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NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO E LACTAÇÃO

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Nutrição na Gestação e Lactação
Docente: Valéria 
Discentes: 
Graciêla Castro
Gabriel de Souza
 Paulo Luiz da Silva
A nutrição adequada na gestação e no pós-parto é importante tanto para a saúde do bebe quanto para a saúde materna. Há ampla evidencia de que condições nutricionais extremas durante a gravidez podem levar a diferentes distúrbios no desenvolvimento e no crescimento fetal, com complicações no parto e saúde precária da mãe e da criança no futuro.(Henriksen,2006)
A dieta, no primeiro trimestre da gestação, é muito importante para o desenvolvimento e diferenciação dos diversos órgãos fetais. Já nos trimestres subsequentes, a dieta está mais envolvida com a otimização do crescimento e do desenvolvimento cerebral do feto
A gestação é um período na vida da mulher durante o qual aumentam as necessidades
 nutritivas
FETO
(Crescimento e
Desenvolvimento)
MÃE
(Modificações do corpo)
Proteínas, calorias, vitaminas e minerais são essenciais para o desenvolvimento de um bebê sadio. Se a mãe ingerir muito ou pouco desses nutrientes, o desenvolvimento celular pode ser imperfeito e o bebê pode ficar abaixo do peso.
O Peso Ideal
Ao longo dos nove meses de gravidez, a mulher
aumenta em média entre 10 a 12 kg.
1º trimestre:
De 1 a 2 Kg.
2º e 3º trimestres:
De 1,5 a 2 Kg por
mês.
Pirâmide alimentar da gestante
Proteínas
As células de um bebê em desenvolvimento são feitas em sua maioria de proteínas, e as mudanças no organismo da mãe, particularmente a placenta,
requerem proteínas. Se ela não ingere carne ou produtos lácteos, deve consultar um nutricionista para assegurar a ingestão adequada de proteínas provenientes de outros alimentos. 
Para que as proteínas exerçam seu papel, o organismo precisada uma quantidade adequada de calorias. Se isso não acontecer, o corpo irá usar as proteínas como forma de energia, ao invés de aproveitá-las para a formação celular. São necessárias 300 calorias adicionais na dieta da gestante por dia para garantir um desenvolvimento perfeito do bebê.
Carboidratos
Os carboidratos devem ser a fonte primária dessa energia adicional. Eles são rapidamente e eficientemente convertidos em energia. O bebê cresce a cada minuto durante 280 dias, e necessita de um suprimento de energia. 
Os alimentos ricos em gorduras também podem ser usados para a obtenção de energia, mas os carboidratos é que são os combustíveis perfeitos para o cérebro e sistema nervoso, e são considerados o combustível para a vida humana.
Vitaminas
As vitaminas são nutrientes necessários para a maioria das funções orgânicas. Todas as vitaminas são importantes durante a gestação e a maioria delas pode ser obtida através de uma alimentação balanceada. Uma vitamina especialmente importante, tanto no período anterior quanto durante a gestação é o ácido fólico. Essa vitamina do complexo B pode prevenir defeitos no tubo neural no desenvolvimento do bebê.
O médico deve prescrever um suplemento pré-natal, que irá disponibilizar o aporte suficiente de todas as vitaminas e minerais necessários durante o período, mas isto não deve ser considerado um substituto ao programa alimentar adequado. E a mãe nunca deve ingerir suplementos que não sejam prescritos pelo médico, pois o consumo excessivo de certos nutrientes pode ser prejudicial ao bebê.
Minerais
Principais fontes: vegetais alaranjados (cenoura, abóbora) e em folhas de cor verde-escuras;
Os minerais também desempenham papéis importantes no organismo. Dois deles são essenciais durante a gestação: cálcio e ferro. 
Se eles não forem consumidos na quantidade adequada, o bebê usará o cálcio dos ossos da mãe e o ferro do sangue da mãe, e a mãe não pode suportar esta situação. Por ser difícil de atingir o requerimento de ferro durante a gestação, muitos médicos prescrevem suplementos, em adição a uma dieta rica no mineral, que inclui carne vermelha, fígado, vegetais de folhas verdes, legumes, leguminosas e cereais fortificados.
Os requerimentos de cálcio são atingidos mediante a inclusão, na dieta, de 3 a 4 porções de leite e derivados. Nos casos de intolerância à lactose, podem ser usados leites reduzidos em lactose, suco fortificado ou leite de soja. 
Outras fontes de cálcio são: sardinhas, tofu preparado com cálcio vegetais de folhas verde-escuras, figo seco, legumes e brócolis.
Fibras
Durante a gravidez a ingestão de fibras alimentares é fundamental. 
Elas são facilmente encontradas em frutas, grãos e hortaliças. E funcionam como uma "vassoura" no organismo, carregando os resíduos alimentares e a gordura para o intestino, baixando o nível de glicose e do colesterol.
DEVEM SER CONSUMIDAS EM TODAS AS REFEIÇOES
Há dois tipos de Fibras:
Solúveis – Protege contra o câncer colorretal. Quando ingeridas, se transformam em "gel" no estômago, permanecendo mais tempo nele e dando uma sensação de saciedade. Elas se armazenam para atrair moléculas de gorduras e colesterol levando-as ao intestino. Mas isso só é feito se houver um grande consumo de água, caso contrário, problemas sérios como gases, cólicas fortes e prisão de ventre podem surgir. 
Insolúveis – Atuam como laxantes naturais, ajudando o intestino a trabalhar melhor. São encontradas em todos os tipos de substâncias vegetais, como frutos com cascas comestíveis e sementes. Elas ajudam a prevenir a hemorroida e a inflamação na parede do intestino.
”As fibras têm um papel importantíssimo na manutenção da microbiota intestinal saudável, que modula o sistema imunológico da mãe, e do bebê“ (Galante.2010)
Gorduras
As gorduras especialmente os ácidos graxos insaturados, são importantes Pois fornecem energia . 
 Feto: Crescimento, desenvolvimento do cérebro e retina 
Energia 
 
 Mãe: na 2ª metade da gravidez, parto e aleitamento.
Recomendações gerais
1. Fazer pelo menos três refeições por dia (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não "pular” refeições.
2. Utilizar as porções diárias recomendadas por grupos de alimentos.
3. Ficar atento ao consumo extra de alimentos gordurosos e doces.
4. Diminuir a quantidade de sal na preparação, à mesa (saleiro) e alimentos industrializados (glutamato monossódico).
5. Beber de 6 a 8 copos de água por dia
6. Atividade física.
7. Abstenção de fumo e álcool.
Guia alimentar – CGPAN/MS (2005) 
BETES MELLITUS NA GESTAÇÃO
• Manter as recomendações gerais;
• Reforçar a necessidade de fracionamento alimentar e
evitar jejum prolongado;
• Dar preferência aos carboidratos complexos e integrais
quando possível como cereais (farelo de aveia, pães,
massas e milho);
• Frutas: 1 diferente por vez, no máximo 4 unidades ,
devido a frutose;
• Excluir o uso de carboidratos simples como sacarose e
glicose (açúcar refinado ou mascavo, refrigerantes, mel
e doces em geral);
• Os adoçantes e produtos dietéticos podem ser utilizados
com moderação (aspartame, stévia ).
MAL-ESTAR MATINAL, NAÚSEAS ,
VÔMITOS ,PIROSE e PLENITUDE
Ingerir alimentos secos pela manhã
Alimentos gelados; gelo
Alimentação fracionada
Pequenos volumes
Não ingerir líquidos durante as refeições
Evitar alimentos gordurosos
Aumentar líquidos e frutas com caldo nos intervalos
Não deitar após as refeições
Utilizar roupas confortáveis
DISTENSÃO ABDOMINAL,
FLATULÊNCIA e CONSTIPAÇÃO
Estimular o consumo de fibras: frutas,hortaliças,cereais integrais, farelos.
Líquidos e água nos intervalos
Atender ao reflexo retal: criar hábito - horário
Atividade física regular
Não usar laxantes 
Necessidades Nutricionais na Lactação
Após o primeiro mês do parto é esperada uma perda de peso gradual de 0,5 a 1kg por mês. Para as mulheres essa habitual lentidão pode não satisfazer seus desejos de uma volta imediata ao peso corporal pré-gravítico. Por esse motivo, algumas tendem a seguir dietas hipocalóricas. É importante reconhecer entretanto que restrições moderadas e acentuadas de ingestão alimentar durante a lactação comprometerão a capacidade para
sintetizar o leite...
A lactante deve se conscientizar da situação aceitar uma perda de peso gradativa nos primeiros seis meses após o parto; caso o êxito na lactação pode ser limitado e a criança pode sofrer um suprimento insuficiente de leite para satisfazer suas necessidades.
Amamentando ou não a lactante deve esperar pelo menos 6 semanas após o nascimento do bebê para iniciar uma restrição calórica e atividade física. A lactante precisa de energia para se recuperar do parto, lidar com as necessidades do bebê, cuidar dos afazeres da casa e possivelmente voltar ao trabalho.
A produção do leite requer cerca de 800 calorias diariamente e a gordura armazenada durante a gestação normalmente provê apenas 300 dessas calorias. Dessa forma a Lactante necessitará de 500 calorias adicionais para obter a energia necessária para amamentar. 
Pode ser necessária uma ingestão calórica maior ainda nos casos de lactentes adolescentes, mães que amamentam mais de um bebe, mães abaixo do ideal, mulheres que ficam gravidas no período de amamentação.
GUIA ALIMENTAR DIARIO PARA LACTENTES
A seguinte tabela pode ser utilizada para selecionar alimentos que proporcionem uma nutrição adequada para a mãe que amamenta. Em adição aos alimentados listados pode ser usados quantidade moderadas de gorduras, óleos e doces para adicionar sabor aos alimentos e atingir o valor calórico adequado. O sal deve ser usado com moderação. No caso de intenção de perda de peso, a tabela ilustra o mínimo de alimentos a serem consumidos por dia
ALIMENTAÇÃO DURANTE A AMAMENTAÇÃO QUE EVITA CÓLICAS NO BEBÊ
Para evitar cólicas no bebe, é importante que a mãe não coma em excesso alimentos que provoquem gases como o feijão, ervilhas, nabos,brócolis ou couve-flor por exemplo. Além disso o uso de algum chás( carqueja, ginseng, palmeira anâ e entre outros) na amamentação também pode provocar cólicas no bebe. 
Outro alimento que também pode provocar cólica no bebe é o leite de vaca, podendo ser necessário a mãe beber leite sem lactose ou inclusive eliminar o leite de vaca de sua alimentação assim alimentos confeccionados com o leite como bolos, arroz doce e outros.
Além disso é fundamental na dieta durante a amamentação a mãe ingerir também uma boa quantidade de agua para ajudar na produção de leite, de 03 a 04 litros. Esta quantidade engloba a água presente nas frutas, sopas e sucos, mas só ela não é suficiente para produzir todo o leite de que o bebe precisa, sendo necessário beber cerca de 02 litros de líquidos como água ou chás, por dia.
O QUE NÃO COMER NA AMAMENTAÇÃO
Café, chá preto, chá mate e refrigerantes com cafeína, porque a cafeína passa para o leite e o bebe tem dificuldades para eliminar esse tóxico provocando também insônia no bebe. Pode beber apenas uma xicara de café por dia após dar de mamar até as 17h e caso a mamada seguinte não se realize em menos de três horas bebidas alcoólicas, pois o álcool passa para o leite materno podendo prejudicar o fígado e os rins do bebe. Evitar adoçantes e alimentos diet e light pois ainda não existe estudos que comprovem que não faça mal a saúde do Rn.
Referencias Bibliográficas
Alimentação na gestação e puerpério - Revista de Nutrição On-line version ISSN 1678-9865 Rev. Nutr. vol.19 no.2 Campinas Mar./Apr. 2006 http://dx.doi.org/10.1590/S141552732006000200011 
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/mulher/Nutricao_na_gravidez_2008.pdf 
 Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira. Série A . Normas e Manuais Técnicos, 2006. Disponível em:http://200.214.130.94/nutricao/documentos/guia_alimentar_conteudo.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Departamento de Atenção Básica.Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Vigilância alimentar e nutricional –Sisvan. Série A . Normas e Manuais Técnicos, 2004. Aula de avaliação nutricional de gestantes disponível em:
http://200.214.130.94/nutricao/sisvan/acesso_publico/boletim_sisvan/06/documentos/apresentacao_capacitacao_avaliacao_nutricional_gestante.pdf 
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