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Origem do Solo

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Meio Ambiente
Prof. Delfim S. Neves
SOLO
O SOLO E SUA FORMAÇÃO
A camada de rochas na superfície da Terra está, há bilhões de anos, exposta a mudanças de temperatura e à ação da chuva, do vento, da água dos rios e das ondas do mar. Isso provoca aos poucos a fragmentação das rochas e consequentes transformações químicas. Foi assim, pela ação do intemperismo (Físico, Químico e Biológico) que, lentamente, o solo se formou. 
O processo de transformação das rochas em solo. Acompanhe a sequencia abaixo:
A chuva e o vento desintegram as rochas; 
Liquens e sementes são levados pelo vento para uma região sem vida (superfície de uma rocha aflorada). A instalação e a reprodução desses organismos vão aos poucos modificando o local. Os liquens, por exemplo, produzem ácidos que ajudam a desagregar as rochas e as raízes de plantas que crescem nas fendas das rochas, também irão contribuir para a desagregação;
 A medida que morrem, esses organismos enriquecem o solo em formação com matéria orgânica e, quando ela se decompõe, o solo se torna mais rico e formará uma matéria orgânica escura, chamada húmus. À medida que a decomposição continua, o húmus vai sendo transformado em sais minerais e gás carbônico. Ao mesmo tempo, porém, mais animais e vegetais se depositam no solo e mais húmus é formado. A decomposição transforma as substâncias orgânicas do húmus em substâncias minerais, que serão aproveitadas pelas plantas. Desse modo, a matéria é reciclada; 
Outras plantas, que necessitam de mais nutrientes para crescer, podem então se instalar no local. Começa a ocorrer o que se chama de sucessão ecológica: uma série de organismos se instala até que a vegetação típica do solo e do clima da região esteja formada.
Portanto, o solo é formado por uma parte mineral, que se originou da desagregação das rochas, e por uma parte orgânica, formada pelos restos de matéria orgânica dos corpos dos seres vivos. Além disso, nos espaços entre os fragmentos de rochas, existe água e ar – ambos importantes para o desenvolvimento das plantas. As raízes das plantas e os animais que vivem no solo precisam de ar para respirar. Quando o solo se encharca a água ocupa o lugar antes ocupado pelo ar, dificultando o desempenho das raízes e a vida dos animais no solo. 
Parte da água da chuva se infiltra no solo, passando entre os espaços dos grãos de argila e de areia. Outra parte vai se infiltrando (percolando) também nas rochas sedimentares e em fraturas de rochas, até encontrar camadas de rochas impermeáveis. Formam-se assim os lençóis freáticos e os aquíferos, que abastecem os poços de água e os mananciais dos rios. 
Se o solo estiver muito compactado, não filtrará a água com facilidade. Acontecerão, por exemplo, as grandes enxurradas após uma forte chuva. A urbanização, com a pavimentação de ruas e estradas, a canalização de rios e o desmatamento de grandes áreas dificultam o escoamento da água das chuvas.
A atividade mineradora retira recursos minerais das camadas abaixo do solo. Por isso, ela é considerada uma atividade de alto impacto ambiental, e, finalmente, na camada mais profunda da crosta terrestre, encontramos a rocha que deu origem ao solo - a rocha matriz.
TIPOS DE SOLOS
O tipo de solo encontrado em um lugar vai depender de vários fatores: a rocha matriz que o originou, o clima, a quantidade de matéria orgânica, a vegetação que o recobre e o tempo que se levou para se formar.
Em climas secos e áridos, a intensa evaporação faz a água e os sais minerais subirem. Com a evaporação da água, uma camada de sais pode depositar-se na superfície do solo, impedindo que uma vegetação mais rica se desenvolva.
Já em climas úmidos, com muitas chuvas, á água pode se infiltrar no solo e arrastar os sais para regiões mais profundas
Solos arenosos são aquele que têm uma quantidade maior de areia do que a média (contêm cerca de 70% de areia). Eles secam logo porque são muito porosos e permeáveis: apresentam grandes espaços (poros) entre os grãos de areia. A água passa então com facilidade entre os grãos de areia e chega logo às camadas mais profundas. Os sais minerais, que servem de nutrientes para as plantas, seguem junto com a água. Por isso, os solos arenosos são geralmente pobres em nutrientes utilizados pelas plantas.
Os chamados solos argilosos contêm mais de 30% de argila. A argila é formada por grãos menores que os da areia. Além disso, esses grãos estão bem ligados entre si, retendo água e sais minerais em quantidade necessária para a fertilidade do solo e o crescimento das plantas. Mas se o solo tiver muita argila, pode ficar encharcado, cheio de poças após a chuva. A água em excesso nos poros do solo compromete a circulação de ar, e o desenvolvimento das plantas fica prejudicado. Quando está seco e compacto, sua porosidade diminui ainda mais, tornando-o duro e ainda menos arejado.. 
A maior ou menor velocidade com que o solo se forma, depende do tipo de material de origem, uma vez que sob condições idênticas de clima, organismos e topografia, alguns se desenvolvem mais rapidamente que outros. 
MATERIAIS DE ORIGEM
Os solos podem desenvolver-se a partir um grande número de materiais de origem sendo os mais comuns:
Materiais de rochas claras (ou ácidas, ígneas ou metamórficas): granitos, gnaisses, xistos, quartzitos. Em sua maioria, forma solos pobres. 
Materiais de rochas ígneas escuras (ou básicas): basalto, diabásios, anfibólitos. Em sua maioria, forma solos ricos.
Materiais derivados de sedimentos consolidados: arenitos, siltitos, argilitos e rochas calcárias.
Materiais derivados de sedimentos inconsolidados: aluviões recentes, dunas de areia, cinzas vulcânicas, sedimentos orgânicos.
A rocha depois de alterada recebe o nome regolito ou manto de intemperização.
CLIMA
Destacando-se a quantidade e distribuição de chuvas e sua percolação (infiltração) pelo perfil de solo além da temperatura, eles regulam a velocidade e o tipo de intemperismo (decomposição) das rochas e crescimento dos organismos.
A cada 100C de aumento de temperatura, dobra a velocidade de reações químicas. 
ORGANISMOS
Os organismos vivos desempenham um papel importante na diferenciação dos perfis de solo. Eles compreendem:
Microorganismos (microfauna): algas, bactérias e fungos, pela decomposição ajudam na formação do húmus.
Vegetais (macroflora): pela ação direta das raízes nas fendas das rochas, secretando substâncias orgânicas que vão atuar na decomposição química, no aumento das fendas, cobertura do solo, matéria orgânica e permeabilidade de superfície exerce influência decisiva.
Animais (macrofauna): aqueles que se abrigam no solo, estão constantemente triturando restos dos vegetais, cavando galerias e misturando materiais. Entre eles destacamos as formigas, cupins e a minhoca.
 
 HOMEM: Pelo seu uso e manejo do solo, pode provocar profundas modificações tanto de caráter positivo (reflorestamento, adubação, plantando em curvas de nível, etc), como negativamente (facilitando ou causando erosão, formação de aterros e condomínios, etc).
TOPOGRAFIA
Altera os fatores de insolação e penetração de água. 
 
Nas áreas mais declivosas os solos são menos desenvolvidos que nas áreas mais planas. Terrenos mais úmidos de baixadas tem processo de intemperismo químico afetado, dependem da solubilização de óxidos de ferro e do acumulo de matéria orgânica. 
Uma boa drenagem favorece ao intemperismo químico (oxidação) dando cores avermelhadas. Uma má drenagem altera o intemperismo químico dando cores claras ao solo.
Declives mais fortes ativam a erosão.
 	
As faces das montanhas voltadas na direção norte produzem horizontes mais profundos e mais desenvolvidos que os voltados para o sul devido a receberem mais luz solar. 
 
CONSTITUIÇÃO DO SOLO
 
PARTE ORGÂNICA
Como já dito acima, os resíduos animais e vegetais são atacados por microorganismos principalmentefungos, bactérias e protozoários que habitam o solo e atuam na decomposição da matéria orgânica. Certos animais terrestres, como as minhocas, centopéias, formigas, térmitas (cupins) também participam e efetuam importantes translocações de solos de e resíduos orgânicos.
	
A quantidade e natureza dos componentes orgânicos do solo estão na dependência de vários fatores (ex. natureza dos resíduos vegetais e animais que os originam, propriedades do solo, clima, etc.).
	
A matéria orgânica do solo pode se formar em condições aeróbicas (presença de oxigênio) ou anaeróbicas (sem a presença de oxigênio) no primeiro caso resulta o húmus no segundo caso a turfa.
	
Os solos apresentam acúmulo de matéria orgânica na superfície ou próxima dela, mesmo assim, o conteúdo de matéria orgânica na camada superficial é geralmente reduzido. 
	
Quando ocorre a predominância dos componentes minerais sobre os orgânicos ele é classificado de SOLO MINERAL, caso contrário de SOLO ORGÂNICO (geralmente ocorre em regiões alagadiças). 
	
Os solos orgânicos são considerados de menor importância sob o ponto de vista econômico. Porém quando utilizados a culturas intensivas (hortaliças) tem apreciável valor econômico.
	
A presença de matéria orgânica caracteriza solos de boa fertilidade, aos quais proporciona uma estruturação favorável à vida das plantas. A matéria orgânica do solo é praticamente a principal fonte de nitrogênio (N) e também fornecedora de fósforo (P) e enxofre (S), bem como de vários micronutrientes.
PARTE MINERAL
A parte mineral consiste de partículas de vários tamanhos, resultantes da decomposição das rochas que deram origem ao solo.
	Além das rochas e minerais, podem ser encontrados ainda como componentes minerais do solo substâncias solúveis e insolúveis como os sais de cloreto de sódio, de magnésio e outros. Como estas substâncias são chamadas quimicamente de SAIS, dá-se aos solos que as contém em proporção apreciável a denominação de SOLOS SALINOS. Quando, porém os sais contêm cátions que provocam a reação básica como acontece com os sais de sódio, de potássio e magnésio, tais terras são chamadas de SOLOS ALCALINOS.
 
ÁGUA DO SOLO OU SOLUÇÃO DO SOLO
A fase líquida também chamada de ÁGUA DO SOLO OU SOLUÇÃO DO SOLO é a principal fonte de água para as plantas, recebendo-a das chuvas e de irrigações feitas pelo homem. De maneira geral, pode-se afirmar que a produção agrícola é proporcional a água do solo disponível para as plantas.
	Nem toda a água do solo é armazenada e disponível para as plantas, parte da água caminha pelo perfil alcançando camadas mais profundas, tornando-se inacessível às raízes, a que permanece na superfície ou camadas próximas pode se perder por evaporação ou ser transpirada pelas plantas.
DIVISÃO da ÁGUA DO SOLO:
Água gravitacional - a que se perde pela força da gravidade para o lençol freático. Pouco disponível para as plantas
Água capilar - que permanece retida no solo pelos poros capilares (microporos) contra a força da gravidade. Quase toda disponível para as plantas
Água higroscópica - retida principalmente pelos colóides do solo (argila e
matéria orgânica) e em estado de vapor. Não disponível para as plantas.
 
Nem todos os solos têm a mesma capacidade de armazenar água, ela varia de acordo com a textura, tipo de argila, estrutura e teor de matéria orgânica. Solos arenosos armazenam menos que os argilosos. 
 
AR DO SOLO OU ATMOSFERA DO SOLO
O ar situa-se nos poros, livre ou dissolvido em água (bolhas).
A fase gasosa ou ar do solo, em princípio tem a mesma composição do ar atmosférico. Contudo, a respiração das raízes e dos microorganismos, consumindo oxigênio e eliminando anidrido carbônico, além das trocas gasosas que ocorrem com o ar atmosférico dá ao solo uma composição proporcionalmente diferente a existente na atmosfera. O ar do solo é geralmente mais rico em gás carbônico do que o ar atmosférico, enquanto sua concentração na atmosfera é em média de 0,03%, no solo alcança de oito a vinte vezes esse valor. O oxigênio na atmosfera é de 20%, no ar do solo fica em torno de 10%. 
A quantidade e a composição do ar do solo é em parte regulada pela movimentação da água. Assim quando chove intensamente, há eliminação de grande parte do ar do solo, cessada as chuvas, inicia-se a drenagem, e a ocupação dos espaços livres (poros) de água pelo ar.
	
A obtenção de oxigênio é feita pelas folhas (ar atmosférico) e pelas raízes (ar do solo). O crescimento das plantas é afetado pelo maior ou menor suprimento de oxigênio pelo ar do solo. As pesquisas mostram que em concentrações elevadas de oxigênio na rizosfera (região da raiz) provocam um maior crescimento das raízes. Em condições de baixa aeração, a absorção de água pelas raízes torna-se diferente. O ar do solo localiza-se geralmente nos macroporos. 
Composição ideal do solo: Composição real do solo
	
 Matéria orgânica 5% Matéria orgânica 2%
	Matéria inorgânica 45% Matéria inorgânica 50%
	Macroporos (ar) l6,5% Macroporos ( ( 0,05 mm de () 24%
	Microporos (água) 33,5% Microporos (( 0,05 mm de () 24%
SOLO TROPICAL x SOLO TEMPERADO
(MANEJO EQUIVOCADO)
Por muito tempo não se deu atenção ao solo e as raízes, porque se olhava apenas para a parte vistosa da planta. A parte escondida não era considerada. Esta, automaticamente, tinha de estar em ordem e o que não funcionava era simplesmente a parte aérea. Ninguém considerava a planta como um todo, e que os problemas da parte visível poderiam ser originado da raiz.
Do solo necessitamos que:
	- permita bom desenvolvimento da raiz
	- tenha o suficiente em nutrientes para as plantas
	- conserve a maior quantidade de água disponível para as plantas
	- seja suficientemente arejado
	- não contenha substâncias tóxicas para a raiz.
	Em vista disso, formou-se uma concepção de solo, em clima temperado, de onde importamos nossas técnicas agrícolas, e onde predominava a luta para poder produzir apesar das épocas frias com gelo e neve, de pouca insolação e de temperaturas baixas.
	
Com muita arte e técnicas penosamente desenvolvidas, conseguiu-se produzir boas colheitas, apesar de todas as adversidades climáticas. Numa ilógica flagrante, concluiu-se que: 
“O que ajudou o desenvolvimento agrícola dos países desenvolvidos (clima temperado) tem de ser ótimo para os países pobres e em desenvolvimento (clima tropical)”. 
Para grande decepção os solos de clima tropical e subtropical não reagiram favoravelmente as “grandes” técnicas. 
	Para fins de manejo, normalmente, toma-se o solo “tropical” como sendo um solo de clima temperado, somente mais pobre e situado em clima mais quente. Porém, esqueceram que funcionam em sistemas diferentes e que um ecossistema tropical não tem nada a ver com outro de clima temperado.

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