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Introdução à filologia

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Prévia do material em texto

1) Iniciação à Filologia Portuguesa, de Gladstone Chaves de 
Melo
2) Elementos de Filologia Românica vol., de Bruno Bassetto
3) Orígenes de las lenguas neolatinas, de C. Tagliavini
4) Caminhos da Linguística Histórica, de Rosa Virgínia Mattos 
& Silva
5) O retorno da Filologia, de Ceila Martins
6) Estudos de Filologia Portuguesa, de Silveira Bueno 
Filologia Românica II – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• Conceitos de Filologia
– Segundo Bruno Bassetto, antes de se falar em 
Filologia, cabe tecer alguns comentário sobre o 
termo mais antigo: filólogo, que teve suas 
primeiras ocorrências nos textos gregos, por volta 
dos séculos V e IV a.c.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• Nos séculos V e IV a. c., o termo filólogo 
apresenta a acepção de amigo da palavra, isto, é, 
aquele que gosta de falar ou ouvir a palavra. A 
maioria dos autores associa essa característica ao 
gosto pelo estudo, ao aprendizado (como o que 
se vê em Cícero) ou ainda, culto, refinado, sábio 
(como se pode ver em Aristóteles). 
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Cícero
 Ele era um ator importante em 
muitos dos eventos políticos 
significativos de seu tempo (e 
seus escritos são hoje uma fonte 
valiosa de informações para nós 
sobre esses eventos). Ele foi, 
entre outras coisas, um orador, 
advogado, político e filósofo. 
http://www.iep.utm.edu/cicero/
Aristóteles
 Ele foi um grande filósofo 
grego e teve uma vasta 
produção literária,. Escreveu 
sobre todas as ciências, 
constituindo algumas desde 
os primeiros fundamentos
 
http://www.mundodosfilosofos.com.br/aristoteles.htm#ixzz1oSI1ie4W
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
 Cícero distingue 
nobreza e cultura; os 
homens são nobres, 
mas não tem o 
refinamento 
intelectual requerido 
pelo ambiente 
acadêmico – não são 
filólogos, o que é 
denunciado pelo 
modo de falar.
http://topub.unibuc.ro/bogdan-cristea-the-theatrical-dimension-of-oratorical-rhythm-in-ancient-rome/
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• O filósofo Sêneca traça bem o perfil do 
gramático e do filólogo; o gramático se preocupa 
com problemas específicos de língua e de 
literatura, como expressões típicas, arcaísmos, 
influências literárias. O filólogo apresenta 
análises, deduções, inter-relacionamento de 
fatos, conhecimento dos livros de história... 
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• Com Eratóstenes de 
Cirene (275-194 a.c), 
filólogo é sinônimo 
de sábio, pessoa de 
vasta cultura e 
conhecimentos em 
todos os ramos. 
Tratava-se, portanto, 
de uma espécie de 
título. 
 O termo é 
encontrado 
nessas acepções 
em textos até o 
século VI, até 
desaparecer, 
vindo a retornar 
aos textos na 
segunda metade 
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Eratóstenes nasceu em Cirene 
que é na actualidade 
conhecida como Líbia. Após 
ter estudado em Alexandria e 
em Atenas tornou-se no 
diretor da Livraria de 
Alexandria.
Trabalhou em geometria e em 
números primos. É mais 
conhecido por ter inventado 
o primeiro algoritmo que nos 
fornece números primos, 
conhecido como o Crivo de 
Eratóstenes,
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm31/eratostenes.htm
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• Biblioteca de 
Alexandria
Construída por Ptolomeu 
Filadelfo no início do 
terceiro século a.C. para 
"reunir os livros de todos os 
povos da Terra" e destruída 
mais de mil anos depois. 
http://joildo-alexandre.blogspot.com/2011/05/biblioteca-de-alexandria-curiosidades.html
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• O termo filólogo denota, quase sempre, uma 
ideia de refinamento intelectual, de amplos 
conhecimentos gerais ou específicos, de cultura 
em geral e de domínio da linguagem, em 
particular.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• A Interferência do 
Cristianismo: o termo 
filólogo sai de cena
–
 
–
 Quando o cristianismo 
se impõe, começa a rarear 
a ocorrência do termo. 
Não é encontrado em 
Santo Agostinho, por 
exemplo.
http://romaparati.blogs.sapo.pt/9757.html
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
– Tudo indica que o termo filólogo deixou de ser 
corrente a partir do século VI no Ocidente. A 
nova mentalidade cristã levou os estudiosos a 
outra visão do mundo, a outra mentalidade 
dominada sobretudo por problemas religiosos; 
tentava-se suprimir tudo o que não se pudesse 
cristianizar. Também a cultura greco-latina 
passou por esse crivo; textos clássicos eram 
copiados por necessidade didática, servindo de 
modelo estilístico no aprendizado do latim.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• Com os primeiros indícios do Renascimento, na 
segunda metade do século XIV, volta-se a 
estudar novamente os clássicos na Itália e, 
depois, em toda a Europa.
• Reaparecem, assim, os filólogos e fixa-se, com 
eles, a concepção moderna da filologia como a 
ciência do significado dos textos e, em sentido 
mais amplo, como a pesquisa científica do 
desenvolvimento e das características de um 
povo ou de uma cultura com base em sua língua 
ou em sua literatura.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• Nos séculos XV e XVI, as línguas nacionais se 
firmam e surgem gramáticas de todas elas, bem 
como dicionários e manuais. A grande 
preocupação é a origem das línguas, embora os 
primeiros estudos não tenham base científica 
nem filológica; assim, sob influência da Bíblia, 
alguns autores consideravam o hebraico como a 
língua primitiva.
• Nessa época, ainda não se tinha descoberto o 
indo-europeu.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
 
• Nesse período, aqueles que se denominam 
filólogos são assim considerados por se 
dedicarem a questões relacionadas com a 
linguagem ou com as línguas; fixa-se então o 
conteúdo semântico comumente atribuído ao 
filólogo: pesquisador da ciência da linguagem e 
da literatura a partir de textos.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
 
• Na prática, o filólogo é o que se ocupa com o 
texto, especialmente antigo. Não se exige mais 
que tenha “conhecimentos amplos e variados”, 
ainda que se encontre quem os tenha; o recurso a 
outros ramos do conhecimento humano, como a 
geografia, a história, a filosofia, etc., se faz 
quando o conteúdo do texto assim o exigir. 
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• De acordo com Gladstone Chaves de Melo, a 
Filologia é uma ciência perfeitamente 
caracterizada, com seus métodos próprios, 
seguros e apurados, com suas conclusões 
definitivas.
– O objeto da Filologia é a forma de língua atestada 
por documentos escritos.
– É suficiente dizer que a especialização, uma das 
características da atividade científica 
contemporânea, restringiu e precisou o conceito de 
Filologia.
• Estudo científico do tipo de língua e família de 
língua atestado por documentos escritos.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
 
 
 Com efeito, a Filologia possui um conjunto de 
verdades solidamente estabelecidas, tais como a 
origem românica das línguas, as etapas do 
processo de evolução da vogais e consoantes ao 
longo da história do idioma, o conceito e o como 
das transformações sintáticas.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Para Saussure, a Filologia é a 
ciênciaque estuda textos e 
tudo quanto for necessário 
para tornar esses textos 
acessíveis: a língua 
utilizada e todo o universo 
cultural que essa língua 
representa. Isso implica o 
conhecimento de uma 
série considerável de 
outras ciências.
http://belleliteratura.blogspot.com/2011/07/semiologia-na-literatura.html
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
•
 Ainda segundo Saussure, a língua não é o 
único objeto da Filologia, que pretende, antes de 
tudo, fixar, interpretar e comentar os textos; esse 
primeiro estudo faz com que se ocupe também 
com a história literária, costumes, instituições, 
etc.; em toda parte ela usa seu método próprio, 
que é a crítica. Se aborda as questões 
linguísticas, é especialmente para comparar 
textos de épocas diferentes, determinar a língua 
particular de cada autor, decifrar e explicar 
inscrições numa língua arcaica e obscura.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
FILÓLOGO
SÁBIO,
ERUDITO GRAMÁTICO
AMIGO DA 
PALAVRA
ESTUDIOSO
DO TEXTO
HISTORIADOR 
DA LÍNGUAS
PESSOA DE 
MÚLTIPLOS 
SABERES
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
FILÓLOGO
PESSOA DE
MÚLTIPLOS
CONHECIMENTOS
• O lugar da interdisciplinaridade: a relação da 
filologia com as ciências afins
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Crítica textual:
 Campo do 
conhecimento que trata 
basicamente da 
restituição da forma 
genuína dos textos, isto 
é, de sua fixação ou 
estabelecimento.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• De posse do manuscrito, o filólogo tem de saber 
de que época é a letra, deve interpretar e desfazer 
abreviaturas, deve conhecer o estado da língua 
nos primeiros séculos, para, lendo o manuscrito, 
saber se se trata de um original, de uma cópia 
contemporânea ou de uma cópia posterior, se o 
copista foi fiel ou se inseriu modernismos no 
texto; deve conhecer a história, os usos e 
costumes, a cultura da época do manuscrito, para 
interpretar o texto, entender as alusões, as 
imagens.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Literatura
 Sobre a relação Filologia e Literatura, Gladstone 
Chaves de Melo diz que, o ângulo por que o 
filólogo examina os documentos escritos é bem 
diverso daquele por que os olha o historiador da 
literatura. O filólogo vê a língua, analisa a 
língua, as formas, as construções, acompanha, 
através de documentos cronologicamente 
sucessivos, a evolução de fonemas, das formas, 
do emprego das formas e da construção da frase.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• Ainda segundo o autor, o filólogo apresenta fatos 
documentados pelos textos criticamente 
selecionados e estabelecidos.
• Para ele, o verdadeiro filólogo abona as suas 
afirmações com documentação e precisa a fonte 
desta.
– Em outras palavras, declarará o livro, a edição e a 
página, tendo tido antes o cuidado de examinar e 
certificar-se de que a edição de que se serviu é 
fidedigna. É imprescindível esse rigor, para que 
seja possível a qualquer momento, por parte do 
leitor, a verificação, um dos requisitos da crítica.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Edótica:
Ciência que estuda as regras fundamentais de 
preparação da edição de uma obra em todas as suas 
fases.
Campo de conhecimento que engloba o 
estabelecimento de textos e a sua apresentação, isto 
é, sua edição.
Auxilia a Filologia a descobrir as edições verdadeiras 
(princeps) e a relegar as falsas.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Paleografia
Ciência das antigas escritas, da 
sua forma, decifração e toda 
a sua estrutura.
A capacidade de ler e escrever 
textos antigos exige duas 
habilidades importantes: (1) 
saber transpor os caracteres 
do documento original para 
caracteres com os quais 
estamos mais familiarizados, 
e (2) saber identificar as 
abreviações usadas no texto 
do registro. 
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Epigrafia
Ciência que estuda as inscrições 
gravadas em pedra ou outros 
materiais permanentes como o 
metal, por exemplo.
Classifica essas inscrições no seu 
contexto cultural e data, 
explicando e vendo que 
conclusões se podem extrair 
delas.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• Segundo Silveira Bueno, as imperfeitas relíquias 
de certos povos, deixadas em pedra ou muros de 
templos, colunas de monumentos não pertencem 
ao domínio filológico, mas à epigrafia, à 
linguística.
– O filólogo se preocupa exclusivamente com os 
documentos literários, produtos de civilização e, 
onde termina esta, termina aquele o seu trabalho; 
onde não existe nem documento escrito, nem 
civilização, não existe tampouco filologia.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Arqueologia
Ciência que estuda os vestígios 
das antigas sociedades, vida e 
cultura dos povos antigos por 
meio de escavações, técnicas, 
métodos, documentos, 
monumentos, objetos, etc.
Auxilia a Filologia reconstituindo 
os monumentos históricos e 
literários desaparecidos, como 
os pertencentes à civilização 
romana, por exemplo.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Estilística
 Disciplina linguística que estuda os 
recursos afetivo-expressivos da 
língua. Preocupa-se com o estudo 
da expressividade da língua, 
apresenta um caráter mais 
descritivo-interpretativo, sem 
considerações de natureza 
normativa. Essa preocupação fica 
reservada à gramática.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
História
É o estudo da ação humana ao longo do tempo através 
concomitantemente do estudo dos processos e dos eventos 
ocorridos no passado.
Ajuda o filólogo a apreender um sentido mais global do 
texto, na medida em que fornece a ele uma série de 
informações contextuais como fatos históricos, costumes 
da época, desenvolvimento da escrita, papel da escola, 
relações interpessoais, organização política, etc.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Geografia
Ciência que estuda a produção 
do espaço geográfico através 
da interação entre sociedade 
e natureza.
Ajuda a entender, por exemplo, 
o isolamento de uma 
determinada sociedade como 
conseqüência das condições 
físicas de seu território; 
práticas sociais influenciadas 
por características naturais; 
movimentos migratórios.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Numismática
Ciência relacionada com a 
coleção de cédulas, moedas 
e medalhas, identificando, 
analisando a composição, 
catalogando pela 
cronologia, geografia, 
história, etc.
Auxilia a Filologia a 
examinar as inscrições nas 
moedas e medalhas e a 
civilização dos povos que 
as cunharam.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Linguística
O estudo da linguagem humana, considerada na base da sua 
manifestação como língua. Ciência desinteressada, que 
observa e interpreta os fenômenos lingüísticos a) numa 
dada língua, b) numa família ou bloco de línguas, c) nas 
línguas em geral, para depreender os princípios 
fundamentais que regem a organização e o funcionamento 
da faculdade da linguagem entre os homens.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• De acordo com Gladstone Chaves de Melo, a 
Linguística é uma ciência puramente 
especulativa. O seu objeto formal é a língua em 
si mesma, a língua como fato social da 
linguagem.– Leva, portanto, em conta sua estrutura, seu 
conteúdo, sua essência, seus processos, suas 
relações com o pensamento, com o sentimento, 
com a vontade, com a sociedade, com a cultura, 
sua evolução, estabilidade e desagregação, causas 
da estabilidade e fatores de diferenciação, 
interação linguística, etc.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Linguística histórica
• De acordo com Mattos & Silva, é o campo da 
linguística que trata de interpretar mudanças — 
fônicas, mórficas, sintáticas e semântico-lexicais 
— ao longo do tempo histórico, em que uma 
língua ou uma família de línguas é utilizada 
pelos seus falantes, em determinável espaço 
geográfico e em determinável território, não 
necessariamente contínuo.
– A autora propõe, assim, duas grandes vertentes na 
linguística histórica: lato sensu e stricto sensu.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
lato sensu 
 trabalha com dados datados e 
localizados, como ocorre em 
qualquer trabalho de 
linguística baseado em 
corpora, que, 
necessariamente são datados 
e localizados, tal como os 
estudos descritivos, 
sobretudo do estruturalismo 
americano, que teve 
seguidores no Brasil
stricto sensu 
 é a que se debruça sobre o 
que muda e como muda nas 
línguas ao longo do tempo 
em que tais línguas são 
usadas. É essa a tradicional 
concepção da linguística 
histórica, que, no seu sentido 
estrito, pode ser trabalhada 
em duas orientações.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
 Assim, a autora entende que a Linguística histórica no sentido estrito 
depende, diretamente, da filologia, uma vez que tem como base de 
análise inscrições, manuscritos e textos impressos no passado, que, 
recuperados pelo trabalho filológico, tornam-se os corpora 
indispensáveis às análises das mudanças linguísticas de longa 
duração.
O capítulo 1, que está na apostila, 
encontra-se disponível em:
 
http://www.parabolaeditorial.com.br/cami
nhosok.pdf
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
a) a linguística histórica sócio-
histórica 
Considera fatores extralinguísticos 
ou sociais, também fatores 
intralinguísticos, como a sócio-
história proposta por S. 
Romaine e as sociolinguísticas, 
que tratam da mudança 
linguística, como é o caso da 
teoria laboviana da variação e 
mudança.
b) a linguística diacrônica 
associal
Considera apenas fatores 
intralinguísticos, como é o caso 
dos estruturalismos diacrônicos, 
cujo exemplo maior é p de ª 
Martinet, e do gerativismo 
diacrônico, que tem como 
maior representante D. 
Lightfoot.
 
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Todo tipo de 
linguística 
que trabalha 
com corpora 
datados e 
localizados
A “ciência do 
texto”, base 
dos dados da 
linguística 
histórica.
FILOLOGIA LINGUÍSTICA HISTÓRICA
LINGUÍSTICA DIACRÔNICA
associalLINGUÍSTICA HISTÓRICA
sócio-histórica
STRICTO SENSU
Considera fatores 
extralinguísticos ou sociais
Considera, sobretudo, 
fatores intralinguísticos
LATO SENSU
Cf. Mattos & Silva, Caminhos da Linguística Histórica
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
 
 A Linguística Histórica no sentido estrito depende, 
diretamente, da Filologia, uma vez que tem como 
base de análise inscrições, manuscritos e textos 
impressos no passado, que, recuperados pelo 
trabalho filológico, tornam-se os corpora 
indispensáveis às análises das mudanças 
linguísticas de longa duração.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
 A relação entre linguística histórica, que no seu 
sentido estrito deve estar relacionada, mesmo 
dependente, do trabalho da filologia e, ali, 
sinteticamente, digo que a filologia é a “ciência do 
texto”, isso na verdade diz muito pouco.
 
Leite de Vasconcellos define com amplitude a Filologia:
 A filologia abrange pois: história da língua (glotologia, glótica, 
linguística e seus ramos) com a estilística e a métrica; história 
literária. Faz-se aplicação prática da filologia quando se edita 
criticamente um texto (1950: 8).
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
 
Gladstone Chaves de Melo comenta que, do próprio 
conceito de Filologia se conclui que é ela uma 
ciência histórica, isto é, trabalha com 
documentos e tem como processo permanente a 
crítica, no sentido moderno e científico da 
palavra.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
 Mattoso Câmara Jr. restringe o campo de trabalho 
da filologia, pois diz que a filologia “pressupõe 
uma língua literária”. 
 
 A Filologia, hoje, parece integrar-se melhor como uma das 
formas de abordar a documentação escrita, tanto literária 
como documental em sentido amplo, enriquecida pelas 
vias da crítica textual, tanto de textos antigos como 
modernos. Assim a filologia assume o seu lugar como a 
“ciência do texto”, herança benéfica semeada há quase 
vinte séculos
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Qual será então o trabalho do filólogo? 
 Segundo Luciana Stegnano Picchio: Filólogo é 
quem, utilizando todos os instrumentos dos quais 
pode dispor, estudando todos os documentos, se 
esforça por penetrar no epistema [espaços 
sincrônicos ideologicamente unitários] que decidiu 
estudar, procurar a voz dos textos e de um passado 
que já não considera sufocado pelos estados 
sobrepostos (1979: 234).
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
 
 No que se refere à metodologia, deve-se 
ressaltar que não se pode nem se deve utilizar 
qualquer edição de texto do passado para a análise 
histórico-diacrônica: a edição tem de ter sido feita 
com rigor filológico e com o objetivo claro de 
servir a estudos linguísticos; há edições úteis ao 
historiador ou ao estudioso da literatura ou ao 
chamado grande público, mas que, contudo, não 
devem ser usadas para estudos de história 
linguística.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
 
Segundo Silveira Bueno, a Filologia Latina estudará 
os poetas e os prosadores de Roma e através dos 
seus escritos chegará a desvendar, em todo o seu 
esplendor, o estado e adiantamento a que haviam 
chegado, por exemplo, na época de Augusto.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
OCTAVIO AUGUSTO
• Primeiro imperador romano. O seu nome completo é Caio Júlio 
César Octaviano Augusto. É sobrinho e herdeiro de Júlio César. 
• Augusto, já dono do poder, organiza a vida política de modo que 
o Senado compartilhe com o imperador o peso do poder. Restaura 
a religião e torna-se um sacerdote romano. Sob o seu império, 
florescem a paz e a prosperidade. As obras públicas, a reforma 
moral, a pacificação das fronteiras e os melhoramentos 
administrativos são algumas das suas iniciativas de êxito.
• No que à política exterior se refere, com Augusto inicia-se uma 
nova era de paz e prosperidade. No plano cultural dá-se um 
florescimento de todas as artes. Em linhas gerais, o seu reinado é 
um dos mais benéficos para o Império.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
Gramática
Sistematiza os fatos 
contemporâneos da 
língua, com vistas a 
uma aplicação 
pedagógico-escolar. 
Pode ser comparada, 
expositiva e prescritiva.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• De acordo com Gladstone Chaves de Melo, a 
sintaxe, por exemplo, tem de ser estudada 
historicamente, mostrando-se como o presente se 
explica pelo passado e opassado por um estágio 
linguístico mais remoto.
• No estudo da morfologia, que se assenta em 
grande parte na fonética histórica, o professor se 
esforçará por fazer o aluno compreender a 
importância do sistema da língua.
 
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• Para Silveira Bueno, a Filologia, no Brasil, é uma 
ciência eminentemente prática. Eminentemente 
utilitária, destinando-se a preparar professores de língua 
e literatura portuguesa.
– Para bem ensinar nas classes não é suficiente saber 
o que se deve ensinar, nem saber mais daquilo que 
se deve ensinar. É preciso saber melhor, no sentido 
de ter descoberto ou, pelo menos, saber descobrir, 
encontrar as informações seguras, saber verificá-
las, saber se são dignas de confiança, ainda que o 
autor seja de nome; saber formar a sua própria 
opinião sobre os assuntos controvertidos; saber 
esclarecer os pontos ainda obscuros; saber julgar 
os livros que vão ser dados aos alunos...
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• A partir daí, o autor faz uma crítica, 
diferenciando professor e filólogo. 
– Para ele, outra coisa é saber decifrar os 
manuscritos, não tanto para neles descobrir a 
melhor lição, em uma determinada passagem, mas 
sobretudo para ser capaz de preferir a melhor 
dentre as variantes dos manuscritos já decifrados 
ou de a conjecturar pelos vestígios deixados. É 
saber ler as inscrições não já para para publicar 
novas coleções, mas, ao menos, para saber tirar 
das já publicadas os necessários esclarecimentos 
sobre os textos clássicos.
Introd. à Filologia Românica – Profas. Karen Sampaio & Érika Ilogti
• Silveira Bueno, considera a seguinte divisão, 
para tratar das ciências afins à Filologia:
I) Disciplinas Essenciais, como a gramática, a 
estilística, a história da literatura, etc.
II) Disciplinas secundárias, como a geografia, a 
história, a mitologia, a religião, etc.
III) Disciplinas Complementares. Como a 
epigrafia, a Arqueologia, a paleografia, a 
Numismática, etc.

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