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* FISIOLOGIA GASTRINTESTINAL Regulação da função gastrintestinal Sistema gastrintestinal (GI) é regulado em 02 níveis Um nível de controle é feito pelos SNC extrínseco e endócrino. O segundo nível de controle é único p/ o SGI sendo exercido pelos nervos intrínsecos e componentes endócrinos localizados dentro do intestino. * * Esse nível intrínseco de controle permite ao intestino regular de forma autônoma suas funções c/ base em condições locais, como quantidade e tipo de alimento O controle feito pelo SNC é secundário; ele exerce influência nos sistemas intrínsecos; os quais regulam a função intestinal. O SN intrínseco possui receptores, neurônios sensoriais, interneurônios e neurônios motores. O SN GI intrínseco é extenso. Seus elementos repousam na parede intestinal. * Informação sensorial vem dos mecanorreceptores (controlam a distensão da parede intestinal) dentro das camadas musculares e dos quimiorreceptores (controlam as condições químicas do lúmen) dentro da mucosa. Há dois tipos de neurônios eferentes: Colinérgicos Não colinérgicos Geralmente os colinérgicos (acetilcolina) são excitatórios. * Eles agem aumentando as contrações musculares e as secreções glandulares. Os não colinérgicos são inibidores em geral. O mais importante dos peptídeos neurorreguladores é o peptídeo intestinal vasoativo (PIV). Ele exerce efeito nos vasos sanguíneos intestinais e na musculatura lisa intestinal, induzindo relaxamento das musculaturas lisas da parede intestinal e dos vasos. * O intestino também recebe inervação extrínseca do SNA. Os sistemas nervosos simpático e parassimpático formam a ligação entre o SN intrínseco e o SNC. Fibras parassimpáticas chegam ao intestino e formam sinapse c/ os corpos celulares do sistema intrínseco. A acetilcolina é o neurotransmissor. Algumas fibras simpáticas formam sinapse nos neurônios do sistema intrínseco. * Outras exercem efeito nos músculos e glândulas GI. Substância neurossecretora – noradrenalina. Sistema endócrino intrínseco GI. O sistema GI possui um grande nº e variedade de células endócrinas. Essas células produzem uma ampla variedade hormônios e subst. semelhantes a hormônio. Enquanto as endócrinas estão agrupadas em glândulas, as do GI estão difusamente distribuídas pelo epitélio intestinal. * * O ápice mais estreito das células endócrinas fica exposto ao lúmen intestinal, permitindo-lhes colher amostras do conteúdo luminal. Base dessas células contém grânulos secretores, formas de estocagem desses hormônios. Esse arranjo confere um mecanismo p/ as células perceberem mudanças no conteúdo luminal e responderem liberando hormônios na submucosa, que podem ser absorvidos na corrente sanguínea. * * Hormônios não são secretados na luz intestinal. Todos os produtos celulares endócrinos GI são peptídeos e podem ser referidos como peptídeos reguladores. Cada tipo de célula endócrina possui distribuição característica dentro das vias GI. Céls. produtoras de gastrina são encontradas na porção distal do estômago (principalmente). Céls produtoras de colecistocinina são encontradas no intestino delgado, mais na região proximal. * Isso mostra que a produção de hormônios pode estar confinada a áreas específicas. Peptídeos reguladores GI influenciam diversas funções intestinais e fazem parte do sistema de retroalimentação. Ex: gastrina e ácido gástrico. Após refeição, células produtoras de gastrina secretam gastrina, que estimula a produção de ácido gástrico e reduz o pH do estômago. * As céls. produtoras de gastrina controlam o pH do estômago, e qdo. esse diminui muito, a secreção de gastrina fica inibida. * Esse mecanismo remove o estímulo p/ a produção de mais ácido gástrico – estabiliza pH do estômago Peptídeos reguladores exercem efeito trófico nas células GI. Além de regular funções celulares, os peptídeos exercem efeitos reguladores do crescimento sobre as células epiteliais do sistema GI. Gastrina promove crescimento da mucosa gástrica e colecistocinina e enteroglucagon promovem o crescimento da mucosa intestinal. * A medida que aumenta a ingestão de alimento, a produção de peptídeo regulador GI é estimulada e a mucosa intestinal se hipertrofia para atender a maior demanda funcional. Movimentos das Vias GI. As paredes das vias GI são musculares e capazes de se movimentar. Os movimentos possuem ações diretas sobre a ingesta na luz intestinal. Funções do movimento: * Empurrar a ingesta Retê-la em um local para digestão / absorção Quebrá-la e misturá-la a secreções digestivas Circulá-la de forma que fique em contato c/ as superfícies absortivas Movimento da parede intestinal é conhecido como motilidade, e essa pode ser de natureza: Propulsiva Retentora Mistura * * O tempo que o material leva p/ ir de uma porção a outra do intestino é denominado tempo de trânsito. Ondas lentas de despolarização elétrica são uma característica da musculatura lisa intestinal. As células musculares lisas GI se distribuem numa numa rede de feixes intercomunicantes. Células individuais se ligam umas às outras por sinapses. Essas junções criam uma conexão elétrica entre as células e permitem mudanças no potencial de membrana a ser transferido de célula p/ célula. * O arranjo possibilita a musculatura funcionar como sincício, isto é, uma massa multinucleada, que permite às ondas de atividade elétrica se espalharem pelas camadas musculares (coração). * As células musculares lisas do intestino mantêm uma diferença de potencial elétrico através de suas membranas, sendo a parte interna eletricamente negativa em comparação com a externa. No estado de repouso, o potencial de membrana é de - 70 a - 60 mV. Esse potencial de membrana pode-se despolarizar a partir desse nível básico, por cerca de 20 a 30 mV. Portanto, sob condições de repouso, a despolarização é parcial. * Essas ondas de despolarização parcial se movem no sentido aboral (longe da boca) - denominam-se ondas lentas. No intestino delgado ocorrem cerca de 20 x / min, já no estômago e cólon 5 x / min. Ondas lentas estão passando continuamente pela musculatura lisa GI, tendo ou não contração. PA no músculo GI só ocorrem nas cristas das ondas lentas. Portanto, não ocorrem contrações com frequência maior do que a de ondas lentas. * Cada onda lenta pode ou não ser acompanhada de PA. Estômago – ondas lentas ocorrem 5 x / min, portanto em um minuto, o músculo pode se contrair de zero a 5 vezes. Função dessas ondas lentas – sincronizar as contrações do músculo liso GI. * Para que o músculo funcione de maneira eficiente, todas as células musculares de um segmento precisam contrair-se simultaneamente. O estímulo parassimpático tende a estimular a atividade muscular no intestino, ao passo que o simpático exerce efeito oposto. A motilidade coordenada dos lábios, língua, boca e faringe apreende o alimento e o empurra para diante no sistema GI. * Antes que a digestão comece, o alimento precisa ser dirigido p/ o SGI. Músculos da face, lábios e língua são os músculos voluntários mais controlados dos animais domésticos. Preensão - cavalos usam os lábios, bovinos a língua Processo altamente coordenado – controle do SNC. Envolve os nervos facial, glossofaríngeo e trigêmeo. Mastigação – serve não apenas para quebrar as partículas p/ que passem pelo esôfago, mas também mistura e lubrifica os alimentos (mistura c/ a saliva). * A deglutição envolve os estágios voluntários e involuntários e ocorre após a mastigação. Na fase voluntária o alimento é uniformizado na forma de “bolo” pela língua e então empurrado p/ a faringe. Qdo. ele adentra a faringe, terminações nervosas detectam sua presença e iniciam a fase involuntária do reflexo de deglutição. * A faringe é a abertura comum tanto do sistema digestivo quanto respiratório. * Sua principal função é assegurar que apenas o ar entre no SR e que alimento e água entrem no SGI. A fase involuntária é a ação que dirige o alimento p/ fora da via respiratória. * A respiração cessa momentaneamente. Palato mole se eleva – impede que o alimento entre pelas aberturas das narinas. A língua fica deprimida contra o palato duro. Osso hióide e a faringe são empurrados p/ frente (fechar a abertura laríngea). Qdo. todas as aberturas da faringe estão fechadas uma onda de constrição muscular passa pelas paredes, empurrando o bolo de alimento para a abertura do esôfago. * Essas reações são controladas por NMI localizados no tronco cerebral. Problemas com preensão, mastigação e deglutição – relacionados c/ lesões neurológicas (nervos cranianos ou tronco cerebral). A motilidade do esôfago empurra o alimento p/ o estômago. Esôfago possui uma camada muscular longitudinal externa e uma interna circular. Muito de sua parede musc. é composta de fibras esqueléticas estriadas. * Em termos de atividade motora, pode ser dividido em esfíncter superior, corpo e esfíncter inferior. O corpo esofágico funciona como conduto simples, transferindo alimento da faringe para o esôfago. O alimento é empurrado por meio de movimentos propulsivos - peristaltismo (movimento de constrição na parede de um órgão tubular). Esse movimento existe em todos os níveis do intestino. * Qdo. o bolo alimentar atinge a extremidade distal do esôfago, o esfíncter inferior se relaxa e a matéria ingerida entra no estômago. * Se alimentos ou corpos estranhos permanecerem no esôfago – ondas secundárias de peristaltismo podem levar a espasmos. * Quando não está ocorrendo deglutição, o corpo esofágico se relaxa, mas os esfíncteres superior e inferior permanecem constritos. É importante que o esfíncter inferior fique fechado – sua mucosa não aguenta as ações do suco gástrico. * A função do estômago é processar alimento, e liberá-lo p/ o intestino em velocidade controlada. Há dois aspectos importantes dessa função: velocidade de liberação e consistência do material. * Estômago serve como: Reservatório de estocagem Triturador Peneira Reduz o tamanho das partículas, liberando-as qdo. estiverem apresentando consistência compatível c/ a digestão no intestino delgado (ID). O estômago se divide em duas regiões fisiológicas: * Região proximal (extremidade esofágica). Funciona como local p/ estocagem. Região distal Funciona como triturador e peneira, quebrando os alimentos em partículas menores p/ digestão (ID). O principal reflexo muscular da parte proximal do estômago é o relaxamento adaptativo. Caracteriza- se pelo relaxamento dos músculos à medida que o alimento adentra o estômago. * Parte proximal do estômago – ocorre pouca mistura Os bolos alimentares tendem a permanecer em camadas, na sequência em que são deglutidos. A parte distal do estômago tritura e separa o alimento que adentra o intestino delgado (ID). Na parte distal do estômago existe intensa atividade de ondas lentas. As ondas começam perto da parte média do estômago e migram em direção ao piloro. A medida que as ondas aproximam do piloro, esse se constringe, bloqueando a saída. * Esse fenômeno permite que somente as partículas menores passem (menos de 2 mm de diâmetro). * As ações peristálticas das paredes da parte distal do estômago servem não apenas p/ empurrar o alimento, mas também p/ triturar e misturar. A motilidade gástrica está sob controle nervoso e endócrino. Atividade vagal aumenta quando o alimento entra p/ o estômago. A gastrina, secretadas por células do antro gástrico, facilita a motilidade gástrica. Colecistocinina (CCK), secretina, peptídeo inibidor gástrico (PIG) – diminuem a motilidade gástrica. * A velocidade de esvaziamento gástrico deve ser igual a velocidade de digestão e absorção no ID * Tendo em vista que alguns tipos de alimentos podem ser digeridos e absorvidos mais rápido que outros, a velocidade c/ que o estômago se esvazia tem que ser regulada pelo intestino delgado. A CCK e a secretina (hormônios) – secretadas no duodeno. CCK é secretada em resposta a gordura e a secretina ao pH baixo. Material líquido deixa o estômago mais rápido que o sólido (quebrado em partículas pequenas). * A velocidade de esvaziamento do material sólido depende de seu conteúdo de gordura. No intervalo das refeições, o material indigerível é depurado no estômago. Parte do material ingerido não pode ser reduzido a partículas menores que 2 mm. Durante a fase digestiva, tal material não deixa o estômago. P/ limpar o estômago, ocorre um tipo de motilidade entre as refeições – complexo de motilidade interdigestiva. * Piloro relaxa a medida que fortes ondas peristálticas passam pelo antro, forçando o material menos digerido p/ o duodeno. Comer interrompe o processo e provoca a retomada do padrão de motilidade digestiva. Vômito é um reflexo, coordenado a partir do tronco cerebral. É uma atividade complexa. Está associado às seguintes ações: * Relaxamento dos músculos do estômago e do esfíncter esofágico inferior; Contração da musculatura abdominal; Expansão da cavidade torácica (glote permanece fechada); Abertura do esfíncter esofágico superior. O estímulo aferente provém de um grande número de receptores. Mecanorreceptores na faringe e os quimiorreceptores na mucosa gástrica e duodenal. * O estímulo desses receptores envia sinais ao centro do vômito no tronco cerebral. * Estímulos táteis ou químicos da mucosa GI resulta em vômito, que limpa, ou tenta limpar, o estímulo agressor. Irritação direta das vias GI não é o único estímulo do vômito. O centro do vômito recebe sinais aferentes de vários órgãos. Vomitar nem sempre é indício de problema GI. Uma estrutura fora das vias GI que fornece sinais ao centro do vômito é a zona quimiorreceptora de disparo (ZQD). * Fica no tronco cerebral e é sensível a presença de drogas e toxinas no sangue. Estimulada, envia sinais ao centro do vômito e o provoca. Alguns produtos da inflamação estimulam a ZQD. Portanto, doenças inflamatórias mesmo fora das vias GI podem causar vômito. Canais semicirculares do ouvido interno fornecem sinais p/ o centro do vômito. * A motilidade do ID possui uma fase digestiva e uma interdigestiva. * Na fase digestiva, há dois padrões de motilidade: Propulsivo Não propulsivo O padrão não propulsivo é conhecido como segmentação. Resulta de contrações localizadas no músculo circular. Porções do ID c/ 3 – 4 cm se contraem fortemente, dividindo o intestino em segmentos de lúmen constrito e dilatado. * * Depois de poucos segundos, as porções constritas se relaxam e novas áreas se constringem. Tal ação tende a “sugar” o conteúdo intestinal, misturando-o com os sucos digestivos e circulando-os pela superfície da mucosa absortiva. A atividade propulsora consiste em contrações peristálticas que migram em fase c/ as ondas lentas. Nas contrações peristálticas da fase digestiva, a ingesta é empurrada para diante, por uma curta distância, e então, sujeita a atividades de mistura. * * A fase interdigestiva caracteriza-se por ondas de contrações peristálticas poderosas, que percorrem grande extensão do ID, algumas vezes atravessando-o por inteiro. São conhecidas como complexo de motilidade migratória (CMM). Começa no duodeno e migra para diante. Serve p/ empurrar o material não digerido para fora do ID. Pode ser importante no controle da população bacteriana na porção alta do intestino. * O duodeno tem uma pequena população bacteriana que aumenta na parte distal do íleo – impede a migração de bactérias do íleo p/ o duodeno. Esfíncter ileocecal impede o movimento retrógrado do cólon de volta p/ o íleo. Esse esfíncter consiste em anel bem desenvolvido de músculo circular. Durante períodos de atividade peristáltica no íleo, ele se relaxa, permitindo o movimento de material p/ dentro do cólon. * A motilidade do cólon ocasiona a retropropulsão, a mistura e a propulsão da ingesta. O cólon atua: Na absorção de água e eletrólitos Estocagem de fezes Fermentação de matéria orgânica Varia conforme a espécie, havendo diferenças no tamanho e forma entre os animais. As atividades de mistura e circulação são importantes tanto para função absortiva quanto p/ a fermentativa. * O cólon do cão e do gato é relativamente simples. O material que entra no cólon dos carnívoros é de consistência líquida. É misturado no cólon ascendente e transverso – água e eletrólitos são absorvidos. No descendente – está semi-sólido (começa a ter aspecto de fezes) Esfíncter anal possui duas camadas c/ inervação separada. Interno - músculo liso e externo - músculo estriado. * O interno permanece constrito a maior parte do tempo – continência. * A entrada de fezes no reto leva ao relaxamento do esfíncter anal interno, seguido por contrações do reto. Conhecido como reflexo retroesfinctérico – resulta em defecação. Animais treinados, bloqueado pela contração voluntária do esfíncter anal externo. Quando a defecação é impedida voluntariamente, o reto se relaxa para acomodar o bolo fecal e o esfíncter anal interno recupera o tônus – até que um outro bolo de fezes entre no reto. * Diafragma e músculos abdominais se contraem p/ aumentar a pressão intra-abdominal. Secreções do Sistema Digestivo Glândulas Salivares A digestão e absorção podem ocorrer somente no meio aquoso de secreções digestivas. A saliva: Umedece Lubrifica Digere parcialmente o alimento * Qdo. é mastigado, mistura-se c/ secreções salivares que o transformam num bolo lubrificado que facilita a deglutição. A atividade antibacteriana provém da lisozima. Animais s/ função salivar ficam sujeitos a doenças infecciosas da cavidade bucal. Essas enzimas tem efeito no estômago proximal (s/ mistura) – já que o alimento não fica retido na boca por tempo suficiente para sua ação. * A – zigomática; B – parótida; C – submandibular; D – sublingual; E – molar. * As secreções salivares se originam nos ácinos glandulares e modificadas nos ductos coletores. Maioria dos mamíferos possui pelo menos 3 pares de glândulas salivares – parótidas, mandibulares e linguais. Cada uma dessas drena num ducto principal com uma única abertura na boca. Há outras glândulas pequenas com vários ductos secretores que esvaziam na boca. * Fibras nervosas parassimpáticas terminam na glândula salivar. A expectativa de comer pode iniciar uma resposta parassimpática, resultando em secreção salivar. Saliva dos ruminantes – tampão de bicarbonato e fosfato secretado em grandes quantidades. Composição da saliva da parótida dos ruminantes é muito diferente da dos monogástricos. Possui uma concentração elevada de bicarbonato e fosfato, além de um pH elevado. * Essa solução é necessária p/ neutralizar os ácidos formados pela fermentação do rúmen. Uma vaca adulta pode secretar de 100 a 200 l de saliva / dia. Muito da água e dos eletrólitos deve ser reabsorvido e recirculado pela água corpórea total, ou a vaca morreria de desidratação. Bloqueio do esôfago – bovinos podem tornar-se rapidamente desidratados. * Secreção gástrica. Área glandular do estômago é dividida em 3 regiões Mucosa cárdica Mucosa parietal Mucosa pilórica Essas áreas possuem diferentes secreções. A superfície do estômago está coberta por células mucosas superficiais. Essas células elaboram muco grosso, característico do revestimento do estômago. * São importantes p/ a proteção do epitélio gástrico das condições ácidas. * Quando essas células estão lesadas, o resultado é o surgimento de úlceras gástricas. * As células parietais tem a função de secretar ácido clorídrico (HCl). Entre as células parietais há outro tipo de célula – células mucosas do colo (função de secretar muco viscoso). Há um terceiro tipo de célula - principais (secretam pepsinogênio – precursor da pepsina). As glândulas cárdicas secretam muco alcalino c/ a função de proteger a mucosa esofágica. Glândulas pilóricas tem células G produtoras de gastrina. * As glândulas gástricas secretam HCl. Quando as glândulas gástricas são estimuladas ao máximo, a solução de HCl secretada no lúmen possui um pH menor que 1,0. Íons hidrogênio e cloro – secretados pelas células parietais. Pepsina – enzima digestiva protéica secretada das glândulas gástricas. A secreção das glândulas gástricas é estimulada pela expectativa de comer e pela presença de alimento no estômago. * * Impulsos parassimpáticos estimulam as células do SN GI, o qual por sua vez libera acetilcolina. As células secretoras respondem – liberação de HCl e gastrina. Pâncreas. A grande maioria do tecido pancreático está envolvida c/ a elaboração de secreções digestivas. É conhecido como pâncreas exócrino – secreções são liberadas no lúmen intestinal. * As enzimas que digerem proteínas são sintetizadas como zimógenos (enzimas sintetizadas e estocadas como pró-enzimas e ativadas no intestino). * Após síntese, são estocadas em grânulos próximos ao ápice celular. Quando as céls. são estimuladas, liberam seu conteúdo no lúmen duodenal, onde é convertido à forma ativa da enzima. Células centroacinares produzem uma secreção rica em bicarbonato de sódio. Céls. pancreáticas – estimuladas pela secretina, acetilcolina e colecistocinina (CCK). O estímulo da secreção pode aparecer como resultado de vários fatores. * Fase cefálica da secreção pancreática – visão e odor dos alimentos. Fase gástrica – distensão do estômago estimula a secreção. Fase intestinal – quando o material do estômago entra no duodeno (distensão do órgão). A medida que o alimento é absorvido, estímulos p/ a secreção pancreática são removidos e a velocidade de secreção cai para níveis baixos. Secreção biliar. * A bile é secretada a partir dos hepatócitos em canalículos, a partir dos quais flui no sistema de ductos biliares. Ácidos biliares são formados a partir do colesterol. Ele é quase totalmente insolúvel na água, mas sua modificação em ácidos biliares resulta em uma molécula com uma fase hidrossolúvel e uma fase lipossolúvel. São importantes para a digestão e absorção de gorduras. * O principal pigmento biliar é a bilirrubina, que confere a bile sua coloração esverdeada. * A vesícula biliar estoca e concentra a bile durante os períodos entre as refeições. Quando há pouco ou nenhum alimento no lúmen intestinal, o esfíncter na junção do ducto biliar comum c/ o duodeno se fecha, não permitindo que a bile entre no intestino, assim ela se acumula. Equinos não tem vesícula, a bile é secretada durante to das as fases do ciclo digestivo. * Quando o alimento, especialmente aquele contendo gordura, atinge o duodeno, as células endócrinas são estimuladas a produzir CCK – que provoca o relaxamento do esfíncter e a contração da vesícula. * Depois da absorção no íleo, os ácidos biliares vão pela veia porta p/ o fígado, onde são absorvidos – circulação êntero-hepática. * Qdo. as gorduras são digeridas, cessa a secreção de CCK, fecha-se o esfíncter e a bile volta a ser armazenada. Digestão / Absorção – Processo ñ Fermentativo. Digestão é o processo de quebra de nutrientes complexos em moléculas simples. Absorção é o processo de transportar aquelas moléculas simples através do epitélio intestinal. * Ambos processos são necessários p/ assimilação dos nutrientes no organismo. Mucosa do ID possui grande área superficial e células epiteliais c/ junções entre si. Convoluções servem p/ expandir a área superficial do ID. Inicialmente há grandes dobras da mucosa que aumentam a área superficial do intestino. A superfície mucosa é recoberta com projeções conhecidas como vilosidades. As vilosidades são recobertas c/ uma membrana superficial. * Essa membrana é conhecida – borda em escova (função de aumentar a área de absorção). * As células epiteliais denominam-se enterócitos. Recobrindo a membrana apical, há uma camada gelatinosa – glicocálice. Superfície intestinal - microambiente composto de glicocálice, muco e camada aquosa estacionária. Entre os enterócitos, estão as células caliciformes, que secretam muco. O muco se mistura com o glicocálice e as duas camadas formam uma “capa viscosa” que tende a capturar moléculas. * Há tb. uma área próxima da superfície intestinal conhecida como camada aquosa estacionária. Comparação a uma correnteza de um rio. * Digestão Todo processo de digestão é a quebra física e química de partículas alimentares em subunidades disponíveis para absorção. Redução do tamanho é importante não apenas por permitir ao alimento fluir através do TGI, mas tb. por aumentar a área exposta às enzimas digestivas A redução das partículas começa c/ a mastigação. * Mas se completa pela ação trituradora do estômago distal – auxiliada pela pepsina e HCl. A digestão química resulta na redução de nutrientes complexos em moléculas mais simples. Conhecida pelo processo de hidrólise – a cisão de uma ligação química pela inserção de uma molécula de água. Ligações nos CHO, proteínas e gorduras são fendidas por hidrólise durante a digestão. Ocorre por ação de enzimas. * A digestão de CHO resulta na produção de polissacarídeos de cadeia curta. * CHO são nutrientes contendo átomos de C, H e O. CHO vegetais: fibras, açúcares e amidos. Açúcares ou sacarídeos podem ser simples (uma unidade molecular) – monossacarídeos ou complexos (duas ou mais unidades de sacarídeos) – polissacarídeos. Açúcares importantes nas dietas animais são: Lactose (açúcar do leite) Sacarose (açúcar comum) * O amido é um CHO de vegetais e é o principal fornecedor de energia. Proteínas - digeridas por enzimas na fase luminal As proteínas são fontes de aa, componentes essenciais de todas as dietas. Elas provêm tanto de fontes animais quanto vegetais. O padrão de digestão é semelhante a digestão de CHO, em que elas são quebradas em cadeias de pequenos peptídeos na digestão luminal. * A digestão subsequente a aa ocorre na fase membranosa. A principal diferença é que várias enzimas são necessárias a digestão, porque elas diferem na sua eficiência em fender as ligações entre tipos específicos de aa. Enzimas são secretadas na forma de zimógenos e sua ativação ocorre - lúmen intestinal ou estômago. A digestão das proteínas começa no estômago. Digestão gástrica é facilitada pela ação de enzimas gástricas (pepsina) e HCl. * Digestão na fase luminal termina no ID sob a ação de enzimas pancreáticas. A digestão na fase membranosa ocorre no microambiente de camada aquosa estacionária, muco intestinal e glicocálice. Essas camadas formam uma zona que separa a superfície mucosa do lúmen do intestino. Esse arranjo é eficiente, porque assegura que os produtos finais da digestão de CHO e proteínas sejam formados próximos ao local de absorção. * Existe uma enzima específica na fase membranosa p/ digestão de cada tipo de polissacarídeo - inclui a: Maltase Isomaltase Sacarase Lactase Polissacarídeos são digeridos a monossacarídeos antes da absorção. A digestão completa dos peptídeos em aa livres ocorre tanto na superfície dos enterócitos como dentro das células. * As peptidases estão presentes nas membranas dos enterócitos. Essas enzimas hidrolizam os peptídeos na digestão das proteínas na fase luminal, formando aa livres. * Di e tripeptídeos que são absorvidos intactos são hidrolisados pela ação de peptidases intracelulares formando aa livres que ficam disponíveis para liberação no sangue. Absorção intestinal. Absorção refere-se ao movimento de produtos da digestão através da mucosa intestinal p/ dentro do sistema vascular, p/ distribuição pelo organismo. A glicose é absorvida em combinação c/ o sódio. * A medida que a glicose é produzida na superfície intestinal, ela se liga rápido a proteínas especiais de transporte, localizadas na membrana apical. Elas possuem locais específicos de ligação para a glicose e íons Na+, e quando cada local está ocupado, todo o complexo (proteína, glicose e Na+) migra p/ a face interna da célula. O transporte por esse processo não ocorrerá, a menos que o sódio esteja presente. * A medida que o Na+ adentra às células, é expelido pelo sistema de bomba e sua absorção continua. * Aa livres – absorvidos pelo co-transporte de Na+ Aa são absorvidos de forma semelhante à glicose, exceto por estarem envolvidas proteínas que transportam aa específicos. Além da glicose e aa, outras moléculas tb. são absorvidas pelo co-transporte de sódio – ácidos biliares e algumas vitaminas. Absorção de água e eletrólitos. * Água e eletrólitos nas secreções GI devem ser recuperados p/ manter a composição corpórea. Há pelo menos 03 mecanismos distintos de absorção de Na+: Co-transporte c/ relação a absorção de glicose e aa Ligado ao cloreto. Mais ativo no íleo e cólon. Difusão simples – através da membrana apical. Existem 03 mecanismos de absorção de cloreto. * Absorção de cloreto ligado ao Na+. Absorção de cloreto paracelular. Troca direta c/ o bicarbonato. * Esse mecanismo leva a movimento de bicarbonato p/ o lúmen intestinal, resultando em aumento de pH K+ absorvido por difusão passiva via paracelular. À medida que o K+ atinge altas concentrações no lúmen intestinal, cria-se gradiente de concentração favorável p/ a difusão do K+ pelo epitélio intestinal. Mecanismo primário – difusão passiva paracelular. Sua absorção está ligada a de água – diarréia, a absorção de K+ está prejudicada.
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