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04/07/2016
1
GRUPO 1
PARECER
04/07/2016
2
ESTRUTURA FORMAL
• Parecer nº...
• Assunto:...
• Referência (nº do PA, se mencionado)
• Autoridade solicitante (se houver)
• Ementa (facultativo)
• Relatório- resume a consulta; paralelo a fatos
• Fundamentação- paralelo do mérito
• Conclusão- posicionamento, paralelo a pedido
• Local e Data, Assinatura (não pôr o nome)
A empresa “TRAPAIDA LTDA” tem como objeto
a prestação de serviços terceirizados de
limpeza. Em licitação para a prestação do
serviço à PGFN, foi inabilitada com base no art.
27, IV c/c 29, III e IV da Lei 8.666/93, por estar
inadimplente em relação a contribuições
previdenciárias ao INSS. Ainda, a comissão de
licitação consignou que a empresa possuía o
mesmo quadro societário e objeto social de
uma empresa que fora declarada inidônea para
licitar pelo DF no ano anterior (art. 87, IV da Lei
8.666/93), tendo se desmembrado desta.
04/07/2016
3
A empresa inabilitada apresentou recurso no
âmbito administrativo (art. 109, I, “a” da Lei
8.666/93) sustentando que:
a)seria detentora da imunidade recíproca por
prestar serviços públicos. Apesar de
reconhecer não se tratar de entidade da
Administração Indireta, sustentou que deveria
ser aplicada a interpretação teleológica, já
que o STF tem interpretado as imunidades de
forma extensiva, diferentemente das
isenções;
b)a inabilitação por dívidas tributárias
configuraria sanção política, traduzindo-se
em meio indireto de cobrança de débitos
tributários, já rechaçado pelo STF por
suprimir o livre exercício da atividade
econômica (artigo 5º, XIII e artigo 170, p. ún.,
da CF);
c) a regularidade fiscal poderia ser dispensada
no caso de prestação de serviço público aos
órgãos contratantes, e haveria inclusive
orientação normativa da AGU nesse sentido;
04/07/2016
4
d) haveria nulidade da licitação em razão de o
edital não prever o tratamento diferenciado
às ME e EPP;
e)a empresa inabilitada nesta licitação possuía
personalidade jurídica distinta da declarada
idônea pelo DF, e a consignação da referida
inidoneidade seria desconsideração da
personalidade jurídica administrativa, vedada
pelo artigo 50 do CC, que apenas permite a
desconsideração pela via judicial. Ainda, a
declaração de inidoneidade só produziria
efeitos no âmbito do DF, sendo ineficaz na
União;
f) por ser empresa de pequeno porte, seria
beneficiada pela LC 123/2006, a qual dispõe em
seu art. 42 que a comprovação de regularidade
fiscal das microempresas e empresas de
pequeno porte somente será exigida para efeito
de assinatura do contrato.
Supondo ter sido o referido processo
administrativo enviado previamente ao órgão
jurídico, para os subsídios legais ao julgamento,
redija o parecer pertinente, na qualidade de
Procurador da Fazenda Nacional.
04/07/2016
5
PROPOSTA DE RESOLUÇÃO
Parecer nº.
Assunto: Regularidade fiscal e declaração de
inidoneidade.
Referência: Processo Administrativo nº.
Ementa: Direito Administrativo. Licitação.
Regularidade fiscal. Exigência. Efeitos da
declaração de inidoneidade. Extensivos.
I – Relatório
Trata o presente processo administrativo de
procedimento licitatório em que a empresa
“TRAPAIDA LTDA” foi inabilitada com
fundamento nos arts. 27, IV c/c 29, III e IV da Lei
8.666/93, que tratam da regularidade fiscal.
Em recurso administrativo, a empresa aduziu
uma série de argumentos que demonstrariam o
seu direito de continuar participando da licitação,
argumentos sobre os quais esta consultoria foi
instada a se pronunciar.
Eis o breve relato dos fatos.
04/07/2016
6
FUNDAMENTAÇÃO
a)  Imunidade recíproca e contribuições
 Empresa ≠ Adm Indireta (CF, 150, §3º)
b)  Não há sanção política(proporcionalidade)
 Concorrência e isonomia
c) ON 9/AGU: A comprovação da regularidade fiscal
na celebração do contrato ou no pagamento de
serviços já prestados, no caso de empresas que
detenham o monopólio de serviço público, pode ser
dispensada em caráter excepcional, desde que
previamente autorizada pela autoridade maior do
órgão contratante e, concomitantemente, a situação
de irregularidade seja comunicada ao agente
arrecadador e à Agência Reguladora.
d) ON 7/AGU: O tratamento favorecido de que
tratam os arts. 43 a 45 da LC 123/06, deverá ser
concedido independentemente de previsão
editalícia.
e) STJ: A constituição de nova sociedade, com o
mesmo objeto social, com os mesmos sócios e
com o mesmo endereço, em substituição a outra
declarada inidônea para licitar com a Adm.
Pública, para burlar a aplicação da sanção
administrativa, constitui abuso de forma e fraude
à L 8.666/93, sendo possível a aplicação da
desconsideração da personalidade jurídica para
estenderem-se os efeitos da sanção à nova
sociedade...
04/07/2016
7
... A Administração Pública pode, em
observância ao princípio da moralidade
administrativa e da indisponibilidade dos
interesses públicos, desconsiderar a
personalidade jurídica de sociedade constituída
com abuso de forma e fraude à lei, desde que
facultado ao administrado o contraditório e a
ampla defesa em processo administrativo
regular (RMS 15.166, 2ª T, j. 07.08.2003)
 O art. 87, IV, da Lei 8.666/93 prevê a
declaração de inidoneidade para licitar ou
contratar com a Administração Pública, que é
definida no art. 6º, XI da Lei 8.666/93 como a
administração direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
abrangendo inclusive as entidades com
personalidade jurídica de direito privado sob
controle do poder público e das fundações por
ele instituídas ou mantidas.
04/07/2016
8
f) A recorrente não é EPP, pois resultou do
desmembramento de outra empresa:
LC 123/2006, Art. 3º, § 4º Não poderá se
beneficiar do tratamento jurídico diferenciado
previsto nesta LC, incluído o regime de que
trata o art. 12 desta LC, para nenhum efeito
legal, a pessoa jurídica:
IX - resultante ou remanescente de cisão ou
qualquer outra forma de desmembramento de
pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos
5 anos-calendário anteriores
III – CONCLUSÃO
Diante do exposto, opina-se pelo
desprovimento do recurso da empresa, tendo
em vista a total improcedência dos argumentos
suscitados pela recorrente, como
minuciosamente demonstrado na
fundamentação.
É o parecer, salvo melhor juízo.
Local, data.
Assinatura
Procurador da Fazenda Nacional
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9
APROFUNDAMENTO- SANÇÃO POLÍTICA
• Súmula 70 do STF: “É inadmissível a interdição
de estabelecimento como meio coercitivo para
cobrança de tributo.”
• Súmula 323 do STF: “É inadmissível a apreensão
de mercadorias como meio coercitivo para
pagamento de tributos.”
• Súmula 547 do STF: “Não é lícito à autoridade
proibir que o contribuinte em débito adquira
estampilhas, despache mercadorias nas
alfândegas e exerça suas atividades
profissionais.”
• Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer
prova de quitação de todos os tributos.
• Art. 191-A. A concessão de recup. Jud. depende da
apresentação da prova de quitação de todos os
tributos
• Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado
por lei, nenhum departamento da adm. públ. da U,
E, DF ou M, ou sua autarquia, celebrará contrato ou
aceitará proposta em concorrência pública sem que
o contratante ou proponente faça prova da quitação
de todos os tributos devidos à Fazenda Pública
interessada, relativos à atividade em cujo exercício
contrata ou concorre.  Ver art. 29, III, da Lei
8.666/93, mais abrangente.
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• Lei 8.666/93, Art. 29. A documentação relativa
à regularidade fiscal e trabalhista consistirá
em: III - prova de regularidade para com a
Fazenda Federal, Estadual e Municipal do
domicílio ou sede do licitante, ou outra
equivalente, na forma da lei
• LC 123/06, art. 17. Não poderão recolher os
impostos e contribuiçõesna forma do Simples
Nacional a ME ou a EPP: V - que possua débito
com o INSS, ou com as Fazendas Públicas
Federal, Estadual ou Municipal, cuja
exigibilidade não esteja suspensa
STF:
• A condicionante do art. 17, V da LC 123/06 não
se caracteriza como fator de desequilíbrio
concorrencial (...) A presente hipótese não se
confunde com aquelas fixadas nas Súmulas 70,
323 e 547 do STF, pois não se caracteriza como
meio ilícito de coação a pagamento de tributo,
nem como restrição desproporcional e
desarrazoada ao exercício da atividade
econômica. Não se trata, na espécie, de forma
de cobrança indireta de tributo, mas de
requisito para fins de fruição a regime tributário
diferenciado e facultativo. (RE 627.543-RG, j.
30.10.2013)
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• O STF rechaça a aplicação de sanção política em
matéria tributária. Contudo, para se caracterizar
como sanção política, a norma extraída da
interpretação do art. 2º, II, do DL 1.593/77 deve
atentar contra os seguintes parâmetros: (1)
relevância do valor dos créditos tributários em
aberto, cujo não pagamento implica a restrição ao
funcionamento da empresa; (2) manutenção
proporcional e razoável do devido processo legal
de controle do ato de aplicação da penalidade; e
(3) manutenção proporcional e razoável do devido
processo legal de controle da validade dos créditos
tributários cujo não-pagamento implica a cassação
do registro especial. (RE 550.769, Pleno, j.
22.05.2013)
SANÇÃO POLÍTICA E II:
• (...) a jurisprudência majoritária não admite a
retenção de mercadorias importadas até o
pagamento dos tributos incidentes sobre a
importação, considerando tal prática como
sanção política. Contudo, essa hipótese não se
confunde com a apreensão de mercadorias por
conta da não apresentação de documentação
idônea, medida esta que vem sendo permitida
pelos tribunais. (Antônio Augusto Jr, Impostos
Federais, 2015, p. 32)
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SUSPENSÃO PARA LICITAR E INIDONEIDADE
Lei 8.666/93:
• Art. 6o Para os fins desta Lei, considera-se: XI -
Administração Pública - a adm direta e indireta
da U, E, DF e M, abrangendo inclusive as
entidades com personalidade jurídica de direito
privado sob controle do poder público e das
fundações por ele instituídas ou mantidas; XII -
Administração - órgão, entidade ou unidade
administrativa pela qual a Adm Pública opera e
atua concretamente;
• Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do
contrato a Administração poderá, garantida a
prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes
sanções: III - suspensão temporária de
participação em licitação e impedimento de
contratar com a Administração, por prazo não
superior a 2 (dois) anos; IV - declaração de
inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração Pública enquanto perdurarem os
motivos determinantes da punição ou até que
seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade
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13
STJ:
A punição do art, 87, III da Lei 8.666/93 não produz
efeitos somente em relação ao órgão ou ente
federado que determinou a punição, mas a toda a
Adm. Pública (REsp 174.274, DJ de 22/11/2004)
É irrelevante a distinção entre os termos Adm. Pública
e Adm. A Adm. Pública é una, sendo descentralizadas
as suas funções, para melhor atender ao bem comum.
A limitação dos efeitos da ‘suspensão de participação
de licitação’ não pode ficar restrita a um órgão, pois
os efeitos do desvio de conduta que inabilita o sujeito
para contratar com a Adm. se estendem a qualquer
órgão da Adm. Pública.(REsp 151.567, DJ de
14/04/2003)
“Parece-nos que o efeito deva ser sempre
extensivo. (...) nenhuma diferença existe entre
Administração e Administração Pública. (...) a
empresa é punida, por exemplo, com a suspensão
do direito de licitar perante uma entidade
federativa, mas poderia licitar normalmente
perante outra e, como é óbvio, sujeitá-la aos
riscos de novo inadimplemento. Para nós não há
lógica em tal solução, porque a Administração
Pública é uma só (...)” (CARVALHO FILHO, 2011, p.
204)
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14
AGU e TCU:
• Os efeitos impeditivos da sanção “suspensão
de licitar e contratar” alcançam apenas o
órgão ou entidade sancionador – (Acórdãos
3.439/2012, 842/2013 e 1.017/2013 do TCU;
Parecer CGU/AGU nº 02/2013)
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (SRP)
L 8.666/93, Art. 15. As compras, sempre que possível,
deverão: II - ser processadas através de SRP
(...)§ 3o O SRP será regulamentado por decreto,
(...)observadas as seguintes condições: I -seleção
mediante concorrência; § 4o A existência de preços
registrados não obriga a Administração a firmar as
contratações (...)sendo assegurado ao beneficiário do
registro preferência em igualdade de condições.
Decreto 7.892/2013, art. 2º, I: SRP é o conjunto de
procedimentos para registro formal de preços
relativos à prestação de serviços e aquisição de bens,
para contratações futuras
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15
Decreto 7.892/2013, Art. 7º: A licitação para RP
será realizada na modalidade de concorrência, do
tipo menor preço ou na modalidade de pregão. §
2o Na licitação para RP não é necessário indicar a
dotação orçamentária, somente exigida para a
formalização do contrato
ON 20/2009 AGU: Na licitação para RP, a
indicação da dotação orçamentária é exigível
apenas antes da assinatura do contrato.
TCU: o RP não é uma modalidade licitatória, mas
sim um banco de preços de fornecedores, que
não gera compromisso de aquisição (Acórdão
1.279/2008).
Art. 22: Desde que justificada a vantagem, a ata de RP
pode ser utilizada por qualquer órgão ou entidade da
admpúb federal que não tenha participado do
certame, mediante anuência do órgão gerenciador. §
8º É vedada aos órgãos e entidades da admpúbl
federal a adesão a ata de RP gerenciada por órgão ou
entidade municipal, distrital ou estadual. § 9º É
facultada aos órgãos ou entidades municipais,
distritais ou estaduais a adesão a ata de RP da
AdmPúb Federal.
ON 21/2009 da AGU: É vedada aos órgãos federais a
adesão à ata de RP, quando a licitação tiver sido
realizada pela administração pública estadual,
municipal ou do DF

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