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CCJ0040-WL-C-AMMA-25-Continuação da Matéria-03

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AULA 25
PROCESSO PENAL I
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 25
Liberdade no Curso do Processo. O direito a liberdade como garantia constitucional.
 Liberdade provisória e a inafiançabilidade na CRFB e nas leis nº 7.716/89; nº 8.072/90; nº 9.455/97; nº 10.826/03; nº 11.343/06.
 Liberdade provisória e relaxamento da prisão ilegal.
 Liberdade Provisória e a fiança na Lei 12.403/11; Hipóteses de arbitramento pela autoridade policial e pelo juiz.
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LIBERDADE NO CURSO DO PROCESSO
 
 
O art. 5º, LXV, da Constituição Federal, impõe o relaxamento da prisão ilegal, abarcando a prisão decretada ao arrepio da lei (ex. decisão que decreta a prisão temporária sem fundamentação) e a prisão que se torna ilegal com o passar do tempo (ex. excesso de prazo na prisão preventiva). 
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O art. 5º, LXVI, da Constituição Federal, prevê a liberdade provisória, sem fiança e com fiança, abarcando os casos em que a prisão em flagrante, embora formalmente legal, se mostra desnecessária.
 
O art. 5º, XLIII e XLIV, da Constituição Federal, prevê os crimes inafiançáveis. Os artigos 323 e 324, do CPP, trazem as hipóteses de inafiançabilidade.
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Observações:
 
(1) prisão em flagrante: se houver discussão quanto à sua legalidade, o pedido será de relaxamento da prisão; se houver discussão quanto à sua necessidade, o pedido será de liberdade provisória. 
 
(2) prisão temporária: se houver discussão quanto à sua legalidade, o pedido será de relaxamento da prisão; se houver discussão quanto à sua necessidade, o pedido será de revogação. 
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(3) prisão preventiva: se houver discussão quanto à sua legalidade, o pedido será de relaxamento da prisão; se houver discussão quanto à sua necessidade, o pedido será de revogação. 
 
(4) prisão decorrente de pronúncia: se houver discussão quanto à sua legalidade, o pedido será de relaxamento da prisão; se houver discussão quanto à sua necessidade, o pedido será de revogação. 
 
(5) prisão decorrente de sentença recorrível: se houver discussão quanto à sua legalidade, o pedido será de relaxamento da prisão; se houver discussão quanto à sua necessidade, o pedido será de revogação
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Caso concreto da semana 15:
 
Em uma determinada festa Rave, policiais a paisana efetuaram a prisão em flagrante de Jonathan, pois estava vendendo ecstasy a Denis, sendo também apreendido o valor de R$ 100,00 em posse de Jonathan e mais três pílulas. Assim, tipificada a conduta no art. 33, caput da lei 11343/06, foi a denúncia recebida e convertida a prisão em flagrante em prisão preventiva nos termos do art. 310, II do CPP. Jonathan é primário, de bons antecedentes, reside no distrito da culpa e comprova que trabalha de carteira assinada prestando serviços de informática. 
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O pai de Jonathan, extremamente amargurado com o ocorrido, o procura como advogado, e lhe pergunta sobre a possibilidade de concessão de liberdade provisória nesse caso. Responda fundamentadamente, indicando as controvérsias porventura existentes. 
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Exercício suplementar da semana 15:
 
(Defensoria Pública do Maranhão/2009) A decretação da prisão preventiva apenas poderá ter fundamento nas seguintes hipóteses:
(A) como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
(B) como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
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(C) como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal.
(D) como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal.
(E) como garantia da ordem pública, da ordem econômica, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
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A doutrina faz a seguinte graduação na liberdade provisória:
 
(a) sem fiança e sem vínculos (art. 321 do CPP);
 
(b) sem fiança e com vínculo de comparecimento a todos os atos do processo (art. 327 do CPP), de não mudança de residência e de não ausência por mais de oito dias (art. 328 do CPP), conforme o art. 350 do CPP;
(C) com fiança e com vínculos de comparecimento a todos os atos do processo (art. 327 do CPP), de não mudança de residência e de não ausência por mais de oito dias (art. 328 do CPP). 
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OBSERVAÇÃO: A liberdade provisória praticamente perdeu a aplicação com o advento da Lei 12.403, de 04, de maio de 2011, visto que, de acordo com o artigo 310, CPP, o juiz ao receber o APF – e isto tem que ocorrer no prazo de 24horas, de acordo com o parágrafo 1º, do art. 306, do CPP –, se quiser manter a restrição de liberdade do detido terá que converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, onde não cabe mais falar em liberdade provisória.
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Mesmo antes do advento da Lei 12.403/2011, a liberdade provisória com o pagamento de fiança já tinha sido esvaziada pela Lei 6416/77, que introduziu o parágrafo único no art. 310 do CPP, que hoje é a primeira parte do art. 321. Isso porque, em regra, o acusado tem direito à liberdade provisória sem fiança, razão pela qual não faz sentido que se pleiteie a liberdade provisória com fiança. Se o réu tem direito de ser solto sem nada pagar, por que pagaria para ser solto? Por isso, quando cabível, é concedida a liberdade provisória sem fiança. 
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A aplicação prática da liberdade provisória com fiança limita-se aos casos em que o próprio delegado de polícia pode fixar a fiança (art. 322 do CPP), o que acaba agilizando a liberdade do flagrado.
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Observação: nos delitos de menor potencial ofensivo (contravenções penais e crimes com pena até dois anos), o art. 69 da Lei 9099/95 dispensa a lavratura do auto de prisão em flagrante, quando o autor do fato se compromete a comparecer à audiência preliminar. Então não há que se falar em liberdade provisória e nem em fiança.
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O CPP trata da fiança nos seguintes dispositivos:
 
(1) valor da fiança: arts. 325 e 326;
 
(2) quebramento da fiança: arts. 327, 328, 341, 342, 343 e 346;
 
(3) livro da fiança: art. 329;
 
(4) objeto da fiança: art. 330;
 
(5) manifestação do MP: art. 333; 
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(6) finalidade da fiança: art. 336;
 
(7) fiança sem efeito: arts. 337 e 340, parágrafo único;
 
(8) cassação da fiança: arts. 338 e 339;
 
(9) reforço da fiança: art. 340, I, II e III;
 
(10) perdimento da fiança: arts. 344 e 345.

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