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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - CMRV Departamento de Ciências da Saúde HIPERTENSÃO ARTERIAL Jand-Venes Rolim Medeiros DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO Classificação da pressão arterial (>18 anos) Classificação Brasileira 2002 Européia 2003, JNC VI Pressão Sistólica (mm Hg) Pressão Diastólica (mm Hg) Ótima < 120 < 80 Normal 120 - 129 80 - 84 Limítrofe 130 - 139 85 - 89 Hipertensão Estágio 1 (leve) 140 - 159 90 - 99 Hipertensão Estágio 2 (moderada) 160 - 179 100 - 109 Hipertensão Estágio 3 (grave) ≥180 ≥ 110 Sistólica isolada ≥ 140 < 90 Quando a sistólica e diastólica estão em categorias diferentes classificar pela maior. * Considerar intervenção de acordo com fatores de risco maiores e co-morbidades Classificação Norte-americana 2003 (JNC VII) Normal Pré-hipertensão Hipertensão Estágio 1 Hipertensão Estágio 2 Sistólica isolada Sociedade Brasileira de Hipertensão – WWW.SBH.ORG.BR Prevalência da Hipertensão Arterial 10 - 20 % da População Brasil - Porto Alegre - 12,4% ( Achutti et al, 1978 - Manaus - 13,62 % (Bubol et al, 1979) - Volta Redonda - 20,2% (Klein et al, 1980) - São Paulo - 6,5 a 18.0% (Ribeiro et al, 1980) Mundo >20 a >50 a 15% 35% - Ministério da Saúde, 1984 Hormônios 1. vasodilatores 2. prostaglandinas 3. IECA 4. boq. C. Ca Simp. periférico Receptores alfa beta 1. alfa bloq. 2. beta bloq. SNC 1. Atividade Adrenérgica central Local de ação 1. Atividade Adrenérgica periférica PA = DC x RVP 6 HIPERTENSÃO 1- CONCEITO É UMA DOENÇA DE ADAPTAÇÃO QUE SE CARACTERIZA POR ELEVAÇÃO DA PA E MÁ PERFUSÃO TECIDUAL 2- INCIDÊNCIA 3- DIAGNÓSTICO BASEIA-SE EM MEDIDAS REPETIDAS E REPRODUTÍVEIS DE ELEVAÇÃO DA PA 4- ETIOLOGIA (90% de causa desconhecida) 10-15% DOS PACIENTES É POSSÍVEL ESTABELCER-SE UMA CAUSA ESPECÍFICA PARA HIPERTENSÃO HIPERTENSÃO CAUSAS ESPECÍFICAS PACÍVEIS DE TRATAMENTO CONSTRIÇÃO DA ARTÉRIA RENAL COARCTAÇÃO DA AORTA FEOCROMOCITOMA ALDOSTERONISMO PRIMÁRIO HIPERTENSÃO ESSENCIAL CAUSAS INESPECÍFICAS RVP ESTRESSE HERANÇA GENÉTICA DIETA SNA RAAL BRADICINA RAÇA HIPERTENSÃO Fatores de Risco Idade Gênero e Etnia • A prevalência global em homens e mulheres não sugere que o gênero seja um FR para hipertensão. • É mais prevalente em mulheres afrodescententes. Fatores socioeconômicos Sal Obesidade Álcool Sedentarismo Outros fatores • Predisposição genética e fatores ambientais Conhecimento, Controle e Tratamento Indivíduos adultos • 50,8% sabiam ser hipertensos • 40,5% estavam em tratamento • 10,4% tinham PA controlada • Idade avançada, obesidade e baixo nível educacional mostraram-se associados a menores taxas de controle. Tratamento Não-medicamentoso Controle de peso. Padrão alimentar. Redução do consumo de sal. Moderação no consumo de bebidas alcoólicas. Exercício físico. Abandono do tabagismo. Controle do estresse psicoemocional. Modificações do estilo de vida no controle da PA Modificações Recomendação Redução aprox. na PAS Controle do peso Manter o peso corporal na faixa normal (IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m2) 5 a 20 mm Hg para cada 10kg de peso reduzido Padrão alimentar Consumir dieta rica em frutas e vegetais e alimentos com baixa densidade calórica e baixo teor de gorduras saturadas. Adotar dieta DASH 8 a 14 mm Hg Redução do consumo de sal 2 a 8 mm Hg Reduzir a ingestão de sódio para não mais de 6g sal/dia* Moderação no consumo de álcool 2 a 4 mm Hg Reduzir consumo a 30g/dia (homens), 15g/dia (mulheres) Exercício físico 4 a 9 mm Hg Habituar-se à prática regular de atividade física aeróbica: caminhadas 30 min/dia, 3-5x/sem Tratamento Não-medicamentoso * 6g de sal/dia = 4 colheres de café rasas de sal = 4g + 2g de sal próprio dos alimentos Características das bebidas alcoólicas mais comuns Bebida % etanol oGL (Gay Lussac) Cerveja Consumo máximo tolerado ~6% (3-8) ~2 latas = 700 ml ou 1 garrafa= 650 ml Tratamento Não-medicamentoso etanol (g) em 100 ml volume para 30g de etanol 6g/100 ml x 0,8* = 4,8 g 625 ml Vinho ~12% (5-13) ~2 taças de 150 ml ou 1 taça de 300 ml 12g/100 ml x 0,8* = 9,6 g 312,5 ml Uísque, vodca, aguardente ~40% (30-50) ~2 doses de 50 ml ou 3 doses de 30 ml 40g/100 ml x 0,8* = 32 g 93,7 ml * Densidade do etanol Ser eficaz por via oral. Ser bem tolerado. Permitir a administração em menor número possível de tomadas diárias, com preferência para dose única diária. O medicamento anti-hipertensivo deve: Iniciar com as menores doses efetivas preconizadas para cada situação clínica, podendo ser aumentadas gradativamente. Deve-se levar em conta quanto maior a dose, maiores serão as probabilidades de efeitos adversos. Princípios gerais Tratamento Medicamentoso Pode-se considerar o uso combinado de medicamentos anti-hipertensivos em pacientes com hipertensão em estágios II e III que, na maioria das vezes, não respondem à monoterapia. Princípios gerais Tratamento Medicamentoso O medicamento anti-hipertensivo: Ser utilizado por período mínimo de 4 semanas, salvo em situações especiais, para aumento de dose, substituição da monoterapia ou mudança da associação de fármacos. REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL PA = DC X RVP Katzung/98 REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Katzung/98 FISIOPATOGENIA Diuréticos. Inibidores adrenérgicos. Ação central – agonistas alfa 2 centrais. Alfabloqueadores – bloqueadores alfa 1 adrenérgicos. Betabloqueadores – bloqueadores beta-adrenérgicos. Alfabloqueadores e betabloqueadores. Bloqueadores dos canais de cálcio. Inibidores da ECA. Bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina II. Vasodilatadores diretos Classes de Anti-hipertensivos INIBIDORES DA ECA Angiotensinogênio Tecido Retenção de sódio e líquido Ativação Simpática Pulmões Fígado Angiotensina I Angiotensina II Receptor- AT1 ECA Renina Vaso- constrição Crescimento celular A cascata enzimática do sistema de renina-angiotensina Angiotensinogênio Renina Angiotensina II ECA Receptor- AT1 Vaso- constrição Crescimento celular Retenção de sódio e líquido Ativação Simpática Vias não-ECA t-PA Catepsina G Angiotensina I Quimase (EGAQ) Produção de angiotensina II: Vias ECA e não dependente de ECA Sistema de renina-angiotensina circulatório Efeitos a curto prazo Reabsorção de água e sódio Vasoconstrição Efeitos positivos Inotrópicos Cronotrópicos Arritmogênicos Angiotensina Vasos Sistema de renina-angiotensina nos tecidos Efeitos a longo prazo Vasos Hipertrofia vascular Hipertensão intraglomerular Hipertrofia miocardíaca Ações do sistema renina-angiotensina na circulação e nos tecidos MECANISMO HUMORAL / LOCAL - SRA fígado fígado Angiotensinogênio Cininogênio rim Renina Calicreína pâncreas Angiotensina I Bradicinina PGs pulmão ECA Inibidores Cininase da ECA Angiotensina II Produtos Inativos vasoconstr adrenal aldosterona rim retenção NaCl/H2O Angiotensinogênio Angiotensina I Angiotensina II Receptores AII Renina Enzima conversora de angiotensina (ECA) AT2 AT1 Inibidores de renina Inibidores ECA Antagonistas de AII Intervenção farmacológica no sistema renina-angiotensina Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (ECA) Mecanismo - Inibe a enzima conversora da Angiotensina I em II no sangue e nos tecidos Reações adversas - tosse seca, alteração do paladar, erupção cutânea e edema, hiperpotassemia MECANISMO E EFEITOS COLATERAIS Medicamentos Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Quinapril Perindopril Ramipril Trandolapril Mínima 5 25 2,5 15 5 10 5 10 4 2,5 2 Máxima 20 150 5 30 40 20 20 20 8 10 4 Número de tomadas/dia 1 2-3 1 1-2 1-2 1 1 1 1 1 1 Posologia Agentes Anti-hipertensivos (IECA) Disponíveis no Brasil INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA captopril (Capoten) enalapril (Renitec) ramipril (Triatec) fosinipril (Monopril) benzaperil (Lotensin)...... PRINCIPAIS DROGAS Medicamentos Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II Candersartana Irbesartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana Mínima 8 150 25 20 40 80 Máxima 16 300 100 40 80 160 Número de tomadas/dia 1 1 1 1 1 1 Posologia Agentes Anti-hipertensivos (ARA) Disponíveis no Brasil FÁRMACOS DIURÉTICO Os diuréticos são medicamentos que acarretam uma perda global de sódio e água por parte do corpo através de uma ação sobre o rim. São classificados em: Diuréticos Tiazídicos; Diuréticos de Alça; Poupadores de Potássio; Diuréticos Osmóticos; Inibidores da Anidrase Carbônica; FÁRMACOS DIURÉTICOS Regulação do balanço de água e íons inorgânicos: (Na+, Cl-, H+, HCO3-, Ca++, K+, Mg++, HPO4--, etc...) regulação do equilíbrio hidrossalino e da P. A. regulação do equilíbrio ácido-básico (pH sangüíneo) Secreção de hormônios: Calcitriol [1,25 (OH)2-Vit. D3], Renina; Eritropoietina Excreção de catabólitos e xenobióticos (drogas). Gliconeogênese (em jejum prolongado). FUNÇÕES RENAIS A manutenção do meio interno através da: SISTEMA RENAL RINS Tem como unidade funcional o NÉFRON, fazem parte dele as seguintes estruturas; Glomérulo; Cápsula de Bowman; Tubo contorcido proximal; Ramos descendente e ascendente da alça de Henle; Tubo contorcido proximal; Tubo coletor; 3- Arteríola aferente 4- Arteríola eferente 5-Túbulo contorcido proximal 2-glomérulo 9- vasos retos (capilares peritubulares) M E D U L A R C O R T I C A L 1-Cap. de Bowman 8- Alça de Henle fina 7: ducto coletor cortical Capilares peritubulares 6-Túbulo Contorcido distal ducto coletor medular Mecanismos de manipulação do filtrado pelos túbulos renais: Túbulo Contorcido Proximal: Reabsorção de 70% do volume do filtrado: 100% da Glicose e aminoácidos; 70% da água, NaCl e K+ 80-90% do HCO3- 70% do Cálcio; Alça de Henle e TCD inicial: Reabsorção de 10% do volume do filtrado: 10% da água (descendente); 20% do NaCl; K+ 20% do Ca2+, K+ e Mg2+ 15% do HCO3-; Co-transporte K+/ Na+/ 2Cl-; Co-transporte Na+/ Cl-; Mecanismos de manipulação do filtrado pelos túbulos renais: Regulação hormonal da reabsorção renal de Água no néfron distal (TCD final e DC) Regulação hormonal da reabsorção renal de NaCl no néfron distal (TCD final e DC cortical) DIURÉTICOS Ca 1- Acetazolamida 2- Diurético osmótico 3- Diurético de alça 4- Tiazídico 5- Antag. da aldosterona 6- Antag. do ADH DIURÉTICOS - CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO C/A EXCREÇÃO DE SÓDIO I - Alta eficácia (>15%) (de alça) Ac. Etacrínico Sulfamídicos (furosemida, bumetanida, piretanida) II – Eficácia média (5-10%) Tiazídicos (clorotiazida, renzotiazida, hidroclortiazida) III – Fracos ou adjuntivos (<5%) Xantinas = (ação dilatadora da arteríola aferente e túbulo proximal) Agentes osmóticos = manitol Poupadores de potássio = (final túbulo distal de Na - K/H) Antagonista da aldosterona = espirolactona Triantereno e amilorida INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA Inibidores da Anidrase Carbônica Inibidor da anidrase carbônica impede as reações de quebra do gás carbônico; Conseqüentemente, não ocorrerá troca do íon Na+ pelo íon H+, havendo assim retenção de Na+ e H2O no túbulo proximal promovendo aumento da diurese; São bem absorvidos após administração oral; Atinge máx. em 2h e persiste 12h após dose única. DIURÉTICOS DE ALÇA Diuréticos de Alça Os diuréticos de alça são os mais poderosos de todos os diuréticos, capazes de acarretar a excreção de 15 a 25% do sódio existente no filtrado. Mecanismo de Ação: Bloqueiam o transporte de Na+ K+ 2Cl- no ramo ascendente espesso da alça de Henle; Aumento do fluxo sanguíneo renal. DIURÉTICOS TIAZÍDICOS Tiazídicos: Modo de ação Efeito diurético: Tem moderada ação diurética; Atua inibindo a reabsorção de Na+ por bloqueio de co- transporte de Na+ e Cl- nas porções proximais do túbulo contorcido distal; Efeito anti-hipertensivo: Inicialmente há perda de Na+ e H2O Hipovolemia relativa do DC De modo geral a RVP, levando à da PA. Antihipertensivo de escolha em praticamente todos os hipertensos; Devido ao aumento da reabsorção de Ca2+ no TCD, os tiazídicos têm efeito hipocalciúrico, sendo indicados na nefrolitíase por hipercalciúria Tiazídicos: Uso clínico Vantagens: São baratos; Fácil aderência-1 comp. pela manhã; Têm efeitos sinérgico ou aditivo a todos os outros anti - hipertensivos; Diminui a incidência de AVC. DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO Nome genérico Nome comercial Dose manutenção p/ adulto Freq. de administração Duração da ação Amilorida Midamor 5-20mg/d 1x/d 24h Espironolactona Aldactone 50-400mg/d 1-2x/d 3-6h Triantereno Dyenium 50-300mg/d 1-2x/d 3-6h DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO Espironolactona: Mecanismo de Ação Local: Células epiteliais na porção final do túbulo distal e no ducto coletor. Modo: Inibem competitivamente a ligação da Aldosterona com seu receptor citoplasmático nas células citadas; Função do Complexo Receptor-Aldosterona: O complexo liga-se a seqüências DNA, regulando a expressão das AIP5 (Proteínas induzidas pela Aldosterona). Triantereno e Amilorida: Mecanismo de Ação Inibidores dos canais de Na+ nos segmentos finais do néfron (túbulo distal e ducto coletor); Não antagonizam Aldosterona; Pequenos aumentos na excreção de Na+ e Cl-; Inibem a entrada eletrogênica de Na+ na cél. Principal: potencial elétrico tubular excreção de K+. Medicamentos Diuréticos Tiazídicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alça Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potássio Amilorida (em associação) Espironolactona Triantereno (em associação) Mínima 12,5 12,5 2,5 1,5 0,5 20 6 2,5 50 50 Máxima 25 25 5 5 ** ** 12 5 200 100 Número de tomadas/dia 1 1 1 1 1-2 1-2 1 1 1-2 1 Posologia Agentes Anti-hipertensivos (DIURÉTICOS) Disponíveis no Brasil INIBIDORES ADRENÉRGICOS Medicamentos Inibidores adrenérgicos Ação central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina Mínima 500 0,2 4 0,2 1 0,1 1 1 4 1 Máxima 1.500 0,6 12 0,6 2 0,25 16 20 8 20 Número de tomadas/dia 2-3 2-3 2-3 1 1 1-2 1 2-3 1 1-2 Posologia Agentes Anti-hipertensivos Disponíveis no Brasil MECANISMO DE AÇÃO DOS INIBIDORES ADRENÉRGICOS Medicamentos Inibidores adrenérgicos Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Metoprolol/Metoprolol (ZOK) Nadolol Propranolol Pindolol Alfa e Betabloqueadores Carvedilol Mínima 25 2,5 50 40 40/80 10 12,5 Máxima 100 10 200 120 240/160 40 50 Número de tomadas/dia 1-2 1-2 1-2 1 2-3/1-2 2 1-2 Posologia Agentes Anti-hipertensivos (BETA-BLOQUEADORES) Disponíveis no Brasil Medicamentos Vasodilatadores diretos Hidralazina Minoxidil Bloqueadores dos canais de cálcio Fenilalquilaminas Verapamil Retard* Benzotiazepinas Diltiazem SR* ou CD* Diidropiridinas Amlodipina Felodipina Isradipina Lacidipina Nifedipina Oros* Nifedipina Retard* Nisoldipina Nitrendipina Lercanidipina Manidipina Mínima 50 2,5 120 180 2,5 5 2,5 2 20 20 5 10 10 10 Máxima 200 80 480 480 10 20 20 8 60 40 40 40 30 20 Número de tomadas/dia 2-3 2-3 1-2 1-2 1 1-2 2 1 1 2 1-2 2-3 1 1 Posologia Agentes Anti-hipertensivos Disponíveis no Brasil Anti-hipertensivo Anti-hipertensivos: Interações Medicamentosas Fármacos Efeitos Diuréticos Tiazídicos e de alça Poupadores de potássio Digitálicos Antiinflamatórios esteróides e não-esteróides. Hipoglicemiantes orais Lítio Suplementos de potássio e inibidores da ECA Intoxicação digitálica por hipopotassemia Antagonizam o efeito diurético Efeito diminuído pelos tiazídicos Aumento dos níveis séricos do lítio Hiperpotassemia Estágio 1 Diurético Betabloqueador Inibidor da ECA Bloqueadores dos canais de cálcio Bloqueadores do receptor AT1 Classes distintas em baixas doses, principalmente para estágios 2 e 3 Monoterapia Associação de fármacos Aumentar a dose Substituir a monoterapia Adicionar 2o anti-hipertensivo Aumentar a dose da associação Trocar a associação Resposta inadequada ou efeitos adversos Adicionar outros anti-hipertensivos Resposta inadequada Tratamento Medicamentoso Adicionar 3o anti-hipertensivo Inibidores adrenérgicos Ação central Betabloqueadores Alfabloqueadores Antidepressivos tricíclicos Insulina e hipoglicemiantes orais Amiodarona, quinidina Cimetidina Cocaína Vasoconstritores nasais Diltiazem, verapamil Dipiridamol Antiinflamatórios esteróides e não-esteróides Diltiazem, verapamil, betabloqueadores e inibidores adrenérgicos centrais Redução do efeito anti-hipertensivo Redução dos sinais de hipoglicemia e bloqueio da mobilização de glicose Bradicardia Reduz a depuração hepática de propranolol e metoprolol Potencializam os efeitos da cocaína Facilitam o aumento da pressão pelos vasoconstritores nasais Bradicardia, depressão sinusal e Bloqueio atrioventricular Bradicardia Antagonizam o efeito hipotensor Hipotensão Anti-hipertensivo Fármacos Efeitos Anti-hipertensivos: Interações Medicamentosas Inibidores da eca Suplementos e diuréticos poupadores de potássio Ciclosporina Anti-inflamatórios esteróides e não-esteróides Lítio Antiácidos Hiperpotassemia Aumento dos níveis de ciclosporina Antagonizam o efeito hipotensor Diminuição de depuração do lítio Reduzem a biodisponibilidade do captopril Anti-hipertensivo Fármacos Efeitos Anti-hipertensivos: Interações Medicamentosas Bloqueadores dos canais de cálcio Digoxina Bloqueadores de H2 Ciclosporina Teofilina, prazosina Moxonidina Verapamil e diltiazem aumentam os níveis de digoxina Aumentam os níveis dos antagonistas dos canais de cálcio Aumento do nível de ciclosporina, à exceção de amlodipina e felodipina Níveis aumentados com verapamil Hipotensão Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II Moxonidina Hipotensão com losartana Anti-hipertensivo Fármacos Efeitos Anti-hipertensivos: Interações Medicamentosas Medicamentos Indicados para Uso Oral nas Urgências Hipertensivas Medicamentos Dose início duração Efeitos adversos e precauções Ação Nifedipina 10-20 mg VO 5-15 min 3 – 5 h Redução abrupta da pressão, hipotensão Cuidados especiais em idosos Captopril 6,25-25mg VO Repetir em 1 h se necessário 15-30 min 6 – 8 h Hipotensão, hiperpotassemia, insuficiência renal, estenose bilateral de artéria renal ou rim único estenose de artéria renal Clonidina 0,1-0,2 mg VO h/h 30-60 min 6 – 85 h Hipotensão postural, sonolência, boca seca Medicamentos Usados por Via Parenteral para Tratamento das Emergências Hipertensivas Medicamentos Dose início duração Efeitos adversos e precauções Ação Nitroprussiato de sódio 0,25-10 mg/kg/min EV imediato 1-2 min Náuseas, vômitos, intoxicação cianeto, cuidado insuficiência renal e hepática e pressão intracraniana alta. Hipotensão grave Indicações Maioria das emergências hipertensivas Nitroglicerina 5-100 mg/min EV 2-5 min 3-5 min Cafeléia, taquicardia, taquifilaxia, flushing, meta-homoglobinemia Insuficiência coronariana Hidralazina 10-20 mg EV 10-40 mg IM 6/6h 10-30 min 3-12 h Cafeléia, taquicardia, vômitos, piora da angina e do infarte. Cuidado com pressão intracraniana elevada Eclâmpsia Metoprolol 5 mg EV repetir10/10min se necess. até 20mg 5-10 min 3-4 h Bradicardia, bloqueio atroventrioventricular avançado, insuficiência cardíaca, broncoespasmo Insuf.iciência coronariana Aneurisma dissecante aorta Furosemida 20-60 mg repetir após 30 min 2-5 min 30-60 min hipopotassemia Insuficiência ventricular esquerda, hipervolemia Classe Efeito pressor/freqüência Ação sugerida Imunossupressores Ciclosporina, Tacrolimus Glicocorticóide Intenso e freqüente Inibidor da ECA e antagonista de canal de cálcio (nifedipina/ amlodipina). Ajustar nível sérico Reavaliar opções Antiinflamatórios não-esteróides Inibidores da COX-1 e COX2 Eventual, muito relevante com uso contínuo Observar função renal e informar efeitos adversos Anorexígenos/sacietógenos Anfepramona e outros Sibutramina Vasoconstritores, incluindo derivados do ergot Intenso e freqüente Moderado, mas pouco relevante Variável, mas transitório Suspensão ou redução de dose Avaliar a redução da pressão arterial obtida com a redução de peso Usar por tempo determinado Fármacos e Drogas que Podem Induzir Hipertensão Hormônios Eritropoietina humana Anticoncepcionais orais Terapia de reposição estrogênica Hormônio de crescimento (adultos) Variável e freqüente Variável, prevalência de HA até 5% Variável Variável, uso cosmético Avaliar hematócrito e dose semanal Avaliar a substituição do método com especialista Avaliar riscos e custo/benefício Suspensão Antidepressivos Inibidores da monoaminoxidase Tricíclicos Intenso, infreqüente Variável e freqüente Abordar como crise adrenérgica Abordar como crise adrenérgica.; vigiar interações medicamentosas Drogas ilícitas e álcool Anfetaminas, cocaína e derivados Álcool Efeito agudo, intenso; dose-dependente Variável e dose-dependente; muito prevalente Abordar como crise adrenérgica Vide tratamento não-farmacológico Fármacos e Drogas que Podem Induzir Hipertensão Classe Efeito pressor/freqüência Ação sugerida Situações Especiais Anticoncepcionais Orais Aumentam o risco de hipertensão (se surgir obriga sua interrupção, instituindo outro método contraceptivo) Contra-indicados em hipertensas com mais de 35 anos e fumantes Evitar em portadoras de síndrome metabólica Terapia de Reposição Estrogênica Não está contra-indicada em hipertensas, mas sim em mulheres de alto risco CV Não deve ser utilizada para proteção CV Monitorar a PA, devido a possibilidade de elevação Via transdérmica parace ser a melhor opção Gravidez Hipertensão Crônica (Preexistente) Presente antes da gravidez ou diagnosticada até a 20ª sem Tratamento medicamentoso se PA>160/100 mmHg Alfametildopa é primeira escolha. Opções adicionais: betabloqueadores, bloq. cálcio e diuréticos. Inibidores da ECA e bloq AT1 são contra-indicados. Pré-eclâmpsia/Eclâmpsia Caracterizada pelo aumento da PA e proteinúria Ocorre geralmente após a 20ª semana de gestação Tratamento definitivo é interrupção da gestação Garantir maturidade pulmonar fetal Endovenoso: Sulfato de Magnésio, Hidralazina Opções: nifedipino e mais raramente nitroprussiato de sódio Diabete Melito Associação de HAS e DM aumenta muito risco CV Controle da HAS é fundamental na prevenção de Eventos cardiovasculares Nefropatia Retinopatia Todos os anti-hipertensivo de primeira escolha podem ser utilizados Na presença de microalbuminúria ou proteinúria o bloqueio do SRAA torna-se fundamental. Meta < 130/80 mmHg < 125/75 se houver proteinúria > 1,0 g/24h Dislipidemias HAS e hipercolesterolemia representam metade do risco atribuível da doença coronária Controle conjunto da PA e lipídeos tem grande impacto sobre morbi-mortalidade Prioridade deve ser o controle do LDL e secundariamente HDL e TGL Medidas não farmacológicas e Farmacológicas: Vastatinas Ezetimiba, ácido nicotínico, fibratos Combinações Decisão terapêutica e estratificação de risco de acordo com a presença de doença aterosclerótica, diabete, risco de eventos em 10 anos (escore de Framingham). Situações Especiais Cardiopatia isquêmica Controle gradual da HAS Fundamental controle dos outros fatores de risco CV e uso do ácido acetilsalicílico Betabloqueadores são primeira escolha Alternativas: bloqueadores dos canais do cálcio IECA: benefícios mesmo em normotensos Após Infarto: Betabloqueador + Inibidor de ECA Hipertrofia do Ventrículo Esquerdo (HVE) Está associada a maior risco CV e estudos sugerem que sua regressão está associada e redução de risco Todos os anti-hipertensivos reduzem a HVE, com exceção dos vasodilatadores diretos, sendo os bloqueadores do SRAA os mais eficazes Insuficiência Cardíaca (IC) HAS é fator de risco para desenvolvimento de IC, com função sistólica preservada ou não Controle da HAS é fundamental na prevenção primária da IC Tratamento não-medicamentoso é fundamental Medicamentos: Inibidor da ECA, Bloqueadores do receptor AT1 (isolados ou em associação) Betabloqueadores (carvedilol, metoprolol, bisoprolol) Diuréticos: controle da hipervolemia ou como anti-hipertensivo. Em muitos casos tiazídicos são suficientes Antagonista da aldosterona reduziu mortalidade em pacientes com IC grave, em uso de diuréticos de alça, mas aumentam incidência de hiperpotassemia Bloqueador de canal de cálcio (apenas anlodipino e felodipino) podem ser utilizados para controle da HAS ou angina do peito
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