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ERRO DE TIPO prova

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CONCEITO DE ERRO DE TIPO: Erro de tipo é o que incide sobre algum dos elementos do tipo pena. Pode recair sobre as elementares ou circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificação ou sobre dados secundários da norma penal incriminadora. Ex: caçador que atira em direção ao que supõe ser um animal bravio, matando outro caçador. Não há dolo, porque não sabe que está realizando um tipo penal.
Espécies (2) 
a) erro de tipo essencial, que recai sobre elementares ou circunstâncias do tipo, sem as quais o crime não existiria;
 b) erro de tipo acidental, que recai sobre circunstâncias acessórias, secundárias da figura típica. È aquela que incide sobre elementos acidentais do delito ou sobre a conduta de sua execução. O agente atua com a consciência do fato, errando a respeito de um dado não essencial de delito ou quanto à maneira de execução.
Formas: 2
Erro de tipo essencial Ocorre quando a falsa percepção da realidade faz com que o agente desconheça a natureza criminosa do fato. Ex: o agente mata uma pessoa supondo tratar-se de animal bravio.
O erro de tipo essencial apresenta duas formas:
a) Erro de tipo essencial escusável (ou invencível): quando não pode ser evitado pelo cuidado objetivo do agente, ou seja, qualquer pessoa, na situação em que se encontrava o agente, incidiria em erro. Ex: caçador que, em selva densa, à noite, avista vulto vindo em sua direção e dispara sua arma em direção ao que supunha ser um animal bravio, matando outro caçador que passava pelo local. O erro de tipo essencial escusável exclui o dolo e a culpa do agente.
b) Erro de tipo essencial inescusável (ou vencível): quando pode ser pela observância do cuidado objetivo pelo agente, ocorrendo o resultado por imprudência ou negligência. Ex: caçador que, percebendo movimento atrás de um arbusto, dispara sua arma de fogo sem qualquer cautela, não verificando tratar/se de homem ou de fera, matando outro caçador que lá se encontrava. Nesse caso, tivesse a agente empregada ordinária diligência, teria facilmente constatado que, em vez de animal bravio, havia um homem atrás do arbusto. Este exclui apenas o dolo respondendo por crime culposo, se previsto em Lei.
Descriminantes putativas. CONCEITO; Como excludente de ilicitude erroneamente imaginada pela autor da ação.
O agente incide em erro sobre situação de fato que, se existisse, tornaria legítima a ação (estado de necessidade putativo, legítima defesa putativa, estrito cumprimento de dever legal putativo e exercício regular de direito putativo). Essa hipótese é de erro de tipo, daí por que é denominado erro de tipo permissivo ou descriminante putativa.
Por erro de Tipo: O agente imagina uma situação de fato divrociada da realidade e pensa sob o manto de uma escudente. 
Erro de Tipo acidental; É aquele que incide sobre dados irrelevantes.
a-erro sobre objeto – error in objeto
b-erro sobre a pessoa – error in persona
Especies: c-Erro na execução (aberratio ictus) Ocorre quando o agente pretende atingir uma pessoa, por desvio no golpe, atinge outra não pretendida, ou mesmo ambas.
Ex: Resultado único: O agente dispara conta A e erra o alvo, acertando B que vem a morrer ou sofrer lesão corporal.
Ex: Resultado duplo: O agente vem a atingir a vitima virtual e também a vitima efetiva (ambas).
d-resultado diverso pretendido – aberratio criminis
CRIME CONSUMADO: QUANDO NELE REUNEM TODOS OS ELEMENTOS DE SUA DEFINIÇÃO LEGAL:
CRIME EXAURIDO: EM QUE O AGENTE, MESMO APÓS ATINGIR O RESULTADO CONSUMATIVO CONTINUA A AGREDIR O EM JURIDIDO. NÃO CARACTERIZA NOVO DELITO E SIM MERO DESDOBRAMENTO DE UMA CONDUTA JÁ CONSUMADA. INFLUENCIA NA DOSAGEM DA PENA.
CRIME MATERIAL: A CONSUMAÇÃO OCORRE COM A PRODUÇÃO NATURALISTICA. EX. HOMICIDIO, FURTO, ROUBO
CRIME CULPOSO: O AGENTE NÃO QUER NEM ASSUME O RISCO DE PRODUZIR O RESULTADO, MAS A ELE DÁ CAUSA, POR IMPRUDENCIA, NEGLIGENCIA OU IMPERICIA.
CRIME MERA CONDUTA: COM A AÇÃO OU OMISSÃO DELITUOSA. EX. VIOLAÇAO DE DOMICILIO.
CRIME FORMAL: COM A SIMPLES ATIVIDADE INDEPENDENTEMENTE DE RESULTADO. EX. AMEAÇA.
CRIME PERMANENTE: A CONSUMAÇÃO SE PROLONGA NO TEMPO DEPENDENTE DA AÇÃO DO SUJEITO ATIVO: EX.CARCERE PRIVADO
CRIME OMISSIVO PROPRIO: OCORRE COM A SIMPLES ABSTENÇÃO DO AGENTE.
CRIME OMISSIVO IMPROPRIO: EM QUE UMA OMISSÃO INICILA DO AGENTE DÁ CAUSA A UM RESULTADO POSTERIOR, O QUAL O AGENTE TINHA O DEVER JURIDICO DE EVITA-LO.
CRIME QUALIFICADO PELO RESULTADO: QUANDO OCORRE O RESULTADO AGRAVADOR, SENDO O ÚNICO DELITO QUE RESULTA DA FUSÃO DE DUAS OU MAIS INFRAÇÕES AUTONOMAS. (CR. COMPLEXO)
CRIME COMPLEXO: ENCERRAM DOIS OU MAIS TIPOS EM UMA ÚNICA DESCRIÇÃO LEGAL. EX. ROUBO, QUE NADA MAIS É QUE A REUNIÃO DE FURTO E DE AMEAÇA.
CRIME HABITUAL: SE CONSUMA COM A REITERAÇÃO DE ATOS. EX. CURANDEIRISMO, EXERCER ILEGALMENTE A MEDICINA.
DESCRIMINANTE PUTATIVA – CONCEITO: Como excludente de ilicitude erroneamente imaginada pela autor da ação. 
Havendo culpa (crime culposo).
São aquelas hipóteses que isentam o agente da pena, em razão da suposição de fato que, se presente, tornaria legitima a ação.
DESISTENCIA VOLUNTARIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ: 
CONCEITO: São espécies de tentativa abandonada ou qualificada. O agente pretendia produzir o resultado consumativo, mas acabou por mudar de ideia, vindo a impedi-lo por sua própria vontade.
DESISTENCIA VOLUNTARIA: O agente inicia a execução e, em meio a esta execução, decide parar, desiste de continuar. O réu não responde pela tentativa. Somente pelos atos já praticados.
ARREPENDIMENTO EFICAZ: Arrepende-se e age eficazmente de modo que o resultado não se produz.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR: Causa obrigatória de diminuição de pena, aplicável aos crimes sem violência ou grave ameaça.
CRIME IMPOSSIVEL: Conforme Capez, é aquele que pela ineficácia total do meio empregado ou pela impropriedade absoluta do objeto material é impossível de se consumar.
EXCLUDENTE DE ILICITUDE:
Estado de necessidade: Conceito: é a pratica de fato para salvar de perigo atual, que o agente ativo não provocou por sua vontade, nem poderia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, pelas circunstancias, não era razoável exigir-se.
Legitima defesa: Conceito: é a utilização moderada dos meios necessários para repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Estrito cumprimento do dever lega: Conceito: é uma exclusão de ilicitude, que consiste na realização de um fato típico, por força de desempenho de uma obrigação imposta em lei. O dever deve constar de lei, decretos, regulamentos ou atos administrativos fundados em lei e que sejam de caráter geral. (tal excludente não pode ser reconhecida em crimes culposos)
Exercício regular de direito-Conceito: exercício de uma prerrogativa conferida pelo ordenamento jurídico, caracterizada como fato típico.
Direito; empregada em sentido amplo, de forma a abranger todas as espécies de direito subjetivo, penal ou extrapenal.
O exercício abusivo do direito faz desparecer a excludente.
Ofendículos: são aparatos visíveis destinados a defesa da propriedade ou de qualquer outro bem jurídico destinados a defesa da propriedade ou de qualquer outro bem jurídico. Ex. cacos de vidro em cima do muro, cerca elétrica com aviso.
O uso dos ofendiculos e LICITO, desde que não coloquem em risco pessoas agressoras.

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