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Jornalismo no Maranhão: Análise Crítica	Epistemologia da Comunicação
Ainda é uma imprensa fechada, dividida entre grupos políticos que se dividem por interesses partidários e escreve dominada por um criticismo voraz ou uma completa apatia, para alguns uma neutralidade helvética. Com inclinação para o meio elitista e quando sai desse segmento descamba para o popularesco vergonhoso. Nos meios escritos e televisivos essa imprensa se limita ao relato de factuais, deixando a opinião e a análise mais aprofundada para o ambiente radiofônico que ainda é o de uso mais comum em quase todo o estado, sobretudo nas áreas rurais, onde se usa ainda lamparina a querosene e o analfabetismo é gritante.
No turbilhão de vorazes blogueiros ligados a todos os jornais, não se sobressai algo de positivo, pois tudo é jogado, para alimentar a fome pelo denuncismo que tomou conta dos nossos leitores, parece que a política editorial foi trocada por uma política de achincalhamento público. Difícil acreditar na credibilidade de um jornalista que escreve de forma tão elogiosa sobre um político num jornal e de forma tão vulgar no seu blog sobre outro político ou no mesmo jornal com uma linguagem de senso comum ou impregnada pelo sarcasmo popular.
Infelizmente não consegue sair do lugar-comum que ela mesma se impôs por comodismo preguiçoso, que se alastra por todas as editorias do jornalismo impresso, onde se observa praticamente um modelo de texto engessado com apenas variação de palavras, onde as notícias mudam apenas de lugar e de horário, mas continuam as mesmas. No televisivo não se optou por fazer diferente, cada dia que se assiste um telejornal das diferentes afiliadas se tem a impressão de um deja vu, fatos parecidos noticiados de forma parecida. Um jornalismo já mastigado que chega só para engolido, mesmo que seja indigesto. Tem se a impressão de que toda a carga teórica aprendida na universidade não serve para a prática, que as teorias devem ficar restritas ao ambiente acadêmico.
Nos programas esportivos ou nas páginas de esporte não há atrevimento para ir além de apenas informar o placar e quem fez o gol, uma reportagem mais apaixonada como é o esporte, uma crônica esportiva que sai mais da lógica, da aritmética dos possíveis rebaixados que fuja para a paixão sem números e cálculos cansativos desinteressantes que não serão conversados nos bares pelos avôs com seus indefectíveis radinhos de pilha e tampouco pelos jovens em seus smartphones.
Há longos caminhos a serem percorridos e muitos riscos para se correr, mas ainda resta sangue novo e vontade de fazer, perspicácia para não se deixar engolir pela política do engessamento do cérebro e tampouco pela do dedo em riste e megafone no lugar do teclado e do microfone.
	AUGUSTO LOPES

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