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Teoria das Estruturas II CCE 0371 Kíssila Botelho Goliath Contextualização → Pré-requisitos: → Domínio na determinação de reações de apoio e o traçado de diagramas de esforços em estruturas isostáticas. → O aluno também deve ser capaz de identificar e quantificar deformações em estruturas causadas por esforços de flexão, torção, cisalhamento e normal. → A disciplina concentra-se principalmente na determinação de reações de apoio e da distribuição de esforços em estruturas hiperestáticas submetidas a carregamentos externos, variações de temperatura e recalque de apoios, contemplando também a determinação de deformações. → Conhecimentos fundamentais para as disciplinas de Estruturas de Concreto I, II, III, Fundações e Contenções, Estruturas e Aço, Estruturas e Madeira, e Pontes. Ementa → Deformações em estruturas isostáticas • Princípio dos Trabalhos Virtuais • Método da Carga Unitária → Estruturas hiperestáticas Método das Forças Método dos Deslocamentos Objetivo → Estudar a distribuição de esforços em estruturas hiperestáticas submetidas a carregamentos, recalques de apoio e variações de temperatura. Proporcionando conhecimentos necessários para a determinação de reações de apoio e da distribuição de esforços e deformações em estruturas hiperestáticas. Bibliografia MARTHA, L. F. C. R. Análise de estruturas: conceitos e métodos básicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. SORIANO, H. L.; LIMA, S. S. Análise de Estruturas: Métodos das forças e método dos deslocamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006. MCCORMAC, J. C. Análise Estrutural: Usando métodos clássicos e métodos matriciais. 4. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2009. Avaliação → Datas das provas: • AV1 – 24/04 • AV2 – 12/06 • AV3 – 26/06 * Necessário conhecimento teórico dos assuntos; * Fórmulas serão fornecidas, quando necessário (exceto fórmulas básicas de resistência dos materiais); * Atenção para erro de unidades; * As avaliações serão baseadas nos conteúdos dados em sala de aula. Dúvidas E-mail: kissilabotelho@gmail.com *Os e-mails podem demorar até 48hs para serem respondidos! Teoria das Estruturas II CCE 0371 Kíssila Botelho Goliath Introdução → A análise estrutural é a fase do projeto estrutural em que é feita a idealização do comportamento da estrutura. → De uma maneira geral, a análise estrutural tem como objetivo a determinação de esforços internos e externos (cargas e reações de apoio), e das correspondentes tensões, bem como a determinação dos deslocamentos e correspondentes deformações da estrutura que está sendo projetada. Introdução → Como já dito, a análise estrutural é a etapa do projeto estrutural na qual é feita uma previsão do comportamento da estrutura. → A análise estrutural trabalha com quatro níveis de abstração para a estrutura que está sendo analisada: Discretização Introdução Na concepção do modelo estrutural é feita uma idealização do comportamento da estrutura real em que se adota uma série de hipóteses simplificadoras. (geometria do modelo; condições de suporte, comportamento dos materiais, solicitações que agem sobre a estrutura). Introdução De uma forma geral, os métodos de análise utilizam um conjunto de variáveis ou parâmetros para representar o comportamento de uma estrutura. Os tipos de parâmetros adotados no modelo discreto dependem do método utilizado. No Método das Forças os parâmetros adotados são forças ou momentos e no Método dos Deslocamentos os parâmetros são deslocamentos ou rotações. Introdução A análise de estruturas pode ser vista atualmente como uma simulação computacional do comportamento de estruturas. Embora não seja o enfoque da disciplina, é importante ter em mente que não se concebe atualmente executar as tarefas de análise estrutural, mesmo para o caso de estruturas reticuladas, sem o uso de computador. O enfoque dado aqui é para o entendimento do comportamento de estruturas reticuladas hiperestáticas e dos fundamentos dos métodos básicos da análise estrutural. Conceitos básicos de análise estrutural Quadro ou Pórticos Planos Modelo estrutural plano de uma estrutura tridimensional que pode corresponder a uma “fatia” da estrutura, ou pode representar uma simplificação para o comportamento tridimensional. Conceitos básicos de análise estrutural Quadro ou Pórticos Planos Neste tipo de estrutura, existem apenas 3 esforços internos em um barra de um pórtico plano, definidos nas direções dos eixos locais da barra, tal como indicado: Conceitos básicos de análise estrutural Exemplo 1 2 Conceitos básicos de análise estrutural Exemplo 1 Conceitos básicos de análise estrutural Exemplo 2 Conceitos básicos de análise estrutural Exemplo 1 2 Modelo Isostático – a distribuição de esforços internos depende apenas de condições de equilíbrio. Modelo Hiperestático – existem infinitas soluções que satisfazem condições de equilíbrio. Conceitos básicos de análise estrutural Treliça É uma estrutura reticulada que tem todas as ligações entre barras articuladas (as barras podem girar independentemente nas ligações). Na análise de uma treliça as cargas atuantes são transferidas para os seus nós. A consequência disso é que uma treliça apresenta apenas esforços internos axiais (esforços normais de tração ou compressão). Conceitos básicos de análise estrutural Grelha São três os esforços internos: Conceitos básicos de análise estrutural Comparação entre Quadro e Grelhas Condições básicas da análise estrutural Uma vez feitas considerações sobre a geometria da estrutura, sobre as cargas e solicitações, sobre as condições de suporte ou ligação com outros sistemas e sobre as leis constitutivas dos materiais, a análise estrutural passa a ser um procedimento matemático de cálculo que só se altera se as hipóteses e simplificações adotadas forem revistas ou reformuladas. As condições matemáticas que o modelo estrutural tem que satisfazer para representar adequadamente o comportamento da estrutura real podem ser dividas: • condições de equilíbrio; • condições de compatibilidade entre deslocamentos e deformações; • condições sobre o comportamento dos materiais que compõem a estrutura (leis constitutivas dos materiais). Condições básicas da análise estrutural Condições de equilíbrio São condições que garantem o equilíbrio estático de qualquer porção isolada da estrutura ou da estrutura como um todo. Foi escrita considerando a geometria original (indeformada), hipótese válida para deslocamentos muito pequenos em relação às dimensões da estrutura, denominada hipótese de pequenos deslocamentos. As estruturas que não podem ter seus esforços determinados apenas pelas equações de equilíbrio são chamadas de estruturas hiperestáticas ! Condições básicas da análise estrutural Condições de compatibilidade São condições geométricas que devem ser satisfeitas para garantir que a estrutura, ao se deformar, permaneça contínua (sem vazios ou sobreposição de pontos) e compatível com seus vínculos externos. • Condição de compatibilidade externa; • Condição de compatibilidade interna. Condições básicas da análise estrutural Leis constitutivas dos materiais Essas relações contêm parâmetros que definem o comportamento dos materiais. A Teoria da Elasticidade (Timoshenko & Goodier 1980) estabelece que as relações da lei constitutiva são equações lineares com parâmetros constantes. Nesse caso, é dito que o material trabalha em regime elástico-linear, em que tensões e deformações são proporcionais. No exemplo da barras, o material considerado tem um comportamento elástico- linear. As barras desta estrutura estão submetidas apenas a esforços axiais detração. As tensões σx e deformações εx que aparecem nesse caso são normais às seções transversais das barras. A lei constitutiva que relaciona tensões normais e deformações normais é a conhecida Lei de Hooke: Barra Vertical Barra Inclinada Condições básicas da análise estrutural Equilíbrio Compatibilidade Leis constitutivas dos materiais Sistema com 4 equações e 4 incógnitas ! Métodos básicos da análise estrutural Sistema com 4 equações e 4 incógnitas ! No exemplo, existem infinitos valores de N1 e N2 que satisfazem a equação de equilíbrio. Também existem infinitos valores de d1 e d2 que satisfazem a equação de compatibilidade. Entretanto, existe uma única solução para essas entidades: é aquela que satisfaz simultaneamente equilíbrio, compatibilidade e leis constitutivas. Métodos básicos da análise estrutural Sistema com 4 equações e 4 incógnitas ! • Mas, e para estruturas maiores? → Muito complexo! Métodos básicos da análise estrutural Sistema com 4 equações e 4 incógnitas ! É necessário definir metodologias para a solução de estruturas hiperestáticas. Dois métodos básicos da análise estrutural: • Método das Forças; • Método dos Deslocamentos. Métodos básicos da análise estrutural Sistema com 4 equações e 4 incógnitas ! • Método das Forças; • Método dos Deslocamentos. Soluções Fundamentais A dedução dessas soluções fundamentais é feita com base no Princípio dos Trabalhos Virtuais, através de suas duas formulações – Princípio das Forças Virtuais e Princípio dos Deslocamentos Virtuais. Métodos básicos da análise estrutural Então, como dito anteriormente, para o entendimento dos métodos de análise é necessário: • Conhecimento adequado da resolução de estruturas estaticamente determinadas (isostáticas); • O traçado de diagramas de esforços internos (esforços axiais, esforços cortantes, momentos fletores e momentos torçores); • Saber determinar o grau de hiperestaticidade das estruturas. Métodos básicos da análise estrutural Então, como dito anteriormente, para o entendimento dos métodos de análise é necessário: • Conhecimento adequado da resolução de estruturas estaticamente determinadas (isostáticas); Métodos básicos da análise estrutural Então, como dito anteriormente, para o entendimento dos métodos de análise é necessário: • O traçado de diagramas de esforços internos (esforços axiais, esforços cortantes, momentos fletores e momentos torçores); Métodos básicos da análise estrutural Então, como dito anteriormente, para o entendimento dos métodos de análise é necessário: • Saber determinar o grau de hiperestaticidade das estruturas. Determinação do grau de hiperestaticidade Quadros O grau de hiperestaticidade (g) pode ser definido da seguinte maneira: Determinação do grau de hiperestaticidade Quadros O grau de hiperestaticidade (g) pode ser definido da seguinte maneira: Determinação do grau de hiperestaticidade Quadros O grau de hiperestaticidade (g) pode ser definido da seguinte maneira: O número adicional de equações de equilíbrio (momento fletor nulo) introduzido por uma articulação no qual convergem n barras é igual a n-1. Determinação do grau de hiperestaticidade Quadros O grau de hiperestaticidade (g) pode ser definido da seguinte maneira: O número adicional de equações de equilíbrio (momento fletor nulo) introduzido por uma articulação no qual convergem n barras é igual a n-1. Determinação do grau de hiperestaticidade Determinação do grau de hiperestaticidade 𝑔 = 4 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 0 Determinação do grau de hiperestaticidade 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 3 − 1 =1 𝑔 = 4 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 0 Determinação do grau de hiperestaticidade 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 2 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 3 − 1 =1 𝑔 = 4 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 0 Determinação do grau de hiperestaticidade 𝑔 = 3 + 3 ∙ 1 − 3 + 2 − 1 = 2 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 2 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 3 − 1 =1 𝑔 = 4 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 0 Determinação do grau de hiperestaticidade 𝑔 = 3 + 3 ∙ 1 − 3 + 2 − 1 = 2 𝑔 = 4 + 3 ∙ 1 − 3 + 2 − 1 =3 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 2 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 3 − 1 =1 𝑔 = 4 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 0 Determinação do grau de hiperestaticidade 𝑔 = 3 + 3 ∙ 1 − 3 + 2 − 1 = 2 𝑔 = 4 + 3 ∙ 1 − 3 + 2 − 1 =3 𝑔 = 5 + 3 ∙ 1 − 3 + 3 − 1 + (2 − 1) = 2 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 2 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 3 − 1 =1 𝑔 = 4 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 0 Determinação do grau de hiperestaticidade 𝑔 = 3 + 3 ∙ 1 − 3 + 2 − 1 = 2 𝑔 = 4 + 3 ∙ 1 − 3 + 2 − 1 =3 𝑔 = 5 + 3 ∙ 1 − 3 + 3 − 1 + (2 − 1) = 2 𝑔 = 4 + 3 ∙ 2 − 3 + 2 − 1 + (3 − 1) = 4𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 2 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 3 − 1 =1 𝑔 = 4 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 0 Determinação do grau de hiperestaticidade 𝑔 = 3 + 3 ∙ 1 − 3 + 2 − 1 = 2 𝑔 = 4 + 3 ∙ 1 − 3 + 2 − 1 =3 𝑔 = 5 + 3 ∙ 1 − 3 + 3 − 1 + (2 − 1) = 2 𝑔 = 4 + 3 ∙ 2 − 3 + 2 − 1 + (3 − 1) = 4 𝑔 = 3 + 3 ∙ 1 −[3 + 2 − 1 + 2 − 1 + 2 − 1 ]=0 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 2 𝑔 = 6 + 3 ∙ 0 − 3 + 3 − 1 =1 𝑔 = 4 + 3 ∙ 0 − 3 + 2 − 1 = 0 Determinação do grau de hiperestaticidade Grelhas O grau de hiperestaticidade (g) pode ser definido da seguinte maneira: O número adicional de equações de equilíbrio (momento fletor nulo) vindas das articulação internas = 2 (um ponto de grelha tem duas componentes de momento). Traçado do diagrama do Momento Fletor Traçado do diagrama do Momento Fletor Traçado do diagrama do Momento Fletor Traçado do diagrama do Momento Fletor Traçado do diagrama do Momento Fletor Traçado do diagrama do Momento Fletor 1 2 3 Traçado do diagrama do Momento Fletor Kíssila Botelho Goliath (kissilabotelho@gmail.com) Próxima aula... • Princípio dos Trabalhos Virtuais
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