SEMINÁRIO ÁCAROS-PARASITOLOGIA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA-UEPB
DISCIPLINA: PARASITOLOGIA GERAL
Prof.ª: ELISÂNGELA MENDONÇA
ALUNA: CAMILLA RAYANE M. BATISTA
SEMINÁRIO: ÁCAROS
PARASITO
• Muitas espécies são de vida livre, alguns se alimentam de vegetais, detritos e outros são parasitas de animais invertebrados e vertebrados, como os ácaros da sarna (Sarcoptes scabiei), ou o da espinha (Demodex sp.)
• Os ácaros de vida livre podem ser parasitas ocasionais e (principalmente os ácaros do solo e do pasto), hospedeiros intermediários de alguns cestoides.
• Seu pequeno tamanho permitiu o uso de micro-ambientes variados, tais como traqueias de insetos, debaixo das asas de um besouro, na base das penas dos pássaros e folículos pilosos de mamíferos.
PARASITO
• A maioria dos ácaros é ectoparasita, particularmente de aves e mamíferos.
• Um pequeno número (cerca de 500 espécies) são endoparasitas vivendo no trato respiratório, ouvido médio ou interno, passagem nasal, sacos aéreos ou tecido linfático de várias aves, mamíferos ou répteis.
• Ácaros ectoparasitas de mamíferos e aves se alimentam de sangue, linfa, restos de derme, penas ou secreções sebáceas que ingerem ao perfurar a pele. Causam grande irritação devido à dor produzida pela picada.
• Ácaros parcialmente parasitas são da família Trombiculidae são parasitas apenas nos estágio larval, as ninfas e adultos são de vida livre (pé).
PARASITO
• Uma vez instalada a infecção, podem formar-se populações patogênicas sem outras aquisições.
• Ambos os tipos de sarna que são causadas por gêneros da família Sarcoptidae são altamente contagiosas seja de animais para animais ou de animais para humanos.
• Já a transmissão do Demodex entre animais é quase impossível, há menos que haja contato prolongado.
• Os locais mais acometidos pelos parasitos são orelha, pescoço e cauda em animais e pulsos, braços e peito em humanos.
CLASSIFICAÇÃO
Filo Arthrópoda
Subfilo Cheliceriformes
Classe Chelicerata
Subclasse Arachnida
Ordem Acari ou Acarina
Subordens: -Opilioacariformes: ácaros primitivos.
 -Parasitiformes: ácaros e carrapatos.
 -Acariformes: ácaros e sarnas.
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CLASSIFICAÇÃO
• Astigmata (Sarcoptiformes) 
• Inclui as ordens Sarcoptidae, Psoroptidae e Knemidocoptidae.
• Prostigmata (Trombidiformes)
• Inclui 4 famílias de ectoparasitas importantes: Trombiculidae, Demodicidae, Cheyletiellidae e Psorergatidae.
• Mesostigmata (Gamasida)
• Compreendem as famílias Dermanyssidae e Macronyssidae
CICLO DE VIDA
• O ciclo biológico básico envolve os seguintes estágios: ovo, larva hexápoda, ninfa octópoda e adulto.
• Em muitos casos, há vários estágios ninfais antes de se tornar adulto.
• A expectativa de vida geralmente é curta, cerca de 30 dias. A maturidade é atingida em 7 dias.
CICLO DE VIDA
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OVOS
LARVA
NINFA
ADULTO
CICLO DE VIDA
Sarcoptes scabiei
MORFOLOGIA
• Não há segmentação somática.
• Maioria dos ácaros não têm olhos.
• O corpo de um ácaro típico consiste de um gnatossoma (anterior) e um idiossoma (posterior).
• A região onde se insere as pernas é denominada de podossoma e a região posterior às pernas de opistossoma.
• O último segmento do palpo é geralmente uma estrutura em forma de garra adaptada para cortar.
idiossoma
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MORFOLOGIA
- SARCOPTES: tem o contorno arredondado e até 0,4mm de diâmetro, com patas curtas que se projetam escassamente da margem do corpo. Seus aspectos mais importantes são as numerosas estrias transversais e escamas triangulares no dorso.
MORFOLOGIA
- DEMODEX: tem o corpo afilado e alongado, de até 0,2mm de comprimento, com quatro pares de patas dilatadas anteriormente.
MORFOLOGIA
- PSOROPTES: é um ácaro não escavador típico, de até 0,75mm, de formato oval e com todas as patas projetando-se além da margem do corpo.
MORFOLOGIA
- CHEYLETIELLA: de até 0,4mm de comprimento, tem uma cintura. Os palpos são bem dilatados, dando a impressão de um par de patas extra e cada palpo termina em uma garra.
MORFOLOGIA
- DERMANYSSUS: é um ácaro grande, sendo o comprimento de aproximadamente 1,5mm. Possui longas patas e é algo aracneiforme. 
MORFOLOGIA
- DERMATOPHAGOIDES: cerca de 1mm de comprimento, corpo globuloso e pernas longas. (Rickettsia)
Aspecto Ventral
Psoroptes fêmea
Chorioptes fêmea
Otodectes cynotis
Cheyletiella fêmea
EPIDEMIOLOGIA
Ácaros/Escabiose 
Ocorre em qualquer lugar do mundo e está vinculada a hábitos de higiene. É frequente em guerras e em aglomerados. Geralmente, ocorre sob a forma de surtos em comunidades fechadas ou em grupos familiares.
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DIAGNÓSTICO
Todos os diagnósticos se baseiam no hospedeiro envolvido, no intenso prurido e na localização das lesões e aspecto da pele;
Raspados de pele é o método mais utilizado para diagnosticar a maioria dos parasitos que serão observados em microscópio com ou sem corante;
Para o Demodex, os raspados de pele tem de ser mais profundos pela sua localização, e a melhor maneira para se conseguir isso é pegar uma prega cutânea, aplicar uma gota de parafina líquida e raspar até aparecer sangue capilar.
Algumas famílias tem o diagnóstico presuntivo baseado no comportamento do animal e na aparência da pele.
Alguns, aderem uma fita gomada na crosta onde as formas presentes ficaram aderidas e posteriormente colocada na lâmina e examinada em microscópio.
SINTOMATOLOGIA
Prurido intenso;
Pele grossa ou áspera;
Descamação;
Leve inchaço, eritema ou edema;
Rinites alérgicas e asma.
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INFECÇÃO POR DEMODEX
ESCABIOSE HUMANA
ESCABIOSE VETERINÁRIA
TIPOS DE SARNA
Sarna Sarcóptica;
Sarna Demodécida;
Sarna Psoróptica;
RESERVATÓRIOS MAIS COMUNS
• Humanos;
• Cães;
• Gatos;
• Caprinos;
• Bovinos;
• Equinos, entre outros.
TRATAMENTO
Em casos de escabiose recomenda-se submeter o paciente a uma banho morno, demorado, com sabão próprio, para amolecer e retirar as crostas. Em seguida aplicar localmente algum dos seguinte medicamentos: benzoato de benzila (Arcasan, Escabiol), deltametrina (Deltacid, loção), tiabendazol (Foldan) ou monossulfeto de tetratiltiuram (Tetmosol), durante três dias. Esses são encontrados em forma líquida, pomada e sabonete.
Ivermectina: em dose única oral, é muito eficaz.
lavar as roupas de banho e de cama com água quente (pelo menos a 55°C); lavar com água quente todos os fômites dos pacientes com sarna norueguesa; buscar casos na família ou nos residentes do mesmo domicílio do doente e tratá-los o mais breve possível.
TRATAMENTO
Demodecidae: o “cravo” deve ser retirado da seguinte forma:
• Lavar bem a área com sabão e água morna;
• Com o auxílio de dois dedos limpos, protegidos por lenço ou algodão (evita lesão da pele e melhora a aderência dos dedos), fazer pressão até saída do “cravo”;
• Aplicar um bacteriostático local para evitar a inflamação (mertiolato).
PROFILAXIA
PROFILAXIA
Em criações de animais como bovinos, caprinos, equinos, galinhas, etc, aplicar acaricidas em poleiros, currais e durante o banho nos próprios animais conforme indicação do médico veterinário, lembrando que o melhor remédio é a prevenção.
A nós humanos, que adquirimos através de outros animais, evitar que eles frequentem principalmente os quartos, e não estar constantemente com os bichinhos nos braços, estar sempre atentos as orelhas e pescoços deles e a quedas excessivas de pelo que é um sinal de alerta a infestação de ácaros.
Lembrem-se que a higiene pessoal é fundamental para a quebrar o ciclo de muitos parasitas não é diferente com os ácaros.
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PROFILAXIA
No caso dos Dermatophagoides, os ácaros da poeira, que provocam alergias e rinites por meio de fômites, recomenda-se realizar a higiene da casa com pano pouco úmido (para não umidificar o ambiente e nem espalhar a poeira), aplicação de aspirador de pó e incinerar a poeira retirada, usar colchão e travesseiro de espuma, expor a roupa de cama diariamente ao sol, e aplicar
o fungicida Nipagim em solução a 5% nos móveis e assoalhos.
REFERÊNCIAS:
NEVES, P. D; MELO, L. A; LINARDI, M. P; VITOR, A. W. R. Parasitologia humana. São Paulo. 11ª edição. Editora Atheneu. 2005. 494p.
URQUHART, M. G; ARMOUR, J; DUNCAN, L. J; DUNN, M. A; JENNINGS, W. F. Parasitologia veterinária. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan. 2008. 273p.