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Trabalho socioantropologia

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A perfomance apresentada para os colegas e professora em sala objetivou a criação visual de elementos importantes da etnografia como a relação que o homem e a mulher tem com a terra nas diferentes fases do trabalho. Além disso visou explicitar as classificações alimentares que os proprios camponeses davam aos alimentos, forte e fraco, e o saber de quais consumir para as determinadas fases do processo do trabalho na terra. Dessa forma, fazendo ligação entre esses assuntos abordados no livro de forma alegorica e sucinta.
O livro de Ellen e Klaas Woortmann, “O trabalho da terra”, faz uma etnografia classica. Ao começo é importante situar o local do trabalho, sendo esse, o sitio. O sitio é um espaço construido pelo proprio camponês. O espaço sitio ainda se divide em outra áreas: Mato, capoeira, o chão de roça e a malhada.
Na organização da terra existem dois tipos diferentes, o modelo de chão de roça e o de malhada. Tais modelos já não são tão presentes em sua completa estrutura, devido o esgotamento dos elementos que o caracterizavam.
Outro conceito que aparece é o de arrendamento de terras, que consiste no “empréstimo” de terras à outro sitiante em troca de algo. Segundo os autores, esse método foi mudando ao longo do tempo.
No processo de trabalho da terra, é dividido em etapas que possuem suas próprias especifidades e que necessitam do conhecimento e experiência do camponês para conduzi-lo. Este processo é obrigatoriamente conduzido pelo pai, sendo que em raros momentos pode ser substituido. A mulher é responsável pela casa e pelos filhos, e estes só podem participar do trabalho na terra em determinadas etapas. Sendo assim, podemos definir o processo do trabalho baseado numa hierarquia familiar .
A primeira etapa do processo é a brocagem, que é a abertura de espaços na vegetação maior do mato. Nessa etapa, os instrumentos utilizados definem a hierarquia. Enquanto o pai usa a foice mais nova e melhor, a mulher e as crianças usam os instrumentos em piores condições.
É importante ressaltar também a concepção camponesa sobre “a sindrome quente-frio”. O sereno da natureza (frio) opondo-se ao suor do corpo (quente), o sereno da manhã opondo-se ao da noite e etc. Essas relações querem dizer que o estado frio (manhã) é propicio ao trabalho mais pesado e no estado quente (tarde) deve-se enfatizar o trabalho mais leve.
Quanto ao consumo alimentar, são expressos os termos forte-fraco que são atribuidos aos alimentos, dependendo da energia que esses fornecem aos consumidores. Um alimento que fornece muita energia é forte e deve ser consumido no horario onde o homem gasta mais energia. O alimento que fornece menos energia é considerado fraco, e deve ser consumido pelo homem quando este realiza trabalhos mais leves. Existe uam relação entre as etapas do trabalho na terra e do consumo aliemntar durante estes. Em fases onde ocorre mais dispendio de energia, alimentos fortes compõem a maior parte da dieta. Ao passo que o dispendio de energia não é mais tão grande, alimentos fracos vão sendo inseridos a alimentação.
A segunda etapa do processo é o derrubamento, que consiste na derrubada de arvores maiores. Aqui o instrumento que diferencia o lider é o machado que estiver em melhores condições. Este processo implica conhecimento detalhado sobre a vegetação. 
Posterior a essa etapa, segue-se a queima e da coivara. Nesta etapa, a qualidade da organização diferencia os sitiantes como responsável e eficiente ou não. A queima simboliza a transição de um espaço natural para um espaço cultural (de cultivo) e possui aspectos religiosos também. Após a queima ocorre a coivara.

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