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Resumo pra P2 de Processo Civil IV - Prof. Felipe Pires - 6º DC 2016 UNISANTOS

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DOS RECURSOS
Conceito: recursos são remédios processuais para submeter a decisão judicial a nova apreciação. 
Características: 
Interposição na mesma relação processual: significa que os recursos prolongam uma ação, não criam um novo processo.
Aptidão para retardar ou impedir preclusão ou coisa julgada: a decisão impugnada não se torna definitiva enquanto houver recurso pendente ou possibilidade de sua interposição. Nos recursos com efeito suspensivo, a decisão não produz efeito, não tem eficácia. Não havendo efeito suspensivo, produz efeitos desde logo, mas estes não são definitivos, podendo a decisão ser modificada. 
Agravo de instrumento não tem, em regra, efeito suspensivo. Se provido, os atos processuais supervenientes, incompatíveis com essa nova decisão, ficam prejudicados, até a sentença.
Correção de erros: o interessado na formulação do recurso postula anulação ou substituição da decisão, alegando erros in procedendo (vícios processuais) ou erros in judicando (injustiça da decisão). O reconhecimento dos primeiros ensejam anulação da decisão anterior. O reconhecimento do segundo enseja reforma da decisão. 
Impossibilidade de inovação: em regra, não se pode invocar matérias não arguidas e discutidas antes. Exceção: art. 493. Juiz deve levar em consideração fatos supervenientes e relevantes, de ofício ou a requerimento. Exceção: art. 1014. Apelante pode suscitar algo que não arguiu ante, se provar que não o fez em razão de força maior. Exceção: pode haver alegação de questões de ordem pública, como a falta de condições da ação, prescrição, decadência, etc. 
Sistema de interposição: os recursos são interpostos perante órgão a quo (o mesmo órgão de origem). Exceção: agravo de instrumento. 
Embargos de declaração e infringentes: interpostos e julgados no mesmo órgão. 
O órgão a quo processa o recurso e o encaminha para o órgão ad quem, que faz juízo de admissibilidade e de mérito. Antes de examinar a pretensão recursal, o órgão ad quem faz este juízo. Se não houver condição de ser o recurso conhecido, ele não o conhece. Se houver, conhecerá, dando ou negando provimento à pretensão. 
A decisão do órgão ad quem em regra substitui a do a quo: quando o órgão ad quem examina o recurso, podem 3 coisas acontecerem: 
Pode não conhecer o recurso, mantendo-se, portanto, a decisão do órgão a quo.
Pode conhecer para anular ou declarar nulidade da decisão anterior, retornando os autos para que outra decisão seja proferida.
Pode conhecer, negando provimento, mantendo a decisão antiga; ou dando provimento, para reformar a anterior. Se houver conhecimento do recurso para prosseguimento do provimento, a decisão do ad quem substitui a do ad quo, mesmo no caso de manter a decisão por negação do provimento. O que deve ser executado passa a ser, então, o acórdão. 
O não conhecimento e o trânsito em julgado: o recurso, ainda que não venha a ser conhecido, impede o trânsito em julgado, salvo má-fé. 
Atos processuais sujeitos a recurso
Só cabe recurso contra pronunciamento com conteúdo decisório, do juiz. Não cabendo, portanto, aos despachos. 
Cabíveis contra: as sentenças, que põe fim à fase cognitiva. Cabe apelação e eventuais embargos de declaração; as decisões interlocutórias, atos que se prestam a resolver questões incidentes. Cabe embargos de declaração. Há duas espécies: as decisões as quais correm em separado, por agravo de instrumento (art. 1015) e as decisões que correm na apelação ou nas contrarrazões (devem ser suscitadas preliminarmente); as decisões monocráticas do relator (cabe agravo interno); os acórdãos, decisões colegiadas dos tribunais. Cabe embargos de declaração, recurso extraordinário e especial (nestes últimos dois casos, se houver ofensa à Constituição ou à lei federa). Cabe também recurso ordinário. 
Requisitos de admissibilidade
Constituem matéria de ordem pública e, por isso, devem ser examinadas de oficio
Podem ser intrínsecos ou extrínsecos.
Requisitos intrínsecos: cabimento (recurso cabível é o previsto no ordenamento. Rol taxativo do art. 994. A Lei especial pode criar outros, como os embargos infringentes, na lei de execução fiscal), legitimidade recursal (as partes; o promotor do MP quando este for fiscal, tem prazo em dobro para recorrer. Art. 180; terceiro prejudicado).
Advogado pode recorrer, em nome próprio, ou pela parte que representa, em matéria de honorários advocatícios. 
Perito não pode recorrer de seus honorários por recurso, mas por uma ação própria. 
Interesse recursal: só tem interesse em recorrer quem tiver sofrido sucumbência. 
Exceção: embargos de declaração, condicionado a outro interesse, o de declarar, sanar contradição, integrá-la ou corrigir erro material. 
Recurso não pode recair sobre a fundamentação da sentença. Importa a possibilidade de alteração do resultado. Só pode recorrer da fundamentação se esta não for compatível com a decisão ou se o juiz extrapolar.
Não pode ter recurso, via de regra, sobre acordo, reconhecimento de pedido ou renúncia ao direito da ação, só se homologação extrapolar.
Não pode ter recurso sobre pedidos alternativos que não houver sido manifestada preferência, por não constituir sucumbência. 
Pedido principal e subsidiário se o juiz acolher o subsidiário em detrimento do principal, há interesse de recorrer. 
Requisitos extrínsecos: fatores externos que não tem relação com a decisão. 
Tempestividade: recurso apresentado fora do prazo é intempestivo e inadmissível. 
Prazo de 15 dias para interposição, exceto se o recurso for embargos de declaração, que tem prazo de 5 dias.
Recurso adesivo: prazo dobrado.
MP, Fazenda Pública, Defensoria Pública e Advocacia Pública tem prazo dobrado.
A oposição de embargos de declaração interrompe o prazo para apresentação de outros recursos. 
Preparo: quem recorre argui com as custas, com as despesas, que beneficiam a Fazenda Pública. Não cabe recolhimento de preparo para embargos de declaração.
São isentos de pagar preparo o MP, a Fazenda Pública e os beneficiários da justiça gratuita. 
Porte de remessa e retorno e preparo cabem no recurso especial e no extraordinário.
A falta de recolhimento do preparo gera pagamento em dobro. 
Regularidade formal: recursos são escritos ou, se oral, reduzidos a termo.
Recurso deve acompanhar razões no ato de interposição. 
Inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer: extintivo compreende a renúncia e aquiescência, prévias a interposição. Se identificadas, fica vedada a admissibilidade. 
Impeditiva: desistência, que é posterior à interposição, manifestada até o início do julgamento do recurso.
Modo de interposição dos recursos
Adesivo: cabe na apelação, recurso especial e extraordinário. 
Requisitos: sucumbência recíproca e recurso do adversário. 
Tem caráter acessório. É apresentado no prazo das contrarrazões, mas em peças distintas, por terem fundamentações diferentes. 
Art. 997. Parágrafo 2º, III fica prejudicado se o recurso principal não for admitido, for julgado deserto ou se houver desistência. 
Remessa necessária: consiste na necessidade imposta pela lei da sentença, para se tornar eficaz, ser reexaminada pelo Tribunal. É uma condição de eficácia. Se se verificar as hipóteses de cabimento, deve o juiz de ofício remessar à instancia superior, ainda que as partes não tenham recorrido. 
Cabimento: art. 496. Casos referentes a Fazenda Pública. 
Outras hipóteses: sentença que julga improcedente a ação popular sem resolução de mérito; sentença que concede mandado de segurança. 
Efeitos
Devolutivo: consiste na aptidão do órgão ad quem tomar conhecimento da matéria impugnada.
Aspectos: extensão a parte diz a extensão das matérias que quer sejam reexaminadas; 
 Profundidade juiz aprecia todas as pretensões, mas não todos os fundamentos, apenas os suficientes para acolher ou rejeitar. 
Art. 1013. Parágrafo 3º. Hipóteses em que o Tribunal pode julgar, mesmo que a primeira instância não o tenhafeito. 
Se o Tribunal afasta a prescrição ou decadência, pode examinar as pretensões formuladas que não foram apreciadas, desde que encontre nos autos elementos necessários para tal. 
Suspensivo: 
DOS RECURSOS EM ESPÉCIE 
Apelação: recurso que cabe contra sentença que põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. Na Lei de Execução Fiscal, contra a sentença que julga os embargos de pequeno valor, o recurso cabível é o de embargos infringentes. Da sentença que decreta a falência, cabe agravo de instrumento, e não apelação.
No sistema do atual CPC, em que não há mais o agravo retido, as decisões interlocutórias contra as quais não cabe agravo de instrumento, isto é, as que não constam do rol do art. 1.015 e que, por isso, não estão sujeitas à preclusão, poderão ser reexaminadas pelo Tribunal, se suscitadas como preliminar de apelação ou nas contrarrazões. Só então, se não forem suscitadas nesse momento, é que se tornarão preclusas, não podendo mais ser rediscutidas.
Caso o apelante pretenda que o tribunal reexamine a questão agravada, deve suscitá-la como preliminar, nas razões de apelação; caso seja o apelado quem pretenda o reexame, deverá suscitá-la nas contrarrazões.
O prazo para a interposição é de quinze dias. É interposto no juízo a quo (de origem da decisão). 
Agravo de instrumento: recurso cabível contra decisões interlocutórias de matéria constante no art. 1015, incisos I a XIII. Este rol é taxativo. São recorríveis em separado e preclusão se o agravo não for interposto no prazo. 
É interposto no órgão ad quem (órgão diferente do de origem da decisão), no prazo de 15 dias. 
No estado de SP, a lei impõe recolhimento de preparo no agravo de instrumento. 
O recurso do agravo é instituído com cópias de peças dos autos do processo. Há peças obrigatórias, sem as quais o recurso não é conhecido. Antes de indeferir o recurso, dá-se prazo de 5 dias para emenda da documentação. Se o agravante não cumprir, indefere-se.
Exemplos de peças obrigatórias: cópia da petição inicial, das procurações dos advogados, da contestação, da decisão agravada, etc. Constam no art. 1017, I. O inciso II trata da hipótese de declaração de inexistência de uma das peças. 
Efeito ativo (antecipação da tutela da pretensão recursão): o relator defere quando for relevante a fundamentação e houver risco de lesão grave e de difícil reparação, por requerimento do agravante. 
Juízo de retratação: enquanto o agravo não for julgado, poderá o juízo a quo se retratar. Se a retratação for completa, o tribunal julga prejudicado o recurso. Se parcial, reexamina a parte da decisão que não foi reformada. 
Agravo interno: cabe contra decisões monocráticas do relator. Tem prazo de 15 dias. Pode o relator se retratar. É examinado pelo mesmo colegiado que o do julgamento do recurso no qual se proferiu a decisão do relator, ou seja, órgão ad quo.
Embargos de Declaração: tem a função de sanar vícios da decisão e aclará-la. Cabe contra todo tipo de decisão judicial: interlocutória, sentença, acórdão. 
Em razão de obscuridade (falta de clareza, não se compreende, decisão ambígua), contradição (falta de coerência, incompatibilidade de ideias numa mesma decisão), omissão (juiz deixa de se pronunciar sobre ponto que exigia sua manifestação) e erro material (correção que pode ser feita que ofício, referente a erros de cálculo, de número do processo, etc). 
Prazo de 5 dias. Não há preparo.
A interposição interrompe prazo para apresentação de outros recursos. 
São interpostos no juízo que prolator a decisão (a quo, de origem).
Contra acórdão --> decisão também colegiada.
Contra decisão monocrática --> decidida monocraticamente também. 
Pode servir de pre-questionamento para recurso especial e extraordinário, mesmo que não admitidos os embargos. 
Tem efeito suspensivo se houver risco de dano grave e de difícil reparação. 
Seu acolhimento pode implicar modificação da decisão, por afastamento dos vícios, mas nunca por mudança de convicção. 
Recurso ordinário: dirigido ao STJ ou STF. Cabível para reexame de decisões de competência originária dos tribunais. 
Prazo de 15 dias. Interposto perante o relator do acórdão recorrido.
Ao STF, os recursos do art. 102, II, CF.
Ao STJ, os do art. 105, II, CF. 
Recurso extraordinário: cabível contra decisões que contrariem a Constituição ou leis federais. São eles o extraordinário, o especial e os embargos de divergência. 
Prazo de 15 dias. Podem o recurso especial e o extraordinário serem interpostos simultaneamente. Podem ser interpostos sob forma comum ou adesiva. 
Exigem recolhimento de preparo e porte de remessa e retorno. 
Não tem efeito translativo. 
Requisitos especiais: 
- tenham se esgotados os recursos ordinários
- interpostos contra decisão de única ou última instância (especial só tribunais, extraordinário pode colégio recursal)
- só reexaminam matéria jurídica, não de fato. 
Pre-questionamento: a exigência da questão ter sido suscitada e discutida anteriormente. 
Para o STF, basta oposição de embargos de declaração para ser prequestionamento. Chamado de prequestionamento ficto. 
Para o STJ, antes não bastava a oposição, agora basta. 
Disposições específicas sobre recursos extraordinários: 
Recurso especial: compete ao STJ. Art. 105, III, CF
Recurso extraordinário: compete ao STF. Art. 102, III, CF.
Agravo em recurso especial e recurso extraordinário: cabível contra decisão do presidente ou vice-presidente que não admitir processamento destes recursos.
Embargos de divergência: tem função de uniformizar a jurisprudência, evitando divergências. Prazo de 15 dias.

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