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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Instituto de Cieˆncias Exatas - Departamento de Matema´tica Professora: Taynara Andrade Nome: Matrı´cula: 2a Prova de Ca´lculo I - T03 - 13/11/2017 - GABARITO SO´ SERA˜O ACEITAS AS RESPOSTAS COM AS DEVIDAS JUSTIFICATIVAS. 1. (2.0) Escolha 2 dentre as 4 afirmac¸o˜es abaixo para dizer se e´ verdadeira ou falsa. Se a afirmac¸a˜o for verdadeira, justifique e se for falsa, deˆ um contra-exemplo ou justifique. ( ) A derivada de e(x 3senx) e´ 3x2cosxex 3senx. ( ) O polinoˆmio de Taylor de ordem 8, p8(x), de f(x) = cosx em volta de c = 0 e´ p8(x) = 1− x 2 2! + x4 4! + x6 6! + x8 8! . ( ) Se f ′(x0) = 0 enta˜o x0 e´ um ponto de mı´nimo ou ma´ximo local. ( ) Se f(x) = x3 − 3x− 4 em [−3, 3], enta˜o -3 e´ o ponto de mı´nimo absoluto e 3 e´ o ponto de ma´ximo absoluto. 2. (1.5) Uma escada de 5m esta´ apoiada em uma parede. Num dado instante, o pe´ da escada esta´ a 3m da base da parede da qual se afasta a 1m/s. Com que velocidade se move o topo da escada ao longo da parede neste instante? 3. Considere a equac¸a˜o x2 − xy2 + y3 = 3. (a) (1.0) Expresse dydx em termos de x e y, onde y = f(x) e´ uma func¸a˜o deriva´vel dada implicitamente pela equac¸a˜o acima. (b) (0.5) Determine a equac¸a˜o da reta tangente a` curva de f no ponto (2, 1). 4. Considere a func¸a˜o f(x) = 2+ x1+x2 . (a) (0.4) Determine o domı´nio de definic¸a˜o de f. (b) (0.8) Verifique que f ′(x) = 1−x 2 (1+x2) 2 e f ′′(x) = 2x 3−6x (1+x2) 3 . (c) (0.8) Determine os intervalos de crescimento e decrescimento de f. (d) (0.8) Determine os intervalos de concavidade para cima e para baixo. (e) (0.6) f possui pontos de inflexa˜o? Por queˆ? (f) (0.8) Determine as assı´ntotas horizontais e verticais ao gra´fico de f, caso existam. (g) (0.8) Esboce o gra´fico de f. Boa Prova! 1 1. (F) A derivada de e(x 3senx) e´ 3x2cosxex 3senx. Esta afirmac¸a˜o e´ falsa pois, pela regra do produto e pela regra da cadeia temos[ e(x 3senx) ] ′ = [ x3senx ] ′ ex 3senx = ( 3x2senx+ x3cosx ) e(x 3senx). (F) O polinoˆmio de Taylor de ordem 8, p8(x), de f(x) = cosx em volta de c = 0 e´ p8(x) = 1− x 2 2! + x4 4! + x6 6! + x8 8! Esta afirmac¸a˜o e´ falsa pois, sabemos que o polinoˆmio de Taylor de f em volta de c = 0 e´ dado pela fo´rmula p8(x) = f(0) + f ′(0)x+ f ′′(0) 2! x2 + f ′′′(0) 3! x3 + f(4)(0) 4! x4 + ·+ f (n)(0) n! xn + ·+ f (8)(0) 8! x8. Como f(x) = cosx, temos que f(0) = 1. Ainda, f ′(x) = −senx⇒ f ′(0) = 0 f ′′(x) = −cosx⇒ f ′′(0) = −1 f ′′′(x) = senx⇒ f ′′′(0) = 0 f(4)(x) = cosx⇒ f ′(0) = 1 Fazendo isso sucessivamentes temos que, as derivadas de ordem ı´mpar sa˜o nulas e as derivadas de ordem par, se alternam entre -1 e 1. Logo p8(x) = 1− x2 2! + x4 4! − x6 6! + x8 8! . (F) Se f ′(x0) = 0 enta˜o x0 e´ um ponto de mı´nimo ou ma´ximo local. Esta afirmac¸a˜o e´ falsa, temos o seguinte contra-exemplo: Se f(x) = x3, enta˜o f ′(0) = 0. Mas o ponto 0 na˜o e´ um ponto de ma´ximo ou mı´nimo, na verdade ele e´ um ponto de inflexa˜o pois f ′′(x) = 6x, f ′′(0) = 0 e a concavidade de f ′′ muda nesse ponto. (v) Se f(x) = x3 − 3x− 4 em [−3, 3], enta˜o -3 e´ o ponto de mı´nimo absoluto e 3 e´ o ponto de ma´ximo absoluto. Esta afirmac¸a˜o e´ verdadeira. Temos que f ′(x) = 3x2 − 3, donde ±1 sa˜o os pontos crı´ticos de f. Temos tambe´m que f ′′(x) = 6x. Como f ′′(1) = 6 > 0 e f ′′(−1) = −6 < 0, pelo teste da segunda derivada, segue que 1 e´ ponto de mı´nimo local e -1 e´ ponto de ma´ximo local. Pore´m como a func¸a˜o esta´ definida em um intervalo fechado e f e´ contı´ntua , pelo teorema de Weirstrass, sabemos que existem pontos de extremos absolutos e devemos achar esse extremos dentre os pontos ±1, e± 3. Temos que f(−3) = −27+ 9− 4 = −22 f(−1) = −1+ 3− 4 = −2 f(1) = 1− 3− 4 = −6 f(3) = 27− 9− 4 = 14 Assim, -3 e´ ponto e´ mı´nimo absoluto e 3 e´ ponto de ma´ximo absoluto. 2 2. Denotamos x = x(t): Distaˆncia entre o pe´ da escada e a base da parede no instante t. y = y(t): Distancia entre a base da parede e o topo da escada no instante t. Dados do problema: • Equac¸a˜o: x2 + y2 = 25 • dxdt = 1m/s • Problema: Calcular dydt |t=t0 onde x(t0) = 3 Derivando ambos os lados da equac¸a˜o em relac¸a˜o a t obtemos: d dt [ x2 + y2 ] = d dt [25] ⇒ d dt [ x2 ] + d dt [ y2 ] = 0 ⇒ d dx [ x2 ] dx dt + d dy [ y2 ] dy dt = 0 ⇒ 2xdx dt + 2y dy dt = 0. Portanto, dy dt = − x y dx dt Assim, dy dt |t=t0 = − x(t0) y(t0) dx dt |t=t0 Quando x e´ igual a 3, ja´ que x2 + y2 = 25, segue que y e´ igual a 4. Logo, dy dt |t=t0 = − 3 4 · 1 = −3 4 . 3. (a) Temos que x2 − xy2 + y3 = 3. Derivando ambos os membros em relac¸a˜o a x temos que d dx [ x2 − xy2 + y3 ] = d dx [3] ⇒ d dx [ x2 ] − d dx [ xy2 ] + d dx [ y3 ] = 0 ⇒ 2x− ( d dx [x]y2 + x d dx [ y2 ]) + d dy [ y3 ] dy dx = 0 ⇒ 2x− y2 − 2xydy dx + 3y2 dy dx = 0 ⇒ ( 3y2 − 2xy ) dy dx = y2 − 2x ⇒ dy dx = y2 − 2x 3y2 − 2xy . (b) No ponto (2, 1) temos que m = dy dx = 12 − 2.2 3.12 − 2.2.1 = 3 3 Assim, a equac¸a˜o da reta tangente a` curva de f no ponto (2, 1) e´ y− 1 = 3(x− 2), isto e´, y = 3x− 5. 4. (a) Dom(f) = R (b) Como f(x) = 2+ x1+x2 , temos que f ′(x) = [2] ′ + [ x 1+ x2 ] ′ = 0+ 1. ( 1+ x2 ) − x (2x) (1+ x2)2 = 1+ x2 − 2x2 (1+ x2)2 = 1− x2 (1+ x2)2 e f ′′(x) = −2x ( 1+ x2 )2 − ( 1− x2 ) 2 ( 1+ x2 ) 2x (1+ x2)4 = ( 1+ x2 ) ( −2x ( 1+ x2 ) − (1− x2) (4x) ) (1+ x2)4 = 2x3 − 6x (1+ x2)3 (c) Analisando o sinal de f ′ temos que f ′(x) = 0 ⇔ 1− x 2 (1+ x2)2 = 0 ⇔ 1− x2 = 0 ⇔ x = ±1. Assim, f ′(x) < 0 se x < −1 e x > 1 e f ′(x) > 0, se −1 < x < 1. Donde f e´ crescente em (−1, 1) e f e´ decrescente em (−∞,−1)∪ (1,∞). (d) Analisando o sinal de f ′′ temos que f ′′(x) = 0 ⇔ 2x 3 − 6x (1+ x2)3 ⇔ 2x3 − 6x = 0 ⇔ x3 − 3x = 0 ⇔ x(x2 − 3) = 0 ⇔ x = 0 ou x = ± √ 3. 4 Portanto, f ′′(x) > 0 se − √ 3 < x < 0 ou x > √ 3 e f ′′(x) < 0 se x < − √ 3 ou 0 < x < √ 3. Portanto, a concavidade e´ para cima se − √ 3 < x < 0 e x > √ 3 e a concavidade e´ para baixo se x < − √ 3 e 0 < x < √ 3. (e) Os pontos 0,− √ 3, √ 3 sa˜o pontos de inflexa˜o, pois nestes pontos a func¸a˜o muda de concavidade. (f) f na˜o possui assı´ntota vertical, pois f e´ contı´nua em R, mas possui uma assı´ntota horizontal, na reta y = 2, pois lim x→±∞ x1+ x2 = limx→±∞ 12x = 0, usando L’Hospital. Assim, lim x→±∞ f(x) = limx→±∞ 2+ x1+ x2 = limx→±∞ 2+ limx→±∞ x1+ x2 = 2+ 0 = 2. (g) 5
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