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AQUISIÇÃO, DURAÇÃO E CONCESSÃO DO DIREITO DE FÉRIAS

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AQUISIÇÃO, DURAÇÃO E CONCESSÃO DO DIREITO DE FÉRIAS
Férias anuais remuneradas é um direito garantido constitucional social regulado 
pela Consolidação das Leis do Trabalho, a fim de proporcionar descanso físico e 
psicológico, deste modo é uma norma de proteção à saúde do trabalhador, não podendo 
ser suprimida. Atrelado ao direito às férias, está o direito de receber sua remuneração de 
forma antecipada e acrescida de 1/3, o chamado terço constitucional, para que o obreiro 
possua condições financeiras a fim de desfrutar de seu direito. Durante as férias, o 
empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado 
em razão de outro contrato de trabalho existente com outro empregador. Isto ocorre em 
razão de que as férias visam exclusivamente que o empregado descanse.
Para que qualquer trabalhador obtenha direito de gozar as férias há necessidade 
de cumprir um período que é denominado de “período aquisitivo”, isto é, a aquisição do 
direito de ter férias ocorre após o trabalho contínuo de 12 meses para o mesmo 
empregador, conforme dispõe o Artigo 130 da CLT. Destarte, a cada 12 meses de 
vigência do contrato de trabalho, o empregado adquire o direito ao gozo de férias, sem 
prejuízo da remuneração, bem como tempo de serviço. 
Após o período trabalhado para que se tenha o direito de gozar das férias, ocorre o 
período concessivo, ou seja, lapso temporal que a lei concede para o empregado sair de 
férias, iniciando no primeiro dia após o empregado ter adquirido o direito. O período 
concessivo também é de 12 meses, dentro do qual o empregador deverá conceder as 
férias, conforme suas conveniências. O período de gozo das férias deverá iniciar e 
terminar dentro dos 12 meses, pois se o empregador não conceder as férias dentro do 
período concessivo deverá pagar em dobro a remuneração das férias e assegurar o 
descanso do empregado, conforme estipulado no Artigo 137 da CLT. O empregador 
possui o poder de fixar a data da concessão das férias, com base no que melhor atenda 
aos interesses da empresa.
Em regra, a concessão das férias ocorrem em um só período, todavia poderão ser 
gozadas em dois períodos por pedido do trabalhador ou por necessidade da empresa; 
porem nenhum dos períodos poderá ser inferior a 10 dias corridos. O empregado poderá 
converter 1/3 das férias em abono pecuniário, no valor da remuneração dos dias 
correspondentes. Tratando-se de trabalhadores maiores de 50 anos e os menores de 18 
anos a concessão das férias será de apenas uma vez. No caso do empregado estudante, 
que tenha menos de 18 anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias 
escolares, desde que apresente declaração da escola que comprove período de férias 
escolares. Os familiares que laboram para o mesmo empregador poderão tirar férias em 
um mesmo período conjuntamente, desde que não causem prejuízo ao empregador. 
Deverá ser comunicada por escrito ao empregado a concessão das férias, com 
antecedência mínima de 30 dias, sendo que o empregado apresentará a CTPS, devendo 
referidas anotações serem feitas na Ficha ou Livro de Registro de Empregados. O 
pagamento das férias deverá ser efetuado até 02 dias antes do início do respectivo 
período, e deverá corresponder ao salário vigente na época. Em havendo reajuste salarial 
no período, assegura-se ao trabalhador o recebimento do mesmo, referente aos dias 
gozados, a ser pago até o 5º dia útil após o seu retorno ao serviço, sempre acrescido do 
terço constitucional.
Em regra a duração das férias é de 30 dias, entretanto esse tempo pode variar 
conforme o número de faltas injustificadas. O período de duração das férias é 
disciplinado pelos artigos 130 a 133 da CLT. A duração das férias será de 30 dias se o 
trabalhador não tiver faltado mais de 05 vezes durante o período aquisitivo; se as faltas 
injustificadas forem maiores que 05 e menores que 15, as férias terão duração de 24 
dias; de 15 a 23 faltas sem justificação, as férias serão de 18 dias; e de 24 faltas 
injustificadas a 32, a duração das férias será de apenas 12 dias. É vedado descontar, do 
período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
Nos casos de regime parcial de trabalho, o empregado gozará de 18 dias de férias 
se a duração do trabalho semanal for mais de 22 horas até 25 horas; serão 16 dias se as 
horas semanais forem de 20 horas até 22 horas; serão 14 dias de férias quando a 
duração do trabalho semanal for de 15 horas a 20 horas; serão 12 dias se a carga 
semanal for de 10 a 15 horas; 10 dias se forem mais de 05 horas a 10 horas semanais 
laboradas; e 8 dias se as horas semanais forem iguais ou inferiores a 05 horas. Será 
reduzido pela metade a duração das férias se o empregado que trabalha em regime 
parcial tiver mais de 07 faltas injustificadas. 
Os empregados perdem o direito a férias se, durante o período aquisitivo, o 
trabalhador deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subsequentes à sua 
saída; permanecer em gozo de licença remunerada por mais de 30 dias; deixar de 
trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias, em virtude de paralisação 
parcial ou total dos serviços da empresa; e tiver percebido da Previdência Social 
prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 meses, mesmo 
que descontínuos.

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