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NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO E LACTAÇÃO Gestação A alimentação da gestante é fundamental tanto para sua própria saúde quanto para a da criança. Nessa fase, uma alimentação inadequada pode provocar o nascimento de bebês com: Baixo peso, Retardo no desenvolvimento mental, Prematuridade Morte Ganho de peso Peso pé e/ou ganho de peso insuficiente: Aumento do risco de: BPN, mortalidade perinatal, neonatal e infantil, retardo no crescimento intrauterino. Peso pé e/ou ganho de peso excessivo: Aumento do risco de: diabetes gestacional, dificuldades no parto, risco ao feto no período perinatal, microssomia, baixo índice de Apgar, obesidade infantil, defeito no tubo neural (independente do ácido fólico). Programas de orientação pré-natal Os programas de orientação pré-natal destacam, prioritariamente, que: O ganho de peso ideal depende do estado nutricional anterior à gravidez, isto é, mulheres com pouco peso necessitariam ganhar mais peso que mulheres com sobrepeso ou obesidade; A necessidade de consumo de proteínas de alto valor biológico - minerais e vitaminas - é maior para a gestante que para a não-gestante; A orientação nutricional deve ser individualizada pois, dependendo da fase em que ocorre a gravidez, cada mulher tem necessidades diferentes. Recomendações gerais Fazer pelo menos três refeições por dia (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não “pular” refeições. Utilizar as porções diárias recomendadas por grupos de alimentos. Ficar atento ao consumo extra de alimentos gordurosos e doces. Diminuir a quantidade de sal na preparação, à mesa (saleiro) e alimentos industrializados. Beber de 6 a 8 copos de água por dia Atividade física. Abstenção de fumo e álcool. Diabetes Mellitus na gestação Manter as recomendações gerais; Reforçar a necessidade de fracionamento alimentar e evitar jejum prolongado; Dar preferência aos carboidratos complexos e integrais quando possível como cereais (farelo de aveia, pães, massas e milho); Frutas: 1 diferente por vez, no máximo 4 unidades, devido a frutose; Excluir o uso de carboidratos simples como sacarose e glicose (açúcar refinado ou mascavo, refrigerantes, mel e doces em geral); Os adoçantes e produtos dietéticos podem ser utilizados com moderação (Stevie por exemplo). Náuseas e Vômitos No 1º trimestres: 70% das mulheres relatam náuseas e 50% referem vômitos; Inapetência neste período não prejudicará o feto; Orientações: Refeições pequenas e mais frequentes; Alimentos com baixo teor de gordura e abrandados; Evitar temperos e odores fortes; Consumo de gengibre ou comidas que o contenham; Biscoitos salgados tipo cream-cracker antes de se levantar pela manhã; Suplementação de Vitamina B6 (25mg, 3x ao dia); Mal-estar matinal, Náuseas, Vômitos, Pirose Ingerir alimentos secos pela manhã Alimentos gelados; gelo Alimentação fracionada Pequenos volumes Não ingerir líquidos durante as refeições Evitar alimentos gordurosos Aumentar líquidos e frutas com caldo nos intervalos Não deitar após as refeições Utilizar roupas confortáveis Distensão abdominal, flatulência e constipação Estimular o consumo de fibras: frutas, hortaliças, cereais integrais, farelos. Líquidos e água nos intervalos Atender ao reflexo retal: criar hábito - horário Atividade física regular Não usar laxantes Outras recomendações Incentivo ao parto natural e ao aleitamento materno; O leite talvez seja melhor tolerado na forma de flans ou mingaus; Atenção para a higienização dos alimentos e medidas de segurança alimentar no preparo e armazenamento de comidas; Substituir o consumo de álcool por água ou sucos naturais de frutas; Evitar o consumo de alimentos formadores de gases: cereais refinados, couve, repolho, ovos, açúcares simples, refrigerantes; Evitar sentar ou deitar após as refeições; Recomenda-se a ingestão não superior a 4 xícaras de café ao longo do dia; O consumo de adoçantes deve ser restrito às gestantes portadoras de diabetes, sendo que, mesmo assim, deve-se primeiro tentar retirar o hábito do consumo de açúcar de adição; Cuidar com o consumo de chás, sendo que seu consumo deve ser supervisionado; Nutrição na Lactação A exigência da presença da maioria dos nutrientes na mãe durante a lactação é maior do que durante a gravidez, devido à necessidade de repor as quantidades substanciais segregadas no leite materno (Allen, 2013). Assim, o processo de lactação determina necessidades nutricionais especiais na mulher que amamenta, sendo recomendável um aumento no consumo da maior parte dos nutrientes. Pois as concentrações de algumas vitaminas hidrossolúveis e de minerais podem ser reduzidas quando a alimentação da mãe é incorreta. A RDA para lactação é de 500kcal/dia a mais do que a recomendação para a mulher que não amamenta, sendo que a reserva de gordura acumulada durante a gestação cobre parte das necessidades (cerca de 170kcal) A lactação é um processo dispendioso e perde-se proteína no leite, sendo assim: 1,1g/kg/dia (OMS,2007) Evitar excesso de cafeína, que pode reduzir o teor de Ferro no leite (máximo 2 xícaras de café/dia) Ingestão de líquidos: 3 a 4 litros para produção ideal de leite Lembrar que leite/derivados, chás verde, preto e café podem causar cólicas no bebe. Sempre que possível os evitar.
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