Buscar

Direito Penal IV



Continue navegando


Prévia do material em texto

Artigo 312 – peculato
No capitulo dos crimes contra administração praticados por funcionários públicos no artigos 312 e seguintes temos crimes próprios que exigem uma qualidade especial do agente para sua configuração pois somente os funcionários públicos cometem estes delitos.
Artigo 327 – conceitua funcionário público 
De acordo com o artigo 327 considera se funcionário publico para efeitos penais quem exerce cargo, emprego ou função publica, com ou sem remuneração, seja concursado ou não.
Peculato – apropriação indébita: artigo 312 caput o agente dolosamente desvia para o seu patrimônio ou de terceiros bens ou valores da administração pública que estão sob sua posse em razão do cargo publico que ocupa.
O peculato de uso como é chamado a hipótese em que o funcionário publico se utiliza de bens da administração para fins pessoais não é considerado crime pela nossa legislação, sendo uma mera infração administrativa.
O peculato também pode ocorrer envolvendo bens particulares desde que esses bens por algum motivo estejam sob a posse da administração publica.
Artigo 312 parágrafo 1: peculato furto
O agente aproveita as facilidades de sua função publica para subtrair valores ou bens do patrimônio publico que não estão sob sua posse.
Trata-se de crime material que somente se consuma com o resultado ou seja o apoderamento pelo agente do patrimônio publico desviado ou subtraído, admitindo este crime a forma tentada.
Peculato culposo 312 parágrafo 2 o funcionário publico por negligencia imprudência ou imperícia, contribui para que terceiro se aproprie de bens da administração publica que estavam sob sua responsabilidade. Neste caso de acordo com o parágrafo 3 o pagamento do prejuízo antes do transito em julgado extingue a punibilidade do crime.
Quando o autor do peculato é o prefeito a tipificação do crime não se dá pelo artigo 312 mas sim pelo artigo 1 inciso 1 do decreto lei 201/67.
Aula 2 11/08/2015
Art. 315 – Emprego Irregular de verbas Públicas.
 As verbas públicas são todas destinadas por lei há uma determinada finalidade, essa determinação advêm da lei de diretrizes orçamentárias, aprovada anualmente, contudo é possível remanejamentos ao longo do ano através de outras leis. Este artigo mostra que o administrador de órgão público só pode gastar a verba dentro das limitações previstas. Esse crime trata de má gestão, mas não é de desvio para patrimônio pessoal, mas de má gestão.
Neste crime o agente dolosamente efetua o gasto de uma verba pública em uma finalidade diversa daquela prevista em lei, uma vez que todo gasto publico tem que estar previsto em uma determinada norma.
 Se o prefeito incorrer no crime deste artigo, o art. 1º inciso 3º do decreto lei 201/67.
Art. 316 – Concussão.
 Neste crime o agente dolosamente exige uma vantagem indevida, valendo-se de sua função pública. Crime formal, pois se caracteriza pelo simples exigir da vantagem, esse crime se exauri com o pagamento da vantagem indevida, e não consumação, visto que essa ocorre quando o agente exigi a vantagem, independentemente da concordância ou pagamento pela outra parte. Essa vantagem exigida não precisa ser necessariamente dinheiro. È possível o cometimento do crime antes de assumir a função, ou licenciado, pois basta valer-se do cargo para exigir a vantagem. Também comete concussão o agente que exige a vantagem indevida em razão de um cargo que irá assumir. Quando a concussão é praticada por agentes da fiscalização tributária é tipificada pela lei 8.137/90 no art. 3º inciso 2º.
Art. 316 § 1º - excesso de exação – Ocorre quando um agente cobra tributos devidos de forma vexatória ou em tributos que sabe não ser devido, e os valores cobrados são recolhidos ao erário público. Neste crime o funcionário público da área tributaria cobra tributos a serem recolhidos aos cofres públicos que sabem indevidos ou cobra tributos devidos usando de meios vexatórios ou outros meios não permitidos por lei. Com a simple cobrança o crime já se consuma, mesmo que o recolhimento não seja feito.
Art. 317 – Corrupção passiva.
Solicitar, receber ou aceitar uma vantagem indevida. Na corrupção passiva o funcionário público solicita, recebe, ou aceita promessa de receber vantagem indevida em razão de sua função pública, não sendo necessário para a consumação do delito que o pagamento da vantagem seja efetivado, uma vez que também é crime formal.
A prática de uma irregularidade na função não é condição para a consumação do delito e sim uma causa de aumento de pena prevista no parágrafo primeiro do Artigo 317 do Código Penal. Se quem incorre nesse crime for um fiscal será tipificado pela lei 8.137/90 no Artigo 3º.
Artigo 318 – Facilitação de Contrabando ou Descaminho.
 O crime de descaminho significa importar ou exportar mercadoria permitida sem o pagamento dos tributos devidos.
 O contrabando significa importar ou exportar mercadoria proibida pela nossa legislação.
13/08/2015
Artigo 319 – Prevaricação
Trata-se de um crime de mera conduta, bastando deixar de praticar, ou praticar de forma imprópria ato de seu oficio sem fins de percepção de vantagem financeira. É crime omissivo que se caracteriza pela inércia diante de um dever funcional, doloso, pois não se caracteriza caso o ato não seja praticado por desconhecimento do ato a praticar.
 Neste crime o agente dolosamente deixa de praticar um ato obrigatório de sua função, retarda este ato ou o pratica irregularmente com objetivo de atender a um interesse ou sentimento pessoal que não seja vantagem econômica indevida. Trata-se de crime omissivo próprio e de mera conduta que independe de resultado, também classificado de crime de mão própria, pois só pode ser praticado pelo próprio funcionário público investido de suas funções. Se o crime for praticado por funcionário estadual ou municipal será de competência do juizado especial criminal, se for praticado por funcionário federal será de competência do juizado especial criminal federal.
 No Artigo 319-A do Código Penal prevê que se o diretor de penitenciaria ou agente penitenciário deixar o apenado fazer uso de equipamento de celular ou que permita a comunicação do interno com acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
Artigo 320 – Condescendência Criminosa
Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente, só se dá em subordinação hierárquica, crime doloso, omissivo de mão própria.
 O funcionário publico que dolosamente se omite e deixa de punir um subordinado que cometeu uma infração, ou não comunica ao órgão punitivo competente, comete a condescendência criminosa.
Artigo 321 – Advocacia administrativa
Esta relacionado que o funcionário público deve patrocinar o interesse público e não os seus próprios interesses ou de um terceiro. Nesta hipótese o agente valendo-se da função pública patrocina perante a administração pública interesses particulares, próprios ou de terceiros, não sendo necessário que o sujeito ativo seja advogado mas sim funcionário público. 
Artigo 323 – Abandono de função
 Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei. Tem que haver uma atitude que caracterize o abandono, contudo não há uma previsão de tempo para a caracterização do delito. O funcionário público para largar a função precisa pedir oficialmente o afastamento, se ele simplesmente abandona o cargo, sem dar qualquer satisfação e sem ter qualquer justificativa, responde pelo artigo 323.
Art. 327 – Funcionário público: é qualquer um que exerce cargo, emprego ou função pública, mesmo não remunerado. Segundo o artigo 327 considera-se funcionário público para efeitos penais quem exerce cargo emprego ou função pública, concursado ou não, remunerado ou não, incluindo-se nesse conceito também os funcionários de autarquias, empresas públicas e terceirizadosque exerçam alguma atividade típica do Estado.
20/08/2015
Crimes Praticados por particulares contra a administração pública.
Art. 329 - Resistência: No crime de resistência o agente dolosamente se opõe ao cumprimento de uma ordem legal por uma autoridade competente usando de violência ou grave ameaça. Trata-se de crime de mera conduta que independe do resultado para se consumar, bastando que ocorra a resistência, é crime doloso e por esse motivo é necessário que a pessoa que esta resistindo saiba que esta se opondo a uma autoridade competente. O crime de resistência de acordo com o parágrafo 2º do art. 329 do Código Penal não impede a punibilidade também pelo crime que se caracterizar com o emprego da violência, respondendo o agente pelas lesões que produzir na vítima. 
Art. 330 – Desobediência: É uma espécie de resistência sem violência ou grave ameaça, significa o simples descumprimento de uma ordem legal por agente competente. No crime de desobediência o agente sem uso de violência ou ameaça se opõe há uma ordem legal dada por uma autoridade competente. O crime de desobediência não se configura se as conseqüências tiverem conseqüências nos autos processuais, pois a lei já prevê uma conseqüência processual por sua desobediência. De acordo com a jurisprudência, se a desobediência em determinada situação jurídica, possui conseqüências punitivas previstas em lei, o crime não se configura, devendo o agente arcar com o ônus específico previsto para seu ato, como na violência domestica onde o descumprimento da medida protetiva fixado pelo juiz já tem como conseqüência a decretação da prisão preventiva
Art. 331 – Desacato: Desacatar autoridade significa ofender funcionário público no exercício de sua função ou em razão dela, diminuindo seu cargo público, porem não haverá desacato se a ofensa não estiver relação com a função. Trata-se de crime de mera conduta, mesmo que o funcionário não se sinta ofendido o crime estará configurado. Crime de ação penal pública incondicionada. O desacato a autoridade e o crime de desobediência são delitos de mera conduta não dependendo de qualquer resultado. Se o desacato e a resistência ocorrerem num único ato, o crime de desacato absorve o de resistência.
Art. 332 – Tráfico de Influência e Exploração de Prestigio – Art. 357: Neste crime o agente cobra ou solicita uma vantagem indevida a pretexto de influir em ato de funcionário público. Se o funcionário público que se diz influir é um juiz, um membro do ministério público ou um servidor da justiça o crime será de exploração de prestigio – art. 357. Para que esse crime se configure tem que ter uma cobrança de valor. Trata-se de crime formal que não depende de qualquer resultado para sua consumação, não sendo necessário que o agente procure de fato o funcionário público para influir em seu ato.
Art. 333 – Corrupção Ativa: É quando um cidadão comum oferece uma vantagem indevida a um funcionário público, oferecer ou prometer, mas se o funcionário público que exigir ou solicitar uma vantagem indevida, existe uma jurisprudência que defende que o particular não estaria incorrendo em corrupção ativa. È crime formal sendo necessário apenas o oferecimento da vantagem. Na corrupção ativa o agente oferece ou promete vantagem indevida a funcionário público em razão de sua função, sendo o crime formal que não exige que ocorra o pagamento da vantagem para se consumar, basta a oferta indevida e o crime se configura. Ha jurisprudência que entende não haver corrupção ativa na hipótese de alguém apenas pagar o que é solicitado pelo funcionário corrupto, uma vez que as ações típicas do art. 333 do Código Penal são oferecer e prometer. 
27/08/2015
Art. 339 – Denunciação Caluniosa:
 É crime contra a administração da justiça, pois o agente leva a registro um delito que sabe que a vítima não o cometeu, este tipo absorve o crime de calunia do Artigo. 138 Código Penal. Não precisa que a mentira chegue a gerar um processo penal, um mero procedimento administrativo instaurado por conta de uma mentira a respeito de um crime já é suficiente para configurar o crime, é crime de ação penal pública incondicionada. Esse crime é doloso e dessa forma só se configura quando o agente tem conhecimento de ser mentira o fato criminal.
 Trata-se de crime contra a administração da justiça em que o agente dolosamente imputa um falso crime a vitima, consciente dessa falsidade, fazendo com que a mesma em razão de sua conduta responda a um procedimento administrativo ou processo judicial, sendo crime de ação penal pública, incondicionada. Neste crime é necessário que o fato imputado seja considerado crime por nossa legislação.
Artigo. 340 – Comunicação falsa de crime:
 Na comunicação falsa de crime há apenas o registro falso de um crime, não há o apontamento de uma pessoa como agente do crime. Neste crime o agente dolosamente provoca ação das autoridades comunicando a ocorrência de crime ou contravenção que sabe ser inexistente, sendo crime contra a administração da justiça, é crime de ação penal publica incondicionada.
Artigo. 341 – Auto acusação falsa:
 Salvo se estiver sendo coagido, é o crime que se caracteriza quando o agente assume crime para desviar a atenção da justiça, demandando recursos públicos e oferecendo ao verdadeiro criminoso o beneficio da prescrição do crime. No processo penal, mesmo que o réu confesse será necessário o tramite legal para o processo. É crime doloso, de mera conduta, que não tem resultado bastando para sua consumação que o agente confesse o que não fez, mesmo que as autoridades não acreditem.
 Aquele que perante as autoridades assume a pratica de um crime que não ocorreu ou que foi praticado por outra pessoa agindo dolosamente e consciente da falsidade comete o crime de autoacusação falsa. 
Artigo. 342 – Falso testemunho.
 É crime que se configura em todas as áreas não somente na criminal, o réu pode mentir para se proteger em um processo, já quem é arrolado ou se oferece como testemunha tem a obrigação de não faltar com a verdade, de responder as perguntas que lhe forem feitas pela autoridade judicial ou policial e comparecer no lugar determinado para tal, sob pena de ser levada por meio coercitivo. Abrangem alem das testemunhas, os peritos, contadores ou interpretes.
 No falso testemunho o agente na qualidade de testemunha, perito, contador ou interprete em depoimento, em procedimento administrativo, inquérito e processo judicial, falta com a verdade ou se recusa a responder as perguntas, sendo crime de ação penal pública incondicionada. Esse crime admite retração na forma do artigo 342 § 2º c/c 107, e assim terá a punibilidade extinta, até antes da sentença.
 No crime de falso testemunho a retração da testemunha que resolve declarar a verdade até a sentença ser proferida no processo em que ela mentiu extingue a punibilidade do crime. Informante não é testemunha, é aquele que tem que depor e possui envolvimento com a causa, assim como a vítima, o filho do réu, esses são ouvidos como informante, e não cometem crime de falso testemunho.
Artigo. 343 – Corrupção de testemunha
 É crime subornar a testemunha para que ela minta, ele incorre no Artigo 342 e o que corrompe incide no 343, mas ajudar financeiramente a testemunha a comparecer em audiência não se configura como crime. É crime formal, portanto basta o oferecimento da vantagem indevida para configurar crime.
No crime de corrupção de testemunhas o agente oferece vantagem indevida a alguém para prestar depoimento falso ou calar a verdade em processo ou procedimento, sendo certo que aquele que presta depoimento falso mediante este suborno responde pelo 342 §1º.
Artigo. 344 – Coação no Curso do Processo
 A coação no curso do processo ocorre quando o agente usa de violência ou ameaça com o objetivo de favorecer interesse próprio ou alheio intimidando, parte, ou qualquer pessoa que esteja atuando ou que seja chamada a intervir em processo judicial, administrativo ou investigação. Trata-se de crime de mera conduta,uma vez feita a ameaça ou praticada a violência, o crime esta consumado. 
Exercício arbitrário das próprias razões
 Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.
 Neste crime o agente exerce uma pretensão legitima através de um meio ilegal, fazendo justiça pelas próprias mãos. Se usar de violência o agente também responde pelo crime que sua violência configurar, sendo crime material que se consuma quando o agente efetivamente exerce sua pretensão fazendo valer de foram ilegal seu direito. Crime de ação penal privada mediante queixa, crime material que se consuma com a execução do exercício do direito pretendido.
Fraude processual
Art. 347. Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
 (Significa alterar a cena de um crime que interessa ao elucidar um processo, com a finalidade de induzir a erro)
 Neste crime o agente dolosamente altera na pendência de processo ou investigação, a cena de um fato relevante para a justiça com a finalidade de enganar o perito ou o juízo, este crime ocorre se a alteração dos fatos se der durante a investigação, se não houver um procedimento ou um processo não haverá a incidência desse crime.
 
Favorecimento pessoal
 Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão.
 Ajudar consciente uma fuga, auxiliar a fuga, mas quem atua na fuga de um crime no local é participe do crime e responde com co-autoria. Se quem prestar o auxilio de um foragido for parente próximo aproveitará do perdão judicial.
 No favorecimento pessoal o agente de forma consciente e voluntaria, auxilia de alguma forma um criminoso a fugir das autoridades, não se confundindo com hipótese de co-autoria ou participação no crime. Se quem presta o auxilio é um dos parentes previstos no parágrafo 2º do artigo 348 esta isento de pena, sendo esta regra uma espécie de perdão judicial.
Favorecimento real 
Art. 349. Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. Este crime se configura quanto o agente conscientemente e voluntariamente, auxilia criminoso a tornar seguro o proveito do crime, não se confundindo com hipótese de co-autoria ou participação e nem com receptação.
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança
 Fugir não é crime nem serve como agravante de pena, porem promover a fuga ou facilitar a fuga é crime, porem se para fugir o preso agride um agente penitenciário ou o ameaça de alguma forma aí sua conduta será tipificada pelo artigo 352. 
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança
Art. 351. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança detentiva: 
§ 1.º Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de uma pessoa, ou mediante
arrombamento, a pena é de reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
§ 2.º Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à violência.
§ 3.º A pena é de reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se o crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda está o preso ou o internado.
§ 4.º No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
Evasão mediante violência contra a pessoa
Art. 352. Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, alémda pena correspondente à violência.
Arrebatamento de preso
Art. 353. Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, além da pena correspondente à violência.
Motim de presos 
Art. 354. Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da prisão:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, além da pena correspondente à violência.
Patrocínio infiel
Art. 355. Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado.
Patrocínio simultâneo ou tergiversação
Parágrafo único. Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.
Sonegação de papel ou objeto de valor probatório
Art. 356. Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou objeto de valor probatório, que recebeu na qualidade de advogado ou procurador:
Exploração de prestígio 
Art. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha: 
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
Violência ou fraude em arrematação judicial 
Art. 358. Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial; afastar ou procurar afastar
concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem: 
Patrocínio infiel significa trair os interesses de cliente por advogado.
Lei de crimes Hediondos – Lei 8.072/90
São eles:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2.º, I, II, III, IV e V); (há discussão quando o homicídio é considerado hibrido, por ter característica de crime privilegiado e qualificado ao mesmo tempo, e nesse caso não incide a lei de crimes hediondos)
 A lei de crimes hediondos prevê o homicídio qualificado e o homicídio em atividade de grupo de extermínio como crime hediondo mais não prevê o homicídio hibrido, que é aquele que ao mesmo tempo que é privilegiado pelo parágrafo primeiro é qualificado pelo parágrafo segundo, não incidindo sobre o condenado neste caso as regras mais rigorosas previstas nessa lei
II - latrocínio (art. 157, § 3.º, in fine); 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2.º);
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 1.º, 2.º e 3.º);
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1.º e 2.º);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1.º, 2.º, 3.º e 4.º);
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1.º);
VIII - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. “Adulteração de remédios”.
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1.º e 2.º).
 Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1.º, 2.º e 3.º da Lei n. 2.889, de 1.º de outubro de 1956, tentado ou consumado.
Os crimes hediondos são insuscetíveis de anistia (concedida por lei e apaga o crime na ficha do condenado) graça e indulto (concedido pelo presidente da república a todos os criminosos que se enquadram nos requisitos legais e condições de recebê-lo no período de natal). Esses crimes também são inafiançáveis, mas admite liberdade provisória sem fiança.
 Os crimes hediondos são inafiançáveis o que significa que não admitem a liberdade provisória mediante fiança. No entanto é possível ao juiz no curso do processo conceder a liberdade provisória sem fiança quando não estiverem mais presentes os requisitos da prisão preventiva previstos no artigo 312 do CPC.
 Os crimes hediondos terão seu inicio de cumprimento sempre em regime fechado, e a progressão do regimeserá de 2/5 se o apenado for primário e de 3/5 se for reincidente, o que piora em relação aos demais condenados que é 1/6.
 Ao declarar inconstitucional o antigo regime integralmente fechado, o STF concedeu automaticamente a todos os condenados por crimes hediondos o direito em tese a progressão de regime com cumprimento de 1/6 da pena(art.112 da LEP 7.210/84). Portanto quando entrou em vigor a lei 11.464 de 2007 em 28 de março de 2007 que alterou o art.2º § 1º e 2º da lei de crimes hediondos instituindo os prazos de 2/5 ou 3/5 para progressão de regime, passou a ser uma lei mais severa sem efeito retroativo. Dessa maneira entende a jurisprudência que aquele que cometeu crimes hediondos tráfico de drogas ou tortura até 27/03/2007 manteve o direito adquirido de obter a progressão de regime pela regra mais favorável prevista na LEP.
08/09/2015
Continuação Lei de crime hediondos.
Livramento condicional
 Esta previsto no artigo 83 inciso V no Código Penal, onde estabelece que para os condenados por crimes hediondos seja necessário o apenado cumprir um mínimo de 2/3 da pena, o que representa uma piora no estado deste em relação a regra geral de 1/3, esse livramento condicional é um beneficio concedido ao apenado, onde o mesmo fica solto e termina de cumprir a pena segundo as condições imposta pelo juiz VEP, até a extinção da pena pelo seu cumprimento. Porem se o apenado for reincidente especifico não gozara desse beneficio.
 Pela lei de crimes hediondos o livramento condicional somente pode ser concedido após o cumprimento de 2/3 da pena e não 1/3 como previsto na LEP. No caso de reincidente específico não é permitido pela lei novo livramento condicional
Prisão temporária
Prevista na lei 7.960/89 trata-se de prisão que pode ser decretada durante o inquérito, em crimes de maior potencial lesivo e quando demonstrado que a conduta do indiciado esta prejudicando o andamento do inquérito, e é decretada pelo juiz a pedido do delegado ou do MP, tem tempo certo para acabar, segundo a lei ela pode ser decreta pelo juiz durante o inquérito durante cinco dias e prorrogado por mais cinco dias, porem se o crime alvo do inquérito for hediondo o prazo de prisão temporária poderá ser de 30 dias prorrogados por mais 30 dias caso seja necessário. Os prazo prorrogados esgotados ensejam a imediata libertação do suspeito.
 Pela lei de crimes hediondos durante o inquérito por esses crimes pode o juiz a pedido do delegado ou do ministério público, caso o indiciado esteja causando obstáculos a investigação decretar a prisão temporária pelo prazo de 30 dias prorrogável por mais 30.
 O artigo 9 foi criado para promover uma aumento substancial (+ ½) na pena quando a vitima fosse aquela prevista no artigo 224 do Código Penal, que era o estupro com presunção de violência com vitimas com sua capacidade de resistir diminuída, menor de 14 ou com capacidade mental reduzida, esse artigo foi revogado tacitamente pelo artigo 217 – A do Código Penal, pela revogação do artigo 224 do Código Penal.
 O artigo 9 da lei de crimes hediondos que antes permitia ao juiz o aumento de mais a metade da pena quando crime hediondo fosse cometido contra pessoa com as características previstas no artigo 224 do Código Penal foi tacitamente revogado pela lei 12.015/09 que revogou expressamente e sem ressalvas o artigo 224 do Código Penal tendo inclusive aplicação retroativa tal revogação.
Lei do Crime de Tortura – Lei 9.455/97
O crime de tortura se caracteriza quando o agente emprega violência ou grave ameaça causando intenso sofrimento físico ou mental a vitima com a finalidade de forçar uma confissão ou declaração, forçar uma ação criminosa, como forma de preconceito racial ou religioso e também como emprego de meio de correção excessivo a alguém que esta sob sua custodia ou responsabilidade.
A diferença entre o crime de maus tratos e o crime de tortura esta na intensidade da violência empregada como meio excessivo de correção e na intensidade do sofrimento físico ou mental causado a vitima
17/09/2015
Crime de tortura
Tortura por omissão: Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. Crime omissivo.
Tortura com resultado de lesão corporal grave condição agravante pelo art.1º § 4, é preciso analisar o caráter preter doloso que resultou em morte, pois se a intenção fosse de matar (“animus necandi”) a tipificação se daria pelo código penal no Artigo 121 § 2º.
A diferença entre tortura com resultado morte e homicídio qualificado pela tortura é que na primeira hipótese temos crime preter doloso em que o agente tem o dolo de tortura mas acaba matando a vitima culposamente, enquanto na segunda hipótese o agente tem o dolo de matar e usa a tortura como meio de execução do homicídio.
§ 4.º Aumenta-se a pena de 1/6 (um sexto) até 1/3 (um terço):
I - se o crime é cometido por agente público;
II - se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; 
Não se aplica as causas de aumento em caso de omissão por ser agente público cumulando as previsões e configurando um “bis in iden”
Os crimes de tortura se iniciam em regime fechado e são incabíveis de graça ou indulto. Estes crimes são crimes de ação penal publica incondicionada.
Lei de Drogas – 11.343/06
O bem jurídico tutelado por esta lei é a saúde pública
Art.28 – este crime se caracteriza quando o agente traz consigo, guarda, transporta ou adquire drogas com a finalidade de consumir, e norma penal em branco que necessita de outra norma que a complete, nesse caso uma portaria do ministério da saúde. Para esse crime ter a prova da materialidade precisas de laudo técnico que comprove. Para saber se a droga encontrada com o agente se caracterizará como uso próprio ou tráfico se faz necessário analisar as circunstancia no ato da prisão segundo o § 2º.
 Para diferenciar a conduta do usuário da conduta do traficante é necessário ao juiz observar as circunstancias que envolvem a prisão do agente, conforme as indicações do parágrafo segundo do artigo 28. Advertência, tratamento e prestação de serviço a comunidade;
§ 2.º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 
22/09/2015
Continuação – lei de drogas.
Artigo 33 - 
De acordo com o parágrafo 4º se comprovado que o réu é um pequeno traficante, primário e de bons antecedentes, sem ligações com facções criminosas, o juiz deve reduzir a pena de 1/6 a 2/3, sendo permitido ainda pela jurisprudência dominante que a pena privativa de liberdade seja substituída por pena restritiva de direito, ou penas alternativas. O STF declarou inconstitucional as vedações que existiam no parágrafo 4º e no artigo 44 às penas restritivas de direito, por entender que tal regra proibitiva viola os princípios constitucionais da proporcionalidade e individualização das penas.
De acordo com o entendimento do STF essa hipótese chamada de trafico privilegiado do § 4º admite também a fixação de regime semi aberto ou aberto para o cumprimento da pena. Se o condenado preenche os requisitos do parágrafo 4º do artigo 33 possui o direito subjetivo público aos benefícios do tráfico privilegiado.
Associação para o tráfico 
Este crime se configura quando dois ou mais criminosos de forma estável e permanente, com animus associativo exploram a pratica do trafico de drogas, não se confundindo este delito com o concurso eventual de pessoas.
Trafico de drogas e associação ao tráfego é tipificado como: Art. 33 c/c 35 da lei de drogas c/c art. 69 do Código Penal.
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumentoou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa.
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1.º, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.
Financiamento ao tráfico - Art.36. 
Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1.º, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.
É crime doloso, onde o autor precisa ter conhecimento ilícito da destinação do recurso. No delito de financiamento o agente dolosamente financia traficante a fim de custear a atividade do tráfico, fornecendo capital para a aquisição de drogas, matéria prima ou maquinários. Entendemos que cada financiamento constitui um crime autônomo, não sendo agente membro da associação criminosa. A causa de aumento de pena do artigo . 40 inciso 7º não pode ser aplicado em quem for tipificado pelo 36, apenas para quem é condenado pelo crime de associação e alem disso financia o tráfico. 
 Apesar do crime do artigo 36 a conduta de financiar também é prevista no artigo 40 inciso 7º como uma causa de aumento de pena. No entanto essa exasperação não se aplica em relação ao crime de financiamento sob pena de “bis in iden”, podendo ser aplicada quando um membro que integra a associação criminosa também custeia a prática da quadrilha.
Colaborador - Art. 37.
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1.º, e 34 desta Lei:Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa.
Só se aplica esse tipo se o agente não fizer parte da quadrilha , quando sua colaboração é eventual, se a conduta é rotineira será tipificado como associado ao tráfico.
Neste crime o agente é um mero colaborador que presta informações que são úteis a exploração do tráfico pela organização criminosa. Neste caso o agente informante não é membro da associação criminosa, caso seja um integrante do grupo seu crime será do artigo 35.
Causas de Aumento de Pena 
Podem incidir mais de uma dessas características que acarretará maior aumento de pena.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;(tráfico internacional)
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
Art. 33 da Lei 11.343/06 c/c art. 16 da lei 10.826/03(estatuto do desarmamento)
Art. 33 da Lei 11.343/06 c/c art. 40, inciso IV da lei 11.343/06 (lei anti drogas) – seria a tipificação mais correta, quando se prende um traficante fazendo uso de arma de fogo.
Delação Premiada - art. 41
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.
Contempla o delator que entrega seus comparsas contribuindo com a justiça, atualmente a lei 12.850/13 (lei de combate de organizações criminosas) que tipifica a forma de se aplicar a delação premiada, que pode ir desde a diminuição da pena até o perdão judicial, dependendo do grau de informações prestadas e sua aplicabilidade no processo.
20/10/2015
Estatuto do Desarmamento – 10.826/03
O estatuto do desarmamento tutela o bem jurídico chamado incolumidade publica, ou seja a segurança da coletividade em razão do risco que representa a arma de fogo. Todos os tipos penais dessa lei visam proteger a vida e saúde da sociedade, no estatuto temos crimes de perigo, onde as condutas incriminadas se caracterizam pelo simples risco que oferecem a coletividade quando estão em situação ilegal.
Posse ilegal de arma de fogo de uso permitido – artigo 12
É um crime de perigo, bastando que tenha arma em casa sem o devido registro. É crime permanente, pois enquanto estar-se com a arma em casa esta em flagrante delito, o crime pode se perpetuar no tempo. Trata-se de crime permanente em que a ação criminosa se perpetua no tempo, ou seja, enquanto o agente tem a arma em casa ilegalmente o crime esta se caracterizando. Esta lei caracteriza também quem possui em casa a munição e acessórios de arma de fogo. Porem o artigo 12 apenas criminaliza as armas de fogo permitidas, assim sendo uma norma penal em branco.
O porte ilegal de arma branca é tipificado pelo artigo 19 da lei 3.688/41 – lei das contravenções penais.
Trata-se de norma penal em branco uma vez que depende da complementação pelas portarias do ministério da defesa para sua aplicação, uma vez que compete a esse ministério baixar as portarias que regulamentam quais são as armas permitidas ao cidadão comum. Quem for flagrado em posse de arma de uso proíbido será incriminado pelo previsto no artigo 16.
 São consideradas armas de uso proibidos aquelas que somente integrantes das forças especiais podem adquirir, como policiais, militares e membros do exercito. Caso o individuo seja pego com mais de uma arma sendo uma permitida e uma proibida o crime do artigo 16 englobará o outro. A arma que não funciona, ou não tem aptidão para disparo, não configura o crime de posse.
 Em relação a arma ou munição que não possui aptidão para o disparo o entendimento majoritário da jurisprudência é no sentido de que o crime não se caracteriza sendo fato atípico uma vez que uma arma nessa condição não ofende o bem jurídico tutelado pela lei, já que não oferece riscos a sociedade, mas quanto a arma sem munição o entendimento majoritário é no sentido de que o crime se configura porque tendo aptidão para disparo a arma a qualquer tempo pode ser municiada oferecendo riscos ao meio social. 
Crime de Porte Ilegal de arma de fogo de uso permitido – artigo 14
 Se o cidadão esta com a arma em local público será considerado o crime de porte, sendo também crime permanente, de perigo, e norma penal em branco. É crime afiançável ao contrario do que o parágrafo primeiro diz que é inafiançável, pois o STF considerou desproporcional a norma desse artigo. 
O parágrafo único do artigo 14 que considera inafiançável o porte legal de arma permitida, munição ou acessório foi declarado inconstitucional pelo STF em ação declaratória de inconstitucionalidade sendo considerada uma regra que ofende o principio da proporcionalidade e da razoabilidade, pois se trata de um crimede mera conduta, crime perigo, não crime de resultado. Os crimes dessa lei como são crimes de perigo são também classificados como crime de mera conduta já que não possuem resultado, basta esta ilegalmente armado que o individuo comete o delito. 
Todos esses crimes são dolosos, é necessário saber estar portando a arma ou munição, ter a posse e ou disparar.
Caracteriza o crime do artigo 15 efetuar dolosamente disparo de arma de fogo em local público ou mesmo em local habitado, pelo risco que esta conduta representa ao meio social, mas efetuar o disparo para matar alguém ou cometer outro delito de maior proporção afasta a incidência do artigo 15, já que o crime fim absorve o crime meio.
 O parágrafo único do artigo 15 segue a mesma regra do parágrafo único do artigo 14.
 
22/10/2015
Artigo – 16 – Posse ou porte ilegal de arma de fogo
De acordo com a jurisprudência majoritária a conduta de portar ou possuir mais de uma arma de fogo configura crime único porque ofende uma única vez o bem jurídico produzindo o mesmo risco ao meio social. No entanto se entre as armas apreendidas houver armas de uso permitido e armas de uso proibido predomina o crime maior do artigo 16 que absorverá o artigo 12 ou 14 conforme o caso, não havendo nessa hipótese concurso de crimes.
 O artigo 16 do estatuto do desarmamento engloba no mesmo tipo penal os crimes de posse ilegal e porte ilegal de arma de fogo de uso proibido ou restrito, sendo crime de perigo, de mera conduta e também norma penal em branco, pois compete ao ministério da defesa regulamentar quais são as armas de fogo no Brasil proibidas ao cidadão comum.
De acordo com o parágrafo único do artigo 16 incisos I e IV, se o agente é surpreendido com uma arma de fogo com numeração raspada estará sujeito as penas de três a seis anos não importando qual seja o calibre, e caso tenha sido o autor da supressão caracterizará o inciso I, mas se não foi quem suprimiu a numeração responderá pelo inciso quatro.
 De acordo com o inciso II do mesmo parágrafo, também estão sujeitos as mesmas penas quem é preso com arma modificada, sendo provado, que a modificação de suas características a tornou mais potente ou tinha a finalidade de induzir a erro a justiça.
 No inciso III é criminalizado com as mesmas penas o comportamento no sentido de possuir ou portar explosivos ou artefatos incendiários sem autorização legal.
A entrega dolosa de arma de fogo a menor de 18 anos gratuitamente ou onerosamente configura o crime do artigo 16 parágrafo único inciso V, mas se a arma de fogo acaba em, poder de um menor ou pessoa deficiente em razão da falta de cautela na guarda da arma pelo seu dono o crime será do artigo 13 do Estatuto.
 De acordo com decisão do STF o artigo 21 foi declarado inconstitucional sendo permitido ao juiz em um processo penal, se for o caso, conceder a liberdade provisória ao acusado. No entanto o crime do artigo 16 não é afiançável porque sua pena máxima supera quatro anos não podendo o delegado arbitrar fiança (artigo . 322 e 325 do CPP).
Todos esses crimes são de ação penal pública incondicionada, a ser instaurado por denuncia do Ministério Público. 
27/10/2015
Lei 9.503/97 – Lei de Transito Baixar Nova lei -
Crimes de transito
Homicídio Culposo no Transito - art. 302. – o crime de homicídio culposo na direção de veiculo automotor não sujeita o responsável a prisão em flagrante se ele não fugir do local e prestar socorro a vítima (art. 301) e caso o autor do crime não tenha habilitação estará sujeito a um aumento de pena do parágrafo primeiro inciso I, não incidindo nessa hipótese o artigo 309. 
 Se o autor do homicídio culposo omite socorro a vitima então incide o inciso III do §1º do art. 302, sendo aplicável o artigo 304 quando o agente como motorista se envolve em um acidente, não é o culpado pelo fato, e deixa de prestar socorro quando possível fazê-lo sem risco pessoal. Homicídio culposo é crime de ação penal pública incondicionada. E se o agente utilizar o veículo como arma para praticar um homicídio não se trata de homicídio culposo no transito e sim de homicídio doloso do 121 do Código Penal.
No parágrafo 2º se o motorista estiver conduzindo embriagado ou com capacidade psicomotora reduzida, assim como participar de rachas, o veículo automotor a tipificação deverá ser art. 302 §2º.
 De acordo com a nova lei o § 2º do art. 302 prevê agora pena de dois a quatro anos no caso de homicídio culposo se o motorista esta embriagado ou causa o acidente batendo pega na via pública.
20/10/2015
Lesão culposa no trânsito (art. 303): é de ação penal pública condicionada a representação do ofendido. Do resto, a regra da lesão corporal culposa é a mesma. Se houver embriaguez, a ação penal passa para pública incondicionada a representação.
Embriaguez (art. 306): Pelo entendimento majoritário, trata-se de crime de perigo abstrato/ mera conduta, bastado que o agente dirija veículo automotor em via pública com quantidade de alcool no sangue acima da permitida Não é necessariamente dirigir extremamente bêbado, podendo tipificá-lo pela a quantidade de álcool acima do permitido. As provas podem ser produzidas por meio pericial ou testemunhal. O bafômetro servirá para aferir a quantidade de álcool, mas caso o agente esteja sob o efeito de outros entorpecentes, sendo visivelmente percebidas pelo agente, poderá ser igualmente enquadrado nesse crime. Cabe prisão em flagrante, porém é afiançável, pois a pena máxima não ultrapassa de 4 anos, respondendo no processo penal normalmente. 
Entrega de veículo (art. 310): Pelo entendimento majoritário, trata-se de crime de perigo abstrato/ mera conduta, bastado que o agente permita ou entregue o veículo a alguém que esteja embriagado ou que não tenha habilitação para dirigir ou com deficiência física ou mental.
Todos esses crimes de transito tem pena privativa de liberdade e a interdição temporária de direito, seja a suspensão da habilitação ou o impedimento de tira-la. O tempo que essa medida poderá perdurar está contida no art. 293 da lei do CNT, que variará entre dois meses e cinco anos.
05/11/2015
LEI 9.099/95
	Competência (art. 61): Os juizados especiais são competentes para o julgamento das infrações de menor potencial ofensivo, que são aquelas com pena máxima de até dois anos. No entanto, de acordo com a jurisprudência, se o réu está sendo acusado por mais de um pequeno delito, sendo que a aplicação da regra do concurso de crimes faz com que a pena máxima supere os dois anos, então desloca-se a competência para a competência para julgamento para as varas criminais, o mesmo acontecendo quando há incidência de uma causa de aumento de pena que também faz com que a pena máxima da acusação supere dois anos. 				Ex.: art. 303 da lei de trânsito com a incidência do aumento de pena por pegar alguém em cima da calçada. 
 Trata-se de competência absoluta, sendo assim, não fica a cargo de escolha do querelante ou do MP optar entre a vara ou o juizado, se for de igual ou inferior a 2 anos a pena máxima, a ação deve correr, obrigatória mente no juizado. Outra regra de competência é a competência territorial (art. 63) pelo local (comarca) aonde a infração é praticada e não, necessariamente, onde produz resultado, como seria pelo CPP. Porém, trata-se de competência relativa. 
 O art. 66 proíbe a citação por edital quando o réu está em local incerto e não sabido, transfere-se, nessa hipótese, a competência para as varas criminais. 
Princípios (art. 62): são quatro os princípios:
Informalidade: o juiz pra fazer a sentença não precisa fazer o relatório.
Celeridade: aqui o rito é sumaríssimo.
Oralidade:
Economia processual:
 Termo circunstanciado (art. 69): Na hipótese de ser comunicada a autoridade policial uma infração de menor potencial, será lavrado o termo circunstanciado, na forma do art. 69, sendo encaminhado em seguida esse termo ao JECRIM. Em caso de prisão em flagrante, não será lavrado o auto de prisão se o autor do fato aceitar assinar o referido termo, sendo liberadologo em seguida sem exigência de fiança.
Audiência preliminar (art. 72): Quem presidi é o juiz conciliador, poderá ser presidido ainda pelo juiz do juizado competente também. Na audiência preliminar, havendo composição dos danos civis a homologação desse acordo produzirá o efeito jurídico de renúncia ao direito de representação ou ao direito de queixa, extinguindo a punibilidade do crime. Se o autor do fato não cumpre o acordo, o procedimento criminal não poderá ser reaberto, cabendo a vitima mover uma execução na vara cível, tendo em vista que a composição homologada tem natureza de título executivo judicial. 
12/11/2015
Lei 9.099/95
Transação Penal art. 76
 Na pratica é uma hipótese de acordo entre o MP e o autor do fato que se submete a uma troca de uma ação penal por uma pena alternativa antecipadamente ou pena de multa, o autor pode recusar, após o cumprimento da transação penal é extinta a punibilidade do crime, a transação penal é causa de extinção da punibilidade e não poderá ser denunciado pelo fato após o cumprimento da transação penal. A transação penal não tem caráter condenatório e não causa maus antecedentes apenas exclui a possibilidade de nova transação penal em um prazo de 5 anos.
 A transação penal consiste na aplicação antecipada de pena alternativa ou de multa proposta ao autor pelo Ministério Público e caso aceita é homologada pelo juiz sendo certo que após o seu cumprimento, o procedimento é julgado extinto em razão da extinção da punibilidade do crime, não possuindo a transação penal natureza condenatória ou natureza de confissão, continuando o autor do fato primário e de bons antecedentes.
 A transação penal oferecida pelo Ministério Público englobando uma pena de multa ou pena alternativa, podendo ser até serviço a comunidade. Caso o autor do fato não cumpra a transação penal o juiz não pode converter em pena de privação de liberdade por violar o devido processo legal, no silencio da lei sobre o descumprimento, a jurisprudência determina como conseqüência a anulação do acordo e o prosseguimento do processo penal, com todos os tramites normais.
 Se o autor do fato não cumpre a transação o juiz rescinde o acordo e determina o prosseguimento do feito, sendo o acusado submetido a julgamento, onde poderá ser condenado ou absorvido.
 O direito a proposta da transação penal é direito de todos que preencham os tipos do artigo 76, entre eles, primário, bons antecedentes, não ter feito transação no período menor que 5 anos, e se o promotor se recusar a propor a transação penal a jurisprudência prevê que seja enviada ao procurador do MP para analise que seja decidido que se é caso de transação penal ou não, o envio do processo será feito pelo juiz que não concordar com o posicionamento do promotor. art. 28 do CPP.
 Se o autor do fato preenche todos os requisitos do art. 76, e o promotor se recusando injustificadamente a fazer a proposta deve o juiz por analogia ao artigo 28 do CPP remeter o procedimento ao procurador geral de justiça para que este decida através de um parecer nos autos se a hipótese admite transação ou não.
Não havendo transação penal o autor do fato é denunciado e é instaurado o processo penal adotando rito sumaríssimo, art. 77, que é muito célere, ao receber a denuncia o juiz marca a audiência e promove a citação e a intimação do réu, a primeira audiência a ser presidida será a AIJ com a presença do juiz do juizado, promotor, defensor ou advogado e testemunhas, onde tudo será resolvido. O primeiro passo será a tentativa de uma conciliação e não sendo possível o advogado de defesa faz sustentação oral e posterior o promotor fará a acusação, pode o juiz ainda não receber a denuncia, e o promotor poderá recorrer, recebendo a denuncia houve-se as testemunhas, os fatos são apresentados e é feito fechamento da audiência pelo promotor e depois o defensor, e o juiz encerra dando a sentença. Os recursos do JECRIM é enviado para a turma recursal, que tem caráter de 1ª instancia.
 O artigo . 89 da lei 9.099/95, prevê a suspensão condicional do processo (suscis processual), que é uma maneira de acordo entre o ministério publico e o réu, nessa proposta o promotor oferece a suspensão do processo por dois anos, período no qual o réu terá que cumprir algumas condições, como assinar uma ficha no cartório com apresentação de sua identidade e manter endereço atualizado, mensalmente, e uma prestação de serviços comunitários. Ainda é possível constar na proposta que em caso de viagem longo é necessário a autorização judicial. O réu aceitando a proposta de suspensão condicional do processo será homologada pelo juiz e será aguardado o cumprimento do período e das condições, e ao final a conseqüência será extinção da punibilidade do crime pelo cumprimento da suspensão processual. O não cumprimento revoga a suspensão e determina o andamento do processo.
 A suspensão condicional do processo consiste em uma forma de acordo entre o ministério publico e o réu, onde o MP propõe ao acusado que fique o processo suspenso por um período em que deverão ser cumpridas algumas condições. Após encerrado o período de suspensão, se o réu cumpriu corretamente as condições, então é declarada extinta a punibilidade do crime, mas se houver o descumprimento o juiz revogará o beneficio e determinará o prosseguimento da ação penal. A suspensão não tem natureza condenatória continuando o réu primário de bons antecedentes e também não tem natureza de confissão, apenas nos próximos cinco anos não terá o réu direito ao mesmo beneficio.
 Tem direito a esses benefícios aquele a quem estiver sendo imputado crime de pena mínima de até um ano, ser primário, de bons antecedentes, não possuir características pessoais que afastem a aplicação.
 Se o réu preenche os requisitos do art. 89 ele tem direito subjetivo público a proposta de suspensão condicional do processo, sendo certo que a proposta só é cabível quando o réu responde por crime com pena mínima de até um ano, esteja o processo no juizado ou no âmbito das varas criminais. A suspensão processual cabe em qualquer tipo de crime Exceto nos casos da lei Maria da Penha.
 Caso o réu esteja respondendo a mais de um processo com penas de até um ano, em concurso de crime, a soma das penas mínimas ultrapassando 1 ano, não terá direito a suspensão processual. Sumula 723 STF. 
 De acordo com a sumula 723 do STF se o réu é acusado de mais de um crime caso a incidência da regra do concurso de crimes configurado faça a pena mínima ultrapassar um ano, o réu não tem direito a proposta de suspensão.
 Se o promotor não propor a suspensão condicional do processo, injustificadamente o juiz deverá encaminhar os autos ao procurador geral pelo sumulado do STF.
 Se o réu preenche os requisitos e o promotor se recusa a fazer a proposta, o juiz descordando do MP, de acordo com a sumula 696 do STF também deve aplicar por analogia o art. 28 do código de processo penal.
17/11/2015
Lei 11.340/06 – Maria da Penha.
A Lei Maria da penha foi criada com o objetivo de coibir a chamada violência de gênero praticada pelo homem contra a mulher no âmbito da chamada violência domestica, considerando o artigo 5º e 7º como violência domestica, qualquer espécie de violência física, psicológica, moral, patrimonial e sexual, praticadas contra a mulher na unidade domestica, compreendida entre pessoas que possuem parentesco ou que convivam como se parentes fossem, inclusive pessoas agregadas, sendo certo, que a lei também considera violência domestica a ocorrida entre pessoas que possuem ou já possuíram relações intimas de afeto.
 O que diferencia o processo no âmbito da violência domestica é a proteção garantida, os ritos processuais são os mesmos do CPP. Dentre estes esta o pedido de medida protetiva que será encaminhado pela delegacia ao juiz que deverá analisar em no máximo 48 horas.
 São medidas protetivas podendo ser concedidas mais de uma cumulativamente:
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, os termos daLei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida; 
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
§ 1.º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público.
§ 2.º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do art. 6.º da Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetívas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de
desobediência, conforme o caso. 
§ 3.º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial.
§ 4.º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§ 5.º e 6.º do art. 461 da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).
Na lei Maria da Penha o que efetivamente temos de diferente e que concede uma especial proteção a mulher são as medidas protetivas elencadas nos art. 22 a 24 que podem ser requeridas pela autoridade policial, pelo ministério público ou até mesmo pela ofendida sem advogado, e uma vez requeridas devem ser examinadas em no Maximo 48 horas pelo juiz. Se o acusado intimado desobedece uma medida protetiva a conseqüência e a decretação da prisão preventiva nos termos do art. 313 inciso III CPP.
 De acordo com o entendimento da jurisprudência o crime de lesão leve no juizado de violência domestica é de ação penal publica incondicionada e a violação de medida conseqüência punitiva prevista em lei que é a prisão preventiva.