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CCJ0050-WL-D-AMMA-10-Responsabilidade Subjetiva do Estado

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AULA 10 – Responsabilidade Subjetiva do Estado.
Responsabilidade Civil
Responsabilidade Civil
Aula 10
OBJETIVOS
SABER que existe no âmbito da responsabilidade civil do Estado a
possibilidade de responsabilidade civil subjetiva
IDENTIFICAR a culpa anônima diante do caso concreto
COMPREENDER a culpa anônima
DISTINGUIR a omissão genérica e a omissão específica
APLICAR a responsabilidade civil aos danos causados pelos atos judiciais e
pela atividade judiciária
ANALISAR a responsabilidade civil dos prestadores de serviços
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1. Responsabilidade subjetiva do Estado
2. Culpa anônima
3. Diferença entre omissão genérica e omissão específica
4. Responsabilidade decorrente de atos judiciais
4.1. Responsabilidade por ato judicial
4.2. Responsabilidade pela atividade judiciária
4.3. Responsabilidade pessoal do juiz
5. Responsabilidade por atos legislativos
CONTEÚDO
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Histórico Entidades Alcançadas pela 
Responsabilidade Objetiva
Responsabilidade 
subjetiva - Objetiva
Excludentes da Responsabilidade
Teoria da 
Irresponsabilidade
Administração Direta 
(descentralização ou substituição 
da pessoa jurídica originária)
Omissão Genérica
Resp. Subjetiva
Caso Fortuito 
Responsabilidade 
Subjetiva (com culpa)
Empresas Públicas
Sociedades de Economia Mista
Fundações Públicas 
Obs. Quando no desempenho de 
serviços públicos.
Omissão Específica
Resp.Objetiva
Força Maior
Responsabilidade pela 
falta do serviço (culpa 
anônima)
Concessionários e Permissionários 
de serviços públicos.
Ação
Responsabilidade
Objetiva
Culpa Exclusiva da Vítima
Responsabilidade 
Objetiva (atual)
Serviços sociais autônomos Culpa exclusiva de terceiro
Teoria o Risco Social Organizações sociais
Teoria do Risco Integral Notários
Obs. NÃO estão alcançadas pela 
regra da responsabilidade objetiva 
do Estado:
• Entidades religiosas, associações
de moradores, fundações criadas
por particulares, pessoas privadas
que exercem atividades
comerciais, industriais.
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Artigo perfeito: 
http://br.bing.com/search?q=An%C3%A1lise+do+art.+3
7%2C+%C2%A76%C2%BA+da+CR%2F88+responsabilidade
+civil+do+estado&qs=n&form=QBRE&pq=an%C3%A1lise
+do+art.+37%2C+%C2%A76%C2%BA+da+cr%2F88+respons
abilidade+civil+do+estado&sc=0-0&sp=-1&sk=
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PRESENÇA DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
O ordenamento jurídico brasileiro tem como regra a
adoção da responsabilidade civil objetiva com
fundamento na teoria do risco administrativo quando um
agente que atuando na sua qualidade causar um dano a
terceiro. Porém, não se pode esquecer que ainda existe
a possibilidade da presença da responsabilidade civil
subjetiva do Estado com fundamento na culpa anônima
que está ligada a falta do serviço que segundo o
professor Cavalieri pode ser enquadrado "seja porque
este não funcionou, quando deveria normalmente
funcionar, seja porque funcionou mal ou funcionou
tardiamente"
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Responsabilidade subjetiva e objetiva do estado
(Ação e Omissão)
Ciente das situações de responsabilidade civil objetiva
fundamentada na teoria do risco administrativo e da
responsabilidade civil subjetiva com fundamento na culpa
anônima deve ser observado qual delas será utilizada nos
casos de danos causados por omissão.
O entendimento dominante na doutrina gira em torno do
seguinte: nos casos de omissão genérica será aplicada a
responsabilidade civil subjetiva e, nos casos de omissão
específica será aplicada a responsabilidade civil objetiva.
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A responsabilidade do Estado por danos decorrentes de
atos judiciais se divide em:
1 - atos judiciais típicos
2 - atos pela atividade judiciária.
No primeiro caso o Estado somente pode ser
responsabilizado na hipótese do art. 5°, inciso LXXV da
CR/88, segundo o entendimento dominante. Ex.
Manutenção indevida de prisioneiro.
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No segundo caso pode-se entender como os casos "de denegação
da justiça pelo juiz, desídia dos serventuários, mazelas do
aparelho policial, é cabível a responsabilidade do Estado
amplamente com base no art. 37, parágrafo 6° da CR/88 ou na
culpa anônima (falta do serviço), pois trata-se, agora sim, de
atividade administrativa realizada pelo Poder Judiciário" (Sérgio
Cavalieri Filho).
Obs. Já o juiz, somente pode ser responsabilizado pessoalmente
nos casos de dolo ou fraude de sua parte, conforme
determinação do art. 113, incisos I e II do Código de Processo
Civil e, art. 49 da Lei Complementar 35/1979. Porém, a posição
que tem prevalecido é pela aplicabilidade do art. 37, §6° da
CR/88 porque o juiz ao causar esse tipo de dano o faz em nome
do Estado, atuando como um “agente público, nessa qualidade”,
em conformidade com o dispositivo constitucional mencionado.
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LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário,
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na
sentença;
São evidentes os prejuízos sofridos pela condenação criminal:
perda do emprego, desconfiança dos amigos, ofensas à família,
enfim, toda a repulsa da comunidade recai sobre o apenado. A
prisão não é um lugar pensado para causar sensações agradáveis
a quem quer que seja. Assim, clara a necessidade de se reparar
o sofrimento daquele que lá foi hospedado de maneira injusta,
como já reconhecido há muito tempo pelo STF:
"o acusado por crime que não praticou, obtida a declaração de
sua inocência em revisão criminal, tem direito a exigir do
Estado indenização pelos danos sofridos em conseqüência da
condenação".
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Evidentemente, a questão se torna ainda mais séria quando a
sentença injusta não decorre de erro do juiz, mas da confissão
obtida mediante tortura, como no acórdão que se segue:
"Responsabilidade civil do Estado - confissão obtida na
delegacia de polícia mediante coação irresistível - Condenação
baseada neste fato - Erro Judiciário.
1. a incoerência dos depoimentos policiais neste processo,
além de outros depoimentos que confirmam as lesões
corporais infligidas ao autor-apelado conduzem a ilação
que a confissão do crime foi obtida em ambiente de
anormalidade procedimental.
2. Em todas as fases do processo, negou o recorrido a autoria
criminosa.
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3. Os jurados, baseados na tese da confissão da polícia,
detalhe que os conduziu a erro, consideram o apelado
autor do crime doloso. 4. Evidenciada assim, a ocorrência
de um erro judiciário, que levou o condenado a
permanecer na prisão por mais de seis anos. 5. Merecida,
pois, a indenização estipulada pela sentença conforme o
art. 5º, LXXV, da CF.“
Texto integral disponível em:
http://www.amdjus.com.br/doutrina/civil/141.htm
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REsp 434970 / MG
RECURSO ESPECIAL
2002/0048729-9 
Relator(a)
Ministro LUIZ FUX (1122) 
Órgão Julgador
T1 - PRIMEIRA TURMA
Data do Julgamento
26/11/2002
Data da Publicação/Fonte
DJ 16/12/2002 p. 257
RSTJ vol. 171 p. 120
Ementa 
PROCESSO CIVIL. PRISÃO INDEVIDA. ART. 5°, LXXV, DA CF. APLICAÇÃO. INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS.
ACÓRDÃO RECORRIDO. DECISÃO EXTRA PETITA E DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO NA APLICAÇÃO DOS DANOS
MORAIS. INOCORRÊNCIA. DANOS MORAIS E MATERIAIS MANTIDOS. 1. A prisão por erro judiciário ou
permanência do preso por tempo superior ao determinado na sentença, de acordo com o art. 5°, LXXV, da
CF, garante ao cidadão o direito à indenização. 2. A concessão pelo decisum confrontado de danos moral e
material, não pode ser considerada extra petita, quando constar na exordial o pleito da parte autora no
pertinente ao referido dano moral. 3. A fixação dos danos morais deve obedecer aos critérios da
solidariedade e exemplaridade,que implica a valoração da proporcionalidade do quantum e a capacidade
econômica do sucumbente. 4. Não se configura divergência jurisprudencial quando o Tribunal a quo esposa o
mesmo entendimento firmado pelo STJ. 5. Recurso especial a que se nega provimento.
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REsp 427560 / TO
RECURSO ESPECIAL
2002/0044627-8 
Relator(a)
Ministro LUIZ FUX (1122) 
Órgão Julgador
T1 - PRIMEIRA TURMA
Ementa 
PROCESSO CIVIL. ERRO JUDICIÁRIO. ART. 5º, LXXV, DA CF. PRISÃO PROCESSUAL. POSTERIOR ABSOLVIÇÃO.
INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. 1. A prisão por erro judiciário ou permanência do preso por tempo superior
ao determinado na sentença, de acordo com o art. 5°, LXXV, da CF, garante ao cidadão o direito à
indenização. 2. Assemelha-se à hipótese de indenizabilidade por erro judiciário, a restrição preventiva da
liberdade de alguém que posteriormente vem a ser absolvido. A prisão injusta revela ofensa à honra, à
imagem, mercê de afrontar o mais comezinho direito fundamental à vida livre e digna. A absolvição futura
revela da ilegitimidade da prisão pretérita, cujos efeitos deletérios para a imagem e honra do homem são
inequívocos (notoria non egent probationem). 3. O pedido de indenização por danos decorrentes de
restrição ilegal à liberdade, inclui o "dano moral", que in casu, dispensa prova de sua existência pela
inequivocidade da ilegalidade da prisão, duradoura por nove meses. Pedido implícito, encartado na
pretensão às "perdas e danos". Inexistência de afronta ao dogma da congruência (arts. 2°, 128 e 460, do
CPC). 4. A norma jurídica inviolável no pedido não integra a causa petendi. "O constituinte de 1988, dando
especial relevo e magnitude ao status lebertatis, inscreveu no rol das chamadas franquias democráticas
uma regra expressa que obriga o Estado a indenizar a condenado por erro judiciário ou quem permanecer
preso por tempo superior ao fixado pela sentença (CF, art. 5º, LXXV), situações essas equivalentes a de
quem submetido à prisão processual e posteriormente absolvido." 5. A fixação dos danos morais deve
obedecer aos critérios da solidariedade e exemplaridade, que implica na valoração da proporcionalidade
do quantum e na capacidade econômica do sucumbente. 6. Recurso especial desprovido.
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Jurisprudência
"Veículo apreendido no inquérito policial. Absolvição de seu
proprietário por falta de provas. Pedido de indenização.
Sua procedência. Cessão indevida do bem que se
encontrava a disposição da justiça. Caracterização do nexo
causal entre o fato lesivo e o dano. Indenização calculada
sobre o valor da avaliação do bem quando de sua apreensão
devidamente atualizado monetariamente".
TFR 5ª R. - REVISTA JURÍDICA 161/150, em. 4.240.
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Caso Concreto 
Um prisioneiro do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro faleceu acometido de
pneumonia. A viúva propõe ação indenizatória contra o Estado sob o fundamento de que a
este cabia zelar pela integridade física do seu marido. Assiste-lhe razão? Resposta
fundamentada.
Corregedor do STJ intercede para liberar caminhoneiro preso injustamente em SP (O GLOBO
24/12/2007). Em abril de 1999 o caminhoneiro Aparecido Batista perdeu os documentos em
Uberlândia (MG). Registrou a ocorrência na Delegacia local e usou o boletim muitas vezes
para provar que também era vítima, diante das cartas de cobrança que recebia de lojas do
país inteiro. Em 2005, foi condenado como réu em dois processos criminais em Pernambuco,
acusado de desvio de cargas. Preso há mais de 60 dias, a empresa em que Aparecido trabalha
conseguiu um Hábeas corpus em seu favor, provando que, no dia do crime, Aparecido voltava
de Brasília para São Paulo e que, portanto, não estava em Pernambuco, onde o crime
ocorreu. Supondo que Aparecido pretenda ser indenizado por danos moral e material,
assinale a opção correta:
A) o Estado não responde por ato judicial;
B) no caso, quem deve responder é o juiz que condenou Aparecido equivocadamente;
C) o Estado responde com base no art. 37, § 6º da Constituição Federal por ser tratar, no
caso, de atividade judiciária;
D) por se tratar de ato judicial típico, o Estado responde com base no art. 5º, LXXV da
Constituição;
E) o Estado só responde no caso de erro, dolo ou má-fé do juiz.
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Material de Apoio:
Vídeos:
Sustentação Oral (Luis Roberto Barroso – anencefalia)
http://br.bing.com/videos/search?q=sustenta%C3%A7%C3%A3o+oral&qs=n&form=QBVR&pq=sustenta%C3
%A7%C3%A3o+oral&sc=8-16&sp=-
1&sk=#view=detail&mid=AC741B18744A0A3546A2AC741B18744A0A3546A2
Indicação de Filmes:
Invictus Nelson Mandela
http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-invictus-dublado-online.htmlShow – Aretha Franklin – 20 
sucessos
Um pouco de arte para relaxar:
Show – Aretha Franklin – 20 sucessos
http://br.bing.com/videos/search?q=areta+fran&qs=n&form=QBVR&pq=areta+fran&sc=4-10&sp=-
1&sk=#view=detail&mid=0DF248AEA668872486A90DF248AEA668872486A9

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