Buscar

1164254 roteiro questões 2017 eco

Prévia do material em texto

Roteiro para auxiliar na leitura do livro O Que é Economia – Paul Singer.
Indique as diferenças entre a visão marxista e marginalista quanto a atividade econômica. 
	Escola
	Marxista
	Marginalista
	Social: sempre coletiva = realizada por uma sociedade
	Individual: indivíduos se relacionam entre si na divisão social do trabalho.
	Praticada pela divisão social do trabalho.
Diferentes grupos se especializam na execução de tarefas distintas.
Produção e circulação de produtos (bens – materiais – ou serviços – imateriais).
	Processo social realizado através do somatório das atividades de muitos agentes econômicos (indivíduos que agem valorando sua satisfação em relação ao sacrifício empregado).
	Cada indivíduo desempenha um papel na economia.
A “escolha” deste papel não ocorre de maneira aleatória u tão individual. Ela é determinada pelo contexto econômico vigente e reproduz a hierarquização das classes sociais.
	Agentes individuais. Atuação autônoma com objetivo de satisfazer seus desejos e necessidades.
Cálculo de vantagem x desvantagens dentro das margens de opção.
Os agentes “colaboram” entre si.
	Não investiga as atividades puramente individuais.
Atividades dos indivíduos para si mesmo (lavar carro, cozinhar,...).
Somente a economia social.
Anos 70: trabalho doméstico passa a ser considerado dentro da divisão social do trabalho.
Mercadoria: força de trabalho (cuidam, mantem e formam novos trabalhadores).
	Todas as atividades são econômicas, mesmo as que os indivíduos desenvolvem para si mesmos.
Análise econômica atual: consideram-se, para análise, somente as atividades remuneradas.
Definição prática de atividade econômica.
Seria possível considerar a divisão social do trabalho em uma abordagem marginalista? 
Em uma abordagem marginalista, os indivíduos (agentes) se relacionam entre si na divisão social do trabalho, exercendo papéis nesta de acordo com a valoração que dão no cálculo de vantagem x desvantagens dentro das margens de opção.
Como os marginalistas explicam a escravidão? 
Diferente da escola marxista, onde a escravidão/ servidão representa um papel determinado pela divisão social do trabalho característico do regime econômico vigente, os marginalistas pregam que mesmo neste contexto de escravidão/ servidão, há uma opção individual de se render aos desígnios atribuídos ou ir contra estes (servir ou rebelar-se, fugir ou ser castigado). Desta maneira, a escravidão/ servidão seriam opções individuais.
Na contabilidade social como é tratado o trabalho da mulher em seu lar e o de sua empregada? 
	
	Marxistas
	Marginalistas
	Mulher em seu lar
	Não investiga as atividades puramente individuais.
 Atividades dos indivíduos para si mesmo (lavar carro, cozinhar,...).
Somente a economia social.
Anos 70: trabalho doméstico passa a ser considerado dentro da divisão social do trabalho.
Mercadoria: força de trabalho (cuidam, mantem e formam novos trabalhadores).
	Todas as atividades são econômicas, mesmo as que os indivíduos desenvolvem para si mesmos.
Análise econômica atual: consideram-se, para análise, somente as atividades remuneradas.
Definição prática de atividade econômica.
	Doméstica
	Considera-se na divisão social do trabalho.
	Considera-se como agente econômico.
	
Em ambos os casos, só é considerada desta maneira em seu local de trabalho. Em sua casa, a análise do seu trabalho passa a ser o da mulher em seu lar.
Prof: caso a doméstica se case com o patrão, passa a somente ser considerada como mulher em seu lar.
O que vem a ser a economia política? 
Economia política é a ciência que estuda as relações sociais de produção, especialmente entre as três classes principais da sociedade capitalista ou burguesa: capitalistas, proletários e latifundiários, circulação e distribuição de bens materiais que visam atender as necessidades humanas, identificando as leis que regem tais relações.
Indique os principais pontos das ciências econômicas na visão marginalista. 
O que é a concorrência perfeita? 
É uma condição ideal, teórica, de economia caracterizada por:
Compradores e vendedores são em numero expressivo, atomizados, onde a decisão de um não influencia sozinho o mercado;
Todos possuem todas as informações sobre ofertas e demandas, com perfeita transparência para os vendedores e para os compradores de tudo que ocorre no mercado;
Todos os agentes se guiam por razões estritamente econômicas.
 
Os pressupostos da concorrência perfeita se realizam na prática? Em caso de resposta negativa quais são os problemas? 
A condição de concorrência perfeita é uma concepção abstrata, não real, uma vez que não há um equilíbrio perfeito do mercado (seus agentes), há influencia do Estado nas relações e há fatores que vão além dos econômicos para a escolha de produtos (emocionais, sociais,...).
Isso faz com que o fundamento da economia marginalista e sua concepção fundamental (“homo oeconoicus” – homem econômico, aquele que é somente guiado por condições econômicas de mercado) se torne discutível .
Como surge na economia o valor de uso e o valor de troca? Qual é a contraposição destes dois conceitos? 
O valor de uso é o valor produzido pela Empresa. Surge para satisfazer uma necessidade social, demanda de consumo do mercado. Já o valor de troca é uma expectativa de valor, atualmente realizada através de valores monetários, que a troca será efetivada no mercado.
Estes valores se contrapõem uma vez que o valor de uso é uma expectativa do produtor e o valor de troca é uma potencialidade de realização do mercado, mais determinada pelo consumidor.
Qual a função do dinheiro na economia?
O dinheiro regula o capitalismo. Ele realiza o valor uma vez que faz o intercâmbio indireto entre mercadorias.
As mercadorias possuem seus valores de troca efetivados através de seus valores monetários (expressos pelo dinheiro). Adquire-se dinheiro através da venda das mercadorias e, com estes, compra-se outras mercadorias (bens ou serviços). A forma de troca direta (mercadoria – mercadoria), atualmente foi quase que totalmente substituída por esta forma indireta de troca (mercadoria – dinheiro – mercadoria).
Explique o termo “valor a espera de realização”. 
As empresas produzem o que, teoricamente, há demanda no mercado. Agem a partir de uma incerteza, pois não sabem se o valor de uso é igual ou diferente à necessidade social da mercadoria. Isso somente será esclarecido através das vendas e do valor dado à mercadoria pelo mercado. 
Este valor colocado pelo ofertante na mercadoria é o valor à espera de realização que somente se realizará, ou não, quando ocorre o consumo do bem ou serviço ofertado. 
Explique como o mercado regula a produção capitalista. 
O mercado regula a produção capitalista através da lei da oferta e da procura.
Muita oferta com pouco consumo = queda do preço (parte do valor potencial não se realiza)
Empresas diminuem a produção Aumenta o consumo
 
Diminui a oferta
+
Aumento do consumo
Aumento do preço
 Empresas aumentam a produção Diminui o consumo
Aumenta a oferta
Esta regulação é contraditória porque não necessariamente as demandas, produções e rendas ocorreriam de igual maneira em todo o mercado e classes. Desta maneira, a regulação da produção capitalista pelo mercado geraria fases de prosperidade, de crise e de estagnação já que a distribuição de renda (que regue a evolução tanto da demanda quanto da oferta) seria marcada por conflitos com resultados imprevisíveis. 
Ocorre também a regulação por uma tendência inerente à natureza humana de progredir em direção à liberdade. A liberdade como consumidor e produtor possui valor em si que se realiza no capitalismo. Desta maneira, os papeis sociais e etapas seriam consequências desta busca por mercado consumidor e produtor.
Há também a teoria de que o capitalismo seria uma fasehistórica que será superada e sucedida um dia.
Explique a seguinte passagem do livro “A visão liberal do problema é que a procura por valor de uso decorre das preferências subjetivas dos indivíduos, na medida em que sua limitada renda monetária permite que se manifestem, enquanto a oferta é realizada por inúmeras empresas desejosas de maximizar seus lucros”.
A lei da oferta e da procura é uma regulação estritamente econômica, que ignora outros fatores que influenciam no mercado.
Por parte do consumidor, questões subjetivas influenciam na procura por mercadorias (valores de uso). Por parte das empresas, há a intensão de maximinizar seus lucros. Desta maneira, a restrição orçamentária (relacionada à renda do consumidor) torna pouco relevante a proveniência desta renda das próprias empresas.
Aumento do capital das empresas = aumento pela demanda dos fatores de produção
Aumento das rendas de trabalho e de propriedade
Expansão da demanda por muitos valores de uso.
Crescimento equilibrado: Expansão da demanda proporcional à da oferta.
Necessidade de ajuste:
Aumento da demanda não coincidir como a da oferta
Descreva em poucas palavras a etapa liberal do capitalismo. 
O capitalismo iniciou como resultado da revolução indústria (séc XVII, Grã-Bretanha), tendo sua etapa liberal finalizada em 1917.
A energia a vapor e as máquinas-ferramentas potencializaram o trabalho do homem e aumentaram a capacidade de produção. O êxodo rural decorrente dos cercamentos e expulsão do camponês dos campos geraram mão-de-obra para as fábricas.
Ocorreu o dinamismo ao mercado mundial, tendo a divisão internacional do trabalho. Neste, os países do centro exportavam capital e produtos industrializados. Os países periféricos e as colônias importavam este capital e exportavam produtos primários. O imperialismo expandiu a economia de mercado para países com modos de produção coletiva. 
No séc XIX, a energia elétrica e os motores a expulsão levaram à II revolução industrial, com evoluções tecnológicas e na ciência que mudaram os padrões de produção, a sociedade – inclusive demograficamente - e esforços bélicos. 
Os direitos políticos nesta etapa eram limitados. O voto era restrito aos homens de posse e não se permitia atuações coletivas sindicais uma vez que estas feriam os princípios da concorrência perfeita (caracterizavam monopólio).
O que vem a ser “Estado de Bem-Estar Social”? 
“Estado de Bem-Estar Social” representa uma maior interferência do estado na economia, voltada para as necessidades e bem-estar do proletariado. 
Tendo sua origem na ampliação da participação popular no governo, através do voto, permitiu que a classe trabalhadora inserisse na esfera governamental seus representantes, tendo seus interesses mais considerados e conquistas relativas a estes ocorressem. 
Desta maneira, instituições de amparo ao trabalhador surgiram paulatinamente (direitos trabalhistas, isenções fiscais, formas legais de reivindicação como a greve, legalização de sindicatos, entre outros), além de ações públicas no âmbito social (saneamento, moradia, escola). Tais fatos refletiram o aumento da participação do setor público na economia.
Estas mudanças não foram uma redistribuição de renda monetária, mas uma contenção da concentração de renda na classe dominante.
Explique as diferenças entre a microeconomia e a macroeconomia. 
	
	Microeconomia
	Macroeconomia
	Objetivo
	Comportamento individual do consumidor e do produtor
	Economia nacional como um todo.
	Paradigma/ doutrina
	Liberal/ neoclássica ou marginalista
	Reformista/ Interferência do Estado
	Postulado
	Todos os mercados tendem ao equilíbrio e que a livre concorrência produz bons resultados em relação às necessidades e preferencias dos consumidores. 
Interferência do Estado = distorção da relação entre produtores e consumidores, com prejuízos para a maioria.
	Interesse da maioria acima da intocabilidade dos mecanismos de mercado;
 
Composta das compras dos consumidores finais (famílias), das empresas que fazem investimento e do governo.
Procura de consumo é estável necessidades individuais dificilmente mudam em curto prazo.
Procura por meios de produção é instável
 
Depende da perspectiva de lucro futuro. 
Só há investimento no acréscimo de produção se há a crença de que ocorrerá a venda e os preços cubram os custos e deem lucro. 
	Desemprego
	Voluntário = A pessoa deveria trabalhar com o que estivesse sendo oferecido, por qualquer remuneração.
O Estado não deveria intervir nesta relação. Logo, a culpa do desemprego é a interferência do Estado (Leis e salário mínimo) e dos sindicatos.
	Nível de atividade e de emprego é determinado pela procura efetiva ou agregada.
Indique as razões pelas quais o autor compara o investimento no capitalismo a um jogo de azar. 
O capitalista somente investe no mercado econômico se há a crença de que obterá lucro. Porém, este lucro na relação comercial é uma hipótese, uma crença que somente será confirmada através da venda do produto pelo valor inicialmente à espera de realização.
Com isso, todas as apostas e investimentos realizados no modelo capitalista são incertos, representam um risco como em um jogo de azar. 
Como você explica o termo “medidas anticíclicas” e qual sua importância na economia? 
São ações governamentais na macroeconomia, através da interferência na economia financeira, que visam garantir a estabilidade da economia.
Funcionam através da contenção de excessos coletivos de agentes privados otimistas ou pessimistas.
Otimistas (compra desenfreada de ativos) + empresas em máxima expansão
Ação governamental: corte de gastos próprios e limita créditos
Queda na compra de ativos Queda na compra de meios de produção.
Estabilidade da demanda efetiva. (não se contrata mais mão-de-obra; não tem mais dinheiro no mercado. Mantem-se.)
Pessimistas (venda ou desvalorização de ativos) + empresas sem investimento
Ação governamental: aumento de gastos próprios e facilidade de créditos
Impede colapso do mercado financeiro Previne superprodução por manutenção da demanda. (mantem-se a mão-de-obra e o dinheiro no mercado).
Após a segunda guerra, qual foi o papel desempenhado pelo estado na economia mundial? (contemple em sua resposta o socialismo e o capitalismo)
Ampliou-se o controle e a participação do Estado nas políticas de governança e, consequentemente, econômicas. Tantos nos países capitalistas quanto nos socialistas ocorreu um período inicial de prosperidade, recuperação e desenvolvimento direcionados pelos “indicadores” dos governos capitalistas e pelas “imposições” dos governos socialistas.
Nos anos 70, ocorreu um período de inflação e recessão, onde os países iniciaram medidas anticíclicas na macroeconomia.
Nos anos 80, o neoliberalismo predominou nos países capitalistas, através das políticas de partidos conservadores (corte de dispêndio público, restrição ao crédito e livre flutuação do câmbio), havendo o agravamento da recessão. Neste período, ocorreu cortes orçamentários sociais, sindicatos perderam seu poder de barganha, industrias automatizaram e/ ou migraram para países em desenvolvimento e a inflação caiu.
Nos anos 80, a crise também abala os sistemas socialistas uma vez que este necessita de um planejamento centralizado e está muito mais resistente às inovações. O autoritarismo também favorece a corrupção. A frustração de alguns seguimentos sociais inicia movimentos que buscam reformas com a substituição do planejamento centralizado por mecanismos de mercados em alguns setores da economia. Além disso, em alguns países inicia-se a democratização.
Em ambos os regimes políticos, capitalismo e socialismo, ocorre uma progressão para a diminuição da influência estatal na economia, com privatizações, cortes de gastos sociais e aumento da liberdade econômica e do direito de escolha individual.
Resumaa evolução econômica da América Latina e indique os principais problemas apontados pelo autor? 
Pós-guerra: início da industrialização. Usou-se muito o Estado e o setor público da economia para implantar um sólido parque industrial.
“Escola de CEPAL”: Teoria do desenvolvimento, semelhante ao Keynesianismo, onde se baseou muitos países da América Latina para implementar políticas protecionistas e de fomento para promover a industrialização por substituição de importações (intervenção Estatal).
Nos anos 70, havia a cronicidade da inflação e políticas governamentais recessivas, sem êxito palpável.
Nos anos 80 a crise inflacionária se agravou devido à dívida eterna, cortes com consequente diminuição da demanda solvável que desencadeou diminuição da produção e de investimentos e conflitos distributivos (auxiliaram a eliminar diversos regimes políticos autoritários – redemocratização).
Como nos países industrializados, também na América Latina ocorre uma progressão para a diminuição da influência estatal na economia, com privatizações, cortes de gastos sociais e aumento da liberdade econômica e do direito de escolha individual.
Em sua opinião a tese de um socialismo de mercado é possível na prática? Por quê? 
Sim, uma vez que o planejamento central manteria as áreas internas centralizadas, com direta condução e interferência do governo associada com as políticas comerciais externas se adequando às variações de mercado e flexibilização destas. Com isso, ocorreria a relativização do planejamento e adequação econômica. Ex. china
Na parte final do texto o autor faz uma análise do processo inflacionário e das medidas utilizadas para combatê-la. Resuma a opinião do autor sobre esses dois temas. 
Dadas condições normais:
Aumento do volume da moeda em circulação = aumento da demanda solvável (Compradores em conjunto estão querendo adquirir mais mercadorias)
Aumento de preço
Aumento da oferta de mercadorias
Excesso de mercadorias: aumento da demanda solvável nem afeta os preços.
Sem execesso de mercadorias: inflação o ciclo acima não é minimizado pelo aumento da oferta.
Medidas de combate da inflação:
Em inflações baixas:
Eliminar o déficit fiscal (Diminuir os gastos e aumentar a arrecadação).
Sem emissão de moeda
Estabilidade dos preços
Inflações altas:
Economia política
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jean-Jacques Rousseau, Discours sur l'oeconomie politique, 1758
Economia política é a ciência que estuda as relações sociais de produção, circulação e distribuição de bens materiais que visam atender as necessidades humanas, identificando as leis que regem tais relações.[1] O termo foi originalmente introduzido por Antoine de Montchrestien em 1615 em seu livro "Tratado de Economia Política", com o objetivo de transpor para a atividade estatal as ideias e os princípios da Economia. Nesse livro o autor aborda temas como Monopólio, proteção para a indústria, trabalho, etc [2]. O nome passou a ser utilizado para o estudo das relações de produção, especialmente entre as três classes principais da sociedade capitalista ou burguesa: capitalistas, proletários e latifundiários. Em contraposição com as teorias do mercantilismo, e, posteriormente, da fisiocracia, nas quais o comércio e a terra, respectivamente, eram vistos como a origem de toda a riqueza, a economia política propôs (primeiro com Adam Smith) a teoria do valor-trabalho, segundo a qual o trabalho é a fonte real do valor. No final do século XIX, o termo economia política foi paulatinamente trocado pelo economia, usado por aqueles que buscavam abandonar a visão classista da sociedade, repensando-a pelo enfoque matemático, axiomático e valorizador dos estudos econômicos atuais e que concebiam o valor originado na utilidade que o bem gerava no indivíduo.
Atualmente o termo economia política é utilizado comumente para referir-se a estudos interdisciplinares que se apoiam na economia, sociologia, direito e ciências políticas para entender como as instituições e os contornos políticos influenciam a conduta dos mercados. Dentro da ciência política, o termo se refere principalmente às teorias liberais e marxistas, que estudam as relações entre a economia e o poder político dentro dos Estados. Economia política internacional é um ramo da economia que estuda como o comércio, as finanças internacionais e as políticas estatais afetam o intercâmbio internacional e a política monetária e fiscal.
A Economia Keynesiana (ke ynesianismo) é uma teoria da despesa total da economia (designada por procura agregada) e dos seus efeitos na produção e na inflação. Em primeiro lugar, e quanto aos objetivos, tratava-se de dar primazia ao crescimento e ao pleno emprego, e não à estabilidade monetária e à competitividade externa. Em segundo lugar, e quanto aos instrumentos, as politicas monetária e orçamental deveriam estimular a procura agregada (consumo e investimento à escala nacional) e o próprio investimento público teria um papel importante a desempenhar. A além do mais, poderiam justificar-se finanças públicas desequilibradas em curto prazo, para estímulo da atividade económica e maior capacidade de criação de empregos. Em terceiro lugar, se o consumo era o grande estímulo e motor do crescimento, a redução das grandes desigualdades sociais aumentaria a propensão média ao consumo da população, e isso seria vantajoso do ponto de vista económico e também social. O Estado assumia assim um papel ativo e decisivo na atividade económica mesmo em sistema capitalista. Não se tratava apenas de regular a conjuntura do curto prazo, evitando ou minimizando ciclos de inflação ou desemprego, mas também, e principalmente, de assegurar um crescimento equilibrado da economia nacional.
Comparação com a Economia Clássica A economia clássica parte do pressuposto onde o mundo econômico é governado por ‘’leis naturais’’, onde deixando funcionar livremente produzirão sempre melhores resultados possíveis. Isso é fruto do racionalismo do século XVIII e XIX.A economia clássica também parte de dois pressupostos importantes: o de que os preços e salários eram sempre flexíveis e o de que a moeda não era feita para poupança.com isso formava dois modelos centrais de economia clássica: a lei de mercado, de Say, segundo a qual a oferta cria sua própria procura; a teoria quantitativa da moeda, que, partindo da equação de trocas concluía que, sendo a velocidade da moeda constante, e dada uma determinada quantidade de moeda, a produção variava em relação inversa e proporcional aos preços. Preço flexível permite a garantia do pleno emprego se m qualquer intervenção do governo. No momento e m que uma queda momentânea na procura agregada levasse a reduç ão da atividade econômica e ao desemprego, os salários seriam reduzidos, os preços das mercadorias produzidas com o respectivo trabalho cairiam, a procura aumentaria, a produção voltaria a aumentar, e o pleno emprego seria restabelecido. A moeda para os clássicos era uma unidade de conta e um meio de troca. O s homens só mantinham em s poder para efetuar transações. Lei de SayJean Batiste Say foi o ma is importante discípulo de Adam Smith. Quando a produção au menta, ou seja, quando a oferta aumenta, a procura também aumenta. Em outras palavras, a oferta cria sua própria procura. 
Pleno Emprego
A expressão pleno e mprego refere-se, em Economia, à utilização de todos os fatores disponíveis, a preços de equilíbrio. Uma economia em pleno emprego s e encontra em equilíbrio. Em pleno emprego, a quantidade ofertada e demandada de qualquer bem (entreos quais se encontram os fatores de produção) é a mesma. No mercado de trabalho, por exemplo, onde a oferta de trabalho é definida a partir da disposição do empregado de receber certo salário, o pleno emprego significa que todos os trabalhadores que aceitem receber os salários de equilíbrio são e mpregados. A noção de pleno emprego é compatível com a existência de desemprego, já que a definição tradicional de desemprego é mais ampla, e inclui trabalhadores que só ac eitam trabalhar por um salário mais alto que o de equilíbrio.Os clássicos consideravam que todo o rendimento seria dispendido, uma parte em consumo e outra partem em investimento. Toda a poupança seria investida. Na teoria Clássica a taxa de j uro era o mecanismo que garantia a igualdade entre a poupança e o investimento. As pessoas preferem consumir a poupar, pois só o consumo s atisfaz as necessidades. Quanto maior for à taxa de juro, maior é a poupança e inversamente. Portanto, se as taxas de juros estiverem muito altas, não encontrarão investidores e devido à concorrência deverão descer, provocando por sua vez uma diminuição da poupança e um au mento do investimento, até se igualarem, restabelecendo assim o equilíbrio do pleno emprego.Relação com a Grande Depressão.
Socialismo de mercado refere-se a vários sistemas econômicos onde parte dos meios de produção são de propriedade pública e/ou cooperativa e operados de forma socialmente como economia de mercado. Dependendo do modelo específico, os lucros gerados por empresas de propriedade social podem ser usada para remunerar diretamente empregados, ou podem se acumular a sociedade tornando-se assim a fonte de financiamento público.[1][2] Teoricamente, a diferença fundamental entre o socialismo de mercado e o socialismo é a existência de um mercado para os meios de produção e bens de capital.
Socialismo de mercado distingue-se dos modelos de economias mistas, porque ao contrário da economia mista, os modelos de socialismo de mercado são completos e de auto-regulação dos sistemas.[3] Além disso, o socialismo de mercado é contrastado com as políticas social-democratas implementadas nas economias de mercado capitalistas. Enquanto a social-democracia visa alcançar uma maior igualdade através de impostos, subsídios e projetos de assistência social, o socialismo de mercado faz isso por meio de mudanças nos padrões de propriedade e de gestão empresarial.[4]
Os defensores precoces do socialismo de livre mercado incluem os economistas socialistas Ricardianos, o filósofo liberal clássico John Stuart Mill, e o filósofo anarquista Pierre-Joseph Proudhon. Estes modelos de socialismo implicava "aperfeiçoar" ou melhorar o sistema de mecanismo de mercado livre, eliminando distorções causadas pela exploração, a propriedade privada e o trabalho alienado.
Esta forma de socialismo de mercado tem sido chamado de "socialismo de mercado livre", pois não envolve planejadores.[5][6] Pierre-Joseph Proudhon desenvolveu um sistema teórico chamado de mutualismo, que ataca a legitimidade dos actuais direitos de propriedade, os subsídios e as corporações bancárias. Proudhon previu um mercado descentralizado, onde as pessoas entram no mercado com igual poder, negando a escravidão assalariada[7] Seus defensores acreditam que as cooperativas de crédito e outras formas de propriedade do trabalhador seria viáveis sem estar sujeito ao estado.
O Socialismo de Mercado também tem sido usado para descrever algumas obras de anarquistas individualistas, como a de Murray Bookchin[8] que argumentam que os socialismo de livre mercado ajuda os trabalhadores e enfraquece os capitalistas.
O socialismo de mercado nas economias dos Estados socialistas
O termo também foi usado para se referir às tentativas da economia soviética para introduzir elementos de mercado em um sistema econômico. Mais especificamente, foi a primeira tentativa na década de 20 para implementar a Nova Política Econômica (NEP) na URSS, logo porém abandonada. Mais tarde, nas décadas de 70 e 80, elementos de socialismo de mercado foram introduzidos na Hungria, Tchecoslováquia e Iugoslávia (este último chamado de "socialismo de auto-gestão", o que permitiu a Iugoslávia ter condições econômicas relativamente melhores dos outros países do bloco comunista). Hoje o Vietnã e o Laos também descrevem os seus modelos econômicos como Socialismo de Mercado.
Socialismo de Mercado é um conceito utilizado atualmente pela China para definir seu sistema econômico em processo de transição de uma economia planificada para uma economia de mercado. Esta transição econômica foi iniciada no governo de Deng Xiaoping, e o termo de "socialismo de mercado" passou a ser utilizado em meados dos anos 1980 e amplamente difundido apenas nos anos 1990.
Atualmente Cuba declara adotar este modelo, enquanto a China defende ter uma típica economia de mercado, embora regulada pelo Estado. Teoricamente o chamado socialismo de mercado consiste em uma economia de mercado onde a regulação, orientação e iniciativa do Estado se sobrepõe à iniciativa privada.[9]
Planejamento econômico: o governo centraliza todo o planejamento dos investimentos e da regulação do mercado, permitindo a livre-iniciativa privada em áreas que considera relevante. Muito semelhante ao modelo desenvolvimentista no capitalismo politicamente orientado.
Propriedade dos meios de produção: o governo continua sendo o maior proprietário de empresas, fábricas e indústrias consideradas estratégicas, embora na maior parte dos casos como acionista majoritário e não mais como único proprietário (propriedade estatal típica). A propriedade da terra continua sendo prerrogativa do Estado, que cede legalmente seu uso aos camponeses (impedindo que estes vendam estas propriedades). O sistema financeiro continua sendo controlado diretamente pelo Estado, que é acionista importante, muitas vezes majoritário, da maior parte dos bancos e instituições financeiras.
Características políticas do socialismo de mercado dentro dos Estados Socialistas
Diferentemente da União Soviética que tentou fazer a transição política para um regime democrático liberal simultâneamente à transição econômica para o capitalismo de mercado, a China vem fazendo reformas econômicas em ritmo muito mais acelerado do que as reformas políticas. O governo continua controlado políticamente pelo Partido Comunista, pois mesmo com a permissão de funcionamento de outros partidos, estes são insignificantes. O Partido Comunista chinês controla o ritmo e a velocidade da abertura econômica, garantindo altas taxas de crescimento econômico, sem grande desgaste político. A prioridade política de longo prazo do partido não é implementar um processo de abertura rápida para um regime democrático, que é considerado algo de alto risco. A estratégia adotada tem sido a de manutenção da integridade territorial chinesa e a defesa da reunificação da China, que tem pautado a lógica de "um país, dois regimes" (para Hong Kong e Macau), e direciona os processos de abertura política de forma lenta e gradual para permitir a reaproximação com Taiwan.

Continue navegando