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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA 
KELLY DE OLIVEIRA NUNES DE SOUZA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III - GESTÃO
Votorantim
2017
KELLY DE OLIVEIRA NUNES DE SOUZA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III - GESTÃO
Relatório de Estágio apresentado ao Curso Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Estágio Curricular Obrigatório III – Gestão 
Orientador: profª. Ms. Lilian Amaral da Silva Souza
Tutor eletrônico: Steffani Priscila Leo dos Santos Rocco
Tutor de sala: Nara Ceile Ramos Thibes
Votorantim
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	6
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO	9
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO	10
DIÁRIO DAS OBSERVAÇÕES	13
PROPOSTA DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS ESCOLARES NO CONTEXTO DA GESTÃO	16
Identificação da instituição	16
Carga horária	16
Aplicador da proposta	16
Temática a ser abordada	16
Introdução	16
Justificativa	17
Objetivo geral	17
Objetivos específicos	17
Fundamentação teórica	17
Metodologia	19
Cronograma de atividades:	19
Critérios de avaliação	20
Referências bibliográficas	20
CONSIDERAÇÕES FINAIS	22
REFERÊNCIAS..........................................................................................................11
INTRODUÇÃO
O campo da pedagogia não limita-se apenas aos muros da escola. Sabemos que também pode ser encontrado em ambientes não escolares como comunidades e empresas, mas no trabalho a seguir o foco é no trabalho do pedagogo dentro do ambiente escolar.
Mais que ser a pessoa a preocupar-se com a metodologia de ensino, o pedagogo também trabalha com a gestão do professor, que é ferramenta chave para o aprendizado de todos. 
O relatório a seguir documenta a ação e observação do estágiário no colégio Ser!, situado na cidade de Sorocaba. Foram observadas as rotinas escolares, documentação das aulas assistidas e elaboração de proposta de atuação do pedagogo.
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
O estágio deste semestre foi realizado no Colégio Ser!, que situa-se no endereço a seguir: Rua Mário Campestrini, 100 - Campolim - Sorocaba - SP . O principal telefone para contato é o (15) 2101-0101.
Os níveis de ensino ofertados vão desde o berçário até o ensino médio, oferecendo também curso preparatório para o vestibular, que pode ser cursado por não alunos da escola.
Situado em um bairro nobre da cidade, o colégio atende o público de classe média alta a alta do bairro e também de outras localidades da cidade. 
A estrutura física da escola conta com (além das salas de aula, biblioteca, e outras dependências comuns a toda escola) horta, playground, quadras e campo society, laboratório de informática, ateliê artístico, laboratório de ciências, cantinas e restaurantes. Como atividades além da sala de aula comum, os alunos do ensino infantil ainda contam com aulas de língua inglesa a partir do Maternal 2, balé, judô, entre outras atividades.
O número total de alunos do colégio é de aproximadamente 900 estudantes.
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
Durante o período de estágio foi possível analisar toda a organização e rotina da escola. As instalações contemplam toda a estrutura necessária para acolher os alunos e funcionários que passam pela escola. Possui várias salas de aula, sala dos professores, auditório, laboratórios de informática, uma pequena biblioteca, vários banheiros femininos e masculinos (ainda não possui um banheiro que inclua alunos que não sejam cisgêneros), banheiros adpatados para deficientes, rampas de acesso para cadeirantes, cozinha, refeitório, pátio coberto e quadras poliesportivas cobertas. Também há ateliês, laboratórios de ciências e salas para as aulas de balé e judô. A secretaria e sala de professores são bem organizadas e possuem pelo menos 5 computadores e uma impressora em cada para o trabalho dos funcionários e pedagogos. 
Como a escola atende dois turnos, os alunos da manhã entram a partir das 7:10 horas da manhã e saem a partir das 12:00 horas da tarde, dependendo do ciclo que o aluno pertença (os alunos dos Ensinos Infantil, Fundamental I e II entram às 7:30 horas e os do Ensino Médio às 7:10 horas). No período da tarde as aula iniciam às 13 horas e vão até às 18:00 horas (também dependendo do ciclo que pertencem). 
Não tendo sido possível verificar a existência de um projeto político pedagógico da escola, as informações coletadas em relação ao caminho pedagógico seguido pela escola foram colhidas com base na observação diária da rotina escolar. 
O trabalho dos pedagogos da escola é bastante intenso pois, sendo uma instituição que atende todos os ciclos de ensino, desde o maternal I e indo até o Ensino Médio, faz-se necessário um planejamento muito bem elaborado sobre a atuação de cada um na escola. Não é desmerecer o adolescente mas, com alunos mais velhos, que já entendem mais coisas, conversar é mais fácil e não há mais a dependência emocional e física. Já com alunos pequenos, cada ação é importante. A forma como aprenderão sobre o alfabeto, matemática, questões de higiene, de cuidado com o meio ambiente e os animais, as regras de convivência em sociedade... tudo isto precisa ser aprendido com sucesso e com leveza, de forma a tornar o momento de aprendizado algo agradável e não imposto.
Na escola em questão, a pedagoga trabalha principalmente junto à diretoria e com os professores, alinhando as necessidades de cada um. O cronograma de aulas é sempre discutido no início do ano, passando por adaptações (se necessárias), antes do início do segundo semestre. O número de professores ativos tem a capacidade de atender a todos os alunos, mas a escola também conta com alguns professores substitutos que são acionados quando necessário. 
Há uma reunião de conselho de classe a cada bimestre, dividos entre ensino infantil, ensino fundamental e ensino médio. As decisões nele tomadas são sempre registradas em atas e arquivadas para o caso de necessidade de consulta posterior. Quando necessário, os representantes do grêmio também são convidados a participar, para posteriormente alinhar-se com suas classes.
Quanto à metodologia de ensino usada na escola, o escolhido atualmente é o sistema Poliedro, presente há mais de 20 anos no mercado e conhecido por aliar sua proposta pedagógica com inovação tecnológica. Além dos livros didáticos tradicionais, há DVDs e softwares educativos que podem ser usados pelo aluno e pelo professor.
Em relação às questões de inclusão, diversidade e atenção às dificuldades de aprendizado, a pedagoga procura realizar treinamentos com os professores trazendo profissionais de outras áreas para debates, webnários sobre os temas, além da assinatura de periódicos da área de educação e pedagogia, que sempre trazem luz e novidades sobre os mais variados temas, estes ficam disponíveis para os educadores na sala dos professores.
No que concerne à relação com a comunidade e os pais, estes são sempre convidados paras as festividades realizadas pela escola, que vão desde datas comemorativas até festas tradicionais da escola. Também são convidados para assistirem as apresentações de balé e aos campeonatos de judô. A escola também realiza feiras de ciências que, algumas vezes, além de convidarem os pais, também podem trazer alunos de outras escolas.
O trabalho com as questões sociais dá-se tanto em sala de aula, sendo sempre abordada pelos professores por meio de leituras e debates, quanto pela coordenaçãoo pedagógica, que procura elaborar palestras, cartazes e ações de conscientização sobre preconceito racial, de classe e gênero, além de sempre estar procurando inibir ações de assédio moral entre os alunos, valendo-se do trabalho do mediador de conflitos da escola.
Por fim, quanto à capacitação dos professores, são oferecidos anualmente e sempre que disponíveis,cursos de especialização na área pedagógica, psicologia e de línguas. A escola tem um convênio firmado com uma universidade da cidade que concede desconto nos cursos de especialização dos professores oriundos do colégio. Além disso notou-se uma proatividade dos professores em relação a sua evolução como docente, pois praticamente todos realizam no momento algum curso ou especialização, sendo com a ajuda da escola ou não.
DIÁRIO DAS OBSERVAÇÕES
DIÁRIO 1 – 1ª SÉRIE
Como já observado no estágio anterior, os alunos mantêm sua rotina de cinco aulas diárias, sendo duas antes e três depois do intervalo. 
 Com a classe em questão, a professora trabalhava o conceito de medidas de tempo, como segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos na Matemática. Com o uso do livro didático e o material do professor, a aula aconteceu seguindo o roteiro de explanação do tema, exemplos, exercícios e correção. Para exercício de casa, a professora indicou uma atividade do livro, já direcionada como atividade extra classe.
Depois do intervalo os alunos voltaram para a sala de aula, com a mesma professora, para as aulas de Português e Artes. Em Português foi continuado, da aula anterior, o estudo das sílabas. Depois, em Artes, os alunos tiveram como atividade a criação de flores e árvores em comemoração ao início da primavera. 
Ao final da aula, a professora dirigiu-se até o pátio com os alunos para aguardar a chegada dos pais.
DIÁRIO 2 – 2ª SÉRIE
Assim como na 1ª série, os alunos contam com uma professora para aplicar todas as matérias, sendo todas as rotinas iguais às do primeiro ano.
Depois que os alunos entraram na sala de aula, a professora cumprimentou-os e deu início a aula do dia, pedindo que abrissem o livro didático na página já escolhida por ela, para dar seguimento aos estudos. As aulas planejadas para o cronograma de hoje comtemplavam duas aulas de Ciências da Natureza antes do intervalo, e depois, mais três aulas de Matemática.
Nas aulas de Ciências, o conteúdo abordado foi sobre a relação da vida na Terra com os elementos sólidos, líquidos e gasosos. 
Depois do intervalo, a professora passou a nota e a correção da prova de Português feita dias antes pelos alunos da sala. Aos que não obtiveram conceito suficiente, a professora pediu que aguardassem o final da aula para conversarem sobre a recuperação. Feita a correção e as observações sobre as notas, a professora falou com os alunos sobre as fábulas, gênero textual que conta uma história com um final que gera a reflexão sobre algum assunto da moral da sociedade, como a honestidade e responsabilidade. Foram lidos textos e os alunos comentaram sobre as fábulas que conheciam e para finalizar a aula, a professora indicou alguns exercícios do livro didático.
No fim do período, como nas outras séries, a professora dirigiu-se com os alunos até o pátio para esperar os pais.
DIÁRIO 3 – 3ª SÉRIE
A prática de ter uma professora para todas as matérias também se repete na 3ª série.
Neste dia os alunos estudaram Português nas duas primeiras aulas e Ciências da Natureza nas três últimas aulas após o intervalo, respectivamente.
Valendo-se do livro didático e de um vídeo também indicado pelo livro, a aula discorreu sobre os ciclos de vida dos seres vivos, falando das plantas e dos animais.
Depois do intervalo, a aula de Português foi sobre gramática, onde os alunos trabalharam o uso de parágrafos nos textos. A professora seguiu o indicado pelo livro didático e para realizar a atividade de produção textual para fixar o conteúdo da aula, passou para os alunos que escrevessem um pequeno texto de cinco parágrafos sobre os animais domésticos que existem em suas casas ou que gostariam de ter.
Ao fim da aula, a professora mantém a mesma rotina das outras séries,
DIÁRIO 4 – 4ª SÉRIE
Seguindo o mesmo método das outras séries, a professora entrou na sala com os alunos que tinham aulas de Matemática e Português planejadas para o dia.
Nas aulas de Português o assunto abordado foi a produção de textos narrativos. A professora explicou o conceito de narrativa e passou como exercício a produção de alguns textos narrativos com temas diversos. Também indicou a produção textual da semana, que deveria ser realizada no ambiente virtual Poliedro, que tem uma ferramenta própria para esta atividade.
Depois do intervalo, a aula de Matemática foi sobre frações. Como este assunto já havia sido iniciado na aula passada, a aula de hoje trabalhou a resolução de vários exercícios e problemas envolvendo frações.
Ao término da aula todos se dirijam ao pátio com a professora para esperar os pais.
DIÁRIO 5 – 5ª SÉRIE
Por fim, no último dia de observação de aula, e seguindo a mesma rotina das outras séries citadas, as aulas foram divididas entre Geografia e História.
Nas duas primeiras aulas de Geografia os alunos estudaram os rios do Brasil e suas características, partindo da comparação entre os climas de cada região.
Depois do intervalo a aula de Ciências abordou o início do Brasil republicano, aprendendo sobre os principais nomes da proclamação da república e o que mudou na política do país nesta época. Também realizaram os exercícios propostos no livro didático e iniciaram uma produção textual sobre o tema, para ser postado posteriormente no ambiente virtual do sistema pedagógico da escola.
Ao dirigir-me com a turma para o pátio, agradeci a todos pela acolhida.
 
PROPOSTA DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS ESCOLARES NO CONTEXTO DA GESTÃO 
Identificação da instituição
Colégio Ser!
Carga horária
8 horas
Aplicador da proposta
Silmara Cristina Ferraz
Temática a ser abordada
Conscientização sobre a diversidade e sua interligação com o bullying.
Introdução 
É cada vez mais discutida a questão da diversidade de gênero na sociedade, assunto que há menos de uma década era praticamente inexistente na sociedade comum heteronormativa.
O noticiário traz cada dia mais histórias de feminicídio, crimes de ódio, homofobia e transfobia e aparentemente não há nenhum esforço da sociedade – tendo apenas atualmente grupos de apoio, mas nenhum projeto realmente sério - de mudar este panorama, pois antes daquela pessoa morta ou violentada ter uma identidade de gênero, religião ou orientação sexual diferente do seu agressor, ela é um ser humano como todos os outros, com família, trabalho e planos para toda uma vida.
Sabe-se que uma sociedade comprometida com o próximo começa na escola, com educação e informação. Assim como deve-se formar cidadãos com consciência política, também é dever dos pais e da escola formar cidadãos conscientes da existência de diferenças entre as pessoas, que o mundo não se resume apenas a homem X mulher, cristão X ateu, branco X negro. 
Com ações simples de informação ao docente e posteriormente aos alunos, é possível trazer um pouco mais de respeito e compreensão entre os alunos.
Justificativa 
 Trabalhar as diferenças na escola é sempre de suma importância. O número de suicídios entre jovens no Brasil tem crescido cada vez mais, e boa parte da causa destas ações, vem da escola, onde a criança ou adolescente sofria assédio moral de toda sorte.
Por mais que se ensine a criança a respeitar o próximo, é preciso que a criança aprenda também a ter empatia com o seu semelhante. Colocar-se no lugar do outro. Sentir a sua dor. Senão o respeito não faz sentido. “Eu não bato em fulano porque meus pais ficam bravos”. Mas porque você não pode bater em seu amigo? Porque você bateria? O que ele te fez para você ter esse desejo? São perguntas com respostas aparentemente óbvias para os adultos, mas para a criança e o adolescente nem sempre isso é facilmente compreensível. O diferente causa medo.
E é nesse medo que se pretende trabalhar. Conhecer as diferenças entre as pessoas e compreender que isso não faz delas inferiores às outras é o passo inicial para evitar o bullying dentro das escolas. 
Objetivo geral
Orientar os professores sobre como tratar a questão da diferença ea empatia em sala de aula
Objetivos específicos
Compreender o que é a empatia e como ensina-la ao aluno
Provocar a reflexão sobre a imagem que o próprio professor passa ao aluno.
Fundamentação teórica
O assédio moral nas escolas não é uma invenção da modernidade. Ele sempre existiu nos corredores e nas salas de aula, onde o aluno maior e mais forte batia no menor, roubava seu lanche, escondia seu caderno e por muitas vezes, mesmo que muitos neguem, podia acabar por abusar sexualmente do mais fraco.
A televisão e os vídeos na internet trazem à tona casos e mais casos de assédio nas escolas do mundo inteiro. Não é privilégio de um país ou região. O bullying é universal.
Para enfrenta-lo é necessário conhecer, primeiramente, o que é o bullying e a origem da palavra. Segundo o artigo “21 perguntas e respostas sobre o bullying”¸ disponível no site www.novaescola.org.br/conteudo/336/bullying-escola é possível dizer que:
O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. 
O primeiro a pesquisar sobre o tema foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega, no fim dos anos 70. Olweus estava estudando sobre as crescentes taxas de suicídio entre os jovens e as tendências suicidas entre eles, chegou ao padrão de que boa parte das causas de suicídio era o fato de estes jovens terem sofrido ameaças e intimidações na escola, causando neles traumas psicológicos consistentes e que afetaram sua vida futura.
Este panorama não muda e cresce cada vez mais. O preconceito é a principal causa do bullying. A não aceitação daquele colega de classe negro, gay, cristão ou umbandista, nordestino, de comunidade carente, que é, na visão do abusador, menos importante e mais fraco que ele, é a raiz do problema. Onde aquela criança aprendeu a menosprezar o colega diferente dele? Provavelmente em casa e na rua, mas esse preconceito vem do medo do diferente, o desconhecido que não é claro para ele.
Então é preciso trabalhar em duas frentes: o esclarecimento e a empatia.
O esclarecimento pode ser feito por meio de palestras e debates com pessoas que já passaram por situações de bullying e também com pedagogos ou psicólogos especialistas na área.
A empatia, capacidade psicológica de sentir a emoção do outro, é algo que todo ser humano tem de forma mais ou menos acentuada. O problema é que geralmente temos empatia com aquele que mais se assemelha conosco. É muito mais fácil ter empatia com a dor da perda da mãe de um amigo, do que com a mesma situação acontecida com um desafeto seu. Segundo Robbins (2001), é errado dizer que “os opostos se atraem”, pois na verdade nos atraímos mais facilmente por aqueles que de alguma forma tem características em comum conosco. Mesmos gostos musicais, filmes, cores, culinária etc. Com o tempo, mesmo que os que gostamos tenham diferenças conosco, e nos adaptamos a elas.
Trabalhar a empatia com a criança e o adolescente pode começar por mostrar primeiramente o que todos têm em comum e depois o exercício de se colocar no lugar do outro. De saber como pode ser doloroso passar por discriminação por ter uma característica cultural ou de identidade diferente da dos outros.
Uma boa literatura para este trabalho é o livro adolescente Os treze porquês, do autor Jay Asher, publicado em 2007 e adaptado para a série do site de streaming Netflix, em 2017. O livro conta a história da adolescente Hannah Baker, que comete suicídio e deixa como “herança”, treze fitas cassete contando sua história e falando sobre as pessoas e ações que a influenciaram a se matar. Apesar do tema ser “pesado”, a história exemplifica bem como o que é falado para as pessoas pode influenciar negativamente suas vidas.
Metodologia 
O projeto será abordado em quatro dias diferentes, por meio de debate com os professores inicialmente e depois intervenções com os alunos.
Cronograma de atividades:
1º dia
Com todos os professores presentes, apresentar o tema do projeto e seus objetivos.
Abordar temas como intolerância religiosa, de gênero, cultural, e de classe.
2º dia
Realizar palestra com os professores sobre as causas de suicídio entre jovens e sua ligação com o bullying.
Debater com os docentes sobre ações que podem ser tomadas para inibir estas ações em sala de aula
Discutir sobre a possibilidade de usar o livro ‘Os 13 porquês”, da autora Jay Asher em sala de aula.
3º dia
Agora com os alunos, realizar uma palestra sobre o bullying e suas consequências.
Caso o uso do livro Os treze porquês tenha sido aceito como sugestão de leitura, apresentar o resumo do livro como leitura para sala de aula.
4º dia
Discutir o que foi lido no livro e o que poderia ser feito para evitar a morte da personagem Hannah Baker.
Sobre a empatia, realizar atividades de reflexão sobre como cada um deles se sentiria em situações de preconceito, como por exemplo, de religião ou cor.
Critérios de avaliação
No que se refere aos professores, o treinamento deverá encerrar-se com a consciência de todos sobre sua importância na inibição do bullying no ambiente escolar, dando ideias de ações que podem ser tomadas.
Com os alunos, a avaliação se dará por meio das participações nos debates e atividades de reflexão, mudando seu comportamento em sala de aula no que se refere ao assédio moral com os colegas da escola. 
Referências bibliográficas
Jay Asher. Thirteen reasons why. 
Ricardo Luiz Marcello. Como criar empatia com os alunos.
Guilherme Schelb. Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil: Estratégias para a solução e prevenção de conflitos
RELATO DA APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO REALIZADA NA ESCOLA
Assim que terminei a proposta, dirigi-me a escola para apresentar o projeto e fui recebida pela pedagoga que leu o projeto e disse ser interessante o que foi proposto. Conversando com os professores, alguns já tinham conhecimento sobre o livro indicado e ficaram divididos sobre usa-lo ou não com os alunos, por falar de suicídio, mas concordaram que é necessário deixar de lado o tabu da morte, pois é justamente por não falar do suicídio que há pouco conhecimento sobre como evita-lo.
Como será necessária a intervenção de um palestrante sobre o tema, a pedagoga comprometeu-se a avaliar a proposta com calma para aplica-la na escola e agradeceu pelas idéias, visto que a proposta abrange tanto o trabalho com os professores quanto com os alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização deste estágio final do curso de pedagogia trouxe vivências na área de gestão escolar e também na rotina de aulas do ensino fundamental I. O dia a dia da escola é totalmente dinâmico e não aceita pessoas paradas no tempo, que não agreguem ao grupo de trabalho. O pedagogo na escola acaba por condensar várias funções, sendo elas tanto relacionadas aos métodos pedagógicos quanto a gestão de pessoas. O pedagogo acaba por ter que se transformar também em gerente de recursos humanos, mediando conflitos, resolvendo questões com alunos, promovendo a evolução profissional do professor e ainda procura estar alinhado com as necessidades de ensino que mudam a cada.
Não é uma tarefa fácil. Com certeza o coordenador pedagógico de uma escola tem inúmeras pendências no seu dia para resolver, mas também tenho a certeza de que termina seu dia sabendo que, de alguma forma, está contribuindo para a educação de um povo. 
Sem o trabalho do pedagogo na escola, o conteúdo pedagógico seria passado até os alunos, não há dúvidas, mas o “como” é que se tornaria dúvida, pois sem metodologia, toda a informação pode tornar-se sem sentido. Sem professor motivado, não há aula de qualidade. Sem mediação de conflitos, o ambiente escolar pode acabar por transformar-se em ambiente de guerra. E é o coordenador pedagógico que com seu trabalho afina todas as cordas deste instrumento que é a comunidade escolar.
REFERÊNCIAS
ASHER, Jay. Thirteen reasons why. Os treze porquês. Tradução e ediçãobrasileira. Editora Ática. 1ª edição. 2009.
MARCELLO, Ricardo Luiz. Como criar empatia com os alunos. Disponível em http://www.portalcmc.com.br/como-criar-empatia-com-os-alunos/. Acesso em 28/09/2017.
SCHELB, Guilherme. Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil: Estratégias para a solução e prevenção de conflitos. Edição do autor, 1a edição, 2007.

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