lei complementar disporá 
sobre: concessão de garantias pelas entidades públicas. 
Entendemos que a banca foi audaciosa em considerar correta a 
assertiva que diz que “só” uma lei complementar pode versar sobre 
a matéria. A questão não nos parece de todo correta, pois também 
poderia fazer isso uma “emenda constitucional”. Porém, a banca 
ignorou este fato. 
Gabarito: Correto. 
 
3. (TRT 6ª/Juiz do Trabalho – TRT 6ª/2010) Lei 
complementar disporá sobre dívida pública externa e externa, 
excetuada a das autarquias, fundações e demais entidades 
controladas pelo Poder Público. 
Comentários: 
Segundo o art. 163, II, a lei complementar deve regulamentar a 
dívida pública, interna ou externa, incluída a das autarquias, 
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; 
Gabarito: Errado. 
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Competências e vedações do Banco Central: 
Agora sim chegamos onde interessa. O grosso das questões do tema 
“finanças públicas – normas gerais” vem daqui. 
O Banco Central é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da 
Fazenda. É um órgão de extrema relevância, constitucionalmente 
previsto, e que possui seu Presidente e seus diretores nomeados pelo 
Presidente da República, mas somente após aprovação da maioria 
absoluta do Senado Federal, conforme nos mostra o art. 52, III, “d” 
da Constituição. 
A ele são direcionadas algumas importantes disposições 
constitucionais. Vejamos: 
 
Emissão de moeda: 
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será 
exercida exclusivamente pelo banco central. 
Sabemos que a “emissão de moeda” é uma competência material 
exclusiva da União. Pois bem, agora vemos que ela faz isso através 
do Banco Central. 
 
Concessão de empréstimos: 
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou 
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a 
qualquer órgão ou entidade que não seja instituição 
financeira. 
Deste dispositivo depreende-se que o Banco Central pode conceder 
empréstimos, mas somente a instituições financeiras. É vedado, 
então, a concessão de empréstimos: 
� Ao Tesouro Nacional; e 
� A qualquer órgão ou entidade que não seja instituição 
financeira. 
 
Compra e venda de títulos do Tesouro Nacional: 
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de 
emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a 
oferta de moeda ou a taxa de juros. 
Essa é umamaneira de o BACEN controlar a quantidade de moeda 
em circulação no mercado, inclusive para controle da inflação. 
 
Depósito das disponibilidades de caixa dos entes públicos: 
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§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão 
depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder 
Público e das empresas por ele controladas, em instituições 
financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
A primeira coisa que temos que nos atentar é a seguinte separação: 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo, é que se faz uma ressalva a esta regra, quando no final do 
dispositivo, temos a expressão “ressalvados os casos previstos em 
lei”. Esta expressão abre a possibilidade de que as disponibilidades de 
caixa sejam depositadas em instituições financeiras não-oficiais, 
porém, esta autorização depende de previsão em lei. Esta lei, 
segundo o STF1, será de caráter nacional, editada pela União, não 
pode ser uma lei estadual. 
 
4. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com o 
posicionamento do STF, as disponibilidades de caixa dos estados e do 
DF podem ser depositadas em instituições financeiras não oficiais, 
desde que mediante autorização prevista em lei estadual. 
Comentários: 
Segundo o art. 164, § 3º As disponibilidades de caixa da União serão 
depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das 
empresas por ele controladas, em instituições financeiras OFICIAIS, 
ressalvados os casos previstos em lei. Porém, segundo o STF essa lei 
será de caráter nacional e não estadual. 
Gabarito: Errado. 
 
5. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Veda-se ao Banco Central 
conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional 
e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
Comentários: 
 
1
 STF - ADI 2661 MC / MA – MARANHÃO. 
Disponibilidades da 
União 
Disponibilidades dos 
Est., DF, Mun., e 
Órgãos ou Entidades 
Públicas. 
 
Depositadas no BACEN 
Depositadas em instituições 
financeiras oficiais, ressalvados os 
casos previstos em lei. 
 
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É a disposição que encontramos no art. 164 § 1º onde diz que é 
vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, em-
préstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que 
não seja instituição financeira. 
Gabarito: Correto. 
 
6. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Não é só o Banco Central do 
Brasil que tem a atribuição de exercer a competência constitucional 
de emitir moeda. 
Comentários: 
Somente o BACEN pode emitir moeda, por expressa determinação do 
art. 164 da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
7. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) O Banco Central pode 
conceder empréstimos a instituições financeiras, inclusive a órgãos do 
governo, que não seja instituição financeira, exceto ao Tesouro 
Nacional. 
Comentários: 
Segundo o art. 164 § 1º, é vedado ao Banco Central conceder, direta 
ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer 
órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
Gabarito: Errado. 
 
8. (ESAF/AFC-CGU/2008) Ao Banco Central é proibido 
conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional 
e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira, 
mas possui a faculdade de comprar e vender títulos de emissão do 
Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a 
taxa de juros. 
Comentários: 
É o que dispõe a CF em seu art. 164 §§ 1º e 2º: 
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que 
não seja instituição financeira. 
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão 
do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou 
a taxa de juros. 
Gabarito: Correto. 
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9. (ESAF/ENAP/2006) É expressamente vedado ao Banco 
Central, pelo texto constitucional, conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade. 
Comentários: 
A questão suprimiu o final do artigo 167 §1º: “... ou entidade, que 
não seja insituição financeira”. Assim, encontra-se errado, já que se a 
entidade for instituição financeira, não haverá vedação. 
Gabarito: Errado. 
 
10. (CESGRANRIO/Analista-BACEN/2010) Considere as 
afirmativas a seguir, a respeito do Banco Central. 
I - O Banco Central está impedido constitucionalmente de conceder 
empréstimos. 
II - O Banco Central está investido constitucionalmente da 
competência de emitir moeda e não pode delegar essa competência a 
nenhum outro órgão. 
III - Caso pretenda regular a oferta de moeda, o Banco Central 
poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional. 
Está correto APENAS o que se afirma em 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) I e III. 
e) II e III. 
Comentários: 
I – Errado. O BACEN pode conceder empréstimos, desde que seja 
para uma instituição financeira (CF, art. 164 §1º). 
II – Correto. A Constituição estabelece que é uma competência 
exclusiva do BACEN (CF, art. 164). 
III – Correto. Essa possibilidade existe pelo disposto no art. 164 §2º 
da Constituição. 
Gabarito: Letra E. 
 
DOS ORÇAMENTOS 
Noções iniciais: 
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O orçamento público é basicamente um instrumento de previsão das 
receitas e fixação das despesas estabelecido em uma lei de proposta 
privativa do Executivo e votada pelo Congresso Nacional. Por isso 
dizemos que no Brasil temos um orçamento público misto: o Poder 
Executivo é responsável por compilar a proposta orçamentária e levá-
la ao Congresso e o Poder Legislativo é o responsável por aprovar o 
orçamento. 
A Constituição de 1988 estabeleceu uma vinculação entre orçamento 
e planejamento prevendo a necessidade de 3 leis para concretizar o 
orçamento público: 
• O plano plurianual (PPA); 
• A lei de diretrizes orçamentárias (LDO); e 
• A lei orçamentária anual (LOA), ou orçamento propriamente 
dito. 
Podemos dizer, basicamente, que o orçamento anual (LOA) é 
elaborado em consonância com as diretrizes estabelecidas pela LDO 
(que também é anual), e que por sua vez deve estar compatibilizada 
com o plano plurianual (PPA) - o nome plurianual, vem pelo fato de 
vigorar por "vários anos", na verdade, são 4 anos que compreendem 
os 3 últimos anos de um mandato do Presidente da República, e o 1º 
ano do mandato do Presidente seguinte. 
Assim, o PPA é o instrumento estratégico de médio prazo responsável 
por planejar o orçamento, e que deverá ser observado até que se 
concretize na LOA. 
Essa vinculação entre orçamento e planejamento é típico do chamado 
"orçamento-programa" adotado atualmente pelo Brasil, superando o 
antigo modo de elaboração que era o orçamento tradicional ou 
clássico. O orçamento-programa foi implementado pela lei 4320 em 
1964, mas somente se tornou efetivo em 1998. 
No orçamento-programa temos o foco no "objetivo do gasto", é mais 
do que simplesmente determinar "onde" será gasto o recurso, 
preocupa-se "como" e "porque" ele será gasto, busca-se a eficiência 
no gasto e não apenas a sua legalidade. 
 
Cobrança do tema em concursos: 
Em provas de Direito Constitucional,para que se tenha um bom 
rendimento em orçamento público, basta saber a literalidade da 
Constituição, e principalmente os princípios orçamentários. Não se 
assuste com a quantidade de princípios, tente associar o nome à 
definição, todos eles têm nomes "lógicos". Vejamos: 
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• Unidade – Só existe um Orçamento para cada ente 
federativo (no Brasil, existe um Orçamento para a União, um 
para cada Estado e um para cada Município). 
• Universalidade (ou Globalização) – o Orçamento deve 
agregar todas as receitas e despesas de toda a administração 
direta e indireta dos Poderes abrangendo os orçamentos 
“fiscal + seguridade social + investimento”. 
• Clareza – A lei do orçamento deve ser de fácil entendimento 
e clara para todos. 
• Anualidade / Periodicidade – O orçamento deve se 
realizar no exercício que corresponde ao próprio ano fiscal. 
• Legalidade – O orçamento é uma lei, deve cumprir o rito 
legislativo próprio e de característica mista, ou seja, a 
proposta é exclusiva do Chefe-Executivo e deve após isso ser 
aprovado pelo legislativo. 
• Exclusividade - A LOA não conterá dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa. Nesta proibição, 
não inclui: 
� Autorização para abertura de créditos suplementares; e 
� Contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
Os créditos adicionais podem ser: 
.Suplementares – quando forem reforçar uma dotação 
prevista na LOA; 
.Especiais – quando forem criar crédito para despesa 
sem dotação na LOA; 
.Extraordinários – no caso de eventos imprevisíveis e 
urgentes como guerras e calamidades. Eles são abertos 
por medida provisória. 
• Especificação – São vedadas autorizações globais no 
Orçamento. 
• Publicidade – O Orçamento deve ser sempre divulgado 
depois de aprovado, o Orçamento Federal, por ex., é 
publicado no Diário Oficial da União. 
• Equilíbrio – As despesas autorizadas devem corresponder ao 
tanto quanto às receitas previstas. A CF/88 não previu este 
princípio expressamente. 
• Orçamento-Bruto - A receita e despesa devem aparecer no 
Orçamento pelo valor total, sem que haja deduções,exceto as 
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• Não-afetação ou não-vinculação – É vedada a vinculação 
dos impostos a órgão, fundo ou despesa, exceto: 
� repartição da receita tributária aos Estados e Municípios; 
� destinação aos serviços de saúde e ensino; 
� realização de atividades da administração tributária; e 
� prestação de garantias às operações de créditos por 
antecipação de receita, inclusive garantia e 
contragarantia à União. 
• Programação e tipicidade – O Orçamento deve autorizar 
suas despesas através de classificações específicas, de 
acordo com códigos pré-definidos para cada tipo. 
 
11. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) Em face do princípio 
constitucional da programação orçamentária não é permitido aos 
parlamentares a apresentação de emendas aos projetos de leis 
orçamentárias. 
Comentários: 
O princípio da programação apenas diz que os recursos 
orçamentários deve estar vinculados a um determinado programa de 
governo, nada tem haver com emendas parlamentares, que podem 
ocorrer normalmente, desde que observadas as disposições do art. 
166 §3º da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
12. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) A lei orçamentária anual 
deve compreender o orçamento do Poder Executivo, somente. 
Comentários: 
Um dos princípios do orçamento é o da unidade, ou seja, o 
orçamento é único em cada esfera de governo. Desta forma, todos os 
Poderes deverão ter seus orçamentos compilados na LOA. 
Gabarito: Errado. 
 
13. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A abertura de créditos 
suplementares ou especiais somente será admitida para atender a 
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de comoção 
interna ou calamidade pública, mediante delegação legislativa. 
Comentários: 
Os créditos adicionais à LOA podem ser de 3 tipos: 
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• suplementares – usados para reforçar uma dotação prevista na 
LOA; 
• especiais – usados para criar crédito para despesa sem dotação 
na LOA; 
• extraordinários – para eventos imprevisíveis e urgentes como 
guerras e calamidades. 
Desta forma, o correto seria a abertura de créditos extraordinários 
e não suplementares ou especiais. 
Gabarito: Errado. 
 
14. (CESPE/AGU/2009) O princípio da não-afetação refere-se à 
impossibilidade de vinculação da receita de impostos a órgãos, fundo 
ou despesa, com exceção de alguns casos previstos na norma 
constitucional. 
Comentários: 
Trata-se de princípio constitucional insculpido no art. 167, IV da CF, 
de onde retira-se que: 
Regra � É vedada a vinculação da receita de impostos; 
Exceção � Poderá vincular em se tratando de: 
• Repartição da receita tributária aos Estados e Municípios; 
• Destinação aos serviços de saúde e ensino; 
• Realização de atividades da administração tributária; e 
• Prestação de garantias às operações de créditos por 
antecipação de receita; 
Gabarito: Correto. 
 
15. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) Dispõe a CF que a lei 
orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da 
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a 
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação 
de operações de crédito. Esse dispositivo encerra o princípio 
orçamentário da unidade. 
Comentários: 
Trata-se do princípio da exclusividade, ou seja, a lei orçamentária 
tratará "exclusivamente" destas matérias. O Princípio da unidade se 
refere ao fato de existir apenas um único orçamento em cada esfera 
de poder (Federal, Estadual e Municipal). 
Gabarito: Errado. 
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16. (CESPE/AGU/2009) A LOA poderá conter contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. 
Comentários: 
Temos o princípio da exclusividade expresso no art. 165 § 8º, este 
princípio diz que a LOA não poderá conter dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa. Porém nesta proibição, 
não se inclui: 
� Autorização para abertura de créditos suplementares; e 
� Contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação 
de receita, nos termos da lei. 
Gabarito: Correto. 
 
17. (CESPE/AGU/2009) O princípio da universalidade estabelece 
que todas as receitas e despesas devem estar previstas na LOA. 
Comentários: 
O princípio da universalidade é na verdade expresso na lei 4320/64 
quando indica que deverá constar da LOA todas as despesas fixadas e 
as receitas previstas. 
Gabarito: Correto. 
 
18. (CESPE/PGE-AL/2008) Segundo o princípio da anualidade, a 
LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para 
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de 
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
Comentários: 
Trata-se do princípio da exclusividade e não do princípio da 
anualidade. Este princípio seria aquele que informa que o orçamento 
deve se realizar periodicamente, anualmente, no exercício que 
corresponde ao próprio ano fiscal. 
Gabarito: Errado. 
 
19. (CESPE/Procurador-AGU/2010) A vinculação de receita de 
impostos para a realização de atividades da administração tributárianão fere o princípio orçamentário da não afetação. 
Comentários: 
Trata-se de princípio constitucional insculpido no art. 167, IV da CF, 
de onde retira-se que: 
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Regra � É vedada a vinculação da receita de impostos; 
Exceção � Poderá vincular em se tratando de: 
• Repartição da receita tributária aos Estados e Municípios; 
• Destinação aos serviços de saúde e ensino; 
• Realização de atividades da administração tributária; e 
• Prestação de garantias às operações de créditos por 
antecipação de receita; 
Gabarito: Correto. 
 
20. (CESPE/AGU/2009) A LOA não conterá dispositivo estranho à 
fixação da receita e à previsão de despesa. 
Comentários: 
É o contrário: As despesas são fixadas enquanto as receitas são 
previstas. 
Gabarito: Errado. 
 
21. (CESPE/Técnico-TCU/2009) A lei orçamentária anual não 
deve conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de 
despesa, admitindo-se, contudo, preceito relativo à autorização para 
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de 
crédito, ainda que por antecipação de receita,nos termos da lei. 
Comentários: 
Trata-se do princípio da exclusividade expresso no art. 165 § 8º. Este 
princípio diz que a LOA não poderá conter dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa. Porém nesta proibição, 
não se inclui: 
� Autorização para abertura de créditos suplementares; e 
� Contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
Gabarito: Correto. 
 
22. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) A Constituição apresenta 
dispositivos que contêm princípios orçamentários, os quais estão 
direta ou indiretamente consagrados. Assinale, entre os princípios 
abaixo, aquele que não corresponde a um princípio orçamentário. 
a) Da programação. 
b) Da anualidade. 
c) Da unidade. 
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d) Da globalização. 
e) Da previsão ativa. 
Comentários: 
Letra A - É princípio orçamentário - Segundo a programação e 
tipicidade, o orçamento deve autorizar suas despesas através de 
classificações específicas, de acordo com códigos pré-definidos para 
cada tipo. 
Letra B - É princípio orçamentário - Segundo a anualidade ou 
Periodicidade, o orçamento deve se realizar no exercício que 
corresponde ao próprio ano fiscal. 
Letra C - É princípio orçamentário - Segundo a unidade, só existe um 
Orçamento para cada ente federativo (no Brasil, existe um 
Orçamento para a União, um para cada Estado e um para cada 
Município). 
Letra D - É princípio orçamentário - Segundo a universalidade ou 
globalização, o orçamento deve agregar todas as receitas e despesas 
de toda a administração direta e indireta dos Poderes abrangendo os 
orçamentos “fiscal + seguridade social + investimento”. 
Letra E - É a resposta. Previsão ativa não é um princípio 
orçamentário. 
Gabarito: Letra E. 
 
23. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) A lei orçamentária anual não 
poderá conter a autorização para abertura de créditos suplementares 
e a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação 
de receita, nos termos da lei. 
Comentários: 
Embora tenhamos segundo o princípio da exclusividade (CF, art. 165 
§8º), a proibição para que a LOA contenha dispositivos estranhos à 
previsão da receita e à fixação da despesa. Este princípio traz duas 
ressalvas, que não se incluem na proibição: 
� Autorização para abertura de créditos suplementares; e 
� Contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação 
de receita, nos termos da lei. 
Gabarito: Correto. 
 
24. (ESAF/ATA-MF/2009) O Princípio da reserva de lei 
estabelece que os orçamentos e créditos adicionais devem ser 
incluídos em valores brutos, todas as despesas e receitas da União, 
inclusive as relativas aos seus fundos. 
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Comentários: 
Esse seria o princípio do "orçamento bruto". O princípio da reserva da 
lei ou legalidade diz que o orçamento deve estar estabelecido em 
uma lei, com rito legislativo próprio. 
Gabarito: Errado. 
 
25. (ESAF/ATA-MF/2009) O Princípio da Programação preconiza 
a vinculação necessária à ação governamental, assegurando-se a 
finalidade do plano plurianual. 
Comentários: 
É isso aí, no Brasil o orçamento 
Gabarito: Correto. 
 
26. (ESAF/APO-MPOG/2010) A autorização de contratação de 
operação de crédito mediante antecipação de receita é matéria 
estranha à lei orçamentária anual e nela não pode ser disciplinada. 
Comentários: 
Trata-se de uma exceção ao princípio da exclusividade: a LOA não 
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa. Nessa proibição, não inclui: 
� Autorização para abertura de créditos suplementares; e 
� Contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
Gabarito: Errado. 
 
27. (ESAF/ANA/2009) A lei orçamentária anual não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, 
incluída na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita. 
Comentários: 
Este é o chamado princípio da exclusividade, onde a lei de orçamento 
só pode versar sobre o que for exclusivo de orçamento, ou seja: 
prever receita e fixar despesa. Porém, existe exceções na própria 
Constituição que torna a resposta errada. O correto seria o enunciado 
dizer "não se incluindo na proibição" (CF, art. 165 §8º). 
Gabarito: Errado. 
 
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28. (ESAF/ATA-MF/2009) O Princípio da universalidade da 
matéria orçamentária estabelece que somente deve constar no 
orçamento matéria pertinente à fixação da despesa e à previsão da 
receita. 
Comentários: 
Segundo a doutrina, este é o princípio da exclusividade. O princípio 
da universalidade seria o princípio que informa que o orçamento 
deve agregar todas as receitas e despesas de toda a 
administração direta e indireta dos Poderes abrangendo os 
orçamentos “fiscal + seguridade social + de investimento”. 
Gabarito: Errado. 
 
29. (ESAF/ATA-MF/2009) O Princípio da não-afetação da 
receita preconiza que não pode haver transferência, transposição ou 
remanejamento de recursos de uma categoria de programação para 
outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização legislativa. 
Comentários: 
Não-afetação é não poder vincular a receita de impostos a quaisquer 
fins, ressalvadas as hipóteses constitucionais (CF, art. 167 IV). 
Gabarito: Errado. 
 
30. (ESAF/ATA-MF/2009) O Princípio do Equilíbrio 
Orçamentário estabelece que a lei orçamentária não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. 
Comentários: 
Esse é o princípio da exclusividade. O princípio do equilíbrio diz que 
as despesas autorizadas não podem superar o montante das receitas 
previstas. A CF/88 não previu este princípio expressamente. 
Gabarito: Errado. 
 
31. (ESAF/Técnico de Nível Superior – ENAP/2006) A 
Constituição Federal, em seu artigo 167, ao vedar a vinculação de 
receita de impostos a órgãos, fundos ou despesas, consagra o 
princípio orçamentário da “não-afetação das receitas”. 
Comentários: 
Esta é a definição do princípio da não-afetação da receita dos 
impostos que encontramos no art. 167, IV da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
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32. (ESAF/AFC-CGU/2008) A lei orçamentária anual não 
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, nem autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito por antecipação de receita. 
Comentários: 
A questão reflete o princípio da exclusividade (CF, art. 165 §8º), este 
princípio porém permite a autorização na LOA para a abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito por 
antecipação de receita. 
Gabarito: Errado. 
 
Leis Orçamentárias 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
33. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) Compete ao Tribunal de 
Contas da União, dentre outras atribuições, apresentar o projeto de 
lei orçamentária anual ao Poder Legislativo. 
Comentários: 
Quem é o responsável por compilar e propor o projeto de lei 
orçamentária será o Poder Executivo. No Brasil temos o orçamento 
misto: o Executivo propõe e o Legislativo delibera sobre o orçamento. 
Gabarito: Errado. 
 
Plano plurianual (PPA) 
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de 
forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas 
de duração continuada. 
Disposição muito cobrada em provas, onde se explora cada uma 
das características: 
• forma regionalizada; 
• As diretrizes, objetivos e metas - ou seja, o "DOM" do PPA: 
• despesas de capital; e 
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• outras despesas delas decorrentes; 
• despesas relativas aos programas de duração continuada. 
Sobre as despesas, podemos dizer que são 2 tipos para efeito das 
finanças públicas, as correntes e as de capital, as primeiras são 
aquelas que, grosso modo, se destinam a custear gastos com 
pessoais, serviços etc., estas não são objetos do PPA, pois são meros 
gastos corriqueiros que não requerem um planejamento de alto nível 
estratégico, diferentemente do que ocorre com as despesas de 
capital, ou não efetivas, que na verdade não são simples gastos, 
como a conta de luz, e sim investimentos em obras, aquisição de 
imóveis etc. (daí o nome não efetiva, não está diminuindo o 
patrimônio, mas sim o transformando). 
Programas de duração continuada são as ações permanentes do 
governo como a prestação de serviços públicos de saúde, educação e 
programas sociais, não se confundem com as despesas de caráter 
continuado da LRF, que são aquelas que se estendem por mais de 2 
exercícios. 
 
34. (CESPE/PGE-AL/2008) O PPA estabelecerá as diretrizes, os 
objetivos e as metas da administração pública para as despesas de 
custeio e programas de pouca duração. 
Comentários: 
A questão teve erros grosseiros, já que as despesas que será 
previstas no PPA serão as de capital e os programas são os de 
duração continuada e não os de pouca duração (CF, art. 165 §1º). 
Gabarito: Errado. 
 
35. (CESPE/PGE-AL/2008) A lei que instituir o PPA estabelecerá, 
de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
Comentários: 
Trata-se de disposição literal da Constituição. É o famoso "DOM" do 
PPA: Diretrizes, Objetivos e Metas. Esta disposição pode ser 
encontrada no art. 165 §1º da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
36. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Segundo disposição da 
Constituição Federal de 1988, as diretrizes e metas da administração 
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pública, para as despesas de capital, são definidas na lei ordinária de 
ordenamento da administração pública. 
Comentários: 
As diretrizes e metas, assim como os objetivos de tais despesas 
(capital) serão previstos na lei que institui o PPA e não a LDO (CF, 
art. 165 §1º). Lembre-se PPA é o “DOM” – Diretrizes, Objetivos e 
Metas... / “MP” (metas e prioridades) é papel da LDO. 
Gabarito: Errado. 
 
37. (ESAF/AFC-CGU/2008) O plano plurianual estabelecerá as 
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará 
a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações 
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento. 
Comentários: 
Isso é função da LDO, Segundo o art. 165 §1º o PPA deverá 
estabelecer na administração pública federal, de forma regionalizada 
diretrizes, objetivos e metas (DOM) para: 
� Despesas de capital; e 
� Outras despesas delas decorrentes; 
� Despesas relativas aos programas de duração continuada. 
Gabarito: Errado. 
 
Lei de diretrizes orçamentárias (LDO) 
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as 
metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento. 
Em provas, as bancas tentam, ao máximo, trocar os termos da LDO, 
com os do PPA, por isso deve-se ter muita atenção a cada uma das 
características: 
• metas e prioridades do governo, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente; 
• orientará a elaboração da lei orçamentária anual. 
• disporá sobre: 
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� alterações na legislação tributária; e 
� política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
 
38. (CESPE/PGE-AL/2008) A LDO compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas 
correntes para o exercício financeiro subsequente, orientará a 
elaboração da LOA, disporá sobre as alterações na legislação 
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências 
reguladoras. 
Comentários: 
Através da leitura do art. 165 §2º da Constituição, vemos que a lei de 
diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para 
o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação 
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. Desta forma, vemos 2 erros: as 
despesas são de capital e não correntes; e a política de aplicação será 
para as agências oficiais de fomento e não para as agências 
reguladoras. 
Gabarito: Errado. 
 
39. (CESPE/AGU/2009) A LDO inclui as despesas de capital para 
os dois exercícios financeiros subsequentes. 
Comentários: 
Segundo o art. 165 §2º da CF, trata-se das despesas de capital para 
o exercício imediatamente subsequente, ou seja, é errado dizer "para 
os dois exercícios subsequentes". 
Gabarito: Errado. 
 
40. (CESPE/PGE-AL/2008) A LDO compreende as metas e 
prioridades da administração pública, excluindo as despesas de 
capital. 
Comentários: 
As despesas de capital (para o exercício financeiro subsequente) são 
incluídas na LDO (CF, art. 165 §2º). 
Gabarito: Errado. 
 
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41. (CESPE/PGE-AL/2008) Os planos e programas nacionais e 
regionais previstos na CF serão elaborados de acordo com a LDO. 
Comentários: 
Eles serão elaborados de acordo com o PPA e não com a LDO, já que 
segundo o art. 165 § 4º os planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em 
consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso 
Nacional. 
Gabarito: Errado. 
 
42. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) É característica da lei de 
diretrizes orçamentárias, segundo a Constituição Federal de 1988, 
definir as metas e prioridades da administração pública federal. 
Comentários: 
"MP" (metas e prioridades) é da LDO. É a disposição que pode ser 
encontrada no art. 165 §2º da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
43. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A lei de diretrizes 
orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação 
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
Comentários: 
É a definição da LDO contida no art. 165 §2º da Constituição. A LDO 
deve respeitar o disposto no PPA, e é a base para se elaborar a LOA. 
Gabarito: Correto. 
 
44. (ESAF/ATA-MF/2009) A lei que instituir o plano plurianual 
compreenderá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente. 
Comentários: 
PPA é o “DOM” – Diretrizes, Objetivos e Metas... / “MP” (metas e 
prioridades) é papel da LDO (CF, art. 165 §§1º e 2º). 
Gabarito: Errado. 
 
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Relatório resumido da execução orçamentária 
§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o 
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da 
execução orçamentária. 
É um relatório que deve ser elaborado por todos os poderes e o 
Ministério Público, bimestralmente, contendo o balanço orçamentário 
e o demonstrativo da execução de receitas e despesas pelo poder. 
Existe outro relatório chamado relatório de gestão fiscal – RGF, não 
previsto na CF, mas previsto na LRF, que deverá ser elaborado pelos 
mesmos órgãos quadrimestralmente (semestral para Município < 50 
mil habitantes) com o objetivo de mostrar se está ou não se 
cumprindo as regras e limites para despesa com pessoal, dívida 
consolidada, operações de crédito etc. 
 
45. (FCC/Técnico-MPE-RS/2008) O Relatório resumido da 
execução orçamentária abrangendo todos os Poderes e o Ministério 
Público será publicado até trinta dias após o encerramento de cada 
quadrimestre. 
Comentários: 
A elaboração do "RREO" é bimestral, nos termos da Constituição em 
seu art. 165 §3º. Lembramos que embora não previsto na 
Constituição, existe um outro relatório segundo a LRF, o chamado 
"Relatório de Gestão Fiscal - RGF". Este relatório será de elaboração 
quadrimestral. Desta forma, esta incorreta a questão, pois 
diferentemente do RGF, o RREO é elaborado bimestralmente. 
Gabarito: Errado. 
 
Planos e programas nacionais, regionais e setoriais 
§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em 
consonância com o plano plurianual e apreciados pelo 
Congresso Nacional. 
 
46. (ESAF/ATA-MF/2009) Os planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais previstos na Constituição Federal serão 
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo 
Congresso Nacional. 
Comentários: 
Trata-se de uma disposição retirada da literalidade do art. 165 § 4º. 
Gabarito: Correto. 
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Lei orçamentária anual (LOA) 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus 
fundos, órgãos e entidades da administração direta e 
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a 
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital 
social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as 
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta 
ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e 
mantidos pelo Poder Público. 
Assim, podemos dizer que: Faz-se o PPA, com base neste, procede-se 
à feitura da LDO, e baseado nas diretrizes traçadas pela LDO elabora-
se o orçamento anual (LOA) que é composto por esses 3 orçamentos: 
o fiscal, o de investimento e o da seguridade social, de acordo com o 
esquema a seguir: 
 
 
O orçamento fiscal 
 
 
 
 
Aqui se enquadra toda a adm. indireta que 
seja dependente de recursos da União para 
pagamento de despesas de pessoal, de custeio 
geral ou capital, ou seja, todas as Aut., FP, e 
ainda, as SEM e EP se dependentes; 
 
 
O orçamento de investimento 
 
 
 
Dos Poderes da União, seus 
fundos, órgãos e entidades 
da administração direta e 
indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo 
Poder Público; 
 
Das empresas em 
que a União, direta 
ou indiretamente, 
detenha a maioria 
do capital social 
com direito a voto; 
(§ 7º) O 
orçamento 
fiscal e o de 
investimento, 
serão 
compatibilizado
s com o PPA, 
terão entre 
suas funções: 
reduzir 
desigualdades 
inter-regionais, 
segundo 
critério 
populacional. 
 
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Empresas Públicas e de Sociedades de 
Economia Mista Independentes. Ex. 
Petrobrás, BB, CEF e etc. 
 
 
O orçamento da seguridade social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Art. 195 §1º) � As receitas dos Est., do DF e dos Mun. destinadas à 
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não 
integrando o orçamento da União. 
(Art. 195 §2º) � A proposta de orçamento da seguridade social será 
elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, 
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e 
prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão 
de seus recursos. 
 
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de 
demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e 
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia. 
Abrange todas as entidades 
e órgãos a ela vinculados, 
da administração direta ou 
indireta, bem como os 
fundos e fundações 
instituídos e mantidos pelo 
Poder Público. 
 
Administração 
Direta e 
Indireta 
Dependente 
Administração 
Indireta Independente 
Receberá recursos 
provenientes do 
orçamento fiscal e da 
seguridade social da 
União 
Receberá recursos 
provenientes do 
orçamento de 
investimento da 
União. 
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47. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) A lei orçamentária anual 
deve compreender o orçamento dos órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, exceto o orçamento da Seguridade 
Social. 
Comentários: 
A LOA é formada por três orçamentos: o orçamento fiscal, orçamento 
de investivmento, e o orçamento da seguridade social, nos termos doart. 165 §5º. 
Gabarito: Errado. 
 
48. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) A lei orçamentária anual 
deve compreender o orçamento de investimento das empresas em 
que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital 
social com direito a voto. 
Comentários: 
A questão se refere às sociedades de economia mista e empresas 
públicas. Assim, segundo o art. 165, §5º da Constituição, a LOA 
abrangerá o orçamento de investimento das empresas em que a 
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social 
com direito a voto. 
Gabarito: Correto. 
 
49. (CESPE/PGE-AL/2008) O PPA será acompanhado de 
demonstrativo do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de 
isenções. 
Comentários: 
Esse demonstrativo acompanhará a LOA e não o PPA. Observamos 
isto pela leitura do art. 165 § 6º que estabelece que o projeto de lei 
orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do 
efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, 
tributária e creditícia. 
Gabarito: Errado. 
 
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, 
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas 
funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo 
critério populacional. 
 
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50. (CESPE/AGU/2009) A LOA disporá sobre as alterações na 
legislação tributária. 
Comentários: 
Isso é papel da LDO, conferido pelo art. 165 §2º da CF. 
Gabarito: Errado. 
 
51. (CESPE/PGE-AL/2008) O orçamento anual compreende o 
orçamento fiscal, incluindo o das fundações instituídas e mantidas 
pelo poder público. 
Comentários: 
A LOA compreende 3 orçamentos: o orçamento fiscal, o orçamento 
de investimento, e o orçamento da seguridade social. O orçamento 
fiscal inclui aquelas entidades da administração indireta que são 
mantidas pelo poder público (CF, art. 165 §5º). 
Gabarito: Correto. 
 
52. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) o sistema orçamentário 
trazido na Constituição da República instituiu a possibilidade de um 
sistema integrado de planejamento/orçamento-programa, de sorte 
que o orçamento fiscal, os orçamentos de investimento das empresas 
e o orçamento da Seguridade Social passam a constituir etapas do 
planejamento de desenvolvimento econômico e social. 
Comentários: 
O orçamento na nossa Constituição integra desde o orçamento 
propriamente dita (LOA) até o nível estratégico de planejamento 
(PPA). A LOA é formada por 3 orçamentos - fiscal, investimento e 
seguridade social - e ela deve ser um instrumento norteador do 
desenvolvimento da sociedade, o art. 165 § 7º da Constituição ainda 
ratifica ao dizer que o orçamento fiscal e o de investimento, serão 
compatibilizados com o PPA, terão entre suas funções: reduzir 
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
Gabarito: Correto. 
 
53. (ESAF/AFC-CGU/2008) Assinale a única opção correta 
relativa às Finanças e ao Orçamento Público. 
a) O plano plurianual estabelecerá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação 
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
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b) Ao Banco Central é proibido conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que 
não seja instituição financeira, mas possui a faculdade de comprar e 
vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de 
regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
c) A lei orçamentária anual compreende o orçamento fiscal referente 
aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, excetuado o 
orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. 
d) O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades 
e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem 
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder 
público, compatibilizado com o plano plurianual, também terá entre 
suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo 
critério populacional. 
e) A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa, nem autorização para 
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de 
crédito por antecipação de receita. 
Comentários: 
Letra A - Errado. A questão falou características da LDO, e se referiu 
ao PPA (vide CF, art. 165 §2º e compare com o §1º). 
Letra B - Correto. A Constituição em seu art. 164 §§ 1º e 2º, dispõe 
que é vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que 
não seja instituição financeira. E que o banco central poderá comprar 
e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de 
regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
Letra C - Errado. A LOA compreende 3 orçamentos: o orçamento 
fiscal, o orçamento da seguridade social, e o orçamento de 
investimento (CF, art. 165, §5º). 
Letra D - Errado. Tal disposição só se aplica ao orçamento fiscal e ao 
orçamento de investimento, não se aplicando ao orçamento da 
seguridade social, nos termos do art. 165 §7º. 
Letra E - Errado. Tentou-se cobrar o princípio da exclusividade (CF, 
art. 165 §8º), segundo o qual A LOA não conterá dispositivo estranho 
a previsão da receita e a fixação da despesa. Porém, nesta proibição 
não se inclui: 
• Autorização para abertura de créditos suplementares; e 
• Contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação 
de receita, nos termos da lei. 
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Gabarito: Letra B. 
 
54. (ESAF/ATA-MF/2009) A lei orçamentária anual 
compreenderá o orçamento de investimento das empresas, fundos e 
fundações mantidas pelo Poder Público. 
Comentários: 
A LOA é formada por três orçamentos (CF. art. 165 §5º): orçamento 
fiscal, orçamento de investimento e orçamento da seguridade social. 
O orçamento fiscal é formado pelas administração direta e pela 
indireta que seja mantida pelo poder público. O orçamento de 
investimento ocorre para aquela parte da administração indireta 
(entidades em que a União domina o capital social) mas que não são 
mantidas pelo poder público. Assim, a questão encontra-se incorreta, 
pois no caso de empresas e fundações mantidas pelo poder público, 
teremos o orçamento fiscal e não o orçamento de investimento. 
Gabarito: Errado. 
 
55. (ESAF/Técnico de Nível Superior – ENAP/2006) Nos 
termos da Constituição Federal, a lei orçamentária anual 
compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das 
empresas estatais, o orçamento da seguridade social. 
Comentários: 
A LOA compreende estes 3 orçamentos (CF. art. 165 §5º). 
Gabarito: Correto. 
 
Princípio da exclusividade do orçamento 
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo 
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não 
se incluindo na proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de 
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da 
lei. 
Como vimos,os créditos adicionais podem ser: 
� Suplementares – quando forem reforçar uma dotação prevista 
na LOA; 
� Especiais – quando forem criar crédito para despesa sem 
dotação na LOA; 
� Extraordinários – no caso de eventos imprevisíveis e urgentes 
como guerras e calamidades� eles são abertos por medida 
provisória. 
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Cabe à lei complementar: 
§ 9º - Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, 
a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de 
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial 
da administração direta e indireta bem como condições para 
a instituição e funcionamento de fundos. 
 
Projetos do PPA, LDO e LOA 
Forma de Apreciação 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às 
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos 
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso 
Nacional, na forma do regimento comum. 
Alem disso, segundo o § 7º, aplicam-se aos projetos mencionados 
neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais 
normas relativas ao processo legislativo. 
 
56. (ESAF/ATA-MF/2009) Os projetos de lei relativos ao plano 
plurianual serão apreciados pelo Senado Federal. 
Comentários: 
Serão apreciados pelas duas Casas do CN, na forma do regimento 
comum (CF, art. 166). 
Gabarito: Errado. 
 
Papel da comissão mista 
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de 
Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos 
neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente 
pelo Presidente da República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas 
nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição 
e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, 
sem prejuízo da atuação das demais comissões do 
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Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com 
o art. 58. 
A esta comissão mista, caberá também, como visto na parte 
referente ao controle externo, pedir esclarecimento aos responsáveis 
que realizarem despesas não autorizadas. 
 
57. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) Compete ao Tribunal de 
Contas da União, dentre outras atribuições, emitir parecer sobre o 
projeto de lei orçamentária elaborado pelo Presidente da República. 
Comentários: 
Isso caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e 
Deputados, nos termos do art. 166 §1º, I da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
58. (FCC/Técnico - MPE-RS/2008) Nos termos da 
Constituição Federal, o exame e a emissão de parecer sobre os 
projetos do Plano Plurianual, de Lei de Diretrizes Orçamentárias e 
de Lei Orçamentária Anual cabe a uma comissão especial formada 
por membros do Congresso. 
Comentários: 
Caberá a uma comissão mista permanente de Deputados e 
Senadores. 
Gabarito: Errado. 
 
59. (CESPE/DETRAN-DF/2009) Competem, a uma comissão 
mista permanente de senadores e deputados, o exame e a emissão 
de parecer sobre os projetos relativos às diretrizes orçamentárias. 
Comentários: 
Disposição que pode ser encontrada no texto constitucional em seu 
art. 166 §1º. 
Gabarito: Correto. 
 
60. (CESPE/AGU/2009) O controle externo do cumprimento 
orçamentário é feito, ordinariamente, pelo Poder Judiciário. 
Comentários: 
Caberá ao Legislativo, através da sua comissão mista permanente 
a que se refere o art. 72 da Constituição Federal. 
Gabarito: Errado. 
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61. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Cabe a uma comissão mista 
permanente de senadores e deputados o exercício do 
acompanhamento e da fiscalização orçamentária, sem prejuízo da 
atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas 
casas. 
Comentários: 
Segundo a Constituição em seu art. 166,§1º,II caberá a uma 
Comissão mista permanente de Senadores e Deputados e emitir 
parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais 
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a 
fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais 
comissões do Congresso Nacional e de suas Casas. 
Gabarito: Correto. 
 
Emendas aos projetos de PPA, LOA e LDO 
O art. 63 da CF dispõe que, quando a iniciativa de um projeto for de 
iniciativa exclusiva do Presidente da República, este projeto não 
poderá sofrer emendas que aumentem a despesa inicialmente nele 
prevista. 
Exceção a essa regra ocorre justamente no que se refere às emendas 
aos projetos da LOA. 
Porém, para que sejam aceitas emendas ao PPA, LDO ou LOA deve-
se observar o seguinte: 
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, 
que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso 
Nacional. 
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou 
aos projetos que o modifiquem somente podem ser 
aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de 
diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os 
provenientes de anulação de despesa, excluídas as que 
incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, 
Municípios e Distrito Federal; ou 
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III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias não poderão ser aprovadas quando 
incompatíveis com o plano plurianual. 
 
Ou seja, para que haja emendas ao projeto de LOA (PLOA). A 
emenda deve satisfazer cumulativamente 3 requisitos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62. (FCC/Auditor - TCE - AL/2008) Nos termos da Constituição 
da República, eventual emenda ao projeto de lei do orçamento anual, 
que indique os recursos necessários, provenientes de anulação de 
despesa, e incida sobre transferência tributária constitucional para 
Estados e Municípios, não poderá ser aprovada, por expressa vedação 
constitucional. 
Comentários: 
Nos termos da Constituição, art. 166 3º para se emendar o projeto 
de LOA, as emendas precisam obedecer diversos requsitos: 
1- Serem relacionadas a erros, omissões ou com os dispositivos já 
dispostos no texto do projeto (não poderá inovar). 
2 - Devem ser compatíveis com o PPA e a LDO. 
1- As emendas 
devem ser 
compatíveis com o 
PPA e LDO 
2- Devem indicar (se 
for o caso) quais os 
recursos que serão 
necessários para o 
objeto da emenda 
3- Sejam emendas 
que se refiram a 
correção de "erros 
ou omissões" ou 
então, que tenham 
pertinência com os 
dispositivos do PLOA 
Neste caso, os recursos devem provir necessariamente 
da anulação de despesas. Porém, é proibido que sejam 
anuladas despesas que se refiram à: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para 
Estados, Municípios e DF. 
+ + 
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3 - Devem indicar (dizer de onde vêm) os recursos necessários para 
cobrir as despesas da emenda. Estes "recursosnecessários", porém, 
só podem estar relacionados com anulação de outras despesas. 
Embora com anulação de despesa, é vedado indicar recursos que 
provenham de anulações referentes à: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e 
Distrito Federal. 
Gabarito: Correto. 
 
63. (CESPE/AGU/2009) Emendas ao projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias poderão ser aprovadas , desde que sejam compatíveis 
com o plano plurianual. 
Comentários: 
A questão explorou o art. 166 § 4º da Constituição que diz que 
emendas ao projeto de LDO não poderão ser aprovadas quando 
incompatíveis com o PPA. 
Gabarito: Correto. 
 
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem 
ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos 
a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, 
na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
A votação pode ter sido iniciada? Sim. Mas, não da parte que se 
pretende alterar. 
 
64. (ESAF/ATA-MF/2009) O Presidente da República poderá 
enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação a 
projeto de lei relativo ao orçamento anual desde que não finalizada a 
votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
Comentários: 
A votação da referida parte não poderá ter sido sequer iniciada (CF, 
art. 166 §5º). 
Gabarito: Errado. 
 
Prazos 
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§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes 
orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo 
Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos 
da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. 
Como já visto, percebe-se que a CF protegeu o PLDO não prevendo a 
sua rejeição, já que, enquanto ele não for aprovado, a sessão 
legislativa não poderá ser interrompida. 
 
65. (CESPE/Procurador-AGU/2010) Tratando-se de orçamento 
participativo, a iniciativa de apresentação do projeto de lei 
orçamentária cabe a parcela da sociedade, a qual o encaminha para o 
Poder Legislativo. 
Comentários: 
A iniciativa das leis orçamentárias caberá sempre ao Poder Executivo, 
já que no Brasil possuímos o orçamento misto, ou seja, o Poder 
Executivo é o responsável por compilar e efetivar a proposta, e o 
Legislativo é o responsável por aprovar e fiscalizar. 
Gabarito: Errado. 
 
 
Perceba que os prazos da LOA e do PPA são coincidentes, vamos 
organizá-los: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66. (ESAF/Técnico de Nível Superior – ENAP/2006) No 
decorrer do primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer, 
os projetos de lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual deverão ser enviados 
15 de Abril 
(8 meses e meio antes 
do fim do exercício) 
17 de Julho 
 
1
o
 de Agosto 
 
22 de Dezembro 
 
RECESSO 
31 de Agosto 
(4 meses antes do fim 
do exercício) 
Envio do PLDO 
ao CN 
Devolução do 
PLDO 
aprovado p/ 
Sanção 
Envio do PLOA 
ao CN e do PPA 
se for o 1º ano 
do mandato 
Devolução do 
PLOA e do PPA 
para a Sanção 
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para o Congresso Nacional, respectivamente, até 15/04 - 15/04 - 
31/08. 
Comentários: 
PPA e LOA andam juntos, e devem ser entregues ao CN para 
deliberação 4 meses antes do término do exercício (31/08). A LDO, 
logicamente, deve ser entregue em data anterior à LOA e isso se dá 
até dia 15/04, 8 meses e meio antes do término do exercíco. Desta 
maneira, o correto seria: 31/04 - 15/04 - 31/08. Isto tudo de acordo 
com a CF, art. 166 §6º. 
Gabarito: Errado. 
 
§ 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no 
que não contrariar o disposto nesta seção, as demais 
normas relativas ao processo legislativo. 
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou 
rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem 
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme 
o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com 
prévia e específica autorização legislativa. 
 
67. (CESPE/PGE-AL/2008) Os recursos que, em decorrência de 
veto, emenda ou rejeição do projeto de LOA, ficarem sem despesas 
correspondentes poderão ser utilizados pela administração, conforme 
o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, 
independentemente de autorização legislativa. 
Comentários: 
O erro foi dizer "independente de autorização legislativa", já que 
segundo o art. 166 §8º da Constituição, os recursos que, em 
decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de LOA, ficarem 
sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o 
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e 
específica autorização legislativa. 
Gabarito: Errado. 
 
Vedações 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei 
orçamentária anual; 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações 
diretas que excedam os créditos orçamentários ou 
adicionais; 
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III - a realização de operações de créditos que excedam o 
montante das despesas de capital, ressalvadas as 
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais 
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por 
maioria absoluta; 
Muito importante: Essa é a chamada "regra de ouro" das Finanças 
Públicas. 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa, ressalvadas a repartição do produto da 
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 
159, a destinação de recursos para as ações e serviços 
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração 
tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 
198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às 
operações de crédito por antecipação de receita, previstas 
no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste 
artigo; 
Como vimos, este é o princípio da “Não Afetação da Receita dos 
Impostos”. Vamos esquematizar este importante inciso, após as 
diversas alterações promovidas: 
Regra → É vedada a vinculação da receita de impostos; 
Exceção → Poderá vincular em se tratando de: 
• repartição da receita tributária aos Estados e Municípios; 
• destinação aos serviços de saúde e ensino; 
• realização de atividades da administração tributária; e 
• prestação de garantias às operações de créditos por 
antecipação de receita, inclusive garantia e contragarantia 
à União. 
 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem 
prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos 
correspondentes; 
Crédito extraordinário poderá, porque é urgente e se faz por MP, e 
após abrir é que remete ao CN. 
 
68. (CESPE/AUFCE-TCU/2011) A abertura de crédito 
suplementar ou especial depende de autorização legislativa. 
Comentários: 
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Segundo o art. 167, V da Constituição, é vedada a abertura de 
crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e 
sem indicação dos recursos correspondentes. 
Gabarito: Correto. 
 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de 
recursos de uma categoria de programação para outra ou de 
um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
“Princípio daproibição do estorno”. 
 
69. (CESPE/AGU/2009) É possível a transposição de recursos de 
uma categoria de programação para outra, com a prévia autorização 
legislativa. 
Comentários: 
Segundo o art. 167,VI seria vedada a transposição, o remanejamento 
ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização 
legislativa. Ou seja, se houver prévia autorização legislativa poderá 
ocorrer esta hipótese. 
Gabarito: Correto. 
 
70. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Quanto ao orçamento, a 
CF veda, em caráter absoluto, a transposição, o remanejamento ou a 
transferência de recursos de uma categoria da programação para 
outra. 
Comentários: 
Segundo o art. 167,VI, se houver prévia autorização legislativa, 
poderá ocorrer a transposição, o remanejamento ou a transferência 
de recursos de uma categoria da programação para outra. Logo, não 
se trata de vedação absoluta. 
Gabarito: Errado. 
 
71. (CESPE/PGE-AL/2008) A abertura de crédito suplementar ou 
especial dispensa a autorização legislativa, mas não prescinde da 
indicação dos recursos correspondentes. 
Comentários: 
Segundo o art. 167. V da Constituição é vedado tanto a abertura de 
crédito suplementar ou especial sem indicação dos recursos 
correspondentes quanto a abertura sem prévia autorização 
legislativa. 
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Gabarito: Errado. 
 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de 
recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para 
suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações 
e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; 
 
72. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) Independe de autorização 
legislativa específica a utilização de recursos dos orçamentos fiscal e 
da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de 
empresas, fundações e fundos. 
Comentários: 
Segundo o art. 167, VIII da Constituição, é vedada a utilização, sem 
autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e 
da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de 
empresas, fundações e fundos. 
Gabarito: Errado. 
 
73. (CESPE/Auditor-TCU/2009) O presidente da República pode, 
mediante decreto, ainda que sem autorização legislativa, utilizar 
recursos do orçamento fiscal para suprir necessidade de empresa 
pública federal. 
Comentários: 
Segundo o art. 167, VIII, é vedada a utilização, sem autorização 
legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de 
empresas, fundações e fundos. 
Gabarito: Errado. 
 
74. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Admite-se a utilização, 
mediante autorização legislativa específica, de recursos dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou 
cobrir déficit de empresas, fundações e fundos. 
Comentários: 
Segundo o art. 167, VIII, é vedada a utilização, sem autorização 
legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de 
empresas, fundações e fundos. Assim, por contrario sensu, deduz-se 
que será permitido, caso haja a autorização legislativa específica. 
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Gabarito: Correto. 
 
75. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) A Constituição não permite a 
transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de 
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para 
outro, ainda que haja prévia autorização legislativa. 
Comentários: 
A transposição é possível caso haja autorização legislativa. A vedação 
ocorre no caso de transposições, remanejamentos ou transferências 
de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um 
órgão para outro, sem que haja prévia autorização legislativa 
(CF, art. 167, VI). 
Gabarito: Errado. 
 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem 
prévia autorização legislativa. 
 
76. (ESAF/ANA/2009) A instituição de fundos de qualquer 
natureza sem prévia autorização legislativa é autorizada pela 
Constituição Federal. 
Comentários: 
O art. 167, IX da Constituição diz que a instituição de fundos de 
qualquer natureza, sem previa autorização legislativa é vedada. 
Gabarito: Errado. 
 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de 
empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos 
Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, 
para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e 
pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. (Incluído pela EC 19/98) 
 
77. (CESPE/AGU/2009) Não é possível a transferência voluntária 
de recursos, pelo governo federal, aos estados para o pagamento de 
despesas de pessoal ativo, inativo e pensionista. 
Comentários: 
Segundo o art. 167, X da CF, seria vedada a transferência voluntária 
de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação 
de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições 
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financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e 
pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Gabarito: Correto. 
 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições 
sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização 
de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime 
geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído 
pela EC 20/98) 
O Regime geral de previdência possui vários benefícios para seus 
segurados, como aposentadoria, auxílio-doença etc. As contribuições 
do art. 195 financiam a seguridade social como um todo, sendo que 
essas duas descritas acima não poderão financiar outras áreas da 
seguridade, mas apenas serem usadas para pagar benefícios do 
RGPS. Lembrando que seguridade inclui saúde, previdência e 
assistência social. 
 
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um 
exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão 
no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob 
pena de crime de responsabilidade. 
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência 
no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o 
ato de autorização for promulgado nos últimos quatro 
meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites 
de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do 
exercício financeiro subseqüente. 
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será 
admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, 
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou 
calamidade pública, observado o disposto no art. 62. 
 
78. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) Nenhum investimento cuja 
execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem 
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a 
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Comentários: 
A LOA e a LDO possuem vigência anual. Para que possam tratar de 
créditos que envolvam vários exercícios financeiros (vários anos), é 
preciso que estes créditos estejam estabelecidos no PPA, e a falta 
desta inclusão poderá ensejar uma punição por crime de 
responsabilidade, nos termos do art. 167 §1º. 
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PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
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Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 
Gabarito: Correto. 
 
79. (CESPE/AJAA-STF/2008) A CF, ao tratar

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