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i i i i i i i i Semana POTEˆNCIAS INDETERMINADAS E GRA´FICOS DE FUNC¸O˜ES LOGARI´TMICAS E EXPONENCIAIS 5 POTEˆNCIAS INDETERMINADAS Va´rias formas indeterminadas surgem do limite lim x→a [ f (x)] g(x) 1. lim x→a f (x) = 0 e limx→ag(x) = 0 tipo 0 0 2. lim x→a f (x) = ∞ e limx→a g(x) = 0 tipo ∞ 0 3. lim x→a f (x) = 1 e limx→ag(x) =±∞ tipo 1 ∞ Cada um dos treˆs casos pode ser tratado tanto por escrever a func¸a˜o como uma exponencial: y = [ f (x)]g(x) = eg(x) ln f (x), ou por aplicar o logaritmo natural a ambos membros: Seja y = [ f (x)]g(x), enta˜o lny = ln [ f (x)]g(x) = g(x) ln f (x). (Lembre-se de que esses me´todos foram usados na Semana an- terior, na diferenciac¸a˜o de tais func¸o˜es; na verdade, o primeiro me´todo foi mais usado que o segundo). Ambos os me´todos nos levam a um produto indeterminado g(x) ln f (x), que e´ do tipo 0 ·∞. � i. As formas 00, ∞ ∞ , ∞−∞, 0 ·∞, 00, ∞0, 1∞ foram identificadas como indeterminadas. Existem formas parecidas que voceˆ deve reconhecer como “determi- nadas”. • ∞+∞→ ∞ O limite e´ positivo e infinito • −∞−∞→−∞ O limite e´ negativo e infinito • 0∞ → 0 O limite e´ 0 • 0−∞ → ∞ O limite e´ positivo e infinito i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais ii. Lembre-se de que a Regra de L’Hoˆpital pode ser apenas aplicada a quocientes que levem a`s formas indeterminadas 0 0 , ∞ ∞ . Por exemplo, a seguinte aplicac¸a˜o da Regra de L’Hoˆpital esta´ incorreta lim x→0+ ex x =︸︷︷︸ uso incorreto de L’H lim x→0+ ex 1 = 1 O motivo dessa aplicac¸a˜o estar incorreta e´ que, embora o limite do denominador seja 0, o limite do numerador e´ 1, o que significa que as hipo´teses da regra de L’Hoˆpital na˜o sa˜o satisfeitas. Veja que na verdade lim x→0+ ex x = lim x→0+ 1 x ex =+∞. EXERCI´CIOS RESOLVIDOS Exercı´cio 5.1 Trabalhando com a forma indeterminada 00. Encontre lim x→( pi2 ) − (cosx) pi 2−x Soluc¸a˜o: Note-se que lim x→( pi2 ) − (cosx)= 0 e lim x→( pi2 ) − (pi 2 − x ) = 0, enta˜o (cosx) pi 2−x tem a forma indeterminada 00 quando x→ (pi 2 )− . Lembre- se tambe´m de que para todo x ∈ ( 0, pi 2 ) , temos cosx > 0, enta˜o (cosx)( pi 2−x) = eln(cosx) ( pi2 −x) = e( pi 2−x) ln(cosx) . Assim, lim x→( pi2 ) − (cosx)( pi 2−x) e lim x→( pi2 ) − e( pi 2−x) ln(cosx) e como a func¸a˜o exponencial e´ contı´nua, segue que lim x→( pi2 ) − e( pi 2−x) ln(cosx) = e lim x→( pi2 ) −( pi 2−x) ln(cosx) . Observe agora que lim x→( pi2 ) − (pi 2 − x ) = 0 e lim x→( pi2 ) − ln(cos x) =−∞. Logo, (pi 2 − x ) ln(cos x) tem a forma indeterminada 0 · ∞ quando 170 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 x→ (pi 2 )− . Assim podemos escrever: lim x→( pi2 ) − (pi 2 − x ) ln(cosx) = lim x→( pi2 ) − ln(cos x)( pi 2 − x )−1 , esta u´ltima expressa˜o e´ uma forma indeterminada do tipo ∞ ∞ . Portanto, estamos agora em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital. Aplicando a regra citada duas vezes, temos: lim x→( pi2 ) − ln(cosx)( pi 2 − x )−1 L′H= lim x→( pi2 ) − − senxcosx (−1)( pi2 − x)−2 = limx→( pi2 )− tgx( pi 2 − x )−2 = lim x→( pi2 ) − ( pi 2 − x )2 cotgx L′H = lim x→( pi2 ) − 2 ( pi 2 − x ) (−1) −cossec2x = 0 1 = 0. Obtemos, portanto, que lim x→( pi2 ) − (cos x) pi 2−x = e lim x→( pi2 ) −( pi 2−x) ln(cosx) = e0 = 1. Exercı´cio 5.2 Trabalhando com a forma indeterminada ∞0. Determine se lim x→+∞ ( e3x + x ) 1 x existe e, caso exista, encontre seu valor. Soluc¸a˜o: Note que lim x→+∞ ( e3x + x ) =∞ e lim x→+∞ 1 x = 0, enta˜o ( e3x + x ) 1 x tem a forma indeterminada ∞0 quando x→+∞. Por outro lado, lembre que ( e3x + x ) > 0 para todo x∈ (0,+∞), enta˜o (e3x + x) 1x = eln(e3x+x) 1x = e 1 x ln(e3x+x) . Assim, lim x→+∞ ( e3x + x ) 1 x = lim x→+∞ e 1 x ln(e3x+x) , e como a func¸a˜o exponencial e´ contı´nua, segue que lim x→+∞ ( e3x + x ) 1 x = e lim x→+∞ 1 x ln(e3x+x) . Observe tambe´m que lim x→+∞ 1 x ln ( e3x + x ) tem a forma indetermi- nada 0 ·∞. Assim, escrevendo lim x→+∞ 1 x ln ( e3x + x ) = lim x→+∞ ln ( e3x + x ) x esta u´ltima expressa˜o e´ uma forma indeterminada do tipo ∞ ∞ . Portanto, estamos agora em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital. C E D E R J 171 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais Usando a citada regra treˆs vezes, temos: lim x→+∞ 1 x ln ( e3x + x ) = lim x→+∞ ln ( e3x + x ) x L′H = lim x→+∞ 3e3x+1 e3x+x 1 = lim x→+∞ 3e3x +1 e3x + x L′H = lim x→+∞ 9e3x 3e3x +1 L′H = lim x→+∞ 27e3x 9e3x = limx→+∞ 3 = 3. Portanto, obtemos lim x→+∞ ( e3x + x ) 1 x = e lim x→+∞ 1 x ln(e3x+x) = e3. Exercı´cio 5.3 Trabalhando com a forma indeterminada 1∞. Encontre lim x→+∞ ( x5 +2 x5 +7 )x5 Soluc¸a˜o: Observe que lim x→+∞ ( x5 +2 x5 +7 ) = 1 e lim x→+∞ x 5 = +∞, logo( x5 +2 x5 +7 )x5 tem a forma indeterminada 1∞ quando x→+∞. Por outro lado, lembre-se de que ( x5 +2 x5 +7 ) > 0 para todo x ∈ (0,+∞), enta˜o( x5 +2 x5 +7 )x5 = e ln ( x5+2 x5+7 )x5 = e x5 ln ( x5+2 x5+7 ) . Assim, lim x→+∞ ( x5 +2 x5 +7 )x5 = lim x→+∞ e x5 ln ( x5+2 x5+7 ) , e usando a continui- dade da func¸a˜o exponencial, temos lim x→+∞ e x5 ln ( x5+2 x5+7 ) = e lim x→+∞x 5 ln ( x5+2 x5+7 ) . Note agora que x5 ln ( x5 +2 x5 +7 ) tem a forma indeterminada ∞ ·0 quando x→+∞. Assim, escrevendo lim x→+∞ x 5 ln ( x5 +2 x5 +7 ) = lim x→+∞ ln ( x5+2 x5+7 ) 1 x5 , esta u´ltima expressa˜o e´ uma forma indeterminada do tipo 00. Portanto, estamos agora em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital. Aplicando a regra, temos: lim x→+∞ ln ( x5+2 x5+7 ) x−5 L′H = lim x→+∞ x5+7 x5+2 ( (x5+7)(5x4)−(x5+2)(5x4) (x5+7)2 ) −5x−6 172 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1= lim x→+∞ (5x4) x5+2 ( x5+7−x5−2 (x5+7) ) −5x−6 = limx→+∞ ( −5x10 (x5 +2)(x5 +7) ) = lim x→+∞ ( −5( 1+ 2 x5 )( 1+ 7 x5 ) ) =−5. Isto e´, lim x→+∞ x 5 ln ( x5 +2 x5 +7 ) =−5. Portanto, lim x→+∞ ( x5 +2 x5 +7 )x5 = e lim x→+∞x 5 ln ( x5+2 x5+7 ) = e−5. Vamos resolver o seguinte exercı´cio usando o segundo me´todo proposto no inı´cio do material desta semana. Exercı´cio 5.4 Mostre que lim x→0+ (1+ x) 1 x = e Soluc¸a˜o: Note-se que lim x→0 (1 + x) = 1 e lim x→0+ 1 x = +∞, logo lim x→0+ (1+ x) 1 x tem a forma indeterminada 1∞. Seja y = (1+ x) 1x . Aplicando a func¸a˜o logaritmo natural em ambos os lados: lny = 1 x ln(1+ x) = ln(1+ x) x . Assim, lim x→0+ lny = lim x→0+ 1 x ln(1+ x) = lim x→0+ ln(1+ x) x . O que e´ uma forma indeterminada do tipo 0 0 , logo, pela regra de L’Hoˆpital: lim x→0+ lny = lim x→0+ 1 x ln(1+ x) = lim x→0+ ln(1+ x) x L′H = lim x→0+ 1 1+x 1 = 1 Como o logaritmo natural e´ uma func¸a˜o contı´nua, voceˆ pode escre- ver: lim x→0+ lny = ln [ lim x→0+ y ] e como lim x→0+ lny = 1 resulta, pela con- tinuidade da func¸a˜o ln, que ln [lim x→0+ y ] = 1 ⇔ lim x→0+ y = e1, ou seja, lim x→0 (1+ x) 1 x = e. C E D E R J 173 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais GRA´FICOS DE FUNC¸O˜ES ENVOLVENDO AS FUNC¸O˜ES LOGARI´TMICAS E EXPONENCIAIS Exercı´cio 5.5 Para cada uma das func¸o˜es abaixo, estude: i. O domı´nio e a derivabilidade de f . ii. As assı´ntotas verticais e horizontais ao gra´fico de f , caso existam. iii. O crescimento e o decrescimento do gra´fico de f . iv. Os pontos de ma´ximos e/ou mı´nimos relativos e absolutos de f (se existirem). v. As regio˜es de concavidade do gra´fico de f . vi. Os pontos de inflexa˜o, se existirem. vii. Esboce o gra´fico de f . viii. A imagem de f . a. f (x) = x2 lnx b. f (x) = e−x− e−2x Soluc¸a˜o: a. f (x) = x2 lnx i. O domı´nio e a derivabilidade de f . Observe que o domı´nio de h(x) = x2 e´ R, o domı´nio de g(x) = lnx e´ (0,+∞) e f e´ o produto das func¸o˜es deriva´veis h e g. Logo, o domı´nio de f e´ a intersec¸a˜o dos domı´nios das func¸o˜es h e g, isto e´, (0,+∞). Por outro lado, como h(x) = x2 e g(x)= ln x sa˜o func¸o˜es deriva´veis nos seus respectivos domı´nios, segue que f = g ·h e´ deriva´vel em (0,+∞). ii. As assı´ntotas horizontais e verticais (se existirem ) para o gra´fico de f . Vejamos as assı´ntotas horizontais. Observe que lim x→+∞ x 2 lnx = +∞, pois lim x→+∞ x 2 = +∞, e lim x→+∞ lnx =+∞ (Proposic¸a˜o 8.5 (c) aula 8). Logo, na˜o existem assı´ntotas horizontais ao gra´fico de f . 174 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 Vejamos as assı´ntotas verticais. Como f e´ deriva´vel em (0,+∞), enta˜o f e´ contı´nua nesse inter- valo, assim, para a > 0, na˜o existe assı´ntota vertical ao gra´fico de f , visto que, para todo a > 0, lim x→a f (x) = f (a). Por ou- tro lado, como lim x→0+ lnx = −∞ (Proposic¸a˜o 8.5 (c), Aula 8) e´ preciso verificar se x = 0 e´, ou na˜o e´, assı´ntota vertical ao gra´fico de f . Note-se que f tem a forma indeterminada 0 · ∞, pois lim x→0+ x2 = 0 e lim x→0+ lnx = −∞. Escrevendo f (x) = lim x→0+ x2 lnx = lnx( 1 x2 ) e aplicando a regra de L’Hoˆpital ob- temos lim x→0+ x2 lnx = lim x→0+ lnx( 1 x2 ) L′H= lim x→0+ ( 1 x )(−2 x3 ) = lim x→0+ −x2 2 = 0. Como o limite e´ finito resulta que x = 0 na˜o e´ assı´ntota verti- cal. Concluı´mos, enta˜o, que na˜o existem assı´ntotas verticais ao gra´fico de f . iii. Os intervalos em que f e´ crescente e os intervalos em que f e´ decrescente. Derivando f , obtemos para todo x > 0 que f ′(x) = x2 ( 1 x ) +2x lnx = x+2x lnx = x(1+2lnx). O u´nico ponto crı´tico de f e´ obtido resolvendo a equac¸a˜o: 1+ 2ln x = 0 ⇔ 2lnx = −1 ⇔ lnx = −1 2 . Como x > 0, enta˜o x = elnx = e−( 1 2) . Observe que tambe´m podemos escrever x = 1 e 1 2 = 1√ e . Estudando o sinal de f ′(x), temos que como x e´ sempre positivo, enta˜o o sinal da derivada depende somente do sinal de 1+2lnx. Observe que para 0 < x < e− 12 , como ln e´ uma func¸a˜o crescente temos que lnx < lne−( 1 2) = −1 2 , isto e´, 1+ 2ln x < 0, analo- gamente pode-se provar que se x > e−( 1 2) enta˜o 1+ 2ln x > 0. Temos, enta˜o: Intervalos: 0 < x < e− 12 e− 12 < x <+∞ x + + 1+2lnx − + f ′(x) − + f ց ր C E D E R J 175 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais Ou seja, se 0 < x < e−( 12), enta˜o f ′(x)< 0 e se x > e−( 12) enta˜o f ′(x) > 0. Logo, f e´ decrescente no intervalo ( 0,e−( 1 2) ) e f e´ crescente no intervalo ( e−( 1 2),+∞ ) . iv. Os pontos de ma´ximos e/ou mı´nimos relativos e absolutos de f (se existirem). Observando (iii) e usando o teste da derivada primeira, podemos afirmar que x = e− 12 e´ ponto de mı´nimo relativo e f ( e−( 1 2) ) = 1 e lne−( 1 2) =− 1 2e e´ o valor mı´nimo relativo. Desde que x = e−( 1 2) e´ o u´nico ponto crı´tico de f , e como dita func¸a˜o e´ decrescente no intervalo ( 0,e−( 1 2) ) e f e´ crescente no intervalo ( e−( 1 2),+∞ ) , concluı´mos que, na verdade, f pos- sui um mı´nimo absoluto em x = e−( 1 2) e f ( e−( 1 2) ) =− 1 2e e´ o valor mı´nimo absoluto. Como foi visto em (ii) que lim x→+∞ x 2 lnx = +∞, concluı´mos que f na˜o possui ma´ximo absoluto. v. Os intervalos em que o gra´fico de f e´ coˆncavo para baixo e os intervalos em que o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima. Claramente f ′ e´ deriva´vel para x> 0 e f ′′(x) = ddx (x+2x ln x) = 1+2x ( 1 x ) +2lnx = 3+2lnx⇒ f ′′(x) = 3+2lnx. Note-se que f ′′(x) = 0⇔ 3+2lnx = 0, assim, 2lnx =−3⇔ lnx =−3 2 ⇔ x = elnx = e− 32 . Observe que tambe´m podemos escrever x = 1 e 3 2 = 1 e √ e . Estudando o sinal de f ′′ em forma ana´loga a` ana´lise feita para f ′, obtemos: Intervalos: 0 < x < e− 32 e− 32 < x <+∞ 3+2lnx − + f ′′(x) − + Gra´fico de f ∩ ∪ Em sı´ntese, temos que o gra´fico de f e´ coˆncavo para baixo no intervalo ( 0,e−( 3 2) ) e o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima no intervalo ( e−( 3 2),+∞ ) . 176 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 vi. Os pontos de inflexa˜o (se existirem). De (v) temos que P = ( e− 3 2 , f ( e− 3 2 )) e´ o u´nico ponto de in- flexa˜o do gra´fico de f , pois o gra´fico possui reta tangente no ponto P ( com efeito, note-se que existe f ′(e− 32 )) e f ′′ muda de sinal somente em x = e−( 3 2) . Note-se que f ( e− 3 2 ) = ( e− 3 2 )2 lne− 32 = −3 2 e−3, assim P = ( e− 3 2 ,− 3 2e3 ) e´ o u´nico ponto de inflexa˜o do gra´fico de f . vii. Um esboc¸o do gra´fico de f . f(x) xlnx= 2 Figura 5.1 viii. A imagem de f . Do gra´fico de f , podemos concluir que a imagem de f e´ o intervalo [ − 1 2e ,+∞ ) . b. f (x) = e−x− e−2x i. O domı´nio e a derivabilidade de f . Como o domı´nio da func¸a˜o ex e´ R e ex > 0 para todo x ∈ R, temos que g(x) = 1 ex e h(x) = 1 e2x sa˜o func¸o˜es definidas em R, e como f = g− h, podemos enta˜o afirmar que o domı´nio de f e´ R. Por outro lado, e´ claro que as func¸o˜es g e h sa˜o deriva´veis em R. Assim, a func¸a˜o f e´ deriva´vel em R, pois e´ a diferenc¸a de func¸o˜es deriva´veis em R. ii. As assı´ntotas horizontais e verticais (se existirem ) para o gra´fico de f . Vejamos primeiro as assı´ntotas verticais. C E D E R J 177 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais Lembre-se de que f e´ deriva´vel em R, enta˜o f e´ contı´nua em R, assim na˜o existe assı´ntota vertical ao gra´fico de f , visto que, para todo a ∈ R, lim x→a f (x) = f (a). Vejamos agora as assı´ntotas horizontais. Sabemos pela Proposic¸a˜o 9.4 da Aula 9 que lim x→+∞ e x =+∞, daı´ segue que lim x→+∞ 1 ex = 0, e analogamente, lim x→+∞ 1 e2x = 0, enta˜o lim x→+∞ f (x)= limx→+∞(e −x−e−2x)= 0. Assim y= 0 e´ uma assı´ntota horizontal ao gra´fico de f . Por outro lado, da mesma Proposic¸a˜o 9.4, temos que lim x→−∞ e x = 0, e como f (x) = e−x − e−2x = 1 ex ( 1− 1 ex ) resulta que lim x→−∞ f (x)= limx→−∞ 1 ex ( 1− 1 ex ) =−∞, pois lim x→−∞ 1 ex =+∞ e lim x→−∞ ( 1− 1 e2x ) =−∞. Concluı´mos, enta˜o, que y = 0 e´ a u´nica assı´ntota horizontal ao gra´fico de f . iii. Os intervalos em que f e´ crescente e os intervalos em que f e´ decrescente. Derivando f temos f ′(x)=−e−x+2e−2x = −1 ex +2 1 e2x = −ex +2 22x para todo x ∈ R; observeque e2x > 0 para todo x ∈ R, logo o u´nico ponto crı´tico e´ obtido resolvendo 2− ex = 0⇔ ex = 2⇔ x = ln2. Note que se x < ln2, como a func¸a˜o exponencial e´ crescente, temos que ex < eln2, isto e´, ex < 2, assim 2− ex > 0. Analogamente, se ln2 < x temos que 2− ex < 0. Intervalos: −∞ < x < ln2 ln2 < x <+∞ e2x + + 2− ex + − f ′(x) + − f ր ց Logo f e´ crescente no intervalo (−∞, ln2) e f e´ decrescente no intervalo (ln 2,+∞). iv. Os pontos de ma´ximos e/ou mı´nimos relativos e absolutos de f (se existirem). Observando a tabela, podemos notar que x = ln2 e´ ponto de ma´ximo relativo, e f (ln2) = e− ln2− e−2ln2 = eln2−1 − eln2−2 = 1 2 − 1 4 = 1 4 e´ o valor ma´ximo relativo. Como x = ln2 e´ o u´nico ponto crı´tico e f e´ crescente em (−∞, ln2) e decrescente em (ln2,+∞), concluı´mos na verdade que f possui um ma´ximo absoluto em x = ln2. Por outro lado, no item (ii) observamos 178 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 que lim x→−∞ f (x) = −∞, assim podemos afirmar que na˜o existe mı´nimo absoluto. v. Os intervalos em que o gra´fico de f e´ coˆncavo para baixo e os intervalos em que o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima. Claramente, f ′ e´ deriva´vel para x ∈ R e f ′′(x) = ddx (−e−x +2e−2x)= e−x−4e−2x = 1 ex − 4 e2x = ex−4 e2x f ′′(x) = e x−4 e2x . Note-se que f ′′(x) = 0⇔ ex−4 = 0, assim, ex = 4⇔ x = ln4. Estudando o sinal de f ′′ em forma ana´loga a` analise feita para f ′, obtemos: Intervalos: −∞ < x < ln4 ln4 < x <+∞ e2x + + ex−4 − + f ′′(x) − + Gra´fico de f ∩ ∪ Em sı´ntese, temos que o gra´fico de f e´ coˆncavo para baixo no intervalo (−∞, ln4) e o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima no intervalo (ln4,+∞). vi. Os pontos de inflexa˜o (se existirem). De (v) temos que P = (ln4, f (ln 4)) e´ o u´nico ponto de inflexa˜o do gra´fico de f , pois o gra´fico possui reta tangente no ponto P (ja´ que existe f ′(ln 4)) e f ′′ muda de sinal somente em x = ln4. Note-se que f (ln4) = e− ln 4 − e−2ln 4 = 4−1 − 4−2 = 1 4 − 1 16 = 3 16 , enta˜o P = ( ln4, 3 16 ) e´ o u´nico ponto de inflexa˜o do gra´fico de f . vii. Um esboc¸o do gra´fico de f . f(x) e e= --x -2x () () Figura 5.2 C E D E R J 179 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais vii. A imagem de f . Do gra´fico de f , podemos concluir que a imagem de f e´ o intervalo ( −∞, 1 4 ] . EXERCI´CIOS DE REVISA˜O Exercı´cio 5.6 Calcule a derivada da seguinte func¸a˜o: f (x) = ln ( (x−1)9 3 √ (x+2)2 √ (x+3)3 ) Soluc¸a˜o: Observe que da forma como esta´ definida a func¸a˜o, sa- bemos que ela faz sentido somente para os nu´meros reais, tais que (x−1)9 3 √ (x+1)2 √ (x+3)3 > 0. Enta˜o, podemos considerar, f (x) = ln ∣∣∣∣∣ (x−1) 9 3 √ (x+1)2 √ (x+3)3 ∣∣∣∣∣= ln |x−1|9∣∣∣ 3√(x+1)2∣∣∣ ∣∣∣√(x+3)3∣∣∣ . Aplicando as propriedades da func¸a˜o logarı´tmica, temos f (x) = 9ln |x−1|− 23 ln |x+2|− 3 2 ln |x+3|. Usando a fo´rmula ln′ (|g(x)|) = g ′(x) g(x) , para g deriva´vel e g 6= 0 obtemos, f ′(x) = 9 ( 1 x−1 ) − 2 3 ( 1 x+2 ) − 3 2 ( 1 x+3 ) . Isto e´, f ′(x) = 9 x−1 − 2 3(x+2) − 3 2(x+3) . Exercı´cio 5.7 Esboce a regia˜o e ache a a´rea da regia˜o limitada pelos gra´ficos das func¸o˜es y = ex, y = ( 1 2 )x , y = −ex−1, y = −1 x com x > 0 e as retas x =−1 e x = 2. 180 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 Soluc¸a˜o: Lembre-se de que o gra´fico da equac¸a˜o y = ex−1 pode ser obtido por uma translac¸a˜o horizontal de 1 unidade para a direita do gra´fico y = ex, e o gra´fico da equac¸a˜o y = −ex−1 pode ser obtido por uma reflexa˜o do gra´fico de y = ex−1 em torno do eixo x. (Veja o Apeˆndice 1 sobre transformac¸o˜es de func¸o˜es para lembrar detalhes). xy=e Figura 5.3 ( -1)x y=e Figura 5.4 ( -1)x y= -e Figura 5.5 Note-se que as outras func¸o˜es dadas ja´ sa˜o conhecidas: ver Aulas 5, 9 e 10 de Ca´lculo I. Observe tambe´m que para x = 0 as func¸o˜es y = ex e y = ( 1 2 )x tem o mesmo valor y = 1, logo o ponto (0,1) e´ o ponto de intersec¸a˜o dessas func¸o˜es. Analogamente, observamos que para x= 1, as func¸o˜es y = −ex−1 e y = −1 x , x > 0 tem o mesmo valor y = −1, logo o ponto (1,−1) e´ o ponto de intersec¸a˜o destas func¸o˜es. C E D E R J 181 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais A regia˜o em questa˜o e´ mostrada na figura seguinte: y= 1 2( (x y= -1x y e=- xy=e x-1 x= -1 x= 2 Figura 5.6 Do gra´fico, observamos que: R = R1∪R2∪R3. Assim, A(R) = A(R1)+A(R2)+A(R3), onde A(R) representa a a´rea da regia˜o R e A(Ri) representa a a´rea da regia˜o Ri, i = 1,2,3. Portanto: A(R)= ∫ 0 −1 [ ex + ex−1 ] dx+ ∫ 1 0 [( 1 2 )x + ex−1 ] dx+ ∫ 2 1 [( 1 2 )x + 1 x ] dx. Usando o Teorema Fundamental do Ca´lculo, resulta que A(R) = ex + ex−1 ]0 −1 + 1 ln 12 ( 1 2 )x + ex−1 ]1 0 + 1 ln 12 ( 1 2 )x + lnx ]2 1 A(R)= e0+e−1−e−1−e−2− 1ln2 ( 1 2 ) +e−1+ 1 ln2−e −1− 1ln2 ( 1 2 )2 + ln2+ 1ln2 ( 1 2 )1 − ln1 Assim, A(R) = 1− e−2+ 1 ln2 ( 1− 1 4 ) + ln2 = 1+ ln2+ 3 4ln 2 − e−2 unidades de a´rea. 182 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 PASSO A PASSO DA MAIORIA DOS EXERCI´CIOS PROPOSTOS NO CADERNO DIDA´TICO Exercı´cio 5.8 Determine os limites abaixo: a. lim x→0 ex−1− x− x22 x3 b. lim x→+∞ ex +1 x4 + x3 c. lim x→+∞ xe −x (Aula 9 do caderno dida´tico, exercı´cio proposto no 6 c e Aula 12 do caderno dida´tico, exercı´cio proposto no 1, itens: q e e) Soluc¸a˜o: a. lim x→0 ex−1− x− x22 x3 Observemos que ex−1− x− x22 x3 e´ uma forma indeterminada do tipo 00 quando x→ 0. Podemos, enta˜o, aplicar a regra de L’Hoˆpital; note-se que, neste caso, precisaremos aplicar a regra mais de uma vez. lim x→0 ex− 1− x− x22 x3 L′H = lim x→0 ex− 1− x 3x2 L′H = lim x→0 ex− 1 6x L′H = lim x→0 ex 6 = 1 6 . b. lim x→+∞ ex +1 x4 + x3 Observe-se que e x +1 x4 + x3 e´ uma forma indeterminada do tipo ∞ ∞ quando x→+∞. Podemos, enta˜o, aplicar a regra de L’Hoˆpital; note-se que, neste caso, precisaremos aplicar a regra mais de uma vez. lim x→+∞ ex +1 x4 + x3 L′H = lim x→+∞ ex 4x3 +3x2 L′H = lim x→+∞ ex 12x2 +6x L′H = lim x→+∞ ex 24x+6 L′H = lim x→+∞ ex 24 =+∞. C E D E R J 183 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais c. lim x→+∞ xe −x Notemos xe−x que e´ uma forma indeterminada do tipo ∞ · 0 quando x → +∞. Para conseguir aplicar a regra de L’Hoˆpital, precisamos transformar a u´ltima expressa˜o numa forma indeter- minada do tipo 0 0 ou ∞ ∞ . lim x→+∞ xe −x = lim x→+∞ x ex Note-se que x ex e´ uma forma indeterminada do tipo ∞ ∞ quando x → +∞. Podemos aplicar agora a regra de L’Hoˆpital nessa expressa˜o: lim x→+∞ x ex L′H = lim x→+∞ 1 ex = 0 , portanto lim x→+∞ xe −x = 0. Exercı´cio 5.9 Determine os limites abaixo: a. lim x→( pi4 ) + ( x− pi 4 )cos2x d. lim x→( pi2 ) − (cosx)x− pi 2 b. lim x→0 ( e x2 2 cosx ) 4 x4 e. lim x→0+ (2x+ ex) 1 x c. lim x→2+ ( 1 2ex−2−2 )x−2 f. lim x→+∞(e x + x) 1 x(Aula 12 do caderno dida´tico, exercı´cio proposto no1 c, j, t, b, g e k) Soluc¸a˜o: a. Para calcular lim x→( pi4 ) + ( x− pi 4 )cos2x , notemos que lim x→( pi4 ) + ( x− pi 4 ) = 0 e lim x→( pi4 ) + (cos2x) = 0. Enta˜o ( x− pi 4 )cos2x tem a forma indeterminada 00 quando x→ (pi 4 )+ ( lembre-se de que x→ (pi 4 )+ implica que x> pi 4 ⇒ 184 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 x− pi 4 > 0. Faz sentido enta˜o definir ( x− pi 4 )cos2x ) . Por outro lado, sabemos que ( x− pi 4 )cos2x = eln(x− pi 4 ) cos2x = e(cos2x) ln(x− pi 4 ) e como a func¸a˜o exponencial e´ contı´nua, resulta lim x→( pi4 ) + ( x− pi 4 )cos2x = e lim x→( pi4 ) + (cos2x) ln(x− pi4 ) (5.1) Estudemos o limite lim x→( pi4 ) + (cos2x) ln ( x− pi 4 ) lim x→( pi4 ) + (cos2x) = 0 e lim x→( pi4 ) + ln ( x− pi 4 ) =−∞, logo, (cos2x) ln ( x− pi 4 ) tem a forma indeterminada 0·∞ quando x → (pi 4 )+ . Para conseguir aplicar a regra de L’Hoˆpital, preci- samos transformar a u´ltima expressa˜o numa forma indetermi- nada do tipo 00 ou ∞ ∞ . Escrevendo lim x→( pi4 ) + (cos2x) ln ( x− pi 4 ) = lim x→( pi4 ) + ( ln ( x− pi4 ) sec2x ) temos que ln ( x− pi4 ) sec2x e´ uma forma indeterminada do tipo ∞ ∞ quando x → (pi 4 )+ . Estamos enta˜o em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital. Assim, lim x→( pi4 ) + (cos2x) ln ( x− pi 4 ) = lim x→( pi4 ) + ( ln ( x− pi4 ) sec2x ) L′H = lim x→( pi4 ) + { 1 x− pi4 2sec 2x tg 2x } = lim x→( pi4 ) + { 1 x− pi4 2 sen2x cos22x } = lim x→( pi4 ) + { cos22x 2 ( x− pi4 ) sen2x } L′H = lim x→( pi4 ) + { 2cos 2x(−2sen 2x) 4 ( x− pi4 ) cos2x+2sen 2x } = 0 2 = 0 (5.2) Substituindo 5.2 em 5.1, temos lim x→( pi4 ) + ( x− pi 4 )cos2x = e0 = 1. C E D E R J 185 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais b. Para calcular lim x→0 ( e x2 2 cos x ) 4 x4 , notemos que lim x→0 ( e x2 2 cosx ) = 1 e lim x→0 ( 4 x4 ) =+∞. Enta˜o ( e x2 2 cosx ) 4 x4 tem a forma indeterminada 1∞ quando x → 0 ( lembre-se de que como x → 0 podemos considerar x∈ ( −pi 2 , pi 2 ) . Isto implica que cosx > 0 e como e x 2 2 > 0, segue que ( e x2 2 cosx ) > 0 em ( −pi 2 , pi 2 ) . Assim faz sentido definir( e x2 2 cosx ) 4 x4 ) . Por outro lado, sabemos que ( e x2 2 cosx ) 4 x4 = e ln ( e x2 2 cosx ) 4 x4 = e 4 x4 ln ( e x2 2 cosx ) e como a func¸a˜o exponencial e´ contı´nua, resulta lim x→0 ( e x2 2 cos x ) 4 x4 = lim x→0 e ln ( e x2 2 cosx ) 4 x4 = e lim x→0 [ 4 x4 ln ( e x2 2 cosx )] (5.3) Escrevendo lim x→0 [ 4 x4 ln ( e x2 2 cos x )] = lim x→0 4ln ( e x2 2 cos x ) x4 temos a forma indeterminada do tipo 00. Assim, aplicando a regra de L’Hoˆpital, temos que lim x→0 [ 4 x4 ln ( e x2 2 cosx )] = lim x→0 4ln ( e x2 2 cosx ) x4 = lim x→0 4ln ( e x2 2 ) +4ln(cosx) x4 L ′H = lim x→0 4 xe x2 2 e x2 2 +4−senxcosx 4x3 = lim x→0 xcosx−senx cosx x3 = lim x→0 ( xcos x− senx x3 cos x ) L′H = lim x→0 { x(−sen x)+ cosx− cosx 3x2 cosx− x3 senx } = lim x→0 { −xsenx x2(3cos x− xsen x) } = lim x→0 { −senx x(3cos x− xsenx) } L′H = lim x→0 { −cosx x(−3sen x− xcos x− senx)+ (3cos x− xsenx) } =−13 (5.4) 186 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 Substituindo 5.4 em 5.3, obtemos lim x→0 ( e x2 2 cos x ) 4 x4 = e− 1 3 . c. Para calcular lim x→2+ ( 1 2ex−2−2 )x−2 , notemos que lim x→2+ ( 1 2ex−2−2 ) =+∞ e lim x→2+ (x−2) = 0. Enta˜o ( 1 2ex−2−2 )x−2 tem a forma indeterminada ∞0 quando x→ 2+. Tambe´m e´ claro que x→ 2+ implica que ( 1 2ex−2−2 ) > 0, faz sentido enta˜o ( 1 2ex−2−2 )x−2 . Por outro lado, sabe- mos que ( 1 2ex−2−2 )x−2 = e ln ( 1 2ex−2−2 )x−2 = e (x−2) ln ( 1 2ex−2−2 ) e como a func¸a˜o exponencial e´ contı´nua, temos lim x→2+ ( 1 2ex−2−2 )x−2 = e lim x→2+ (x−2) ln ( 1 2ex−2−2 ) (5.5) Estudando lim x→2+ { (x−2) ln ( 1 2ex−2−2 )} lim x→2+ (x−2) = 0 e lim x→2+ ln ( 1 2ex−2−2 ) = ∞, logo, (x− 2) ln ( 1 2ex−2−2 ) tem a forma indeterminada 0 ·∞ quando x → 2+. Para conseguir aplicar a regra de L’Hoˆpital, precisamos transformar a u´ltima expressa˜o numa forma inde- terminada do tipo 00 . Escrevendo lim x→2+ { (x−2) ln ( 1 2ex−2−2 )} = lim x→2+ ln ( 1 2ex−2−2 ) 1 x−2 = lim x→2+ { − ln ( 2ex−2−2) 1 x−2 } . Obtemos que { − ln ( 2ex−2−2) 1 x−2 } e´ uma forma indeterminada do tipo ∞ ∞ quando x→ 2+. C E D E R J 187 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais Estamos em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital: lim x→2+ { − ln ( 2ex−2−2) 1 x−2 } L′H = lim x→2+ − 2ex−2 (2ex−2−2) − 1 (x−2)2 = lim x→2+ { 2ex−2(x−2)2 2ex−2−2 } = lim x→2+ { ex−2(x−2)2 ex−2−1 } ( note-se que e x−2(x−2)2 ex−2−1 e´ uma forma indeterminada do tipo 0 0 quando x→ 2 + ) . Aplicando novamente a regra de L’Hoˆpital, temos lim x→2+ { ex−2(x−2)2 ex−2−1 } L′H = lim x→2+ { ex−22(x−2)+ (x−2)2ex−2 ex−2 } = 0 1 = 0 (5.6) Substituindo 5.6 em 5.5, obtemos lim x→2+ ( 1 2ex−2−2 )x−2 = e0 = 1. d. lim x→( pi2 ) − (cosx)x− pi 2 Observe que (cosx)x− pi2 e´ uma forma indeterminada do tipo 00 quando x→ (pi 2 )− , ja´ que lim x→( pi2 ) − (cos x) = 0 e lim x→( pi2 ) − ( x− pi 2 ) = 0. Lembre-se de que x → (pi 2 )− implica que x < pi 2 ⇒ cosx > 0. Faz sentido enta˜o definir (cos x)x− pi2 . Por outro lado, sabemos que (cos x)x− pi2 = eln(cosx) x− pi2 = e(x− pi 2 ) ln(cosx) e como a func¸a˜o exponencial e´ contı´nua, resulta lim x→( pi2 ) − (cosx)x− pi 2 = e lim x→( pi2 ) −(x− pi 2 ) ln(cosx) (5.7) Estudemos o limite: lim x→( pi2 ) − ( x− pi 2 ) ln(cos x). Sabemos que lim x→( pi2 ) − ( x− pi2 ) = 0 e lim x→( pi2 ) − ln(cos x)=−∞, logo ( x− pi 2 ) ln(cosx) tem a forma indeterminada 0 ·∞ quando x → (pi 2 )− . Para conseguir aplicar a regra de L’Hoˆpital, pre- 188 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 cisamos transformar a u´ltima expressa˜o numa forma indetermi- nada do tipo 0 0 ou ∞ ∞ . Escrevendo: lim x→( pi2 ) − ( x− pi 2 ) ln(cos x) = lim x→( pi2 ) − ln(cos x) 1 (x− pi2 ) (5.8) Temos que ln(cos x) 1 (x− pi2 ) e´ uma forma indeterminada do tipo ∞ ∞ quando x → (pi2 )−. Estamos enta˜o em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital. Note-se que, neste caso, precisaremos apli- car a regra mais de uma vez: lim x→( pi2 ) − ln(cosx) 1 (x− pi2 ) L′H = lim x→( pi2 ) − −senx cosx −1 (x−pi2 ) 2 = lim x→( pi2 ) − senx ( x− pi2 )2 cosx L′H = lim x→( pi2 ) − (sen x)2 ( x− pi2 ) + ( x− pi2 )2 cosx −senx = 0 −1 = 0 (5.9) Substituindo 5.9 em 5.8 e 5.8 em 5.7, temos lim x→( pi2 ) − (cos x)x− pi 2 = e0 = 1. e. lim x→0+ (2x+ ex) 1 x Notemos que lim x→0+ (2x+ ex) = 1 e lim x→0+ ( 1 x ) = +∞. Enta˜o (2x+ ex) 1 x tem a forma indeterminada 1∞ quando x→ 0+. Como 2x+ex > 0 para todo x∈ (0,+∞), faz sentido definir (2x+ ex) 1x . Assim, (2x+ ex) 1 x = eln(2x+e x) 1 x = e 1 x ln(2x+ex) e como a func¸a˜o exponencial e´ contı´nua, resulta lim x→0+ (2x+ ex) 1 x = e lim x→0+ 1 x ln(2x+ex) (5.10) Escrevendo lim x→0+ ln(2x+ ex) x temos que ln(2x+ ex) x tem a forma indeterminada do tipo 00 quando x → 0 + . Assim, aplicando a regra de L’Hoˆpital, temos que lim x→0+ ln(2x+ ex) x L′H = lim x→0+ { 2+ex 2x+ex 1 } = lim x→0+ 2+ ex 2x+ ex = 3 1 = 3 (5.11) C E D E R J 189 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais Substituindo 5.11 em 5.10, obtemos lim x→0+ (2x+ ex) 1 x = e3. f. lim x→+∞ (e x + x) 1 x Observe-se que lim x→+∞ (e x + x) = +∞ e lim x→+∞ 1 x = 0. Enta˜o (ex + x) 1 x tem a forma indeterminada ∞0 quando x → +∞. Tambe´m e´ claro que (ex+x)> 0 para todo x∈ (0,+∞), faz sen- tido enta˜o (ex + x) 1x . Por outro lado, sabemos que (ex + x) 1x = eln(e x+x) 1 x = e 1 x ln(ex+x) e como a func¸a˜o exponencial e´ contı´nua, temos, lim x→+∞ (e x + x) 1 x = e lim x→+∞ 1 x ln(ex+x) (5.12) Estudaremos lim x→+∞ { 1 x ln(ex + x) } . Note-se que lim x→+∞ 1 x = 0 e lim x→+∞ ln(e x + x)=∞, logo 1 x ln(ex + x) tem a forma indeterminada 0 ·∞ quando x → +∞. Para con- seguir aplicar a regra de L’Hoˆpital, precisamos transformar a u´ltima expressa˜o numa forma indeterminada do tipo 00 ou ∞ ∞ . Escrevendo lim x→+∞ 1 x ln(ex + x) = lim x→+∞ ln(ex + x) x , obtemos que ln(e x + x) x e´ uma forma indeterminada do tipo ∞ ∞ quando x→+∞. Estamos em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital . Note-se que, neste caso, precisaremos aplicar a regra mais de uma vez: lim x→+∞ ln(ex + x) x L′H = lim x→+∞ ex+1 ex+x 1 = lim x→+∞ ex +1 ex + x L′H = lim x→+∞ ex ex +1 L′H = lim x→+∞ ex ex = 1 (5.13) Substituindo 5.13 em 5.12, obtemos finalmente que lim x→0+ (2x+ ex) 1 x = e1 = e. Exercı´cio 5.10 Encontre o nu´mero real c para o qual lim x→+∞ ( cx+1 cx−1 )x = 9. (Aula 12 do caderno dida´tico, exercı´cio proposto no 2) 190 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 Soluc¸a˜o: Consideremos lim x→+∞ ( cx+1 cx−1 )x = 9 (5.14) Observemos que lim x→+∞ ( cx+1 cx−1 ) = 1 e lim x→+∞ x = +∞. Enta˜o( cx+1 cx−1 ) tem a forma indeterminada 1∞ quando x→+∞. ( cx+1 cx−1 )x = eln( cx+1 cx−1) x = ex ln( cx+1 cx−1) e como a func¸a˜o exponencial e´ contı´nua, temos lim x→+∞ ( cx+1 cx−1 )x = e lim x→+∞x ln( cx+1 cx−1) (5.15) Estudando lim x→+∞ { x ln ( cx+1 cx−1 )} vemos que lim x→+∞ x = +∞ e lim x→+∞ ln ( cx+1 cx−1 ) = 0, logo x ln ( cx+1 cx−1 ) tem a forma indetermi- nada ∞ ·0 quando x→+∞. Para conseguir aplicar a regra de L’Hoˆpital, precisamos transformar a u´ltima expressa˜o numa forma indeterminada do tipo 0 0 ou ∞ ∞ . Realmente, escrevendo lim x→+∞ { x ln ( cx+1 cx−1 )} = lim x→+∞ { ln ( cx+1 cx−1 ) 1 x } temos que { ln ( cx+1 cx−1 ) 1 x } e´ uma forma indeterminada do tipo 00 quando x →+∞. Estamos em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital. As- sim, lim x→+∞ { ln(cx+1)− ln(cx−1) 1 x } L′H = lim x→+∞ {( c cx+1 )− ( c cx−1 ) − 1 x2 } = lim x→+∞ { −2c (c2x2−1) − 1 x2 } = lim x→+∞ { 2cx2 (c2x2−1) } = lim x→+∞ { 2c( c2− 1 x2 ) } = { 2c c2 } = 2 c (5.16) Substituindo 5.16 em 5.15, temos lim x→+∞ ( cx+1 cx−1 )x = e 2 c e, usando 5.14, temos que e 2 c = 9⇔ lne 2c = ln9⇔ 2 c = ln9⇔ c = 2ln32 = 2 2ln3 = 1 ln3 . C E D E R J 191 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais Exercı´cio 5.11 Encontre o nu´mero real c para o qual lim x→+∞ ( x+ c x− c )x = 4. (Aula 12 do caderno dida´tico, exercı´cio proposto no 3) Soluc¸a˜o: Consideremos lim x→+∞ ( x+ c x− c )x = 4 (5.17) Observe-se que lim x→+∞ ( x+ c x− c ) = 1 e lim x→+∞ x =+∞. Enta˜o ( x+ c x− c )x tem a forma indeterminada 1∞ quando x→+∞. Lembremos que ( x+ c x− c )x = eln( x+c x−c) x = ex ln( x+c x−c) e como a func¸a˜o exponencial e´ contı´nua, temos lim x→+∞ ( x+ c x− c )x = e lim x→+∞{x ln( x+c x−c)} (5.18) Estudando lim x→+∞ { x ln ( x+ c x− c )} temos que lim x→+∞ x = +∞ e lim x→+∞ ln ( x+ c x− c ) = 0, logo x ln ( x+ c x− c ) tem a forma indeterminada ∞ ·0 quando x→+∞. Para conseguir aplicar a regra de L’Hoˆpital, pre- cisamos transformar a u´ltima expressa˜o numa forma indeterminada do tipo 0 0 ou ∞ ∞ . Notemos que lim x→+∞ { x ln ( x+ c x− c )} = lim x→+∞ { ln ( x+c x−c ) 1 x } (5.19) Logo, temos que { ln ( x+c x−c ) 1 x } e´ uma forma indeterminada do tipo 00 quando x→+∞. Estamos em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital. Assim, lim x→+∞ { ln ( x+c x−c ) 1 x } L′H = lim x→+∞ ( (x−c)−(x+c) (x−c)2 x+c x−c ) − 1 x2 = lim x→+∞ ( −2c (x−c) x+c 1 ) − 1 x2 192 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1= lim x→+∞ 2cx2 (x− c)(x+ c) = limx→+∞ 2cx2 x2− c2 = 2c (5.20) Substituindo 5.20 em 5.19 e 5.19 em 5.18, temos lim x→+∞ ( x+ c x− c )x = e2c e, usando 5.17, resulta que: e2c = 4⇔ lne2c = ln4⇔ 2c = ln4 = 2ln2⇔ c = ln2. Exercı´cio 5.12 Para cada uma das func¸o˜es abaixo, estude: i. O domı´nio e a derivabilidade de f . ii. As assı´ntotas verticais e horizontais ao gra´fico de f , caso existam. iii. O crescimento e o decrescimento do gra´fico de f . iv. Os pontos de ma´ximos e/ou mı´nimos relativos (se existi- rem). v. As regio˜es de concavidade do gra´fico de f , assim como seus pontos de inflexa˜o, caso existam. vi. Os pontos de ma´ximo e de mı´nimo absoluto de f , caso existam. vii. Esboce o gra´fico de f . viii. A imagem de f . a. f (x) = x2e 1x b. f (x) = 2x lnx c. f (x) = x2ex d. f (x) = 1 2 ( x2− ln(x2)) (Aula 13 do caderno dida´tico, exercı´cios propostos a, b, c e d) C E D E R J 193 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais Soluc¸a˜o: a. f (x) = x2e 1x i. Dom( f ) =R−{0}. Por outro lado, como h(x) = x2 e g(x) = e 1x sa˜o func¸o˜es deriva´veis em R−{0} segue que f e´ deriva´vel em R−{0}, pois e´ um produto de func¸o˜es deriva´veis em R−{0}. ii. Assı´ntotas verticais Candidato: x = 0 Queremos calcular: lim x→0+ f (x) = lim x→0+ x2e 1 x (5.21) Por outro lado, lim x→0+ x2 = 0 e lim x→0+ e 1 x = +∞, assim x2e 1x e´ uma forma indeterminada da forma 0·∞ quando x→ 0+. Escrevendo lim x→0+ x2e 1 x = lim x→0+ e 1 x 1x2 (5.22) temos que e 1 x 1 x2 e´ uma forma indeterminada da forma ∞ ∞ . Estamos enta˜o em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital, portanto lim x→0+ e 1 x 1 x2 L′H = lim x→0+ e 1 x (− 1 x2 ) − 2x x4 = lim x→0+ e 1 x (− 1 x2 ) − 2 x3 = lim x→0+ e 1 x 2 x L′H = lim x→0+ e 1 x (− 1 x2 ) − 2 x2 = lim x→0+ e 1 x 2 =+∞ (5.23) Portanto, substituindo 5.23 em 5.22 e 5.22 em 5.21, resulta que x = 0 e´ assı´ntota vertical ao gra´fico de f . Por outro lado, note- mos tambe´m que lim x→0− f (x)= lim x→0− x2e 1 x = lim x→0− x2 1 e− 1 x = lim x→0− x2 lim x→0− 1 e− 1 x = 0·0= 0 (5.24) Este dado sera´ u´til na hora de fazer o esboc¸o do gra´fico. Assı´ntotas horizontais lim x→+∞ f (x) = limx→+∞ x 2e 1 x =+∞ e lim x→−∞ f (x) = limx→−∞ x 2e 1 x =+∞ (5.25) Portanto, na˜o existem assı´ntotas horizontais. 194 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 iii. f ′(x) = 2xe 1x + x2e 1x ( − 1 x2 ) = e 1 x (2x−1) Enta˜o, f ′(x) = 0 ⇔ e 1x (2x− 1) = 0 ⇔ 2x− 1 = 0 ou x = 1 2 . (Lembre-se de que e 1x > 0 para todo x 6= 0). Assim, x = 1 2 e´ o u´nico nu´mero crı´tico. Intervalos: −∞ < x < 0 0 < x < 1 2 1 2 < x <+∞ 2x−1 − − + ex + + + f ′ − − + f ց ց ր Portanto, f e´ crescente em ( 1 2 ,+∞ ) e e´ decrescente em (−∞,0)∪ (0, 12). iv. De (iii) e do teste da derivada primeira resulta que existe um mı´nimo relativo em ( 1 2 , f ( 1 2 )) = ( 1 2 , ( 1 4 ) e 1 2 ) . v. f ′′(x) = 2e 1x + (2x − 1)e 1x ( − 1 x2 ) = e 1 x ( 2− (2x−1) x2 ) = e 1 x ( 2x2−2x+1 x2 ) . Como e 1x > 0, enta˜o f ′′(x) = 0 ⇔ 2x2 − 2x + 1 = 0, pore´m ∆ = b2 − 4ac = (−2)2 − 4(2)(1) < 0, logo na˜o existem raı´zes reais na equac¸a˜o de segundo grau dada e, por outro lado, 2 ( x2− x+ 1 4 ) + 1− 1 2 = 2 ( x− 1 2 )2 + 1 2 > 0. Assim, po- demos concluir que f ′′(x) > 0 para todo x 6= 0 e, portanto, o gra´fico de f e´ sempre coˆncavo para cima. Na˜o existe ponto de inflexa˜o dado que na˜o ha´ mudanc¸a de concavidade. vi. Os pontos de ma´ximo e de mı´nimo absoluto de f , caso existam. Observe que esse ponto na˜o e´ um mı´nimo absoluto ja´ que exis- tem valores de f menores que ( 1 4 ) e 1 2 , pois como vimos em 5.24 lim x→0− f (x) = 0. Por outro lado, a func¸a˜o na˜o tem ma´ximo absoluto pois, como vimos em 5.25 lim x→+∞ f (x) = +∞. C E D E R J 195 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais Esboc¸o do gra´fico 2y x e= Figura 5.7 vii. Im( f ) = (0,+∞). b. f (x) = 2x ln x i. Dom( f ) = (0,+∞). Por outro lado, como h(x) = 2x e g(x) = lnx sa˜o func¸o˜es deriva´veis em (0,+∞) segue que f e´ deriva´vel em (0,+∞), pois e´ um produto de func¸o˜es deriva´veis em (0,+∞). ii. Assı´ntotas verticais Ja´ que x = 0 e´ assı´ntota vertical de ln, podemos estudar se x = 0 e´ assı´ntota vertical de f (x): lim x→0+ f (x) = lim x→0+ 2x ln x. Observe que lim x→0+ 2x = 0 e lim x→0+ lnx =−∞. Enta˜o 2x ln x tem a forma indeterminada 0 ·∞ quando x→ 0+. Escrevendo lim x→0+ 2x ln x = lim x→0+ { lnx 1 2x } , temos que { lnx 1 2x } e´ uma forma indeterminada do tipo ∞ ∞ quando x → 0+. Estamos enta˜o em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital, lim x→0+ { lnx 1 2x } = lim x→0+ { 1 x − 12x2 } = lim x→0+ {−2x}= 0. Portanto, x = 0 na˜o e´ assı´ntota vertical de f (x). 196 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 Assı´ntotas horizontais lim x→+∞ f (x) = limx→+∞ 2x ln x =+∞. Observe que na˜o faz sentido estudar lim x→−∞ f (x), ja´ que Dom( f ) = (0,+∞). Concluı´mos, enta˜o, que na˜o existem assı´n- totas horizontais de f (x). iii. f ′(x) = 2x ( 1 x ) +2lnx = 2+2lnx = 2(1+ lnx) Enta˜o, f ′(x) = 0⇔ 1+ lnx = 0⇔ lnx =−1⇔ x = e−1 = 1 e . Isto e´, x = 1 e e´ um nu´mero crı´tico. Como ln e´ uma func¸a˜o crescente: 0 < x < 1 e ⇒ lnx < lne−1 ⇒ lnx <−1⇒ 1+ lnx < 0. Analogamente, x > 1 e ⇒ lnx > lne−1 ⇒ lnx >−1⇒ 1+ lnx > 0. Portanto, f e´ decrescente em (0,e−1) e e´ crescente em (e−1,+∞). iv. De (iii) e do teste da derivada primeira resulta que em x = e−1 existe um mı´nimo relativo e f (e−1)= 2e−1 lne−1 = 2e−1(−1) =−2 e . Portanto, ( 1 e ,−2 e ) e´ ponto de mı´nimo relativo. v. f ′′(x) = 2 x . Como x > 0⇒ 2 x > 0 ∴ f ′′(x)> 0 ∀x > 0. O gra´fico de f e´ coˆncavo para cima em (0,+∞). Podemos assim concluir que na˜o existe ponto de inflexa˜o. vi. ( 1 e ,−2 e ) e´ mı´nimo absoluto pois x= 1 e e´ o u´nico ponto crı´tico no intervalo (0,+∞) e ja´ vimos em (iv) que ( 1 e ,−2 e ) e´ ponto de mı´nimo relativo. C E D E R J 197 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais vii. Esboc¸o do gra´fico Figura 5.8 viii. Imagem de ( f ) = [ −2 e ,+∞ ) . c. f (x) = x2ex i. Dom( f ) = R. Por outro lado, como a func¸a˜o quadra´tica f (x) = x2 e g(x) = ex sa˜o func¸o˜es deriva´veis em R segue que f e´ deriva´vel em R, pois e´ um produto de func¸o˜es deriva´veis em R. ii. Assı´ntotas verticais Na˜o existem, pois a func¸a˜o e´ contı´nua em R. Assı´ntotas horizontais lim x→+∞ f (x) = limx→+∞ x 2ex =+∞ Escrevendo lim x→−∞ f (x) = limx→−∞ x 2ex. Observe que lim x→−∞ x 2 = +∞ e lim x→−∞ e x = 0, enta˜o x2ex tem a forma indeterminada 0 ·∞ quando x→−∞. Escrevendo lim x→−∞ f (x) = limx→−∞ x 2ex = lim x→−∞ { x2 e−x } , temos que { x2 e−x } e´ uma forma indeterminada do tipo ∞ ∞ quando x→−∞. Estamos em condic¸o˜es de aplicar a regra de L’Hoˆpital, portanto lim x→−∞ f (x)= limx→−∞ { x2 e−x } L′H = lim x→−∞ { 2x −e−x } L′H = lim x→−∞ { 2 e−x } = 0 Portanto, y = 0 e´ assı´ntota horizontal. 198 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 iii. f ′(x) = 2xex + x2ex = xex(2+ x) Enta˜o, f ′(x) = 0 ⇔ xex(2+ x) = 0 ⇔ x = 0 ou x =−2. Isto e´, x = 0 e x =−2 sa˜o nu´meros crı´ticos. Intervalos: −∞ < x <−2 −2 < x < 0 0 < x <+∞ x − − + 2+ x − + + ex + + + f ′ + − + f ր ց ր Portanto, f e´ crescente em (−∞,−2)∪ (0,+∞) e e´ decrescente em (−2,0). iv. De (iii) e do teste da derivada primeira resulta que existe um ma´ximo relativo em (−2, f (−2)) = (−2,4e−2) e existe um mı´nimo relativo em (0, f (0)) = (0,0). v. f ′′(x) = 2xex + ex2+2xex + x2ex = ex (x2 +4x+2) Como ex > 0, enta˜o x2 +4x+2 = 0⇔ x =−2±√2 Intervalos: −∞ < x <−2−√2 −2−√2 < x <−2+√2 −2+√2 < x <+∞ x+ 2+ √ 2 − + + x+ 2−√2 − − + ex + + + f ′′ + − + f ∪ ∩ ∪ O gra´fico e´ coˆncavo para baixo em ( −2−√2,−2+√2 ) e coˆncavo para cima em ( −∞,−2−√2 ) ∪ ( −2+√2,+∞ ) . Observe que existe mudanc¸a de concavidade em x = −2−√2 e x = −2+√2. Existe reta tangente de f em x = −2−√2 e x = −2 +√2. Portanto, os pontos de inflexa˜o de f sa˜o( −2−√2, f ( −2−√2 )) e ( −2+√2, f ( −2+√2 )) , onde f ( −2− √ 2 ) = ( −2− √ 2 )2 e−2− √ 2 = ( 6+4 √ 2 ) e−(2+ √ 2) e f ( −2+ √ 2 ) = ( −2+ √ 2 )2 e−2+ √ 2 = ( 6−4 √ 2 ) e−(2− √ 2). C E D E R J 199 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais vi.Observe que na˜o existe ma´ximo absoluto, pois lim x→+∞ f (x) =+∞ e f (0) = 0 e´ o valor mı´nimo absoluto, pois os valores da func¸a˜o f sa˜o sempre maiores ou iguais a zero. vii. Esboc¸o do gra´fico 2 -2+ 2-2- 2 Figura 5.9 viii. Im( f ) = [0,+∞). d. f (x) = 1 2 ( x2− ln(x2)). i. Dom( f ) =R−{0} Observemos tambe´m como informac¸a˜o adicional que f (−x) = f (x), assim f e´ uma func¸a˜o par, logo, o gra´fico de f sera´ sime´trico em relac¸a˜o ao eixo y. Por outro lado, temos que g(x) = 1 2 x2 e h(x) = 1 2 ln(x2) sa˜o func¸o˜es definidas em R−{0}, e f = g−h, e´ claro que as func¸o˜es g e h sa˜o deriva´veis em R−{0}, assim a func¸a˜o f e´ deriva´vel em R−{0}, pois e´ diferenc¸a de func¸o˜es deriva´veis em R. ii. Assı´ntotas verticais Ja´ que x = 0 e´ assı´ntota vertical de ln, podemos estudar se x = 0 e´ assı´ntota vertical ao gra´fico de f . Observe-se que lim x→0+ x2 = 0 e lim x→0+ lnx2 =−∞, logo lim x→0+ f (x) = = lim x→0+ 1 2 ( x2− ln(x2))=+∞. Portanto, x = 0 e´ assı´ntota vertical ao gra´fico de f . Assı´ntotas horizontais lim x→+∞ f (x) = limx→+∞ 1 2 ( x2− ln(x2)) Note-se que lim x→+∞ x 2 = +∞ e lim x→+∞ lnx 2 = +∞, assim 1 2 ( x2− ln(x2)) e´ uma forma indeterminada da forma ∞−∞. 200 C E D E R J i i i i i i i i SE M A N A 5 1 M ´ O D U LO 1 lim x→+∞ 1 2 ( x2− ln(x2))= lim x→+∞ 1 2 ( x2− ln(x2) x2 ) x2 = lim x→+∞ 1 2 ( 1− ln(x 2) x2 ) x2 = lim x→+∞ 1 2 ( 1− ln(x 2) x2 ) lim x→+∞ x 2 = 1 2 1− limx→+∞ ln(x2)x2︸ ︷︷ ︸ 0 limx→+∞ x2 = 12(1−0) limx→+∞ x2 = 1 2 · (+∞) = +∞ Observe que, no limite anterior, estamos usando a Proposic¸a˜o 7.5 do caderno dida´tico que diz: lim u→+∞ lnu u = 0. Por outro lado, da paridade da func¸a˜o f , podemos dizer que lim x→−∞ f (x) = +∞. Concluı´mos, enta˜o, que na˜o existem assı´ntotas horizontais ao gra´fico de f . iii. f ′(x) = 1 2 ( 2x− 2x x2 ) = x ( 1− 1 x2 ) = x ( x2−1 x2 ) = x2−1 x = (x−1)(x+1) x Enta˜o, f ′(x) =⇔ (x−1)(x+1) = 0⇔ x =±1. Isto e´, x = 1 e x = −1 sa˜o nu´meros crı´ticos. Observe-se que x = 0 na˜o e´ considerado nu´mero crı´tico, pois 0 /∈Dom( f ). Intervalos: −∞ < x <−1 −1 < x < 0 0 < x < 1 1 < x <+∞ x − − + + x− 1 − − − + x+ 1 − + + + f ′ − + − + f ց ր ց ր Portanto f e´ decrescente em (−∞,−1)∪ (0,1) e e´ crescente em (−1,0)∪ (1,+∞). iv. De (iii) e do teste da derivada primeira resulta que em x =−1 e em x = 1 existem mı´nimos relativos f (−1) = 1 2 (1− ln1) = 1 2 e f (1) = 1 2 (1− ln1) = 1 2 . Portanto, ( −1, 1 2 ) e ( 1, 1 2 ) sa˜o pontos de mı´nimo relativo. C E D E R J 201 i i i i i i i i Caderno de Ca´lculo II | Poteˆncias Indeterminadas e Gra´ficos de Func¸o˜es Logarı´tmicas e Exponenciais v. f ′′(x) = x(2x)− (x 2−1) x2 = 2x2− x2 +1 x2 = x2 +1 x2 > 0⇒ f ′′(x)> 0 ∀x 6= 0. Portanto, o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima em R− {0}. Podemos assim concluir que na˜o existe ponto de inflexa˜o. vi. Observe-se que os pontos ( −1, 1 2 ) e ( 1, 1 2 ) sa˜o tambe´m mı´- nimos absolutos, e como lim x→+∞ f (x) = +∞, podemos concluir que na˜o existe ma´ximo absoluto. vii. Esboc¸o do gra´fico 2 y = [ ( )]x x- ln 2 Figura 5.10 viii. Im( f ) = [ 1 2 ,+∞ ) Veja, no Apeˆndice 4, no final deste caderno, o passo a passo de exercı´cios adicionais correspondentes a esta semana. 202 C E D E R J
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