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07 Nocoes de Orcamento Publico

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TRT 21 
Técnico Judiciário – Área Administrativa 
 
 
 
Princípios Orçamentários. .................................................................................................................... 1 
Orçamento na Constituição Federal: arts. 165 a 169. ........................................................................ 10 
Lei nº 4.320/1964: exercício financeiro; ............................................................................................. 15 
Despesa pública (empenho, liquidação, pagamento); ........................................................................ 16 
Créditos adicionais; ............................................................................................................................ 24 
Restos a pagar; ................................................................................................................................. 29 
Suprimento de fundos. ....................................................................................................................... 32 
 
 
 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
1369575 E-book gerado especialmente para MARIA VANIA MORAIS DA SILVA SANTOS
 
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Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
São premissas (ou regras) norteadoras de ação, a serem observadas no processo de elaboração, 
aprovação, execução e controle do orçamento, objetivando assegurar o cumprimento dos fins a que o 
mesmo se propõe. 
Os princípios orçamentários básicos para a elaboração, execução e controle do orçamento público, 
válidos para todos os poderes e nos três níveis de governo estão definidos na Constituição Federal de 
1988 e na Lei nº 4.320/1964, que estatui normas gerais de direito financeiro, aplicadas à elaboração e ao 
controle dos orçamentos. Eis os mais difundidos, sendo distribuídos, doutrinariamente, nas seguintes 
espécies: 
 
Princípio da Unidade 
De acordo com este princípio previsto no artigo 2.º da Lei nº 4.320/1964, cada ente da federação 
(União, Estado ou Município) deve possuir apenas um orçamento, estruturado de maneira uniforme. 
Tal princípio é reforçado pelo princípio da “unidade de caixa”, previsto no artigo 56 da referida Lei, 
segundo o qual todas as receitas e despesas convergem para um fundo geral (conta única), a fim de se 
evitar as vinculações de certos fundos a fins específicos. 
O objetivo é apresentar todas as receitas e despesas numa só conta, a fim de confrontar os totais e 
apurar o resultado: equilíbrio, déficit ou superávit. 
Atualmente, o processo de integração planejamento-orçamento tornou o orçamento, necessariamente, 
multidocumental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, de vários documentos (Plano Plurianual – 
PPA -, Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO - e Lei Orçamentária Anual – LOA), alguns de planejamento 
e outros de orçamento e programas. Em que pese tais documentos serem distintos, inclusive com datas 
de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo, devem, obrigatoriamente, ser 
compatibilizados entre si, conforme definido na própria Constituição Federal. 
O modelo orçamentário adotado a partir da Constituição Federal de 1988, com base no § 5.º do artigo 
165 da CF 88 consiste em elaborar orçamento único, desmembrado em: Orçamento Fiscal, da 
Seguridade Social e de Investimento das Empresas Estatais, para melhor visibilidade dos programas do 
governo em cada área. O artigo 165 da Constituição Federal define, em seu parágrafo 5.º, o que deverá 
constar em cada desdobramento do orçamento: 
 
“§ 5.º – A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e 
mantidos pelo Poder Público.” 
 
Princípio da Universalidade 
Segundo os artigos 3.º e 4.º da Lei nº 4.320/1964, a Lei Orçamentária deverá conter todas as receitas 
e despesas, o que possibilita um controle parlamentar sobre todos os ingressos e dispêndios 
administrados pelo ente público. 
 
“Art. 3.º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de 
crédito autorizadas em lei. 
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por 
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo 
e passivo financeiros. 
 
Princípios Orçamentários. 
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Art. 4.º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo 
e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o 
disposto no artigo 2°.” 
 
Tal princípio se complementa pela “regra do orçamento bruto”, definida no artigo 6.º da Lei nº 
4.320/1964: 
 
“Art. 6.º. Todas as receitas e despesas constarão da lei de orçamento pelos seus totais, vedadas 
quaisquer deduções.” 
 
Princípio da Anualidade ou Periodicidade 
O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de tempo, geralmente um 
ano. No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, conforme dispõe o artigo 34 da Lei nº 
4320/1964: 
 
“Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.” 
 
Observa-se, entretanto, que os créditos especiais e extraordinários - autorizados nos últimos quatro 
meses do exercício - podem ser reabertos, se necessário, e, neste caso, serão incorporados ao 
orçamento do exercício subsequente, conforme estabelecido no § 3.º do artigo 167 da Carta Magna. 
 
Princípio da Exclusividade 
Tal princípio tem por objetivo impedir a prática, muito comum no passado, da inclusão de dispositivos 
de natureza diversa de matéria orçamentária, ou seja, previsão da receita e fixação da despesa. Previsto 
no artigo 165, § 8.º da Constituição Federal, estabelece que a Lei Orçamentária Anual não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a 
autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, inclusive 
por antecipação de receita orçamentária (ARO), nos termos da lei. As leis de créditos adicionais também 
devemobservar esse princípio. 
 
ATENÇÃO CANDIDATO(A)!!! 
Observe que o Princípio da Universalidade não considera as operações de crédito por antecipação da 
receita (ARO), já o Princípio da Exclusividade inclui a (ARO). 
Isso ocorre pois estes dois princípios tratam de situações distintas, para que essas situações possam 
ser compreendidas de melhor forma devemos ter claro o entendimento sobre a Antecipação da Receita 
Orçamentária (ARO). 
 
A ARO tem como finalidade a atender insuficiência (falta) de caixa dentro do próprio exercício 
financeiro. 
 
Seu embasamento legal está disposto: 
Lei n° 4.320/64; 
Decreto n° 93.872/86; 
Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei n° 101/00. 
 
Voltando ao Princípio da Universalidade. 
Este princípio trata da Lei Orçamentária, ou seja, do Orçamento Público, sendo assim, quando o 
Orçamento Público está sendo constituído não se deve prever “falta de caixa”, pois o orçamento é 
organizado para que ocorra um bom planejamento financeiro e que o caixa suporte todos os pagamentos. 
Como a ARO tem justamente a finalidade de atender insuficiência (falta) de caixa, não será incluída 
no orçamento, pois não é uma situação esperada. 
 
No Princípio da Exclusividade. 
Este princípio exige que sejam incluídas todas as receitas e despesas pertinentes ao orçamento, 
relacionando essa situação com a ARO é correta a sua inclusão. 
Caso a antecipação venha a ocorrer durante o próprio exercício financeiro, ou seja, se caso ocorra 
uma “falta de caixa” e seja necessária a Antecipação da Receita, esta deverá ser incluída no orçamento. 
 
 
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Princípio do Equilíbrio 
Esse princípio estabelece que o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não 
poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período. Havendo reestimativa de 
receitas com base no excesso de arrecadação e na observação da tendência do exercício, pode ocorrer 
solicitação de crédito adicional. Nesse caso, para fins de atualização da previsão, devem ser 
considerados apenas os valores utilizados para a abertura de crédito adicional. 
Conforme o caput do artigo 3.º da Lei nº 4.320/1964, a Lei de Orçamentos compreenderá todas as 
receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. 
Assim, o equilíbrio orçamentário pode ser obtido por meio de operações de crédito. Entretanto, 
conforme estabelece o artigo 167, III, da Constituição Federal, é vedada a realização de operações de 
crédito que excedam o montante das despesas de capital, dispositivo conhecido como “regra de ouro”. 
De acordo com esta regra, cada unidade governamental deve manter o seu endividamento vinculado à 
realização de investimentos e não à manutenção da máquina administrativa e demais serviços. 
A Lei de Responsabilidade Fiscal também estabelece regras limitando o endividamento dos entes 
federados, nos artigos 34 a 37: 
 
“Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos 
após a publicação desta Lei Complementar. 
 
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente 
ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive 
suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou 
postergação de dívida contraída anteriormente. 
§ 1.º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira 
estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se 
destinem a: 
I – financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; 
II – refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente. 
§ 2.º O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprarem títulos da dívida da 
União como aplicação de suas disponibilidades. 
 
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da 
Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. 
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, 
no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da 
dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios. 
 
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados: 
I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato 
gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7.º do art. 150 da Constituição; 
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou 
indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma 
da legislação; 
III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com 
fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de 
crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes; 
IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento 
a posteriori de bens e serviços.” 
 
Princípio da Legalidade 
Tem o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública, segundo o qual 
cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou 
seja, subordina-se aos ditames da lei. 
A Constituição Federal de 1988, no artigo 371 estabelece os princípios da administração pública, dentre 
os quais o da legalidade e, no seu art. 165 estabelece a necessidade de formalização legal das leis 
orçamentárias: 
 
 
1 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) 
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“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais.” 
 
Princípio da Publicidade 
O princípio da publicidade está previsto no artigo 37 da Constituição Federal e também se aplica às 
peças orçamentárias. Justifica-se, especialmente, no fato de o orçamento ser fixado em lei, e esta, para 
criar, modificar, extinguir ou condicionar direitos e deveres, obrigando a todos, há que ser publicada. 
Portanto, o conteúdo orçamentário deve ser divulgado nos veículos oficiais para que tenha validade. 
 
Princípio da Especificação ou Especialização 
Segundo este princípio, as receitas e despesas orçamentárias devem ser autorizadas pelo Poder 
Legislativo em parcelas discriminadas e não pelo seu valor global, facilitando o acompanhamento e o 
controle do gasto público. Esse princípio está previsto no artigo 5.º da Lei nº 4.320/1964: 
 
“Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender 
indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou 
quaisquer outras [...]” 
 
O princípio da especificação confere maior transparência ao processo orçamentário, possibilitando a 
fiscalização parlamentar, dos órgãos de controle e da sociedade, inibindo o excesso de flexibilidade na 
alocação dos recursos pelo poder executivo. Além disso, facilita o processo de padronização e elaboração 
dos orçamentos, bem como o processo de consolidação de contas. 
 
Princípio da Não Afetação da Receita 
Tal princípio se encontra consagrado, como regra geral, no inciso IV, do artigo 167, da Constituição 
Federal de 1988, quando vedaa vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa: 
 
“Art. 167. São vedados: 
[...] 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição 
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159, a destinação de 
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos artigos 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações 
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º 
deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003); [...] 
 
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os 
artigos 155 e 156, e dos recursos de que tratam os artigos 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a 
prestação de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de débitos para com esta.” 
 
As ressalvas são estabelecidas pela própria Constituição e estão relacionadas à repartição do produto 
da arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos Estados – FPE e dos Municípios – FPM e 
Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste), à destinação de recursos 
para as áreas de saúde e educação, além do oferecimento de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receitas. 
Trata-se de medida de bom-senso, uma vez que possibilita ao administrador público dispor dos 
recursos de forma mais flexível para o atendimento de despesas em programas prioritários. 
No âmbito federal, a Constituição reforça a não vinculação das receitas por meio do artigo 76 do Ato 
das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, ao criar a “Desvinculação das Receitas da 
União – DRU”, abaixo transcrito: 
 
“Art. 76. É desvinculado de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2011, 20% (vinte 
por cento) da arrecadação da União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais 
e respectivos acréscimos legais. 
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. 5 
§ 1.º O disposto no caput deste artigo não reduzirá a base de cálculo das transferências a 
Estados, Distrito Federal e Municípios na forma dos artigos 153, § 5.º; 157, I; 158, I e II; e 159, I, a e 
b; e II, da Constituição, bem como a base de cálculo das destinações a que se refere o art. 159, I, 
c, da Constituição. 
§ 2.º Excetua-se da desvinculação de que trata o caput deste artigo a arrecadação da 
contribuição social do salário-educação a que se refere o art. 212, § 5.º, da Constituição.” 
 
Princípio da Programação 
Considerado um dos princípios orçamentários mais modernos, consistindo na organização das ações 
governamentais através de programas de trabalho, com objetivos claramente definidos e dispondo de 
meios para alcançá-los, sendo ainda elos entre o planejamento e o orçamento. 
 
Princípio da Exatidão 
Desde os primeiros diagnósticos e levantamentos das necessidades, para fins de elaboração da 
proposta orçamentária, deve existir grande preocupação com a realidade e com a efetiva capacidade do 
setor público intervir para solucioná-las através do orçamento. A regra é válida não apenas para os setores 
encarregados da política orçamentária, mas também para todos os órgãos que solicitam recursos para 
execução em programas e projetos. Tal princípio tem concepção doutrinária, porém passou a ter também 
previsão legal a partir da LRF, que exige memória e metodologia de cálculo para as metas fiscais de 
receitas, despesas, resultado primário e nominal, dentre outros. 
 
Princípio da Clareza 
O orçamento deve ser claro e compreensível para qualquer indivíduo, sem, no entanto, descuidar das 
exigências da técnica orçamentária, especialmente em matéria de classificação das receitas e despesas. 
 
Princípio da Uniformidade 
O orçamento deve conservar estrutura uniforme através dos distintos exercícios, permitindo uma 
comparação ao longo do tempo. 
 
QUESTÕES 
 
01. (TRT - 4ª REGIÃO/RS) - Analista Judiciário – Contabilidade – FCC) São princípios 
orçamentários: 
(A) competência e objetividade. 
(B) exclusividade e especificação. 
(C) entidade e equilíbrio. 
(D) continuidade e não-afetação das receitas. 
(E) universalidade e custo como base de valor. 
 
02. (MTur - Todos os Cargos – ESAF) São princípios orçamentários, exceto: 
(A) universalidade ou da globalização. 
(B) anualidade. 
(C) reciprocidade. 
(D) unidade. 
(E) exclusividade. 
 
03. (TJ-AP - Analista Judiciário - Área Administrativa – Administração – FCC) Sobre os princípios 
orçamentários, é correto afirmar: 
(A) O princípio da unidade refere-se à contemplação na lei orçamentária anual de todas as receitas e 
despesas de todos os poderes e órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder 
público. 
(B) O princípio da exclusividade refere-se à vedação da vinculação da receita de impostos a órgão, 
fundo ou despesa, salvo as exceções previstas. 
(C) Não conter dispositivo estranho à previsão da receita e fixação da despesa refere-se ao 
cumprimento do princípio da exclusividade. 
(D) O princípio da legalidade refere-se à delimitação do exercício financeiro orçamentário, que de 
acordo com a Lei no 4.320/1964 coincidirá com o ano civil. 
(E) O princípio da universalidade refere-se à integração da Lei Orçamentária Anual (LOA) em um único 
documento legal dentro de cada esfera federativa. 
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04. (MTUR – Administrador – FUNIVERSA) O princípio orçamentário que prescreve que o orçamento 
não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, ou seja, a lei orçamentária 
não poderá tratar de assuntos que não digam respeito a receitas e despesas públicas, é o princípio do(a): 
(A) unidade. 
(B) exclusividade. 
(C) anualidade. 
(D) universalidade. 
(E) equilíbrio. 
 
05. (Secretaria do Estado Planejamento e Gestão/DF – Auditor Fiscal Atividades Urbanas – 
FUNIVERSA) Em relação ao princípio orçamentário da exclusividade, de acordo com as normas vigentes, 
assinale a alternativa correta. 
(A) Esse princípio estabelece que, sem exceção, a lei orçamentária não poderá dispor sobre outra 
matéria que não seja a fixação da receita e a previsão das despesas. 
(B) Esse princípio informa que toda receita ou despesa deve estar prevista na lei orçamentária, sem 
exceção. 
(C) Esse princípio estabelece que a Administração deve possuir apenas uma única peça orçamentária. 
(D) Esse princípio é excepcionado no caso de autorização para a abertura de créditos suplementares 
e a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. 
(E) Por esse princípio, proíbe-se a vinculação de impostos. 
 
06. (UFRN - Auxiliar em Administração – COMPERVE/2015) Os princípios orçamentários são 
premissas a serem observadas na concepção da proposta orçamentária. 
São considerados princípios orçamentários os de 
(A) clareza, maximização do lucro e generalização. 
(B) publicidade, competitividade e diversidade. 
(C) universalidade, anualidade e exclusividade. 
(D) exatidão, divisão e importação. 
 
07. (Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Analista Legislativo - Orçamento e Finanças 
- Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ/2015) O orçamento público surgiu para atuar como instrumento 
de controle das atividades financeiras do Estado. Entretanto, com vista à eficácia desse controle, foram 
estabelecidas determinadas regras ou princípios orçamentários para sua elaboração. No tocante ao 
conceito, objetivo e finalidadedos princípios orçamentários, é correto afirmar: 
(A) o princípio da universalidade determina que o refinanciamento da dívida pública municipal conste 
na LOA, pelo mesmo valor previsto, tanto na estimativa da arrecadação da receita como na fixação da 
despesa. 
(B) o princípio da unidade determina que o orçamento contenha todas as receitas e despesas do 
município, de qualquer natureza, procedência ou destino, inclusive a dos fundos, dos empréstimos e dos 
subsídios 
(C) o princípio da anualidade veda o início de programas ou projetos que não foram incluídos na LOA 
e a proibição de investimentos cuja execução ultrapasse um exercício financeiro sem prévia inclusão no 
PPA 
(D) o princípio do orçamento bruto determina que a Lei Orçamentária Anual dos municípios abranja 
todo o universo das receitas a serem arrecadadas, bem como todas as despesas orçamentárias a serem 
executadas no período 
 
08. (AGU – Advogado –CESPE) Ainda acerca dos orçamentos, julgue os itens que se seguem 
O princípio da universalidade estabelece que todas as receitas e despesas devem estar previstas na 
LOA. 
( ) Certo Errado( ) 
 
09. (PGE-CE – Procurador –CESPE) Na elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), foi incluída a 
contratação de operações de crédito por antecipação de receita. A partir dessa informação, assinale a 
opção correta. 
(A) A Constituição Federal prevê que só podem constar da LOA dispositivos acerca da previsão da 
receita e da fixação da despesa, sem exceção. 
(B) A proibição de que a LOA contenha dispositivos estranhos à previsão da receita e à fixação da 
despesa recai, inclusive, sobre os créditos suplementares. 
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. 7 
(C) A contratação de operações de crédito, desde que não seja por antecipação de receita, pode 
constar da LOA. 
(D) Os créditos suplementares e as operações de crédito, inclusive aquelas provenientes de 
antecipação de receita, não estão incluídos na proibição de que a LOA cuide apenas da previsão da 
receita e da fixação da despesa. 
(E) A LOA é peça de ficção jurídica e, como tal, aceita qualquer dispositivo. 
 
10. (AGU - Procurador – CESPE) Com relação a despesas e receitas públicas, julgue os itens 
seguintes: 
O princípio da legalidade em matéria de despesa pública significa que se exige a inclusão da despesa 
em lei orçamentária para que ela possa ser realizada, com exceção dos casos de restituição de valores 
ou pagamento de importância recebida a título de caução, depósitos, fiança, consignações, ou seja, 
advindos de receitas extraorçamentárias que, apesar de não estarem fixados na lei orçamentária, sejam 
objeto de cumprimento de outras normas jurídicas. 
( ) Certo Errado( ) 
 
11. (IF-PE - Contador - IF-PE/2016) Os Princípios Orçamentários visam estabelecer regras 
norteadoras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e transparência para os processos de 
elaboração, execução e controle do orçamento público. Julgue os itens abaixo e marque V para 
verdadeiro e F para falso. 
I. O princípio da Publicidade justifica-se, especialmente, pelo fato de o orçamento ser fixado em lei, a 
qual autoriza aos Poderes a execução de suas despesas. 
II. O princípio da Transparência determina a divulgação do orçamento público de forma ampla à 
sociedade; a publicação de relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal; a disponibilização, 
para qualquer pessoa das informações sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa. 
III. O princípio da Unidade estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita 
e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de crédito 
suplementar e a contratação de operações de crédito, nos termos da lei. 
IV. O princípio da Exclusividade estabelece que todas as receitas previstas e despesas fixadas, em 
cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a 
Lei Orçamentária Anual – LOA. 
V. O princípio da Universalidade determina que a LOA de cada ente federado deverá conter todas as 
receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas 
pelo Poder Público. 
 
Assinale a alternativa que corresponder à sequência CORRETA. 
(A) F, F, F, V, V 
(B) V, V, F, F, F 
(C) F, V, V, V, F 
(D) V, V, F, F, V 
(E) F, F, V, F, F 
 
Respostas 
 
01. Resposta: B. 
Princípio da Exclusividade 
Tal princípio tem por objetivo impedir a prática, muito comum no passado, da inclusão de dispositivos 
de natureza diversa de matéria orçamentária, ou seja, previsão da receita e fixação da despesa. Previsto 
no artigo 165, § 8.º da Constituição Federal, estabelece que a Lei Orçamentária Anual não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a 
autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, inclusive 
por antecipação de receita orçamentária (ARO), nos termos da lei. As leis de créditos adicionais também 
devem observar esse princípio. 
Princípio da Especificação ou Especialização 
Segundo este princípio, as receitas e despesas orçamentárias devem ser autorizadas pelo Poder 
Legislativo em parcelas discriminadas e não pelo seu valor global, facilitando o acompanhamento e o 
controle do gasto público. Esse princípio está previsto no artigo 5.º da Lei nº 4.320/1964: 
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“Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender 
indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou 
quaisquer outras [...]” 
O princípio da especificação confere maior transparência ao processo orçamentário, possibilitando a 
fiscalização parlamentar, dos órgãos de controle e da sociedade, inibindo o excesso de flexibilidade na 
alocação dos recursos pelo poder executivo. Além disso, facilita o processo de padronização e elaboração 
dos orçamentos, bem como o processo de consolidação de contas. 
 
02. Resposta: C. 
Os Princípios Orçamentários são: 
Princípio da Unidade 
Princípio da Universalidade 
Princípio da Anualidade ou Periodicidade 
Princípio da Exclusividade 
Princípio do Equilíbrio 
Princípio da Legalidade 
Princípio da Publicidade 
Princípio da Especificação ou Especialização 
Princípio da Não Afetação da Receita 
Princípio da Programação 
Princípio da Exatidão 
Princípio da Clareza 
Princípio da Uniformidade 
 
03. Resposta: C. 
(A) Refere-se ao Princípio da Universalidade, devido a utilização da expressão: todas as receitas e 
despesas de todos os poderes e órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas 
pelo poder público. 
(B) Refere-se ao Princípio da Não Vinculação devido a utilização da expressão: vedação da 
vinculação. 
C) Não conter dispositivo estranho à previsão da receita e fixação da despesa refere-se ao 
cumprimento do princípio da exclusividade. CORRETO 
D) Refere-se ao Princípio da Anualidade devido a utilização da expressão: coincidirá com o ano 
civil. 
E) Refere-se ao Princípio da Unidade devido a utilização da expressão: um único documento legal 
dentro de cada esfera federativa. 
 
04. Resposta “B” 
Princípio Orçamentário da Exclusividade 
Tal princípio tem por objetivo impedir a prática, muito comum no passado, da inclusão de dispositivos 
de natureza diversa de matéria orçamentária, ou seja, previsão da receita e fixação da despesa. 
Referido princípio está previsto noartigo 165, § 8º, da Constituição Federal, o qual estabelece que a 
Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, 
não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de 
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO), nos termos da lei. As leis 
de créditos adicionais também devem observar esse princípio. 
Não se inclui na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. 
Este princípio encontra-se expresso no art. 165, § 8º da CF de 88: "A lei orçamentária anual não 
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa ..." 
 
05. Resposta “D”. 
Princípio Orçamentário da Exclusividade 
Tal princípio tem por objetivo impedir a prática, muito comum no passado, da inclusão de dispositivos 
de natureza diversa de matéria orçamentária, ou seja, previsão da receita e fixação da despesa. 
Referido princípio está previsto no artigo 165, § 8º, da Constituição Federal, o qual estabelece que a 
Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, 
não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de 
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operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO), nos termos da lei. As leis 
de créditos adicionais também devem observar esse princípio. 
Não se inclui na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. 
Este princípio encontra-se expresso no art. 165, § 8º da CF de 88: "A lei orçamentária anual não 
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa ..." 
 
06. Resposta: C. 
Os Princípios Orçamentários são: 
Princípio da Unidade 
Princípio da Universalidade 
Princípio da Anualidade ou Periodicidade 
Princípio da Exclusividade 
Princípio do Equilíbrio 
Princípio da Legalidade 
Princípio da Publicidade 
Princípio da Especificação ou Especialização 
Princípio da Não Afetação da Receita 
Princípio da Programação 
Princípio da Exatidão 
Princípio da Clareza 
Princípio da Uniformidade 
 
07. Resposta: A. 
Segundo os artigos 3.º e 4.º da Lei nº 4.320/1964, a Lei Orçamentária deverá conter todas as receitas 
e despesas, o que possibilita um controle parlamentar sobre todos os ingressos e dispêndios 
administrados pelo ente público. 
 
08. Resposta: CERTA. 
Todas as receitas e despesas devem estar contabilizadas na lei orçamentária, segundo se entende do 
princípio da universalidade, pois não deverá conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação 
da despesa, como exige o § 8º do art. 165, CF. Os arts. 3º e 4º, Lei n. 4.320/64, não deixam dúvidas 
também ao exigir que a lei de orçamentos compreenderá todas as receitas e despesas respectivamente. 
Certa. 
 
09. Resposta: D. 
Segundo o § 8º do art. 165, CF, a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares 
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
10. Resposta: CERTA. 
Em outras palavras, “a realização da despesa pública se condiciona à sua inclusão na lei orçamentária 
(...) e, como corolário lógico, a despesa pública se subordina ao princípio da legalidade, sendo que a 
inobservância do aludido postulado rende margem à configuração de crime de responsabilidade por parte 
dos agentes políticos” (JARDIM, Manual, p. 84-85). 
 
11. Resposta: D. 
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP 6º edição: 
I. VERDADEIRO: O princípio da Publicidade justifica-se, especialmente, pelo fato de o orçamento ser 
fixado em lei, a qual autoriza aos Poderes a execução de suas despesas. 
II. VERDADEIRO: O princípio da Transparência determina a divulgação do orçamento público de forma 
ampla à sociedade; a publicação de relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal; a 
disponibilização, para qualquer pessoa das informações sobre a arrecadação da receita e a execução da 
despesa. 
III. FALSO: O princípio da EXCLUSIVIDADE estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho 
à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura 
de crédito suplementar e a contratação de operações de crédito, nos termos da lei. 
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IV. FALSO: O princípio da UNIDADE ou TOTALIDADE estabelece que todas as receitas previstas e 
despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada 
esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual – LOA. 
V. VERDADEIRO: O princípio da Universalidade determina que a LOA de cada ente federado deverá 
conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
 
 
 
ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
 
A atividade financeira é considerada um dos instrumentos para a consecução das finalidades estatais 
e precisa ser dotada de mecanismos próprios para realizar seus fins. Diante da relevância do tema, o 
Direito Financeiro possui destaque no atual ordenamento jurídico brasileiro, com previsão derivada do 
texto constitucional, e influência no conteúdo das leis complementares que disciplinam as regras gerais 
para a realização da atividade financeira e leis ordinárias específicas, que dão concretude e executam a 
respectiva tarefa. 
A Constituição Federal de 1988 institui em seu texto o sistema de normas financeiras, necessário e 
suficiente para realizá-los, agrupadas nos seguintes temas: 
a) competência normativa sobre a matéria financeira (artigos 24, 48, 52, 62 e 68); 
b) hipóteses de intervenção por descumprimento das obrigações financeiras (artigos 34 e 35); 
c) formas de fiscalização da atividade financeira (artigos 21, 70, 71 e 74); 
d) sistema tributário nacional (artigos 145 a 156 e 195); 
e) repartições de receitas tributárias (artigos 157 a 162); 
f) normas gerais sobre as finanças públicas e sistema monetário (artigos 163 e 164); 
g) disposições relativas ao orçamento (artigos 165 a 169). 
 
Candidato(a), como o seu edital especifica artigos 165 a 169, focaremos nestes pontos para que 
o seu estudo fique bem direcionado ao que vai cair em sua prova. 
 
CAPÍTULO II 
DAS FINANÇAS PÚBLICAS 
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS 
 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
§ 1.º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos 
e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para 
as relativas aos programas de duração continuada. 
§ 2.º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração 
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
§ 3.º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório 
resumido da execução orçamentária. 
§ 4.º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão 
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciadospelo Congresso Nacional. 
§ 5.º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
Orçamento na Constituição Federal: arts. 165 a 169. 
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III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. 
§ 6.º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre 
as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
§ 7.º - Os orçamentos previstos no § 5.º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, 
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
§ 8.º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
§ 9.º - Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como 
condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados 
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das 
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166. 
 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento 
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
§ 1.º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas 
anualmente pelo Presidente da República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos 
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação 
das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. 
§ 2.º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e 
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 
§ 3.º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente 
podem ser aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, 
excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
§ 4.º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando 
incompatíveis com o plano plurianual. 
§ 5.º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor 
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, 
da parte cuja alteração é proposta. 
§ 6.º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão 
enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que 
se refere o art. 165, § 9.º. 
§ 7.º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, 
as demais normas relativas ao processo legislativo. 
§ 8.º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária 
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos 
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
§ 9.º - As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um 
inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder 
Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
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§ 10 - A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9.º, 
inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2.º do art. 198, vedada a 
destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. 
§ 11 - É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9.º 
deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita 
corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da 
programação definidos na lei complementar prevista no § 9.º do art. 165. 
§ 12 - As programações orçamentárias previstas no § 9.º deste artigo não serão de execução 
obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. 
§ 13 - Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da programação prevista no § 11 
deste artigo, for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do 
ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de 
aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169. 
§ 14 - No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, 
na forma do § 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas: 
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, o Poder 
Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo 
as justificativas do impedimento; 
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao 
Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; 
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo 
encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; 
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o 
Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder 
Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária. 
§ 15 - Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentárias previstas no § 11 
não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no 
inciso I do § 14. 
§ 16 - Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execuçãofinanceira 
prevista no § 11 deste artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita corrente líquida 
realizada no exercício anterior. 
§ 17 - Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento 
da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no § 11 
deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das 
despesas discricionárias. 
§ 18 - Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de 
forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. 
 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais; 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, 
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, 
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do 
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159, a destinação de recursos 
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos artigos 
198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, 
previstas no art. 165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste artigo; 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação 
dos recursos correspondentes; 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive 
dos mencionados no art. 165, § 5.º; 
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IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação 
de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de 
despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, 
para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social 
de que trata o art. 201. 
§ 1.º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem 
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade. 
§ 2.º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, 
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício 
financeiro subsequente. 
§ 3.º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, 
observado o disposto no art. 62. 
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os artigos 
155 e 156, e dos recursos de que tratam os artigos 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de 
garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. 
§ 5.º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e 
inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato 
do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. 
 
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos 
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério 
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na 
forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9.º. 
 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
§ 1.º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos 
e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a 
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal 
e aos acréscimos dela decorrentes; 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista. 
§ 2.º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos 
parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou 
estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites. 
§ 3.º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na 
lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as 
seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de 
confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis. 
§ 4.º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o 
cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder 
o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o 
órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. 
§ 5.º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus à indenização 
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. 
§ 6.º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada 
a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro 
anos. 
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§ 7.º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 
4.º. 
 
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA 
 
Dos artigos destinados a orientar o sistema orçamentário brasileiro, destacamos o artigo 167 da CF, 
cujo texto complementa as orientações sobre a elaboração e execução das leis orçamentárias por meio 
de vedações. 
Um dos objetivos do sistema orçamentário inaugurado pela Constituição Federal de 1988 é 
exatamente o de permitir o controle sobre os recursos públicos e o equilíbrio orçamentário; o art. 167,CF 
elenca vedações orçamentárias que, de algum modo, não possibilitariam alcançar o controle dos recursos 
ou o equilíbrio orçamentário. Dentre elas são destacadas: 
a) programas e projetos não podem ser iniciados sem que estejam incluídos na lei orçamentária anual; 
b) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas não podem exceder os créditos 
orçamentários ou adicionais; 
c) a realização de operações de crédito não pode exceder o montante das despesas de capital, 
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, 
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; 
d) abertura de créditos suplementares ou especial está condicionada à prévia autorização legislativa e 
à indicação dos recursos correspondentes; 
e) impõe-se autorização legislativa para a transposição, o remanejamento ou a transferência de 
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro; 
f) a concessão ou utilização de créditos é limitada. 
 
Questões 
 
01. (Prefeitura de Capela do Alto – SP – Fiscal – Makiyama) Segundo a Constituição Federal, o 
plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais são estabelecidos por: 
(A) Lei complementar da Assembleia Legislativa. 
(B) Resolução normativa do Poder Executivo. 
(C) Leis de iniciativa do Poder Executivo. 
(D) Decreto do Poder Legislativo. 
(E) Resolução do Poder Legislativo 
 
02. (TCE-GO - Analista de Controle Externo - Administrativa – FCC) De acordo com a Constituição 
Federal, é vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas, entre 
outras, a destinação de recursos para 
(A) a amortização e encargos da dívida pública, e a manutenção e desenvolvimento do ensino. 
(B) as ações e serviços de assistência social, e as ações e serviços públicos de saúde. 
(C) as ações e serviços de segurança pública, e o pagamento de servidores ativos e inativos. 
(D) a amortização e encargos da dívida pública, e as ações e serviços públicos de saúde. 
(E) as ações e serviços públicos de saúde, e a manutenção e desenvolvimento do ensino. 
 
03. (METRÔ-DF - Contador – IADES) Constitui-se em uma violação ao princípio da exclusividade, 
previsto no § 8º do art. 165 da Constituição Federal, incluir na Lei Orçamentária Anual (LOA) dispositivo 
referente à autorização para 
(A) abrir crédito suplementar. 
(B) contratar operações de crédito de longo prazo. 
(C) contratar operação de crédito por antecipação de receita orçamentária. 
(D) contrair operações de crédito para atender insuficiência de caixa do governo. 
(E) instituir imposto sobre comércio eletrônico. 
 
Respostas 
01. Resposta: C. 
Conforme Constituição de 88, Seção II DOS ORÇAMENTOS 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
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02. Resposta: E. 
CF. 88, Art. 167. São vedados: 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do 
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159, a destinação de recursos 
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos artigos 
198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, 
previstas no art. 165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste artigo; 
 
03. Resposta: E. 
Conforme o Art. 165 da § 8.º da Constituição de 88 - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo 
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para 
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de 
receita, nos termos da lei. 
Vale ressaltar que instituir imposto sobre comércio eletrônico não está relacionado com a 
previsão e a fixação da despesa. 
 
 
 
TÍTULO IV 
Do Exercício Financeiro 
 
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. 
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: 
I - as receitas nele arrecadadas; 
II - as despesas nele legalmente empenhadas. 
 
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 
de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas. 
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não 
tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do 
crédito. 
 
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo 
consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado 
na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos 
reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de 
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre 
que possível, a ordem cronológica. 
 
Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anulação 
ocorrer após o encerramento deste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar. 
 
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão 
escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas 
orçamentárias. 
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, 
serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após 
apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. 
§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de 
obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária 
são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos 
compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto 
as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de 
serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, 
alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de 
obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de 
Lei nº 4.320/1964: exercício financeiro; 
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contratos em geral ou de outras obrigações legais. 
§ 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao 
correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da 
notificação ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da 
inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de 
mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. 
§ 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos anteriores, 
bem como os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora 
e ao encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º 
do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978. 
§ 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional. 
 
Questões 
 
01. (Prefeitura de Teresina – PI - Técnico deNível Superior - Analista em Gestão Pública - 
FCC/2016) No que se refere às regras estabelecidas na Lei no 4.320/1964 para o exercício financeiro, 
tem-se que 
(A) pertencem ao exercício financeiro as receitas nele previstas e as despesas nele legalmente pagas. 
(B) os restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se 
em tributários e não tributários. 
(C) os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como 
receita do exercício em que foram previstos. 
(D) os créditos da Fazenda Pública exigíveis serão inscritos como dívida ativa processada e não 
processada. 
(E) a importância de despesas anuladas no exercício deve ser revertida à respectiva dotação. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: E 
(A) Errada. Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: 
I - as receitas nele arrecadadas; 
II - as despesas nele legalmente empenhadas 
(B) Errada. Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o 
dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas. 
(C) Errada. Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão 
escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas 
orçamentárias. 
(D) Errada. Art. 39.c/c §1° Os créditos da Fazenda Pública serão inscritos como Dívida Ativa, em 
registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse 
título. 
(E) Certa. Lei 4.320/64 Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; 
quando a anulação ocorrer após o encerramento deste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar. 
 
 
 
DESPESAS PÚBLICAS 
 
Despesa pública ou gastos públicos é a aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear 
os serviços de ordem pública ou para investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. As 
despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, através do ato administrativo chamado 
orçamento público. Exceção são as chamadas despesas extra-orçamentárias. 
 
As despesas públicas devem obedecer aos seguintes requisitos: 
 
- Utilidade (atender a um número significativo de pessoas); 
- Legitimidade (deve atender uma necessidade pública real); 
- Discussão pública (deve ser discutida e aprovada pelo Poder Legislativo e pelo Tribunal de Contas); 
Despesa pública (empenho, liquidação, pagamento); 
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- Possibilidade contributiva (possibilidade da população atender à carga tributária decorrente da 
despesa); 
- Oportunidade; 
- Hierarquia de gastos; 
- Deve ser estipulada em lei; 
 
As despesas podem ser classificadas entre despesas orçamentárias e extra-orçamentárias: 
 
Despesa Orçamentária é aquela que depende de autorização legislativa para ser realizada e que não 
pode ser efetivada sem a existência de crédito orçamentário que a corresponda suficientemente. 
 
Despesa extra-orçamentária é a despesa que não consta da lei do orçamento, compreendendo as 
diversas saídas de numerário decorrentes do levantamento de depósitos, cauções, pagamento de Restos 
a Pagar, resgate de operações de créditos por antecipação de receita, bem como quaisquer valores que 
se revistam de características de simples transitoriedade, recebidos anteriormente e que, na 
oportunidade, constituíram receitas extraorçamentárias. 
 
Classificam-se em categorias econômicas as quais se dividem conforme o esquema abaixo: 
 
Despesas correntes 
 
Despesas de custeio: destinadas à manutenção dos serviços criados anteriormente à Lei Orçamentária 
Anual, e correspondem entre outros gastos, os com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros 
e gastos com obras de conservação e adaptação de bens imóveis. 
 
Transferências correntes: são despesas que não correspondem a contraprestação direta de bens ou 
serviços por parte do Estado e que são realizadas à conta de receitas cuja fonte seja transferências 
correntes. Dividem-se em: 
 
Subvenções sociais: destinadas a cobrir despesas de custeio de instituições públicas ou privadas de 
caráter assistencial ou cultural, desde que sem fins lucrativos; 
 
Subvenções econômicas: destinadas a cobrir despesas de custeio de empresas públicas de caráter 
industrial, comercial, agrícola ou pastoril. 
 
Despesas de capital 
 
Despesas de investimentos: despesas necessárias ao planejamento e execução de obras, aquisição 
de instalações, equipamentos e material permanente, constituição ou aumento do capital do Estado que 
não sejam de caráter comercial ou financeiro, incluindo-se as aquisições de imóveis considerados 
necessários à execução de tais obras; 
 
Inversões financeiras: são despesas com aquisição de imóveis, bens de capital já em utilização, títulos 
representativos de capital de entidades já constituídas (desde que a operação não importe em aumento 
de capital), constituição ou aumento de capital de entidades comerciais ou financeiras (inclusive 
operações bancárias e de seguros). Ou seja, operações que importem a troca de dinheiro por bens. 
 
Transferências de capital: transferência de numerário a entidades para que estas realizem 
investimentos ou inversões financeiras. Nessas despesas, inclui-se as destinadas à amortização da dívida 
pública Podem ser: 
- Auxílios: se derivadas da lei orçamentária; 
- Contribuições: derivadas de lei posterior à lei orçamentária. 
As categorias econômicas dividem-se em elementos que se separam em subelementos, estes por sua 
vez bifurcam, por fim, em rubricas e sub-rubricas. 
 
 
 
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ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA: FIXAÇÃO, EMPENHO E LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO2 
 
A despesa orçamentária, desde a edição do Código de Contabilidade Pública, em 8 de novembro de 
1992, determinou que toda a despesa do Estado deve passar por três estágios. 
 
a. o empenho; 
b. a liquidação; e 
c. pagamento. 
 
Aliás, tal procedimento configura-se até hoje, consoante se verifica da Lei n° 4.320/64. 
Entretanto, deve-se fazer uma ressalva neste ponto, pois, obviamente, a escrituração contábil da 
despesa orçamentária deve, ainda, ser registrada também quanto ao aspecto relativo ao crédito fixado 
na lei orçamentária que constitui, na realidade, em mais uma etapa ou estágio, denominado Fixação. 
 
FIXAÇÃO: 
A Fixação, que é em realidade a primeira etapa ou estágio desenvolvido pela despesa orçamentária, 
é cumprida por ocasião da edição da discriminação das tabelas explicativas, baixadas através da Lei 
Orçamentária. Seja dito de passagem que ela é precedida por toda gama de procedimentos que vão 
desde a elaboração das propostas, a mensagem do Poder Executivo, o projeto de lei, a discussão pelo 
Poder Legislativo e a consequente aprovação e promulgação, transformando-a em Lei Orçamentária. 
Por conseguinte, a Lei de Orçamento é o documento que caracteriza a fixação da despesa 
orçamentária, ou seja, o instrumento no qual são legalmente fixadas as discriminações e especificações 
dos créditos orçamentários, que se constitui no corolário da chamada etapa de elaboração desenvolvida 
pelo ciclo orçamentário. 
A etapa da elaboração termina com a edição da Lei Orçamentária, que em última análise constitui o 
estágio da Fixação. 
Entretanto, a Fixação deve obedecer a alguns critérios para sua utilização, do ponto de vistaorçamentário como: 
 
- imediatamente após a promulgação da lei do orçamento e base nos limites dela fixados, o Poder 
Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica 
autorizada a utilizar, conforme art. 47, da Lei Federal n° 4.320/64. 
- a Fixação das cotas mencionadas atenderá aos seguintes objetivos: 
 
a. assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil, a soma de recursos necessários e suficientes 
à melhor execução de seu programa anual de trabalho; 
b. manter, durante o exercício, na medida do possível, o equilíbrio entre a receita arrecadada e a 
despesa realizada, de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria, conforme at. 48 
e §§ 1° e 2° da Lei Federal n° 4.320/64; 
 
- a programação da despesa orçamentária para efeito dos objetivos mencionados levará em conta os 
créditos adicionais e as operações extraorçamentárias, conforme at. 49 da /lei Federal n° 4.320/64; 
- as cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o exercício, observado o limite da dotação e o 
comportamento da execução orçamentária, conforme art. 50 da Lei Federal n° 4.320/64. 
 
Existem outros critérios, de natureza financeira, que também devem ser observados no estágio da 
Fixação, como: 
 
- até 30 (trinta) dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes 
orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução 
mensal de desembolso; 
- os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente par atender 
ao objetivo de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso, 
conforme parágrafo único, da Lei Complementar n° 101/2000. 
- se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o 
cumprimento das metas de resultados primários ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os 
poderes e o Ministério Publico promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos 30 (trinta) 
 
2 Kohama, Heilio. Contabilidade Pública: teoria e prática. 12.edição – São Paulo: Atlas, 2012. 
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dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira segundo os critérios fixados na lei 
de diretrizes orçamentárias; 
- no caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações, 
cujos empenhos foram limitados, dar-se-á de forma proporcional à reduções efetivadas; 
- não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do 
ente, inclusive as destinadas ao pagamento da dívida e as ressalvadas pela lei de diretrizes 
orçamentárias; 
- no caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no 
prazo estabelecido, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios 
fixados pela lei de diretrizes orçamentárias, conforme at. 9 e §§ 1° a 3°, da Lei Complementar n° 101/200; 
- a execução orçamentária e financeira identificará os beneficiários de pagamento de sentenças 
judiciais, por meio de sistema de contabilidade e administração financeira, par afins de observância da 
ordem cronológica determinada no artigo 100 da Constituição, conforme at. 10 da lei complementar n° 
101/2000. 
 
EMPENHO 
O Artigo 58 do CAPÍTULO III - Da Despesa da Lei Federal nº 4.320 de 1964 define o segundo estágio 
da despesa orçamentária: 
 
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o 
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. 
 
Portanto, uma vez autorizado o empenho, pela autoridade competente, fica criada a obrigação de 
pagamento para o Estado, podendo ficar dependendo de algumas condições ou não. 
 
Já no Artigo 59 do CAPÍTULO III - Da Despesa da Lei nº 4.320 de 1964, estabelece que o empenho 
da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. 
 
Esta determinação é, até certo ponto, óbvia, pois, sendo o empenho um valor deduzido da dotação 
orçamentária, ou seja, do crédito fixado, caso o valor a ser empenhado seja maior do que a dotação ou 
crédito fixado, não haverá condição para que seja efetuado. 
Ressalvado o disposto em lei complementar, é vedado aos Municípios empenhar, no último mês do 
mandato do Prefeito, mais do que o duodécimo da despesa prevista no orçamento vigente. Essa vedação 
não se aplica nos casos comprovados de calamidade pública. Reputam-se nulos e de nenhum efeito os 
empenhos praticados em desacordo com o estipulado, sem prejuízo da responsabilização do Prefeito, 
conforme §§ 1º, 2º, 3º e 4º do Artigo 59, da Lei Federal n° 4.320/64. 
A lei complementar anteriormente referida, em realidade, é a Lei Complementar n° 101, de 4 de maio 
2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), que, sob o assunto, contempla as seguintes disposições: 
 
(...)CAPÍTULO IV 
DA DESPESA PÚBLICA 
Seção I 
Da Geração da Despesa 
 
Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a 
geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17. 
 
Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento 
da despesa será acompanhado de: 
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e 
nos dois subsequentes; 
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e 
financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de 
diretrizes orçamentárias. 
§ 1° Para os fins desta Lei Complementar, considera-se: 
I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, 
ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma 
espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os 
limites estabelecidos para o exercício; 
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II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se 
conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não 
infrinja qualquer de suas disposições. 
§ 2° A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das premissas e 
metodologia de cálculo utilizadas. 
§ 3o Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada irrelevante, nos termos em 
que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 4° As normas do caput constituem condição prévia para: 
I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras; 
II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3° do art. 182 da Constituição. 
 
Subseção I 
Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado 
 
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, 
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua 
execução por um período superior a dois exercícios. 
§ 1° Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos 
com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu 
custeio. 
§ 2° Para efeito do atendimento do § 1°, o ato será acompanhado de comprovação de que a 
despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo 
referido no § 1° do art. 4°, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser 
compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.

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