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� Título da aula prática: Tipagem Sanguínea - Direta e Reversa 2. Introdução Os sistemas de grupos sanguíneos são caracterizados por antígenos na membrana eritrocitária, com características funcionais e polimórficas definidas. Atualmente, já foram descritos 30 sistemas de grupos sanguíneos, de acordo com a International Society for Blood Transfusion (FLETCHER et al., 2004). Na prática transfusional, a compatibilidade para o sistema ABO e para o antígeno D do sistema Rh é fundamental na prevenção de reações hemolíticas, embora a compatibilização de outros antígenos também seja necessária (HENRY, 2006). Sabe-se que antígenos sanguíneos A e B são herdados como dominantes mendelianos e os indivíduos, de maneira geral, são divididos em quatro grupos sanguíneos principais, sendo eles A, B, AB, O. Os indivíduos agrupados no grupo sanguíneo tipo A possuem antígeno A, já indivíduos do tipo B possuem o antígeno B, enquanto que aqueles do tipo AB possuem ambos, e o indivíduo do tipo O não possui antígeno de grupo sanguíneo (LORENZI, 2006). A determinação do grupo sanguíneo ABO era originalmente realizada em lâminas limpas de microscopia. Atualmente, as provas de aglutinação são realizadas através da utilização de métodos mais precisos, podendo ser utilizados os métodos em microplacas escavadas, tubos de ensaio, ou gel-centrifugação, mais recentes. O mesmo se aplica ao fator Rh, cuja determinação é realizada em microplacas escavadas ou centrifugação em tubos de ensaio (NARDOZZA et al., 2010) 3. Materiais e Métodos Procedimento 1 – Tipagem Direta: Preparação de uma diluição da papa de hemácias (10 µl de hemácias + 200 µl de solução fisiológica). Identificação de 3 tubos (Anti-A, Anti-B e Anti-D). Adicionar 1 gota dos anticorpos monoclonais em cada tubo correspondente, juntamente com 50 µl da papa de hemácias. Centrifugar por 1 minuto. Fazer a leitura. Procedimento 2 – Tipagem Reversa: Identificar 2 tubos (Reversa A e Reversa B). Adicionar 50 µl de hemácias A e B em seu tubo respectivo. Adiconar 100 µl de plasma do paciente em cada tubo reserva. Centrifugar por 1 minuto. Fazer a leitura. 4. Resultados TIPO SANGUÍNEO A B AB O RH AG (DIRETA) Anti-A - Negativo Anti-B Negativo Negativo Positivo Anti-D Positivo REVERSA ANTI-A Reversa A Positivo X Positivo Negativo X REVERSA ANTI-B X Reversa B Positivo Positivo Negativo X O sangue identificado pertence ao grupo: O positivo. 5. Conclusões O tipo sanguíneo identificado pertence ao grupo O positivo, sendo assim suas hemácias não possuem antígenos A e nem antígenos B em sua superfície, entretanto possuem o antígeno D indicando a positividade para o fator RH. Quando tratamos de compatibilidade em transfusão sanguínea, esse tipo identificado apresenta-se como doador para os seguintes receptores: A+, B+, AB+ e O+, e pode ser receptor dos tipos: O+ e O-. Nesse contexto os procedimentos de tipagem sanguínea são primordiais na rotina em serviços de hemoterapia para a qualificação do sangue do doador, a fim de garantir a eficácia terapêutica e a segurança de uma futura doação, caso existam erros na identificação e na escolha de bolsas para doação os possíveis prejuízos são inúmeros, podendo levar o paciente a óbito. 6.Bibliografia Cozac APCNdC. Fenotipagem RhD: Particularidades e Implicações Clínicas. Fleury Medicina e Saúde 2011. Disponível em: http://www.fleury.com.br/medicos/medicina-e-saude/artigos/Pages/fenotipagemrhd-particularidades-e-implicacoes-clinicas.aspx. Daniels GL, Fletcher A, Garratty G, Henry S, Jørgensen J, Judd WJ, et al. Blood group terminology 2004: from the International Society of Blood Transfusion committee on terminology for red cell surface antigens. Vox Sang. 2004;87(4):304-16 Lorenzi TF. Antígenos eritrocitários. In: Lorenzi TF. Manual de hematologia propedêutica e clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. Martins ML, Cruz KVD, Silva MCF, Vieira ZM. Uso da genotipagem de grupos sanguíneos na elucidação de casos inconclusivos na fenotipagem eritrocitária de pacientes atendidos na Fundação Hemominas. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. 2009;31:252-9. Nardozza LMM, Szulman A, Barreto JA, JUNIOR EA, Moron AF. Bases Moleculares do Sitema RH e Suas Aplicaçõe em Obstetrícia e Medicina Trasnfunsional. Rev Assoc Med Bras. 2010;56(6):724-8. Sabino JS. Determinação da incidência de Rh D fraco e Rh D parcial na população da área da abrangência do Hemocentro de Botucatu. São Paulo: Universidade Estadual Paulista; 2008.
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