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AnTecTRTTST DAdministrativo CSpitzcovsky Aula04 22042015 DBerto

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Analista e Técnico do TRT/TST – Completo (Português) 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Administrativo 
 Professor: Celso Spitzcovsky 
Aulas: 04 | Data: 22/04/2015 
 
 
1.1. ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1. SERVIÇOS PÚBLICOS (continuação) 
B) COMO PRESTA? (continuação) 
C) PRA QUE PRESTA? 
2. CONCESSÕES, PERMISSÕES DE SERVIÇOS PÚBLICOS 
2.1. CONCEITO 
2.2. FUNDAMENTO 
2.3. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 
 
 
1. SERVIÇOS PÚBLICOS (continuação) 
 
b) Como presta? (continuação) 
 
I. Princípio da Continuidade da sua Prestação: a execução de um serviço público não poderá ser 
interrompida sob pena de ilegalidade. Art. 6º, §1º, Lei 8.987/95 – Concessões e Permissões de 
Serviços Públicos. 
Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de 
serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme 
estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo 
contrato. 
§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, 
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, 
cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 
- Greve no Serviço Público: a CF atribuiu essa possibilidade aos servidores, conforme art. 37, VII, CF. Será exercido 
nos termos e limites fixados em lei específica. Cadê a lei disciplinando o direito à greve? Para a iniciativa privada, 
logo em seguida a promulgação da CF, foi regulada a lei de greve para eles, Lei 7.783/89. No entanto, a greve para 
o serviço público não foi regulada até hoje. 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites 
definidos em lei específica; 
- A jurisprudência e doutrina concordam que greve total no serviço público é ilegal. Os serviços essenciais não 
podem parar de funcionar totalmente, devendo manter as atividades essenciais em funcionamento numa 
porcentagem mínima que será determinada pelo judiciário, observando o princípio da continuidade da prestação 
do serviço público. Necessário que os usuários do serviço público sejam comunicados, no prazo mínimo de 72 
horas e, na esfera privada, o prazo é de 48 horas. 
 
 Exceções: art. 6º, § 3º, lei 8987/95. 
 
 
 
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 § 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua 
interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, 
quando: 
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das 
instalações; e, 
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da 
coletividade. 
- Quando a paralisação resulta de atos de terceiros ou por força da natureza. Sendo essas situações de 
emergência, desnecessário aviso prévio aos usuários. 
 
- Paralisação para realização de obras de manutenção – necessário aviso prévio aos usuários com tempo 
suficiente para que os usuários possam buscar meios alternativos, como condição de legalidade do ato. 
 
- Aquela que autoriza a paralisação do serviço ao usuário pela inadimplência. O aviso prévio é extremamente 
importante para defesa do usuário. 
 
II. Princípio da Modicidade das Tarifas: tarifa módica é sinônimo de tarifa acessível ao usuário comum do 
serviço. Se o valor da tarifa for prejudicial a uma pessoa, ou a um grupo de pessoas, essa questão 
poderá sim, ser levada ao judiciário. 
 
c) Pra que presta? Para a preservação dos interesses da coletividade. Ainda que a execução seja feita por um 
particular que almeje lucro, a titularidade continua do poder público com o fim de preservar os interesses 
da coletividade. 
 
2. CONCESSÕES, PERMISSÕES DE SERVIÇOS PÚBLICOS. 
 
2.1. Conceito: são instrumentos através dos quais a administração (titular do serviço) transfere sua execução 
para particulares mediante licitação. 
 
2.2. Fundamento: artigo 175, CF. 
 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou 
sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a 
prestação de serviços públicos. 
 
- Conclusão - alterando a ordem das palavras do artigo: incumbe ao poder público a prestação de serviços 
públicos, a titularidade do serviço pertence à administração pública, executando diretamente ou através de 
concessão ou permissão quando a execução é transferida aos particulares e deverá ela ser precedida por 
licitação. 
 
 
 
2.3. Legislação Aplicável – Lei 8.987/95. 
 
 
 
 
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a) Direitos dos Usuários: art. 7º, Lei 8987/95; Lei 8078/90 – Código de Defesa do Consumidor. A prestação 
do serviço público é considerada uma relação de consumo e, por isso, tem direito ao uso das regras ao 
Código de Defesa do Consumidor. 
Art. 7º. Sem prejuízo do disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro 
de 1990, são direitos e obrigações dos usuários: 
I - receber serviço adequado; 
II - receber do poder concedente e da concessionária informações 
para a defesa de interesses individuais ou coletivos; 
- Que tipo de informações? Informações sobre o serviço que está sendo prestado para a defesa de interesses e 
individuais ou coletivos. Exemplo: a tarifa do transporte público aumentou. Por que a tarifa aumentou? Os 
usuários tem o direito de receber informações sobre o serviço. Se negado, caberá mandado de segurança. Art. 
5º, XXXIII, CF: 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações 
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que 
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, 
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado; 
---- 
III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários 
prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as normas do 
poder concedente. 
IV - levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as 
irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço 
prestado; 
V - comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados 
pela concessionária na prestação do serviço; 
VI - contribuir para a permanência das boas condições dos bens 
públicos através dos quais lhes são prestados os serviços. 
 
- Art. 5º, XXXII, CF: 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
b) Politica tarifária: art. 8º a 15, Lei 8.987/95 – tarifa é a única fonte de arrecadação do concessionário, do 
permissionário; asseguram sua fonte de lucro. 
 
 
 
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 Art. 8o (VETADO) 
Art. 9o A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da 
proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão 
previstas nesta Lei, no edital e no contrato. 
§ 1o A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e 
somente nos casos expressamente previstos em lei, sua cobrança 
poderá ser condicionada à existência de serviço público alternativo e 
gratuito para o usuário. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) 
§ 2o Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, 
a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro. 
§ 3o Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou 
extinção de quaisquer tributos ou encargos legais, após a 
apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, 
implicará a revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o 
caso. 
§ 4o Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu 
inicial equilíbrio econômico-financeiro, o poder concedente deverá 
restabelecê-lo, concomitantemente à alteração. 
Art. 10. Sempre que forem atendidas as condições do contrato, 
considera-se mantido seu equilíbrio econômico-financeiro. 
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, 
poderá o poder concedente prever, em favor da concessionária, no 
edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes de 
receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetosassociados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a 
modicidade das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta Lei. 
Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão 
obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial equilíbrio 
econômico-financeiro do contrato. 
Art. 12. (VETADO) 
Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das 
características técnicas e dos custos específicos provenientes do 
atendimento aos distintos segmentos de usuários. 
 
 
 
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- Qual a natureza jurídica dessa tarifa? Alguns falam que tarifa tem natureza jurídica tributária. No entanto, na 
prática não é isso, senão seriam incididas a partir do início do exercício financeiro. Tarifa não é tributo, mas sim 
um preço público. 
 
- Quem tem competência para fixar o valor da tarifa? Não pertence ao concessionário/permissionário, mas sim ao 
poder público, dependendo da esfera a que pertence o serviço. O Poder Público tem limite para fixar o valor da 
tarifa? Sim, precisa obedecer a um valor módico. 
 
- Art. 11, Lei 8.987/95 – cria fontes alternativas de arrecadação. O objetivo é manter o valor módico da tarifa. 
Para que as fontes alternativas sejam realizadas, necessária autorização do poder público e deverá existir 
previsão no contrato de concessão. Faltando um dos requisitos o uso das fontes alternativas será ilegal. Exemplo 
de fonte alternativa: exploração de publicidade. 
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, 
poderá o poder concedente prever, em favor da concessionária, no 
edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes de 
receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos 
associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a 
modicidade das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta Lei. 
Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão 
obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial equilíbrio 
econômico-financeiro do contrato. 
c) Responsabilidade por danos resultantes de uma concessão ou permissão: art. 25, Lei 8.987/95. 
 Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, 
cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder 
concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização 
exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa 
responsabilidade. 
§ 1o Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere este artigo, a 
concessionária poderá contratar com terceiros o desenvolvimento de 
atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço 
concedido, bem como a implementação de projetos associados. 
§ 2o Os contratos celebrados entre a concessionária e os terceiros a 
que se refere o parágrafo anterior reger-se-ão pelo direito privado, 
não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e o 
poder concedente. 
§ 3o A execução das atividades contratadas com terceiros pressupõe 
o cumprimento das normas regulamentares da modalidade do 
serviço concedido. 
 
 
 
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- Quem responde pelos danos resultantes de uma concessão? É o concessionário ou permissionário, ainda que a 
fiscalização do poder público seja deficiente. 
 
- Qual a extensão dessa responsabilidade? Prevê a lei que o concessionário e permissionário responderão por 
danos que vieram a causar aos usuários do serviço, aos terceiros (aqueles que, embora não usuários foram 
atingidos resultantes do serviço público) e ao poder público. 
 
- Qual o perfil dessa responsabilidade? Será responsabilidade objetiva, ou seja, ela não é subjetiva. Isto é, se ela 
não é subjetiva, a vítima não terá que comprovar culpa ou dolo, então precisa demonstrar nexo de causalidade ou 
nexo causal (a vítima tem que demonstrar que o dano sofrido – a consequência – teve como causa a prestação de 
um serviço público). 
 
- Dica: toda vez que uma questão abordar responsabilidade, se o fato gerador do dano for a prestação de serviço 
público a responsabilidade é OBJETIVA sendo irrelevante saber quem causou e quem sofreu o dano. É uma 
orientação consolidada pelo STF. O STF prestigia qual aspecto? O que causou o dano. 
 
- Quem está à frente de uma execução do serviço público? O Poder Público, que poderá transferir sua execução 
aos particulares. Quem é a vítima? Usuário ou não. 
 
- Essa responsabilidade OBJETIVA poderá ser variante do risco administrativo: acionados em juízo pela vítima o 
concessionário/permissionário só responderão pelos danos que efetivamente tenham causado a ela, podendo 
usar em sua defesa um caso fortuito (danos causados por terceiros), força maior (danos causados pela natureza) 
ou culpa da vítima para excluir ou atenuar a sua responsabilidade.

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