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Cimentos odontológicos

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CIMENTOS ODONTÓLOGICOS
	Cimento: substância que toma presa, passando de um estado viscoso para um sólido unindo duas superfícies
Restaurações - devolver ao dente sua forma, função e estética natural depois de tê-los perdido por atividade de cárie. A consistência deve ser a maior possível, a proporção pó -líquido deve ser a maior possível, mas nem tanto a ponto de prejudicar a coesão, plasticidade e tempo de trabalho.
Cimentações pode ser definitivas ou provisórias. A consistência é variável e deve permitir assentamento preciso da peça a ser fixada. Uma base deve ser bem consistente, escoa-se sob seu próprio peso. 
Forramento: geralmente feito na menor espessura possível em cavidades profundas. A consistência deve formar um filme de cimento na parte mais profunda da cavidade, com a finalidade de proteger e/ou estimular de forma química ou biológica o complexo dentina-polpa (esta última propriedade é exclusiva do hidróxido de cálcio) 
	Funções dos cimentos: 
- forramento: <0,5mm; no caso de proteção direta do complexo dentina-polpa
- base: >1mm; usado para proteção em volume maior, para reforçar o forramento
- restaurações provisórias ou definitivas
CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
- indicado para: capeamento pulpar, pode ser direto ou indireto, geralmente é o indireto (s/ exposição de polpa)
- vem dois tubos, um é a base e o outro catalizador – que é composto principalmente de hidróxido de cálcio, óxido de zinco e etiltolueno de sulfonamida. A base é composta principalmente de dissalicilato de butileno glicol, TiO2 e sulfato de cálcio ou bário.
- qual a proporção de volume das duas pastas? 1:1 – bolinha menor que ervilha de cada pasta – a mistura se chama espatulação. 
	- tem que misturar tudo com aplicador dycal – duplo com pontas com mini-esferas até homogeneizar – inserir com o outro lado do aplicador. Não esbarrar nas paredes, se sujar limpar com 3S. 
- tempo de endurecimento rápido; homogeneização tente fazer em 10 segundos... presa depende da umidade do ar. 
- efeitos extras: mata bactérias e faz cauterização onde é aplicado. pH alcalino é antimicrobiano e promove a formação de dentina reparadora.
CIMENTO DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL (VULGO OZE)
- indicado para restaurações provisórias de curta duração.
- usado em geral em cavidades de faces oclusais de dentes posteriores... ou raramente em lingual de incisivos e caninos.
- vem 1 pote de pó e 1 frasco de vidro de líquido - componentes: Pó: ZnO; Líquido: eugenol, origem de óleo de cravo, oliva ou algodão.
	- proporção é inexata – quantia de cimento é prevista pelo número de gotas do líquido usadas. P/ uma restauração duas gotas são suficientes... – recomendado 2 gotas e 3 colheres e dividir na placa... 
- tempo: presa mais rápida na boca. Tempo de trabalho é alto...
- inibe a condução nervosa – é sedativo. Bom para vedação, mas é facilmente removível. Oferece moldagem funcional. pH 6,6 – 8.
- materiais: pote dappen com água, algodão e pinça (p/ fazer moldagem no dente), espátula p inserção nº1, espátula p espatulação nº36, placa de vidro.
- inserção e consistência: passível de formar uma cobrinha sem grudar muito na espátula ou placa – usar espátula 1 p inserir... 
- faça de pé, ajuda a dar mais força no braço -> faça uso da menor área na placa -> vá incorporando aos poucos -> se o braço tá doendo é pq ta no caminho certo
	
CIMENTO DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL MODIFICADO (VULGO IRM OU OZE MODIFICADO)
- indicado para restaurações provisórias de longa duração – e bases também.
- geralmente em cavidades classe 1 (como restaurador) e como base em pré-molares.
- o pó é ZnO também, mas com resina (20%) – eugenol é igual, mas com adição de poliestireno ou MMA (metil metaciliato)
- usa espátula de inserção nº1 – placa fosca (IRM é o único q usa fosca) – espátula para espatulação nº36 ou 50... – algodão – dappen – água – pinça – hollemback 3s 
- placa fosca pq confere mais atrito p espatulação
	Proporcionamento: 1 colher e 1 gota na placa fosca.
- tempo de trabalho: curto 
Inserção: 
- caso seja restaurador: inserir c espátula n1 – e esculpir
- base: terá q ser num pré-molar – acabamento tem que ser liso e reto
- incompatível com resina composta
CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO (CIV)
- pó e líquido
- usado para restaurações provisórias de longa, curta duração... restaurações definitivas, base, forramento e cimentação definitiva
- potencialmente usado em qualquer dente 
- componentes: 
* pó de vidro: CaF2, Al2O3, SiO2...
* líquido: ácido poliacrílico, acido tartárico (aumenta tempo de trabalho, diminui tempo de presa)...
- usa espátula n1, placa, verniz....
	RESTAURAÇÕES EM DENTES ANTERIORES
	Principais motivos de sua realização: cárie, dentes manchados... 
- Por se tratarem de dentes visíveis externamente, é preciso que os materiais restauradores sejam capazes de 
mimetizar o dente natural. Por exemplo: cor, translucidez e textura. 
- Algumas vantagens de se trabalhar com resinas: elas fazem – com êxito – o reforço das estruturas dentárias 
remanescentes; apresentam resiliência; permite controle maior do tempo de trabalho devido à fotopolimerização 
(ao contrário do amálgama, por exemplo, que se cristalizava com o tempo e impossibilitava um t empo de trabalho 
demasiado longo); apresenta facilidade de reparo; e a técnica é realizada em baixo número de sessões (geralmente 
duas se tudo ocorrer direito).
- Principais motivos de sua realização: cárie, dentes manchados... 
- Por se tratarem de dentes visíveis externamente, é preciso que os materiais restauradores sejam capazes de mimetizar o dente natural. Por exemplo: cor, translucidez e textura. 
- Algumas vantagens de se trabalhar com resinas: elas fazem – com êxito – o reforço das estruturas dentárias remanescentes; apresentam resiliência; permite controle maior do tempo de trabalho devido à fotopolimerização (ao contrário do amálgama, por exemplo, que se cristalizava com o tempo e impossibilitava um t empo de trabalho demasiado longo); apresenta facilidade de reparo; e a técnica é realizada em baixo número de sessões (geralmente duas se tudo ocorrer direito).
	Relembrando: 
> Classe III: faces proximais dos dentes anteriores (incisivos ou caninos), sem prejuízo do ângulo incisal. Geralmente 
a lesão estará mais para o terço cervical do que o incisal. 
> Classe IV: igual à classe III, mas com perda do ângulo incisal. Geralmente são resultado de fraturas, ou evolução de 
cárie de classe III. 
> Classe V: terço cervical (gengival) dos dentes, seja vestibular, lingual ou palatino
Relembrando: 
* Classe III: faces proximais dos dentes anteriores (incisivos ou caninos), sem prejuízo do ângulo incisal. Geralmente a lesão estará mais para o terço cervical do que o incisal. 
* Classe IV: igual à classe III, mas com perda do ângulo incisal. Geralmente são resultado de fraturas, ou evolução de cárie de classe III. 
* Classe V: terço cervical (gengival) dos dentes, seja vestibular, lingual ou palatino
Determinantes do sucesso - Indicação precisa, escolha do tipo e cor melhor indicados, adequado tratamento do remanescente dentário, bom acabamento e polimento, adequada inserção da resina
	Sequência Operatória
1) Procedimentos pré-operatórios e profilaxia: 
- Fazer anamnese; 
- Fazer exame radiográfico para saber a extensão da lesão; 
- Profilaxia é feita com pedra-pomes e água, usando-se escova de Robson ou taça de borracha. A profilaxia tem a função de permitir que o dentista tenha ideia da cor original do dente (impurezas deixariam a cor diferente da original); 
2) Seleção de cor: 
- Tem que ser feita antes do isolamento absoluto, pois o dente seco fica com cor diferente da original; 
- Fabricante fornece escala de cor das suas resinas; 
- Pode-se colocar um pouquinho de resina na vestibular do dente e fotopolimerizar, só para confirmar se a cor está boa. A retirada será fácil pois, obviamente, o sistema adesivo não foi usado. 
	3) Checar contatos oclusaise anestesia:
- A anestesia é porque os grampos do isolamento absoluto ou fios retratores são dolorosos.
4) Acesso à cavidade: 
- Forma de contorno; 
- Acesso deve ser feito preferencialmente por lingual ou palatino caso os dentes vizinhos estejam presentes e intactos. Se não existir dentes vizinhos, não tem problema (óbvio) fazer o acesso pela própria face proximal. 
- Usaremos pontas diamantadas esféricas em alta rotação; 
- Evitar estragar pontos de contato caso eles não tenham sido vítimas da lesão; 
- Se for cavidade complexa VPP (vestibular-proximal-palatina), não tem problema afetar os pontos de contato; 
- Para classes IV: o contorno já estará praticamente feito, só devemos nos atentar para remover possíveis esmaltes fragilizados;
- Bisel é opcional, ele só disfarça a fronteira dente-restauração; 
- Para classes V: cavidade tem que ser em formato de meia-lua; 
	5) Isolamento do campo operatório:
- Preferencialmente o absoluto, ao menos que se trate de uma cárie classe V que esteja muito para a cervical; 
- Grampos vão nos pré-molares, por cima do lençol mesmo
Não se esquecer dos princípios de Black: 
* Forma de resistência: preservar estruturas de reforço (como cristas marginais); 
* Forma de retenção: paredes arredondadas; 
* Forma de conveniência: afastamento temporário com elástico, grampos específicos, proteger dentes vizinhos com matriz de metal;
6) Remoção da dentina cariada remanescente: 
- Curetas de dentina para tirar as partes amolecidas depois brocas esféricas em baixa rotação (a maior que couber);
7) Acabamento das paredes: 
- Biselamento pode ser feito no ângulo cavossuperficial vestibular;
8) Limpeza da cavidade.
9) Proteção do complexo dentino-pulpar / Procedimentos adesivos 
- Bolinha de algodão para secar, se preciso for ;) 
- Uso de microbrushes; 
10) Inserção da resina composta: 
- Fazer técnica incremental devido à contração de polimerização; 
- Espátula de inserção recomendada são as da linha Suprafill (mais delgadas); 
- Para classe III proximal: fazer incremento gengival com resina de dentina, depois incremento incisal; por fim 
incremento sobre isso tudo com resina enamel-like (mimetiza esmalte, é mais translúcida); 
- Para classe IV: guia de silicone, ou matriz de poliéster; 
 - “Guia de silicone” = molde com material de condensação pesado e vaza-se gesso; faz-se restauração em cera; 
- Para classe V: importante reproduzir bossa; 
11) Remoção de excessos grosseiros e ajustes oclusais: 
- Lâmina de bisturi; 
- Acabamento e polimento: discos para a vestibular, tiras de lixa para as proximais (técnica do S); 
- Pastas com discos de feltro 
	9) Proteção do complexo dentino-pulpar/Procedimentos adesivos 
- Bolinha de algodão para secar, se preciso for e uso de microbrushes; 
10) Inserção da resina composta: 
- Fazer técnica incremental devido à contração de polimerização; 
- Espátula de inserção recomendada são as da linha Suprafill (mais delgadas); - Para classe III proximal: fazer incremento gengival com resina de dentina, depois incremento incisal; por fim incremento sobre isso tudo com resina enamel-like (mimetiza esmalte, é mais translúcida); - Para classe IV: guia de silicone, ou matriz de poliéster; 
 - “Guia de silicone” = molde com material de condensação pesado e vaza-se gesso; faz-se restauração em cera; - Para classe V: importante reproduzir bossa; 
11) Remoção de excessos grosseiros e ajustes oclusais: 
- Lâmina de bisturi; 
- Acabamento e polimento: discos para a vestibular, tiras de lixa para as proximais (técnica do S); 
- Pastas com discos de feltro
	RESTAURAÇÕES EM DENTES POSTERIORES
	Tipos de cavidade em que pode ser usada (posteriores): 
- Classe I; 
- Classe II: MOD ou de duas faces, slots verticais, slots horizontais, túnel; 
Determinantes do sucesso: 
- Indicação precisa (por exemplo: indivíduo com índice altíssimo de cárie não pode ter restauração com resina, o 
problema precisa ser tratado antes); 
- Escolha adequada de tipo e cor da resina (ex: microparticuladas não podem ser usadas em posteriores); 
- Adequado preparo; 
- Adequada inserção da resina (incrementos); 
- Controle dos efeitos da contração de polimerização; 
- Bom acabamento e polimento; 
- Acompanhamento periódico; 
Insucessos: 
- Indicação imprecisa; 
- Execução incorreta; 
- Deficiências na manutenção;
Tipos de cavidade em que pode ser usada (posteriores): 
- Classe I;
- Classe II: MOD ou de duas faces, slots verticais, slots horizontais, túnel; 
Determinantes do sucesso: 
- Indicação precisa (por exemplo: indivíduo com índice altíssimo de cárie não pode ter restauração com resina, o problema precisa ser tratado antes); 
- Escolha adequada de tipo e cor da resina (ex: microparticuladas não podem ser usadas em posteriores); 
- Adequado preparo; 
- Adequada inserção da resina (incrementos); 
- Controle dos efeitos da contração de polimerização; 
- Bom acabamento e polimento; 
- Acompanhamento periódico; 
Insucessos: 
- Indicação imprecisa; 
- Execução incorreta; 
- Deficiências na manutenção;
Etapas
1) Procedimentos pré-operatórios; 
2) Profilaxia; 
3) Seleção de cor; 
4) Verificação dos contatos oclusais e anestesia; 
- Contato oclusal não pode se dar na interface dente –restauração
5) Acesso à cavidade; 
- Ponta diamantada esférica em alta rotação (1011, 1012, 1013); 
- Acesso em forma de gota; 
- Trabalhar a nível supra-gengival, dentro do possível;
	6) Isolamento do campo operatório;
7) Preparo cavitário; 
- Basicamente a remoção do tecido cariado; 
- Black: 
> Resistência: ângulos internos e áxio-pulpar arredondados; 
> Acabamento das paredes: para posteriores não biselar o ângulo cavossuperficial; 
OBS: Pode haver caso de substituição de restauração já feitas na boca do paciente; 
- No caso de resinas: desgastar com pontas diamantadas esféricas; 
- No caso de amálgama: cortar com brocas, ou desgastar com ponta específica (carretel); 
- Basicamente a remoção do tecido cariado; - Black: 
> Resistência: ângulos internos e áxio-pulpar arredondados; 
> Acabamento das paredes: para posteriores não biselar o ângulo cavossuperficial; 
OBS: Pode haver caso de substituição de restauração já feitas na boca do paciente; 
- No caso de resinas: desgastar com pontas diamantadas esféricas; 
 - No caso de amálgama: cortar com brocas, ou desgastar com ponta específica (carretel);
8) Limpeza da cavidade; 
 
9) Proteção do complexo dentino-pulpar: 
- Papel do próprio sistema adesivo; 
- Os sistemas condicione-e-lave removem a smear-layer, enquanto que os autocondicionantes modificam e 
incorporam a smear-layer;
8) Limpeza da cavidade; 
9) Proteção do complexo dentino-pulpar: 
- Papel do próprio sistema adesivo; 
- Os sistemas condicione-e-lave removem a smear-layer, enquanto que os autocondicionantes modificam e incorporam a smear-layer;
10) Inserção da resina composta: 
- Evitar contração de polimerização; 
- Fator de configuração cavitária; 
- Técnica incremental, vantagens: 
> reduz os efeitos da contração; 
> evita flexão de cúspides; 
> permite reprodução seletiva de cores;
> garante polimerização homogênea de toda a resina;
	-- Estratégias: 
 - Como preencher a caixa proximal: foco vestibular 1º., seguido de foco lingual, e, por fim, oclusal; 
- Uso de matriz bi-convexa (feijãozinho) com um anel e a cunha;
- Fotoativar enquanto se empurra a matriz contra o dente adjacente; 
- Inserto de resina composta: “pérola” de resina composta polimerizada previamente (fora do dente), colocada em meio à massa de matriz da restauração, com o objetivo de conferir maior resistência; 
- Dispositivos auxiliares: Contact-ProTM, é uma peça de plástico, resistente, e translúcida, o que permite que a fotoativação passe por dentro da ferramenta para alcançar a restauração; bom para acomodar resina nas caixas proximais;
11) Ajuste oclusal; 
12) Acabamento e polimento: 
- Essa parte só pode ser feita numa outrasessão de atendimento, pois a resina tende a sorver um pouco de água e crescer, o que possibilitará um melhor acabamento; 
- Pode ser feito com ponta diamantada F ou FF (fina ou extrafina, respecivamente); 
- Borrachas abrasivas; 
- Pastas diamantadas abrasivas (usadas com taças de borracha); 
- Discos de lixa; 
- Para faces proximais: tiras de lixa (do lado mais granuloso para o menos); 
- Pasta diamantada com fio dental; 
- Selantes de superfície (opcional);
	RESINA COMPOSTA
	A resina usada para dentina é diferente da resina usada para esmalte. 
Cor: Resposta do cérebro a um estímulo luminoso.
 Luz: Varia conforme o ambiente. 
Observador x Luz x Objeto 
Durante o dia é melhor para selecionar a cor. Com relação à resistência da resina, se equipara com o amálgama e outras estruturas metálicas. 
Às vezes para fechar um diastema, o ortodontista não consegue totalmente, então se usa resina.
	Fatores que influenciam na escolha da resina composta:
- Estrutura dental
- Idade do paciente
- Cor do dente
Percepção das cores x objeto 
Grau de transmissão de luz de cada objeto 
- Opacidade 
- Translucidez 
- Transparência 
	Opacidade: objetos que impedem a passagem de luz são opacos. 
Translucidez: objetos que transmitem a luz parcialmente são translúcidos. 
Transparência: objetos que permitem que a luz atravesse toda a extensão são transparentes. Para cada tipo de transmissão de luz, temos uma resina apropriada. Há resinas opacas, translúcidas e transparentes, depende do paciente.
	O dente é policromático, tem várias cores e ainda pode conter manchas. Cada parte do dente tem uma cor.
O corpo do dente é mais opaco (tendo várias saturações). O esmalte deixa passar 70% da luz, sendo mais translúcido que a dentina, que deixa passar apenas 30% da luz. 
A região cervical é uma zona de baixa translucidez e maior opacidade. As regiões incisal e proximal são zonas de alta translucidez e transparência. (Não é regra).
Opalescência - É a característica do esmalte de ter transparência e translucidez. 
Normalmente no terço incisal e proximais. 
Completa ou parcial passagem de luz. 
Fluorescência - Característica da dentina, quando há uma opacificação maior.
	Há algumas dentinas que não são fluorescentes. Se você usar uma comum, quando uma luz negra bater não irá refletir luz e vai parecer um buraco. Ambientes decorados com luz ultravioleta. Materiais restauradores devem possuir esta característica. 
Parte orgânica - É a parte principal da resina, o corpo, que da resistência mecânica. Formado por BISGMA ou UDMA (estrutura da dentina). O problema da parte orgânica é que ela contrai.
A polimerização da resina é feita com luz (passa de monômeros para polímeros). Só que esse polímero vai em direção, a contração para formar polímero, a parede do dente. Por isso ao fazer resina, deve-se colocar de pouco em pouco, pequenas partes, pois quando fizer a polimerização vai se contrair e vai dar um “tranco” no dente. 
Técnica incremental: Colocar de 2 em 2mm e fotopolimerizar.
	Estrutura do material 
Contração do material 
Diluentes – Dimetacrilatos 
- TEDGMA 
- EDMA 
Para diminuir essa parte orgânica que é muito forte, usam-se diluentes, que fazem com a essa parte orgânica fique mais fluida, com mais aplicabilidade clínica, sem dar muito tranco. 
Parte inorgânica - Responsável pelas cargas. Tem função de diminuir a contração na polimerização. Propriedade física. As primeiras cargas eram de Quartzo. Atualmente as cargas são Silício Coloidal e Fluo silicato. Na parte inorgânica, quanto mais carga, menor a contração na polimerização da resina (quando os monômeros se transformam em polímeros). Os silanos juntam a parte orgânica com a parte inorgânica, formando uma união química, um polímero só. Se ele não existisse não haveria adesão.
	Classificação das resinas quanto ao tamanho das partículas 
- Macropartículas: Primeiras resinas a serem fabricadas com partículas grandes. Sem escala de cores, apresentavam alta rugosidade mas tinham alta propriedade mecânica. Praticamente não comercializadas. 
- Micropartículas: Na década de 80 foi lançada tendo partículas menores que as macropartículas, associado a uma dureza menor e maior lisura superficial.
- Híbridas: Surgiu no sentido de se obterem restaurações mais lisas mantendo as propriedades mecânicas. Possuem dois tipos de partículas: sílica coloidal e partículas de vidro. 
	- Microhíbridas: Partículas menores que as híbridas. Foram misturas partículas de vidro de bário, lítio ou zircônia.
- Nanopartículas: Usada atualmente. Contração de polimerização muito menor e partículas muito pequenas. Com maiores semelhanças com as propriedades ópticas dos dentes 
Classificação das resinas quanto ao escoamento 
- Alto escoamento: bem fluida. 
Exemplo de uso: Quando se faz um selamento de um molar, na parte oclusal de uma fissura, precisa de uma resina que infiltre entre as cicatrículas e fissuras. 
	- Médio escoamento: Usa-se para fazer restaurações convencionais, posteriores, anteriores. Não da para usar a de alto escoamento. 
- Baixo escoamento: Usa-se para fazer ponto de contato. É muito dura
Método de polimerização
- Quimicamente ativadas: São aquelas que não usam luz. 
- Fotopolimerizáveis 
- Duais: Quimicamente e Fotopolimerizáveis. 
As quimicamente ativadas e as Fotopolimerizáveis são os cimentos resinosos.
Propriedades 
- Esmalte: Translucidez e Opalescência. 
- Dentina: Opacidade e Fluorescência.
	AMÁLGAMA
	Usado para pacientes que tem um perfil de higiene e dieta ruins, cariogênicos. Sua popularidade atribuída a fatores como durabilidade, custo-benefício e simplicidade técnica. Possui união micromecânica. 
- É a mistura de mercúrio líquido com partículas sólidas de uma liga, contendo prata, estanho, cobre e zinco. 
	Composição e forma comercial 
Ag (40-70%) 
Sn (12-20%) 
Cu (12-30%) 
Quando maior a quantidade de cobre, menor a corrosão do material. Zn (até 1%) O mercúrio é tóxico na manipulação (aspiração), podendo causar intoxicação renal crônica. 
	Hoje em dia não se usa tanto o tempo em que o mercúrio está separado das ligas e sim a cápsula de amálgama.
Funções 
- Prata: confere dureza do material restaurador, ou seja, contribui para o aumento da resistência. 
- Cobre: diminui o escoamento (deformação) do material restaurador. 
	- Estanho: prolonga o tempo de endurecimento durante a cristalização. 
- Zinco: Em presença de umidade causa expansão tardia e ainda aumenta o tempo de presa. 
- Mercúrio: quantidade mínima pode formar uma massa plástica – expansão e toxidade
Tipos de liga quanto ao conteúdo de cobre 
- Ligas convencionais ou de baixo conteúdo de cobre 
- Ligar com alto teor de cobre
Ligas convencionais 
- Após a mistura da liga e do mercúrio, o mercúrio se difunde formando duas novas fases: Prata e Mercúrio – Gama / Estanho e Mercúrio – Gama 2. 
Enquanto os cristais dessas duas fases estão sendo formado o amálgama é de fácil condensação. O componente mais fraco é a fase gama2. A dureza da fase gama é maior que a da fase gama 2. A resistência da fase gama é maior que a da fase gama 2. É conhecido que um amálgama rico em gama 2, além de baixa resistência à compressão e dureza, possui grande escoamento e maior tendência a sofrer corrosão no ambientem bucal.
	Partículas irregulares (década de 60): grossa, fina e extrafina. As partículas finas ou extrafinas são melhores para manipulação, tornando a superfície mais lisa. Por outro lado, quanto menores as partículas, maior a quantidade de mercúrio necessária para a amalgamação. 
Partículas esféricas (1966): modificação no processo de obtenção na forma da partícula, mas a composição se manteve. 
Ligas com alto teor de cobre 
- Esse tipo de liga apresenta maior resistência à compressão e melhor desempenho clínico que as ligas com baixo teor de cobre. O melhor comportamento dessa nova liga se devia à redução ou eliminação da fase gama 2. O mecanismo da reaçãoentra o mercúrio e a liga com alto teor de cobre é complexo. 
- Partículas de fase dispersa: Possui duas partículas diferentes, partículas esféricas (30%) + partículas irregulares (70%). Aumento da resistência. Alta qualidade. - Partículas de fase esferoidal: Espaço entre as partículas é menor. Menos Mercúrio. Eliminação da fase gama. Menor ocorrência de corrosão. Maior dificuldade na condensação. Difícil acomodação na cavidade.
	Reação de cristalização 
- Ligas convencionais: Produto final – estranho e mercúrio. Fase mais resistente: gama. Fase mais suscetível a corrosão = gama 2. 
- Ligas com alto teor de cobre: Produto final – cobre e estanho. Melhores propriedades e desempenho clínico. 
Propriedades clínicas importantes
- Resistência mecânica 
- Escoamento ou “creep” 
- Corrosão 
- Alteração dimensional 
Resistência mecânica 
- A resistência inicial da liga de amálgama com baixo teor de cobre é inferior à das ligas com alto teor de cobre. 
- A alta resistência á compressão das ligas com alto teor de cobre se deve à redução ou eliminação da fase gama 2.
- Infelizmente o amálgama é um material muito frágil sob tração
Escoamento ou Creep 
- Deformação progressiva em um material sob tensões constantes. 
O amálgama se deforma permanentemente quando submetido a tensões, sejam elas de natureza elástica ou dinâmica, que por sua vez depende do tempo de aplicação. 
	Maior escoamento: maior a probabilidade de falhas. - Ligas convencionais (baixo teor de cobre): maior escoamento ou creep. - Ligas com alto teor de cobre: menor escoamento ou creep. - Fatores: % do mercúrio, procedimento de trituração, pressão da condensação
CORROSÃO: É a perda de material da restauração por reações químicas. A corrosão pode levar a aumento da porosidade, redução das propriedades mecânicas e liberação de produtos metálicos no ambiente bucal. O amálgama não se adere às paredes cavitárias e por mais que estejam bem condensados há formação de uma fenda. Acredita-se que os produtos da corrosão sejam capazes de selar a interface dental. Metal reage com o oxigênio formando óxidos. Expansão mercurioscópica – corrosão da superfície. Perda gradativa de material (Ag).
Indicações 
Dentes posteriores, onde a estética não é fundamental e paciente com perfil de risco a cárie. 
	Vantagens da corrosão: 
Interface dente-restauração e Formação de óxido. 
Endurecimento do sulfeto de prata. Vedamento de interface dente-restauração. Dificulta a infiltração marginal e a formação de cárie secundária. 
Características clínicas da corrosão:
- Fratura ou degradação marginal – perda de material da restauração. Porosidade interna e aspereza superficial. Efeitos galvânicos. Menor resistência. 
Alteração dimensional 
- Pequena contração devido absorção de mercúrio pelas ligas, seguida de expansão da matriz cristalina. 
- Maior nas ligas convencionais. 
- Quanto menos a concentração de mercúrio na mistura, maior a pressão
Toxicidade 
Consultório odontológico - Meio bucal -Vaporização do mercúrio - Eliminação do amálgama – lixo próprio
	Processo de restauração 
Manual: Não é praticamente usada na atualidade. Gral e pistilo Pressão de 1 a 2kg Tempo: 1min Velocidade: 180RPM Mecânica: Amalgamadores 
Se o amálgama não for condensado após 6min, perde 50% da propriedade mecânica. 
Triturações - A trituração depende da frequência do movimento do amalgamador (rotações por minuto), tempo de mistura. Os fabricantes geralmente fornecem o tempo e a velocidade de trituração ideal. 
- Sub-trituração: As ligas apresentam brilho alterado, falta de uniformidade, menor resistência, alta temperatura. - Super-trituração: As ligas apresentam brilho excessivo, secas e esfareladas. Apresentam ainda endurecimento excessivo. A liga que foi triturada adequadamente é uma massa com temperatura média e possui um brilho superficial acetinado. 
Acabamento e polimento - 24-48 horas Retarda o escurecimento Aumenta a durabilidade Remoção de excessos marginais

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